Quem é que não conheceu a famosa revista Porrada?
Quem é que nunca ouviu falar da lendária editora
Vidente, uma das mais importantes
casas editoriais do país,
que além de Porrada também lançou
a revista Pau Brasil e uma centena
de outros títulos populares?
Se você nasceu na década de 70 e 80, provavelmente,
nos anos 90, algum dia ouviu falar da revista
Porrada e de seu editor. Pois é, o cidadão que
deu o seu depoimento – um papo cabeça -, nesta
entrevista, além de ser um velho e querido bengala
friend, também sempre foi um excelente
desenhista, redator e editor.
Foi o responsável pelo lançamento da revista
Porrada, publicação especializada em histórias
em quadrinhos que marcou época e de
mais uma centena de outros títulos dos
mais diversos gêneros.
Este grande batalhador e produtor gráfico
também foi o fundador da famosa editora
Vidente, empresa editorial que lançou
inúmeros títulos nas bancas nacionais,
que fizeram história, Ele deu oportunidade
para muita gente publicar nesse país –
veteranos e iniciantes.
Quem é que nunca ouviu falar da lendária editora
Vidente, uma das mais importantes
casas editoriais do país,
que além de Porrada também lançou
a revista Pau Brasil e uma centena
de outros títulos populares?
Se você nasceu na década de 70 e 80, provavelmente,
nos anos 90, algum dia ouviu falar da revista
Porrada e de seu editor. Pois é, o cidadão que
deu o seu depoimento – um papo cabeça -, nesta
entrevista, além de ser um velho e querido bengala
friend, também sempre foi um excelente
desenhista, redator e editor.
Foi o responsável pelo lançamento da revista
Porrada, publicação especializada em histórias
em quadrinhos que marcou época e de
mais uma centena de outros títulos dos
mais diversos gêneros.
Este grande batalhador e produtor gráfico
também foi o fundador da famosa editora
Vidente, empresa editorial que lançou
inúmeros títulos nas bancas nacionais,
que fizeram história, Ele deu oportunidade
para muita gente publicar nesse país –
veteranos e iniciantes.
Amigos, web leitores, saibam mais
sobre essa intrépida criatura.
sobre essa intrépida criatura.
Saibam mais sobre o incrível...
GILBERTO FIRMINO,
EDITOR DA
LENDÁRIA EDITORA
VIDENTE E DA REVISTA
CHAMADA PORRADA!
Entre seus opositores ele é tido como "O Homem Mau, do quadrinho brasileiro!" |
Uma das belas capas da revista Porrada feita pelo argentino Hector |
Tony 1- Cara, que prazer poder lhe entrevistar,
professor Gil - também conhecido entre
os amigos por Gibão.
Ultimamente, só tenho entrevistado feras e você,
obviamente, não poderia faltar nesta festa.
Vamos direto ao assunto...
Você nasceu em que dia, mês, ano, em que
cidade e estado? O povo quer saber (Rsss...).
professor Gil - também conhecido entre
os amigos por Gibão.
Ultimamente, só tenho entrevistado feras e você,
obviamente, não poderia faltar nesta festa.
Vamos direto ao assunto...
Você nasceu em que dia, mês, ano, em que
cidade e estado? O povo quer saber (Rsss...).
FIRMINO: Sou natural da cidade de Araçatuba
localizada na região noroeste do estado de São Paulo.
Vim ao mundo no ano da graça de 1964, no
vigésimo dia do mês de novembro na manhã de
uma quarta-feira ensolarada.
Terceiro filho de uma família de seis irmãos.
Segundo a lenda caí, ainda bebê, de um disco
voador desgovernado no quintal da casa do
velho Firmino, que me alimentou com livros
e revistas, mas eu também
gostava de comer jornais...(rs).
Tony 2- Um alien? Que gostava de Comer jornais,
localizada na região noroeste do estado de São Paulo.
Vim ao mundo no ano da graça de 1964, no
vigésimo dia do mês de novembro na manhã de
uma quarta-feira ensolarada.
Terceiro filho de uma família de seis irmãos.
Segundo a lenda caí, ainda bebê, de um disco
voador desgovernado no quintal da casa do
velho Firmino, que me alimentou com livros
e revistas, mas eu também
gostava de comer jornais...(rs).
Araçatuba - Cidade do interior de São Paulo |
Tony 2- Um alien? Que gostava de Comer jornais,
além de HQs? (Rsss...). Começamos bem...
vamos nessa, ET... Eu o conheci na editora
Noblet, se não me engano.
Você também passou por lá, ou seja, trabalhou
lá no tempo do Paulo Hamasaki, nosso editor
chefe da época. Diga-me... como foi que você
foi parar na Noblet e como foi conviver
com o mestre e grande guru do
Oriente Paulo Hamasaki?
O cara é, até hoje, fissurado por horóscopo.
Nunca vi igual...por isso costumo chamá-lo de
“Nosso astrólogo do Oriente” (Rsss...).
vamos nessa, ET... Eu o conheci na editora
Noblet, se não me engano.
Você também passou por lá, ou seja, trabalhou
lá no tempo do Paulo Hamasaki, nosso editor
chefe da época. Diga-me... como foi que você
foi parar na Noblet e como foi conviver
com o mestre e grande guru do
Oriente Paulo Hamasaki?
O cara é, até hoje, fissurado por horóscopo.
Nunca vi igual...por isso costumo chamá-lo de
“Nosso astrólogo do Oriente” (Rsss...).
FIRMINO: Quando cheguei aqui em São Paulo, aos
18 anos, em 1983, as duas únicas editoras que
publicavam quadrinhos nacionais na
época eram a D'Art ,do Rodolfo Zalla, e a
Noblet, do Joseph Abourbih.
Conheci o Zalla e comecei a colaborar como
roteirista nas revistas Calafrio e Mestres do
Terror (ele achou que o meu traço ainda
era meio inseguro, mas que eu escrevia muito bem ).
Ele me deu as dicas do mercado e falou para eu
visitar a Noblet. Liguei para lá e falei com o
Hamasaki, que marcou para eu passar numa
sexta e tomar cerveja com os artistas da casa
que se reuniam toda semana no boteco-escritório
para receber os amigos no happy-hour...rs.
Tony 3– Esses happy hour eram memoráveis... haja
18 anos, em 1983, as duas únicas editoras que
publicavam quadrinhos nacionais na
época eram a D'Art ,do Rodolfo Zalla, e a
Noblet, do Joseph Abourbih.
Conheci o Zalla e comecei a colaborar como
roteirista nas revistas Calafrio e Mestres do
Terror (ele achou que o meu traço ainda
era meio inseguro, mas que eu escrevia muito bem ).
Ele me deu as dicas do mercado e falou para eu
visitar a Noblet. Liguei para lá e falei com o
Hamasaki, que marcou para eu passar numa
sexta e tomar cerveja com os artistas da casa
que se reuniam toda semana no boteco-escritório
para receber os amigos no happy-hour...rs.
Foto 1: Fausto Kataoka e Paulo Hamasaki (ao fundo), em primeiro plano Gil Firmino). Foto 2: Fausto e Gil, "bebemorando". |
Tony 3– Esses happy hour eram memoráveis... haja
“loiras geladas” (Rsss...). Cara, então você
começou com o mestre Zalla,
jamais imaginei isso.
Como digo sempre, é por isso que essas
entrevistas são ótimas, sempre acabamos
conhecendo um pouco mais sobre os amigos
além de revelar coisas de bastidores do
mundo das HQs.
Continue...
FIRMINO - Quando o Hamasaki descobriu que nós
começou com o mestre Zalla,
jamais imaginei isso.
Como digo sempre, é por isso que essas
entrevistas são ótimas, sempre acabamos
conhecendo um pouco mais sobre os amigos
além de revelar coisas de bastidores do
mundo das HQs.
Continue...
FIRMINO - Quando o Hamasaki descobriu que nós
dois éramos da mesma cidade (por uma feliz
coincidência do destino) fez questão que
eu fosse trabalhar na editora.
Ele foi um mestre para mim naquele início e
foi prazeroso compartilhar de sua inteligência
e seu conhecimento astrológico...rs.
coincidência do destino) fez questão que
eu fosse trabalhar na editora.
Ele foi um mestre para mim naquele início e
foi prazeroso compartilhar de sua inteligência
e seu conhecimento astrológico...rs.
Tony 4 - Hmmm... já vi tudo... afinidades astrológicas,
bairrísticas e etílicas (Rsss...).
De fato, nosso guru do Oriente sempre foi um
poço de cultura geral e tarado por astrologia.
Até hoje vive dizendo que sempre nos demos
bem porque nossos signos
zodiacais são compatíveis.
Nunca acreditei nessa coisa, principalmente,
depois que escrevi durante anos seções de
horóscopos sem entender de
porra nenhuma (Rsss...).
O que você fazia na Noblet?
Era assistente do Hama, como eu fui?
FIRMINO: Para minha sorte (outra vez), você tinha
acabado de se demitir da editora deixando uma vaga
no departamento de arte que eu ocupei...
obrigado, Tony!...kkk. Comecei com as revistas
infantis, mas depois acabei fazendo de tudo:
Akim, Sexyman, Hot Girls, Contos e por aí afora.
Capas, arte-final, textos, revisão, HQ's
e até fotolitos...rs.
Tony 5 - Não tem de que... Exatamente, pedi demissão,
acabado de se demitir da editora deixando uma vaga
no departamento de arte que eu ocupei...
obrigado, Tony!...kkk. Comecei com as revistas
infantis, mas depois acabei fazendo de tudo:
Akim, Sexyman, Hot Girls, Contos e por aí afora.
Capas, arte-final, textos, revisão, HQ's
e até fotolitos...rs.
Foto atual do intrépido editor, com pinta de mafioso |
Tony 5 - Não tem de que... Exatamente, pedi demissão,
acho que pela quarta vez... era um drama.
Eu e o mister No (Sr. Joseph Abourbih, nosso
editor) vivíamos quebrando o pau, nossos
santos não se bicavam. Ou como dizia
o Hama: “Seus signos não combinam.”), e o Hamasaki
vivia nos conciliando (Rsss...). Eu pedia a conta e
ele sempre me recontratava pagando mais, até
que, por fim, por estar de saco cheio, chutei
o pau da barraca e decidi sair de vez e abrir
meu primeiro estúdio (ETF). Fiquei na Noblet
durante 5 anos e aquilo pra mim já não
tinha mais graça. Queria novas conquistas,
novas perspectivas.
Queria montar meu próprio negócio.
E, com certeza, precisavam de alguém para
por no meu lugar. Que bom que esse
alguém foi você, Giba...
Quanto tempo você trabalhou com o famoso Mister
No (apelido brejeirinho dado por nós
ao editor Joseph Abourbih)... Rsss...
Eu e o mister No (Sr. Joseph Abourbih, nosso
editor) vivíamos quebrando o pau, nossos
santos não se bicavam. Ou como dizia
o Hama: “Seus signos não combinam.”), e o Hamasaki
vivia nos conciliando (Rsss...). Eu pedia a conta e
ele sempre me recontratava pagando mais, até
que, por fim, por estar de saco cheio, chutei
o pau da barraca e decidi sair de vez e abrir
meu primeiro estúdio (ETF). Fiquei na Noblet
durante 5 anos e aquilo pra mim já não
tinha mais graça. Queria novas conquistas,
novas perspectivas.
Queria montar meu próprio negócio.
E, com certeza, precisavam de alguém para
por no meu lugar. Que bom que esse
alguém foi você, Giba...
Quanto tempo você trabalhou com o famoso Mister
No (apelido brejeirinho dado por nós
ao editor Joseph Abourbih)... Rsss...
FIRMINO: Eu fiquei lá aproximadamente dois anos
e só saí para também tentar abrir a minha
própria editora. Mas foram dois anos muito
importantes, pois lá eu aprendi tudo
sobre gráfica, editora e quadrinhos.
Tony 6 - Sem dúvida, a Noblet foi
e só saí para também tentar abrir a minha
própria editora. Mas foram dois anos muito
importantes, pois lá eu aprendi tudo
sobre gráfica, editora e quadrinhos.
Década de 80. Happy Hour. O trio parada dura: Fausto, Gibão e Hamasaki, "enxugavam" os copos em grandes sextas etílicas, no tempo em que os três trabalhavam na editora Noblet |
uma grande escola para
todos nós... ela foi um verdadeiro celeiro
de jovens talentos... muita gente passou
é saiu de lá para abrir seu próprio
negócio, como nós. Sabe, acho incrível
essas coisas do destino. Nosso editor
nasceu no Egito, do outro lado do mundo,
viveu na França, em Nova Iorque e
acabou vindo para cá, pra ajudar a
todos nós. Se ele não vem pro Brasil
talvez nossas carreiras profissionais
jamais teriam decolado... essas
coisas são incríveis. Parece que viémos
para esse mundo com tudo já
programado. Mistério, bengala friend...
muito mistério. Dá até pra pirar se
a gente ficar matutando por que
essas coisas acontecem. Apesar de
ter arranca rabos homéricos com o Mister No
sempre gostei dele. Foi um grande cara,
um grande incentivador da arte.
Seguindo...
Antes da Noblet, você já havia tido alguma
experiência no setor editorial?
Isto é, já havia publicado por aí?
todos nós... ela foi um verdadeiro celeiro
de jovens talentos... muita gente passou
é saiu de lá para abrir seu próprio
negócio, como nós. Sabe, acho incrível
essas coisas do destino. Nosso editor
nasceu no Egito, do outro lado do mundo,
viveu na França, em Nova Iorque e
acabou vindo para cá, pra ajudar a
todos nós. Se ele não vem pro Brasil
talvez nossas carreiras profissionais
jamais teriam decolado... essas
coisas são incríveis. Parece que viémos
para esse mundo com tudo já
programado. Mistério, bengala friend...
muito mistério. Dá até pra pirar se
a gente ficar matutando por que
essas coisas acontecem. Apesar de
ter arranca rabos homéricos com o Mister No
sempre gostei dele. Foi um grande cara,
um grande incentivador da arte.
Seguindo...
Antes da Noblet, você já havia tido alguma
experiência no setor editorial?
Isto é, já havia publicado por aí?
FIRMINO: Sim. Comecei aos 15 num tablóide
da minha cidade fazendo tiras de humor,
ilustrações e vinhetas num jornaleco.
Depois cheguei a ter duas HQ's eróticas
publicadas na saudosa Grafipar na seção
"clube de quadrinhos", onde eles davam
oportunidade para iniciantes.
Trabalhei em uma
editora de revistas técnicas antes de ir para
a Noblet onde eu fazia past-up das revistas
e criava capas de livros. Sou especialista
em capas até hoje.
Acredito que só existam uns
8 em todo o Brasil.
Tony 7 – Past-up, hoje em dia a galera nem sabe
da minha cidade fazendo tiras de humor,
ilustrações e vinhetas num jornaleco.
Depois cheguei a ter duas HQ's eróticas
publicadas na saudosa Grafipar na seção
"clube de quadrinhos", onde eles davam
oportunidade para iniciantes.
Trabalhei em uma
editora de revistas técnicas antes de ir para
a Noblet onde eu fazia past-up das revistas
e criava capas de livros. Sou especialista
em capas até hoje.
Acredito que só existam uns
8 em todo o Brasil.
O jovem Gilberto Firmino, que já sonhava em ser editor, um dia |
Tony 7 – Past-up, hoje em dia a galera nem sabe
o que é isso. Mas, isso é uma longa história
que fica para outra vez... Agora sim, estamos,
todos, conhecendo seu dossiê, meu querido
bengala friend. Um capista nato? Bom saber...
No meu tempo, a Noblet era o POINT... muita
gente importante passava por lá, como:
Jayme Cortez, Reinaldo de Oliveira, Militelo,
Paulo Fukue, J.B. Pereira, Shimamoto,
Hélio Porto, e outras feras. Na sua época,
quem você conheceu – que você
admirava -, naquela editora?
que fica para outra vez... Agora sim, estamos,
todos, conhecendo seu dossiê, meu querido
bengala friend. Um capista nato? Bom saber...
No meu tempo, a Noblet era o POINT... muita
gente importante passava por lá, como:
Jayme Cortez, Reinaldo de Oliveira, Militelo,
Paulo Fukue, J.B. Pereira, Shimamoto,
Hélio Porto, e outras feras. Na sua época,
quem você conheceu – que você
admirava -, naquela editora?
FIRMINO: Lá eu conheci todos estes que você
citou, mas eu admirava mesmo eram os
desenhistas da nova geração da época como
o Seabra, o Rodval Matias e o Mozart Couto.
Eu fiquei muito feliz por ter conhecido (pasmem!!!)
o Seabra... kkk. Eu era fã dele. E fiquei
decepcionado por não ter conhecido o
Mozart. Ele nunca veio na editora,
mandava tudo pelo correio.
citou, mas eu admirava mesmo eram os
desenhistas da nova geração da época como
o Seabra, o Rodval Matias e o Mozart Couto.
Eu fiquei muito feliz por ter conhecido (pasmem!!!)
o Seabra... kkk. Eu era fã dele. E fiquei
decepcionado por não ter conhecido o
Mozart. Ele nunca veio na editora,
mandava tudo pelo correio.
Tony 8 - O Mozart sempre morou em Minas...
Você ficou feliz, por ter conhecido o Seabra!?
Aquele tranqueira? (Rsss...). Brincadeirinha,
Seabrão... todos nós te admiramos.
Esses feras que você citou,bengala Giba,
fizeram HQs para a revista Sexyman, um
título de quadrinhos eróticos que durou anos
pela Noblet. Começou com material importado
e depois passou a dar espaço pros brasileiros.
Prosseguindo... Na década de 80, após ficar 5
anos na Noblet – como já disse-, eu pedi a
conta e abri meu primeiro estúdio.
Você ficou feliz, por ter conhecido o Seabra!?
Aquele tranqueira? (Rsss...). Brincadeirinha,
Seabrão... todos nós te admiramos.
Esses feras que você citou,bengala Giba,
fizeram HQs para a revista Sexyman, um
título de quadrinhos eróticos que durou anos
pela Noblet. Começou com material importado
e depois passou a dar espaço pros brasileiros.
Prosseguindo... Na década de 80, após ficar 5
anos na Noblet – como já disse-, eu pedi a
conta e abri meu primeiro estúdio.
O Hamasaki se aventurou na Grafipar –
que estava bombando -, mas acabou voltando pra
Noblet, quando percebeu que a editora de
Curitiba tava indo pro saco.
O Hamasaki, ele deve ter ficado uns 10 anos
por lá ( na Noblet), eu acho.
Você, saiu antes ou depois do
japa Paulo Hamasaki?
que estava bombando -, mas acabou voltando pra
Noblet, quando percebeu que a editora de
Curitiba tava indo pro saco.
O Hamasaki, ele deve ter ficado uns 10 anos
por lá ( na Noblet), eu acho.
Você, saiu antes ou depois do
japa Paulo Hamasaki?
FIRMINO: Logo depois dele.
Tony 9 - Tínhamos, todos, espírito empreendedor,
e acabamos deixando nosso velho e bom editor
a ver navios, essa é que é a verdade...
O que você fez, depois que saiu da Noblet?
e acabamos deixando nosso velho e bom editor
a ver navios, essa é que é a verdade...
O que você fez, depois que saiu da Noblet?
FIRMINO: Eu me associei ao João Francisco e
ao Fausto Kataoka para abrirmos uma editora.
Eu produzia, o Kataoka imprimia e o João
distribuia... não deu muito certo...rs.
Eu acabei indo trabalhar de empregado novamente.
O João me levou para a editora La Selva, do
Victor La Selva, que quando a revista FIESTA
acabou virou sócio do Galvão.
E quando a sociedade deles terminou eu
fiquei como diretor de arte da
então nova Galvão Editora.
Década de 80: Galvão - editor da revista Private e Porrada- e Gibão tomando uma "loira gelada" num boteco do litoral paulista |
Francis (João Francisco),e ao Faustão?
Eu ia morrer sem saber disso, juro... e o incrível,
todos são meus amigos.
Para quem não sabe o lendário João Francisco
foi o intrépido editor da revista Abutre
(de HQs) e de uma porrada de revistas
de fotonovelas eróticas e de atividades infantis.
Ainda é o dono da editora Flama e outro selos.
Para que empresas editoriais
você trabalhou, pós-Noblet?
Anúncio de quarta capa onde aparecem alguns dos títulos lançados pela editora Vidente |
FIRMINO: Fiz "free-la" para quase todas as editoras de
São Paulo daquele tempo. Abril, Ondas, Três,
Aplause, Flama, Bentivegna, Nova
Sampa, Maciota, Fitipaldi, etc.
São Paulo daquele tempo. Abril, Ondas, Três,
Aplause, Flama, Bentivegna, Nova
Sampa, Maciota, Fitipaldi, etc.
Tony 11 - Bela bagagem profissional...
Vamos falar sobre a famosa editora Galvão,
que publica a revista PRIVATE há anos–
destinada ao público masculino.
Como foi que você convenceu nosso bengala
friend, Galvão, a lançar histórias em quadrinhos?
Foi ele que começou a lançar a
lendária Porrada, não foi?
Vamos falar sobre a famosa editora Galvão,
que publica a revista PRIVATE há anos–
destinada ao público masculino.
Como foi que você convenceu nosso bengala
friend, Galvão, a lançar histórias em quadrinhos?
Foi ele que começou a lançar a
lendária Porrada, não foi?
FIRMINO: Ok. Depois de dois anos editando
revistas masculinas eu pedi demissão porque
não aguentava mais ver tanta mulher pelada...kkk.
Eu queria editar quadrinhos.
E para me manter na empresa ele aceitou a
minha proposta de lançarmos pelo
menos uma revista de HQ's.
revistas masculinas eu pedi demissão porque
não aguentava mais ver tanta mulher pelada...kkk.
Eu queria editar quadrinhos.
E para me manter na empresa ele aceitou a
minha proposta de lançarmos pelo
menos uma revista de HQ's.
Tony 12 - Esta sua afirmação “Não agüentava mais
ver tanta mulher pelada”, pode parecer estranho,
mas isto também aconteceu comigo, quando
trabalhava fazendo Hot Girls e Contos Excitantes
para a Noblet. Inicialmente você fica
empolgado, com o tempo baixa uma puta frustração,
a gente quer fazer HQs e acaba mesmo enjoando
de ver tantas xanas (Rsss...).
Olha o perigo! Parece coisa de boióla, mas não é.
Fazer sempre a mesma coisa é maçante.
Você ganha a sua grana mas rola uma puta
frustração. Criar textos eróticos então é
um pé no saco. É tudo igual: “Uiii...aiii...bota tudo...
tira... mais, mais... hfsss...ahhh, gozeiiii”.
Mas, o pessoal gosta e as melecas vendiam
pra cacete na época. Nossa obrigação,
como funcionários da casa, era fazer o
que o editor queria.
Mas fazer durante anos aquilo era foda...
Não há nada como fazer aquilo que nos
dá prazer: HQs. Continuando...
Qual era a proposta inicial da Porrada?
Dar espaço pros autores nacionais?
ver tanta mulher pelada”, pode parecer estranho,
mas isto também aconteceu comigo, quando
trabalhava fazendo Hot Girls e Contos Excitantes
para a Noblet. Inicialmente você fica
empolgado, com o tempo baixa uma puta frustração,
a gente quer fazer HQs e acaba mesmo enjoando
de ver tantas xanas (Rsss...).
Olha o perigo! Parece coisa de boióla, mas não é.
Fazer sempre a mesma coisa é maçante.
Você ganha a sua grana mas rola uma puta
frustração. Criar textos eróticos então é
um pé no saco. É tudo igual: “Uiii...aiii...bota tudo...
tira... mais, mais... hfsss...ahhh, gozeiiii”.
Mas, o pessoal gosta e as melecas vendiam
pra cacete na época. Nossa obrigação,
como funcionários da casa, era fazer o
que o editor queria.
Mas fazer durante anos aquilo era foda...
Não há nada como fazer aquilo que nos
dá prazer: HQs. Continuando...
Qual era a proposta inicial da Porrada?
Dar espaço pros autores nacionais?
Gil Firmino (Gibão) em visita a DeFarias Editora |
FIRMINO: O desejo era de fazer uma revista
todinha com autores nacionais mas, infelizmente,
não se consegue manter uma publicação
mensal de qualidade apenas com trabalhos
de profissionais brasileiros.
Você até consegue fechar uma edição, duas
ou três daí a coisa começa a complicar
porque a qualidade cai muito e o leitor abandona
o título e as vendas despencam. Este é um dos
motivos do quadrinho nacional nunca ter dado certo.
Falta constância na qualidade quando se
tem a obrigação de cumprir um contrato mensal
com uma editora. O pessoal falha.
No final das contas a casa publicadora se vê
forçada a contar com o material importado
que é muito mais seguro, em termos de qualidade.
Todo o resto que se diz a respeito do quadrinho
nacional é "balela". Como se diz lá no interior:
_ "É cunversa pra boi durmi!"...kkk. No caso
da Porrada a solução que eu encontrei foi
mesclar 50% gringo com 50% de
material nacional. Funcionou!!!
todinha com autores nacionais mas, infelizmente,
não se consegue manter uma publicação
mensal de qualidade apenas com trabalhos
de profissionais brasileiros.
Você até consegue fechar uma edição, duas
ou três daí a coisa começa a complicar
porque a qualidade cai muito e o leitor abandona
o título e as vendas despencam. Este é um dos
motivos do quadrinho nacional nunca ter dado certo.
Falta constância na qualidade quando se
tem a obrigação de cumprir um contrato mensal
com uma editora. O pessoal falha.
No final das contas a casa publicadora se vê
forçada a contar com o material importado
que é muito mais seguro, em termos de qualidade.
Todo o resto que se diz a respeito do quadrinho
nacional é "balela". Como se diz lá no interior:
_ "É cunversa pra boi durmi!"...kkk. No caso
da Porrada a solução que eu encontrei foi
mesclar 50% gringo com 50% de
material nacional. Funcionou!!!
Tony 13: Você tem razão... manter uma publicação
só com os tupiniquins sempre foi problema.
O pessoal dizia que ninguém dava espaço,
quando criávamos espaço sentíamos o drama.
Faltava produção, qualidade e constância.
Pra fazermos a Udigrudi tínhamos que contar
com um batalhão de autores, mesmo pagando
um bom preço por página.
A maioria só produzia 10 pagininhas mensais.
Era uma merda. Você usou a cabeça
mesclando o material e o resultado foi um sucesso.
Parabéns, pela brilhante jogada.
A ideia de lançar a revista Porrada,
ela foi sua ou do Galvão?
FIRMINO: Minha, pois a ideia inicial dele era
uma revista de humor na linha de Chiclete com
Banana, Geraldão, Niquel Nausea e Casseta
Popular, que eram publicações que faziam
sucesso na época. Como não conseguimos
ninguém que tivesse capacidade para produzir
uma revista mensal de 32 paginas ele acabou
desistindo desta linha e deixou para
eu decidir o que seria lançado.
uma revista de humor na linha de Chiclete com
Banana, Geraldão, Niquel Nausea e Casseta
Popular, que eram publicações que faziam
sucesso na época. Como não conseguimos
ninguém que tivesse capacidade para produzir
uma revista mensal de 32 paginas ele acabou
desistindo desta linha e deixou para
eu decidir o que seria lançado.
Tony 14 - Maravilha! Nosso amigo, Galvão, é um
dos mais bem sucedidos editores da nossa época
e até hoje tá aí “firme na paçoca”, apesar do
mercado ter virado de pernas pro ar... quanto
tempo você trabalhou com ele e quando
foi que decidiu sair de lá? E, por quê?
dos mais bem sucedidos editores da nossa época
e até hoje tá aí “firme na paçoca”, apesar do
mercado ter virado de pernas pro ar... quanto
tempo você trabalhou com ele e quando
foi que decidiu sair de lá? E, por quê?
A arte underground de R.Grumb era constante nas páginas de Porrada |
FIRMINO: Três anos. Na verdade eu queria ficar lá
apenas um ano, pois tinha o desejo de ter a
minha própria editora, mas toda vez que eu
pedia demissão ele dobrava o meu salário e
eu fui ficando. O sucesso do Galvão é que
antes dele se tornar uma editora já era
uma distribuidora.
E antes de se tornar distribuidora
ele tinha trabalhado por mais de 20 anos na
grande Fernando Chinaglia Distribuidora S\A.
Quer dizer: o homem sabe tudo de distribuição.
Um pouco desta experiência dele eu consegui
adquirir neste convívio que foi de suma
importância na minha trajetória.
Eu decidi sair quando ele cancelou a circulação
da revista Porrada! Na sétima edição quando
as vendas tinham caído de 30 para 20 mil
exemplares e não compensava
para a empresa.
apenas um ano, pois tinha o desejo de ter a
minha própria editora, mas toda vez que eu
pedia demissão ele dobrava o meu salário e
eu fui ficando. O sucesso do Galvão é que
antes dele se tornar uma editora já era
uma distribuidora.
E antes de se tornar distribuidora
ele tinha trabalhado por mais de 20 anos na
grande Fernando Chinaglia Distribuidora S\A.
Quer dizer: o homem sabe tudo de distribuição.
Um pouco desta experiência dele eu consegui
adquirir neste convívio que foi de suma
importância na minha trajetória.
Eu decidi sair quando ele cancelou a circulação
da revista Porrada! Na sétima edição quando
as vendas tinham caído de 30 para 20 mil
exemplares e não compensava
para a empresa.
Tony 15 - Captei vossos “sinais de fumaça”, mestre...
A famosa editora Vidente, vamos falar sobre o
Gibão editor, agora... em que ano você a abriu
e qual foi o primeiro título que você
lançou nas bancas?
A famosa editora Vidente, vamos falar sobre o
Gibão editor, agora... em que ano você a abriu
e qual foi o primeiro título que você
lançou nas bancas?
FIRMINO: Comecei em 1989 sob o sol de gêmeos,
no mês de junho e o primeiro produto que coloquei
nas bancas com o selo da Vidente foi a revista
Porrada! Na sua nova fase "special".
Um sucesso total de vendas, 95% da tiragem
de 10.000 exemplares distribuídos APENAS
na cidade de São Paulo. Eu nunca mais consegui
uma porcentagem desta em qualquer outra venda
de revista. Você não encontra mais um exemplar
desta edição em lugar nenhum.
É uma raridade e quem tem não vende.
Tony 16: Atenção, bengalas friends colecionadores!
no mês de junho e o primeiro produto que coloquei
nas bancas com o selo da Vidente foi a revista
Porrada! Na sua nova fase "special".
Um sucesso total de vendas, 95% da tiragem
de 10.000 exemplares distribuídos APENAS
na cidade de São Paulo. Eu nunca mais consegui
uma porcentagem desta em qualquer outra venda
de revista. Você não encontra mais um exemplar
desta edição em lugar nenhum.
É uma raridade e quem tem não vende.
Título de revista dirigida, acadêmica, feita pelo Gil |
Alguém tem em seu acervo a referida revista?
Tá valendo uma grana...
O título Porrada, como já comentamos, foi lançado
inicialmente pela Galvão Editora.
Ao sair de lá, você ficou com o título e passou
a lançá-lo pela sua editora. Conta pra gente
como é que rolou essa negociata
de você ficar com o título?
Tá valendo uma grana...
O título Porrada, como já comentamos, foi lançado
inicialmente pela Galvão Editora.
Ao sair de lá, você ficou com o título e passou
a lançá-lo pela sua editora. Conta pra gente
como é que rolou essa negociata
de você ficar com o título?
FIRMINO: Foi o seguinte: Pouco antes de sair da
Galvão editora eu tinha feito um acordo com
ele para continuar na empresa, eu
imprimiria minhas próprias revistas e ele
distribuiria com o selo dele pela Chinaglia
e nós racharíamos o lucro. Logo na primeira
revista que lançamos nesta parceria o índice
de venda foi muito bom, 75% de 30.000 exemplares.
Ele "cresceu o olho" e me propôs a compra deste
meu título "Guia da Felicidade". Eu falei que
aceitaria trocar pelo título "Porrada!".
Como ele não tinha mais interesse na revista
de HQs acabou me dando o título de brinde e
ainda me pagou uma grana bem legal pelo
meu guia. Foi assim que consegui capital
extra para dar início à
minha própria editora.
Galvão editora eu tinha feito um acordo com
ele para continuar na empresa, eu
imprimiria minhas próprias revistas e ele
distribuiria com o selo dele pela Chinaglia
e nós racharíamos o lucro. Logo na primeira
revista que lançamos nesta parceria o índice
de venda foi muito bom, 75% de 30.000 exemplares.
Ele "cresceu o olho" e me propôs a compra deste
meu título "Guia da Felicidade". Eu falei que
aceitaria trocar pelo título "Porrada!".
Como ele não tinha mais interesse na revista
de HQs acabou me dando o título de brinde e
ainda me pagou uma grana bem legal pelo
meu guia. Foi assim que consegui capital
extra para dar início à
minha própria editora.
Tony 17 - Belo lance... genial! Ainda sobre a sua
editora Vidente... foi fácil fechar contrato com
um grande distribuidora?
Ou a coisa foi demorada?
editora Vidente... foi fácil fechar contrato com
um grande distribuidora?
Ou a coisa foi demorada?
FIRMINO: Foi muito fácil porque eu já era conhecido
lá dentro. Como funcionário da Galvão editora
eu frequentava a Distribuidora com muita
frequência e já tinha feito muitos amigos ali.
Quando me tornei editor me receberam de braços
abertos e foi tudo muito natural.
lá dentro. Como funcionário da Galvão editora
eu frequentava a Distribuidora com muita
frequência e já tinha feito muitos amigos ali.
Quando me tornei editor me receberam de braços
abertos e foi tudo muito natural.
Tony 18 - Legal. Quando tentei entrar na “máfia”
houve uma certa resistência. As portas só se
abriram quando disse para eles que havia sido
funcionário da Noblet durante 5 anos e que
era eu quem fazia as revistas daquela casa.
Pensando bem... fomos privilegiados pelos deuses,
grande Giba... no nosso tempo tudo vendia bem.
Éramos felizes e não sabíamos (Rsss...).
O mundo mudou e o mercado editorial
também, não se vende mais como antigamente,
pelo menos, no Brasil, você sabe... sei que a
sua revista Porrada vendia bem.
Qual foi a tiragem inicial e
quanto por cento vendia?
houve uma certa resistência. As portas só se
abriram quando disse para eles que havia sido
funcionário da Noblet durante 5 anos e que
era eu quem fazia as revistas daquela casa.
Pensando bem... fomos privilegiados pelos deuses,
grande Giba... no nosso tempo tudo vendia bem.
Éramos felizes e não sabíamos (Rsss...).
O mundo mudou e o mercado editorial
também, não se vende mais como antigamente,
pelo menos, no Brasil, você sabe... sei que a
sua revista Porrada vendia bem.
Qual foi a tiragem inicial e
quanto por cento vendia?
FIRMINO: Você está falando de quase
30 anos atrás...rs.
30 anos atrás...rs.
Tony 19 – Sim, somos anti-diluvianos, bengala
brother... somos jurássicos.
Uma espécie em extinção (Rsss...).
FIRMINO: Realmente o mundo era muito diferente.
brother... somos jurássicos.
Uma espécie em extinção (Rsss...).
FIRMINO: Realmente o mundo era muito diferente.
Dá para acreditar que não existia Internet e
nem celular?!? Pois é, crianças!!!...rsss.
Tudo era diferente. É por isto que hoje
devemos enterrar de vez estes conceitos
arcaícos de produção e distribuição no ramo
editorial e nos adequarmos o mais rápido
possível a estes novos tempos.
Na primeira fase distribuída pela GED
(Galvão Editora - 6 edições) a tiragem
era de 50.000 exemplares com vendas
entre 60 e 50% nas edições iniciais caindo
para 30% nas últimas edições.
Na segunda fase, pelo selo Vidente (12 edições),
Os primeiros 3 números, apenas com
distribuição local, a tiragem era de 10.000
exemplares com vendas variando de 95 a 80%
(sucesso editorial).
A partir da edição 4, aumentou a tiragem para
30.000 exemplares e a distribuição foi para
todo o país. As vendas estacionaram na
casa dos 50% até a edição 9 e depois despencaram
para 30 e 20% na última edição.
Vale ressaltar que consegui fazer a mágica
de manter o preço de capa de 4 em 4 edições,
mesmo aumentando o número de páginas,
de 32 a 48 e depois para 64 e ainda adicionando
encartes e posters apesar da inflação
monstruosa do governo Sarney.
nem celular?!? Pois é, crianças!!!...rsss.
Tudo era diferente. É por isto que hoje
devemos enterrar de vez estes conceitos
arcaícos de produção e distribuição no ramo
editorial e nos adequarmos o mais rápido
possível a estes novos tempos.
Na primeira fase distribuída pela GED
(Galvão Editora - 6 edições) a tiragem
era de 50.000 exemplares com vendas
entre 60 e 50% nas edições iniciais caindo
para 30% nas últimas edições.
Na segunda fase, pelo selo Vidente (12 edições),
Os primeiros 3 números, apenas com
distribuição local, a tiragem era de 10.000
exemplares com vendas variando de 95 a 80%
(sucesso editorial).
Al Capone? |
A partir da edição 4, aumentou a tiragem para
30.000 exemplares e a distribuição foi para
todo o país. As vendas estacionaram na
casa dos 50% até a edição 9 e depois despencaram
para 30 e 20% na última edição.
Vale ressaltar que consegui fazer a mágica
de manter o preço de capa de 4 em 4 edições,
mesmo aumentando o número de páginas,
de 32 a 48 e depois para 64 e ainda adicionando
encartes e posters apesar da inflação
monstruosa do governo Sarney.
Tony 20 - Caraca! Você fez milagre! Naqueles idos
a inflação era galopante. Quantos autores
colaboravam para a confecção de cada
edição? Dá pra lembrar?
a inflação era galopante. Quantos autores
colaboravam para a confecção de cada
edição? Dá pra lembrar?
FIRMINO: De 8 a 10.
Tony 21 - Cite alguns nomes das feras que colaboraram
Paul Brasil foi outro grande título lançado pela editora Vidente |
com a editora Vidente, gente que fazia quadrinhos...
FIRMINO: Nossa! Era muita gente...rs.
Não vou lembrar de todo mundo então citarei
apenas alguns nomes... O Marcelo Campos,
o Roger Cruz, Luke Ross, Kleb's Jr, Bira
Dantas, Osney Roko, Hector Gomes, Marcatti,
Seabra, Gilvan Lira, Salatiel, Morgani, Schaal,
Lourenço Muttarelli, Watson Portela,
Sidney Gusman, Marcio Baraldi, Mosquil,
Oswaldo Pavanelli, Vilela, Milanni, Burdiel,
Málaga, Arthur Garcia, Lobo, Allan Alex,
Patati, Marcelo Gaú, Solano
Lopez e muitos outros.
Tony 22 - Só feras do traço e do texto!
Não vou lembrar de todo mundo então citarei
apenas alguns nomes... O Marcelo Campos,
o Roger Cruz, Luke Ross, Kleb's Jr, Bira
Dantas, Osney Roko, Hector Gomes, Marcatti,
Seabra, Gilvan Lira, Salatiel, Morgani, Schaal,
Lourenço Muttarelli, Watson Portela,
Sidney Gusman, Marcio Baraldi, Mosquil,
Oswaldo Pavanelli, Vilela, Milanni, Burdiel,
Málaga, Arthur Garcia, Lobo, Allan Alex,
Patati, Marcelo Gaú, Solano
Lopez e muitos outros.
O ilustrado Roko entregando a capa da edição # 7 da revista Porrada |
Muitos deles ainda estão por aí na batalha.
Outro dia entrevistei o bengala friend Jerônimo
Gonçalves e, pra minha surpresa, ele me
disse que me procurou porque você me indicou.
Ou melhor, indicou a minha editora
Phenix... foi isso mesmo?
Como você o conheceu?
Outro dia entrevistei o bengala friend Jerônimo
Gonçalves e, pra minha surpresa, ele me
disse que me procurou porque você me indicou.
Ou melhor, indicou a minha editora
Phenix... foi isso mesmo?
Como você o conheceu?
FIRMINO: Não me recordo, mas deve ter sido
por ele ter procurado a editora e depois de
uma análise eu ter achado que o material
dele se enquadrava na linha de alguma revista
sua... deve ser isso, mas não tenho certeza,
desculpe-me. Nesta idade a minha
memória já começa a falhar...rsss.
por ele ter procurado a editora e depois de
uma análise eu ter achado que o material
dele se enquadrava na linha de alguma revista
sua... deve ser isso, mas não tenho certeza,
desculpe-me. Nesta idade a minha
memória já começa a falhar...rsss.
Tony 23 - As nossas. Nossos “HDs” andam falhando
(Rsss...). Parece que o Roberto Guedes também
nos procurou após passar pela Vidente... que
trabalhos o meteórico Guedes
fez para a revista Porrada?
(Rsss...). Parece que o Roberto Guedes também
nos procurou após passar pela Vidente... que
trabalhos o meteórico Guedes
fez para a revista Porrada?
FIRMINO: Bom, isto você tem que perguntar para
ele porque eu sinceramente não me recordo mais...rs.
ele porque eu sinceramente não me recordo mais...rs.
Tony 24 - Esse é o problema de entrevistar
tiozinhos e vozinhos bengalas, a arteriosclerose
tá pegando (Rsss...). Mas, tudo bem... vamos
em frente. Nobody is perfect... Muitos dos
profissionais que trabalhavam pra Phenix
também passaram a colaborar com a Vidente,
como Bilau, Salatiel de Holanda e outras feras.
Você conseguiu, também, arrumar um time
da pesada. Haja grana para manter uma
equipe dessas na ativa. Fale-me sobre o seu
dia a dia na editora. Você, pessoalmente,
lidava com os autores?
FIRMINO: No princípio, sim, mas depois a coisa
tomou uma proporção muito grande que
fui forçado a contratar um profissional só
para atender os autores e os iniciantes.
O primeiro foi o Álvaro Omine, depois
o Mosquil e por fim o Dario Chaves.
Eu chegava no escritório as 9 da manhã,
colocava a burocracia em dia e atendia
os fornecedores e colaboradores das 10
ao meio-dia, com reuniões de 10 minutos
com cada um. Não perdia tempo com papo-furado.
Daí almoçava e ia visitar gráfica, distribuidora
e banco. Voltava para a editora às 16 horas
e ficava na redação supervisionando algumas
coisas e produzindo outras revistas até
as 19 horas. Depois ia para casa.
Tony 25 - Vida de dono de editora pequena é foda.
tomou uma proporção muito grande que
fui forçado a contratar um profissional só
para atender os autores e os iniciantes.
O primeiro foi o Álvaro Omine, depois
o Mosquil e por fim o Dario Chaves.
Eu chegava no escritório as 9 da manhã,
colocava a burocracia em dia e atendia
os fornecedores e colaboradores das 10
ao meio-dia, com reuniões de 10 minutos
com cada um. Não perdia tempo com papo-furado.
Daí almoçava e ia visitar gráfica, distribuidora
e banco. Voltava para a editora às 16 horas
e ficava na redação supervisionando algumas
coisas e produzindo outras revistas até
as 19 horas. Depois ia para casa.
O íncrível Hector Gomes |
O pessoal pensa que é moleza administrar
buchas e ainda ser artista... Entre os autores há
muitos narcisistas, muito vedetismo e
até desacordo entre eles. Sua equipe
trabalhava em harmonia ou você alguma
vez teve que lidar com desavenças entre eles?
buchas e ainda ser artista... Entre os autores há
muitos narcisistas, muito vedetismo e
até desacordo entre eles. Sua equipe
trabalhava em harmonia ou você alguma
vez teve que lidar com desavenças entre eles?
FIRMINO: Não porque a minha postura com todos
sempre foi profissional. Deixava claro desde o início
que autor não era artista e sim um trabalhador
como todos os outros sujeitos à lei trabalhista
com direitos e deveres. E que, as HQ's não
eram "obras" de arte e sim produtos comerciais
e por consequência sujeitos à lei de mercado.
Eles entendiam e todo mundo se respeitava.
sempre foi profissional. Deixava claro desde o início
que autor não era artista e sim um trabalhador
como todos os outros sujeitos à lei trabalhista
com direitos e deveres. E que, as HQ's não
eram "obras" de arte e sim produtos comerciais
e por consequência sujeitos à lei de mercado.
Eles entendiam e todo mundo se respeitava.
Tony 26: Perfeito! Também sempre pensei
como você, porém, você sabe... tem uns malucos
que acham que elas são obras de arte, na acepção
da palavra. Estão iludidos. Um dia, um dos nossos
colaboradores me disse que estava trabalhando pra
Vidente e que você estava pagando
a turma em dólares... isto é verdade?
como você, porém, você sabe... tem uns malucos
que acham que elas são obras de arte, na acepção
da palavra. Estão iludidos. Um dia, um dos nossos
colaboradores me disse que estava trabalhando pra
Vidente e que você estava pagando
a turma em dólares... isto é verdade?
FIRMINO: Kkk...(gargalhadas). Sim, pode-se dizer
que sim. Na verdade eu pagava em cruzeiros
pela cotação do dólar do dia em que estava
efetuando o pagamento. Eram tempos horríveis
de hiperinflação e esta foi a forma que
eu encontrei de salvaguardar o poder aquisitivo
dos autores. Eu combinava um valor em dólares
e no acerto pagava em cruzeiros o valor
cálculado pelo dólar do dia. O pessoal gostava.
Mas pra alguns autores cheguei
a passar dólares mesmo.
Tony 27 - Também me informaram que você tinha
que sim. Na verdade eu pagava em cruzeiros
pela cotação do dólar do dia em que estava
efetuando o pagamento. Eram tempos horríveis
de hiperinflação e esta foi a forma que
eu encontrei de salvaguardar o poder aquisitivo
dos autores. Eu combinava um valor em dólares
e no acerto pagava em cruzeiros o valor
cálculado pelo dólar do dia. O pessoal gostava.
Mas pra alguns autores cheguei
a passar dólares mesmo.
O argentino Mosquil, apresentando suas pranchas ao editor |
um projeto faraônico: imprimir revistas em
inglês, no Brasil, e distribuí-las nos Estados
Unidos. Pensei comigo, na época:
“O Giba tá pirado? Querendo encarar
as majors americanas? Viajando na maionese?”
Isso, de fato, eram seus planos
ou a coisa foi apenas uma lenda?
inglês, no Brasil, e distribuí-las nos Estados
Unidos. Pensei comigo, na época:
“O Giba tá pirado? Querendo encarar
as majors americanas? Viajando na maionese?”
Isso, de fato, eram seus planos
ou a coisa foi apenas uma lenda?
FIRMINO: KKKKK...(muitas gargalhadas mais).
Isso também é verdade. Eu cheguei a iniciar este
projeto, mas não o concluí porque na sequência
tive problemas com sócios e tive que fechar
a empresa. Mas cheguei a publicar uma edição
one shot "Cangaço" e uma mini série Age
Of Darkness, em inglês, que não foram exportadas.
Realmente naquele tempo eu tinha
muitas ideias mirabolantes...kkk.
Isso também é verdade. Eu cheguei a iniciar este
projeto, mas não o concluí porque na sequência
tive problemas com sócios e tive que fechar
a empresa. Mas cheguei a publicar uma edição
one shot "Cangaço" e uma mini série Age
Of Darkness, em inglês, que não foram exportadas.
Realmente naquele tempo eu tinha
muitas ideias mirabolantes...kkk.
Tony 28 - Ducacete (Rsss...). Bons tempos aqueles.
Você fez história... Você tinha contato, com
algum distribuidor americano?
Aliás, pelo que sei, só existe um
até hoje a Diamond Comics...
Você fez história... Você tinha contato, com
algum distribuidor americano?
Aliás, pelo que sei, só existe um
até hoje a Diamond Comics...
FIRMINO: Tinha nada! Eu ia me meter no
mercado americano com a cara e a coragem...rs.
Eu era jovem e inconsequente.
Hoje não sou mais jovem...rssss.
Curtindo o folclore da região Nordeste do país,
mercado americano com a cara e a coragem...rs.
Eu era jovem e inconsequente.
Hoje não sou mais jovem...rssss.
Curtindo o folclore da região Nordeste do país,
durante o lançamento da revista Cangaço,
em Recife
Tony 29 – É... Hoje somos sábios, de tanto fazermos
cagadas... só assim um homem pode se
tornar um sábio (Rsss...)... a realidade
é cruel... Prossiga, sábia criatura...
cagadas... só assim um homem pode se
tornar um sábio (Rsss...)... a realidade
é cruel... Prossiga, sábia criatura...
FIRMINO: O JP na época estava ligado ao Art
e Comics (do Hélcio) e se ofereceu para
me indicar o caminho das pedras, mas
ele achava que eu não deveria imprimir
no Brasil e exportar para os Estados Unidos
e, sim, imprimir numa gráfica de lá e
distribuir pela Diamond. Ou seja, montar
uma filial lá nos States. Não topei e o
negócio acabou naufragando.
Eu queria o controle total sobre a
produção e não podia ficar viajando para lá.
e Comics (do Hélcio) e se ofereceu para
me indicar o caminho das pedras, mas
ele achava que eu não deveria imprimir
no Brasil e exportar para os Estados Unidos
e, sim, imprimir numa gráfica de lá e
distribuir pela Diamond. Ou seja, montar
uma filial lá nos States. Não topei e o
negócio acabou naufragando.
Eu queria o controle total sobre a
produção e não podia ficar viajando para lá.
Tony 30 - Tudo isso faz parte da empolgação, é claro...
as coisas estavam indo bem, por que não sonhar?
Fale-me sobre a experiência que você, um
autor de HQs, teve como dono de editora...
valeu a pena? Deu para ganhar dinheiro?
as coisas estavam indo bem, por que não sonhar?
Fale-me sobre a experiência que você, um
autor de HQs, teve como dono de editora...
valeu a pena? Deu para ganhar dinheiro?
FIRMINO: Valeu, valeu sim!
Eu ganhei uma grana legal,
pois a empresa era lucrativa.
Depois eu perdi tudo...
em outros negócios...rsss. Mas valeu muito.
O problema é que depois que eu me tornei
empresário não tinha mais tempo para
ser autor e tive que abdicar da produção
de minhas HQ's para me tornar editor do
trabalho de terceiros.
Mas foi prazeroso mesmo assim.
Eu ganhei uma grana legal,
pois a empresa era lucrativa.
Depois eu perdi tudo...
em outros negócios...rsss. Mas valeu muito.
O problema é que depois que eu me tornei
empresário não tinha mais tempo para
ser autor e tive que abdicar da produção
de minhas HQ's para me tornar editor do
trabalho de terceiros.
Mas foi prazeroso mesmo assim.
Tony 31 -O que vale é a experiência e é óbvio que
uma boa grana sempre acaba rolando sempre,
basta ter coragem e ir pras cabeças.
O que não pode é ser cagão (Rsss...).
Que outros produtos, além de quadrinhos, a
Vidente publicava?
E qual era o título que mais vendia?
FIRMINO: Nós tínhamos um linha popular centrada
uma boa grana sempre acaba rolando sempre,
basta ter coragem e ir pras cabeças.
O que não pode é ser cagão (Rsss...).
Que outros produtos, além de quadrinhos, a
Vidente publicava?
E qual era o título que mais vendia?
A revista Tralha, do cartunista Macartti - o rei do underground nacional -, também foi editada pela editora Vidente |
no misticismo aproveitando uma tendência
do mercado na época. Astrologia, Crendices
Populares, Tarô, Numerologia e outros.
Daí o nome Vidente. Tudo vendia bem.
Também tínhamos uma linha de revistas
masculinas muito lucrativa o que nos dava
respaldo para investir nos quadrinhos que
era a linha que menos dava retorno,
mas rendia prestígio.
do mercado na época. Astrologia, Crendices
Populares, Tarô, Numerologia e outros.
Daí o nome Vidente. Tudo vendia bem.
Também tínhamos uma linha de revistas
masculinas muito lucrativa o que nos dava
respaldo para investir nos quadrinhos que
era a linha que menos dava retorno,
mas rendia prestígio.
Tony 32 - Quem era o seu sócio, na Vidente?
FIRMINO: Minhas ex-mulheres...KKKK
Tony 33 - Ex-mulheres!? O bengala brother, na
época, manteve um harém (Rsss...)? Tô brincando...
A Vidente fechou, infelizmente, na década de
90, se não me engano, correto?
Depois disso, você sobreviveu fazendo o quê?
época, manteve um harém (Rsss...)? Tô brincando...
A Vidente fechou, infelizmente, na década de
90, se não me engano, correto?
Depois disso, você sobreviveu fazendo o quê?
FIRMINO: Lancei minha última publicação
popular nas bancas em 98. Foram dez anos,
de 1988 a 1998, a existência da editora.
Tony 34 – Um ato de heroísmo puro. Continue...
FIRMINO : Depois disso fiquei 3 anos prestando
O jovem editor na sede da editora Vidente |
serviços para empresas privadas e organizações
institucionais. Editei e produzi neste período
a revista "Virus Research and Reviews" para
o instituto de Virologia da USP que como
toda revista reconhecida na comunidade
científica internacional precisava ser
obrigatoriamente toda em inglês.
Fiz publicações para o Unibanco, Bamerindus,
Parque Terra Encantada no Rio de Janeiro
e muitos livros para diversas editoras.
institucionais. Editei e produzi neste período
a revista "Virus Research and Reviews" para
o instituto de Virologia da USP que como
toda revista reconhecida na comunidade
científica internacional precisava ser
obrigatoriamente toda em inglês.
Fiz publicações para o Unibanco, Bamerindus,
Parque Terra Encantada no Rio de Janeiro
e muitos livros para diversas editoras.
Tony 35 – Aposto que ninguém sabia disso,
nem eu... quem entra
no ramo não sai mais, diz a lenda... Você também
foi pro interior há algum tempo atrás e lá
começou a dirigir um jornal, cujo dono era
um político da região. Qual era o nome desse
jornal e em que cidade você foi morar?
nem eu... quem entra
no ramo não sai mais, diz a lenda... Você também
foi pro interior há algum tempo atrás e lá
começou a dirigir um jornal, cujo dono era
um político da região. Qual era o nome desse
jornal e em que cidade você foi morar?
FIRMINO: Eu fui pro interior trabalhar com
marketing político e participei de duas
eleições, 2000 e 2002. Mas a história é diferente,
primeiro eu fundei um Jornal na cidade e
depois quando ia voltar para a capital vendi
para um político da região. A cidade era
Birigui, vizinha à minha cidade natal, Araçatuba.
Me convidaram para produzir uma revista
da cidade mas naquela época eu já estava
de "saco cheio" de revistas e queria
experimentar outras coisas. Foi aí que tive a
ideia de montar um jornal para a cidade
porque ali não tinha nenhum e todos tinham
que ler o diário de uma cidade vizinha,
que tinha apenas meia página sobre a
cidade que eu estava. Nascia ali o "Birigui
Acontece" com o apoio de toda a população
local. Lá eu consegui reunir uma turma
muito boa e aberta a experimentar novos
conceitos de jornalismo que eu
desenvolvi para aquele veículo informativo.
A proposta gráfica era ultra-moderna e o
conteúdo apresentado de forma diferente e
superinteressante. Isso tudo que a Globo
apresenta como "novidade" hoje minha equipe
de jornalismo já fazia há 10 anos atrás.
Implantamos o moto-repórter que chegava ao
local onde o fato estava acontecendo em
menos de 10 minutos.
Distribuímos 10 máquinas fotográficas
digitais para as maiores fofoqueiras da cidade
que passavam o dia inteiro na janela em
pontos estratégicos que viraram nossas
informantes...rs. Quando chegávamos no local
elas nos relatavam tudo e tinham ótimas
imagens digitais...kkk. Contratei um
radialista para redator e pedi para ele escrever
como se estivesse falando no rádio. Deu certo,
a linguagem ficou super dinâmica e gostosa de ler.
Para escrever sobre economia coloquei
um feirante e assim abri a porta para
qualquer profissional de qualquer área se
tornar repórter por um dia e escrever o que
ele achasse interessante (De'javu?).
Isso despertou a atenção de todos os órgãos
de comunicação da região que chegaram
ao ponto de enviar uma espiã para descobrir
como a gente trabalhava e tinha aquelas
ideias brilhantes. Quando eu descobri isso
abri espaço para estagiários de quem quisesse
aprender a nossa forma de trabalho.
Não precisava aquele esforço todo – por
parte dos jornais da região para tentar
descobrir nossa fórmula -, porque não
era segredo, o conhecimento deve ser repassado –
sempre apregoei isso. Os jornais da região
e uma afiliada da Globo em Bauru (que
tinha enviado a espiã!) mandaram estagiários
que foram muito bem recebidos...rs.
marketing político e participei de duas
eleições, 2000 e 2002. Mas a história é diferente,
primeiro eu fundei um Jornal na cidade e
depois quando ia voltar para a capital vendi
para um político da região. A cidade era
Birigui, vizinha à minha cidade natal, Araçatuba.
Me convidaram para produzir uma revista
da cidade mas naquela época eu já estava
de "saco cheio" de revistas e queria
experimentar outras coisas. Foi aí que tive a
ideia de montar um jornal para a cidade
porque ali não tinha nenhum e todos tinham
que ler o diário de uma cidade vizinha,
que tinha apenas meia página sobre a
cidade que eu estava. Nascia ali o "Birigui
Acontece" com o apoio de toda a população
local. Lá eu consegui reunir uma turma
muito boa e aberta a experimentar novos
conceitos de jornalismo que eu
desenvolvi para aquele veículo informativo.
Birigui - Cidade do interior paulista |
conteúdo apresentado de forma diferente e
superinteressante. Isso tudo que a Globo
apresenta como "novidade" hoje minha equipe
de jornalismo já fazia há 10 anos atrás.
Implantamos o moto-repórter que chegava ao
local onde o fato estava acontecendo em
menos de 10 minutos.
Distribuímos 10 máquinas fotográficas
digitais para as maiores fofoqueiras da cidade
que passavam o dia inteiro na janela em
pontos estratégicos que viraram nossas
informantes...rs. Quando chegávamos no local
elas nos relatavam tudo e tinham ótimas
imagens digitais...kkk. Contratei um
radialista para redator e pedi para ele escrever
como se estivesse falando no rádio. Deu certo,
a linguagem ficou super dinâmica e gostosa de ler.
Para escrever sobre economia coloquei
um feirante e assim abri a porta para
qualquer profissional de qualquer área se
tornar repórter por um dia e escrever o que
ele achasse interessante (De'javu?).
Isso despertou a atenção de todos os órgãos
de comunicação da região que chegaram
ao ponto de enviar uma espiã para descobrir
como a gente trabalhava e tinha aquelas
ideias brilhantes. Quando eu descobri isso
abri espaço para estagiários de quem quisesse
aprender a nossa forma de trabalho.
Não precisava aquele esforço todo – por
parte dos jornais da região para tentar
descobrir nossa fórmula -, porque não
era segredo, o conhecimento deve ser repassado –
sempre apregoei isso. Os jornais da região
e uma afiliada da Globo em Bauru (que
tinha enviado a espiã!) mandaram estagiários
que foram muito bem recebidos...rs.
Tony 36 - Sensacional esse seu relato!
Você chegou lá e botou para quebrar, agitou
o ambiente e a concorrência das cidades
vizinhas. Enfim, inovou a velha imprensa...
Duka! Você sempre foi genial, grande bengala
Giba (Rsss...). Qual era a tiragem desse jornal?
Vendia bem?
FIRMINO: Eram 3.000 exemplares de distribuição
Você chegou lá e botou para quebrar, agitou
o ambiente e a concorrência das cidades
vizinhas. Enfim, inovou a velha imprensa...
Duka! Você sempre foi genial, grande bengala
Giba (Rsss...). Qual era a tiragem desse jornal?
Vendia bem?
Jornal lançado por Gil Firmino em Birigui |
gratuita, pois era bancado pelos anunciantes.
Tony 37 -Nada mal, hein? Tempos depois, nos
reencontramos quando você voltou a morar em
São Paulo e me lembro bem que você tinha em
mente lançar um jornal nesta cidade.
Desistiu da ideia, por quê?
reencontramos quando você voltou a morar em
São Paulo e me lembro bem que você tinha em
mente lançar um jornal nesta cidade.
Desistiu da ideia, por quê?
FIRMINO: Sim, eu queria implantar aquela
ideia que tinha dado muito certo no interior
aqui na capital mas a estrutura aqui
precisaria ser bem maior e não encontrei
investidores para bancar o plano.
Então resolvi, aproveitando um novo nicho
de mercado que estava se ampliando, abrir
uma agência de notícias para oferecer
conteúdo noticioso exclusivo e diferenciado
para portais de internet. Naquele momento
todos os grandes portais tinham a mesma
cara e davam as mesmas notícias e se
dirigiam aos webnautas como se fossem
todos idiotas apresentando conteúdos ridículos.
Sempre achei que dá para ser popular sem
apelar para o ridículo em jornalismo.
Minha sócia, uma ex-jornalista da Folha de
São Paulo, me passou a perna e ficou
com a ideia me tirando do negócio que
naufragou sem a minha orientação.
Fiquei desgostoso, desisti da
ideia e fui fazer outra coisa.
Tony 38 - Um dia você me revelou, entre uma
ideia que tinha dado muito certo no interior
aqui na capital mas a estrutura aqui
precisaria ser bem maior e não encontrei
investidores para bancar o plano.
Então resolvi, aproveitando um novo nicho
de mercado que estava se ampliando, abrir
uma agência de notícias para oferecer
conteúdo noticioso exclusivo e diferenciado
para portais de internet. Naquele momento
todos os grandes portais tinham a mesma
cara e davam as mesmas notícias e se
dirigiam aos webnautas como se fossem
todos idiotas apresentando conteúdos ridículos.
Sempre achei que dá para ser popular sem
apelar para o ridículo em jornalismo.
Minha sócia, uma ex-jornalista da Folha de
São Paulo, me passou a perna e ficou
com a ideia me tirando do negócio que
naufragou sem a minha orientação.
Fiquei desgostoso, desisti da
ideia e fui fazer outra coisa.
Tony 38 - Um dia você me revelou, entre uma
cerveja e outra, que não conseguia conciliar
negócios com o lado sentimental.
Na sua opinião, envolvimentos sentimentais,
amorosos, fazem você se desconcentrar
dos negócios, de verdade? Dá pra explicar
melhor, bengala friend?
negócios com o lado sentimental.
Na sua opinião, envolvimentos sentimentais,
amorosos, fazem você se desconcentrar
dos negócios, de verdade? Dá pra explicar
melhor, bengala friend?
FIRMINO: Bom, daí saímos do campo profissional
e entramos na vida íntima...rs.
Isso que você falou eu te revelei "in off"
e altamente alcoolizado...kkkk!
Vamos para o boteco porque sem cerveja
não dá para falar sobre esse assunto...
e entramos na vida íntima...rs.
Isso que você falou eu te revelei "in off"
e altamente alcoolizado...kkkk!
Vamos para o boteco porque sem cerveja
não dá para falar sobre esse assunto...
Tony 39 – Ô loco... acho que mexi na ferida (Rsss...).
Mil perdões, mestre (Rsss...)... se quiser, nem
precisa responder... pula essa... pula...
Mil perdões, mestre (Rsss...)... se quiser, nem
precisa responder... pula essa... pula...
FIRMINO: Na verdade é que eu fui casado por
4 vezes e coloquei as mulheres como sócias nas
empresas que eu abri, então quando a relação
acabava a empresa também tinha que
encerrar suas atividades por motivos
litigiosos...rs. Todos os meus negócios eram lucrativos.
Não parava por falência ou algo assim.
Eu parava com a editora porque a situação
afetiva ficava insustentável. Se eu tivesse
conseguido separar as coisas seria diferente.
Faltou inteligência emocional.
4 vezes e coloquei as mulheres como sócias nas
empresas que eu abri, então quando a relação
acabava a empresa também tinha que
encerrar suas atividades por motivos
litigiosos...rs. Todos os meus negócios eram lucrativos.
Não parava por falência ou algo assim.
Eu parava com a editora porque a situação
afetiva ficava insustentável. Se eu tivesse
conseguido separar as coisas seria diferente.
Faltou inteligência emocional.
Tony 40 - Agora ficou claro (Rsss...)... valeu!
Você distribuía sua mercadoria pela Fernando
Chinaglia, na época, assim como eu.
Fale-me sobre a distribuição deles.
Era bem feita, era mal feita?
Qual é a sua opinião pessoal?
Você distribuía sua mercadoria pela Fernando
Chinaglia, na época, assim como eu.
Fale-me sobre a distribuição deles.
Era bem feita, era mal feita?
Qual é a sua opinião pessoal?
FIRMINO: Legal! Vou falar da minha opinião
pessoal então. Primeiro, eu não acredito
em distribuição nacional seja ela de que
produto for, não apenas revista, qualquer coisa!
É ruim para a própria distribuidora (déficit)
e pior para o produtor (prejuízo).
Se o produtor for pequeno é suicídio na certa!
Esse negócio de globalização é tudo "balela".
Importação e exportação é arriscado
porque se fica à mercê de váriáveis incontroláveis
do mercado externo como acontece neste momento.
Produza e distribua no local onde você vive.
A palavra é"regionalização". Distribuição local.
Se o seu produto for muito bom o mundo virá até você.
Quando você aumenta a tiragem o seu custo
aumenta e o seu faturamento diminui.
Eu senti isso na pele. Enquanto eu segui
estes meus princípios eu ganhei dinheiro,
quando cedi aos princípios da distribuidora...
dancei. Respondendo à sua pergunta:
nenhuma empresa faz uma boa distribuição
nacional. Para distribuição regional, qualquer
distribuidora serve. No meu caso, sob os aspectos
que mencionei, a distribuição
deles foi satisfatória.
pessoal então. Primeiro, eu não acredito
em distribuição nacional seja ela de que
produto for, não apenas revista, qualquer coisa!
É ruim para a própria distribuidora (déficit)
e pior para o produtor (prejuízo).
Se o produtor for pequeno é suicídio na certa!
Esse negócio de globalização é tudo "balela".
Importação e exportação é arriscado
porque se fica à mercê de váriáveis incontroláveis
do mercado externo como acontece neste momento.
Produza e distribua no local onde você vive.
A palavra é"regionalização". Distribuição local.
Se o seu produto for muito bom o mundo virá até você.
Quando você aumenta a tiragem o seu custo
aumenta e o seu faturamento diminui.
Eu senti isso na pele. Enquanto eu segui
estes meus princípios eu ganhei dinheiro,
quando cedi aos princípios da distribuidora...
dancei. Respondendo à sua pergunta:
nenhuma empresa faz uma boa distribuição
nacional. Para distribuição regional, qualquer
distribuidora serve. No meu caso, sob os aspectos
que mencionei, a distribuição
deles foi satisfatória.
Tony 41 - Gostei dessa sua análise fria e objetiva.
De fato, quando a coisa parece que vai dar um
lucro maior a gente acaba sentando na mandioca,
literalmente (Rsss...). É fria. Faz sentido...
O que você tem feito ultimamente?
De fato, quando a coisa parece que vai dar um
lucro maior a gente acaba sentando na mandioca,
literalmente (Rsss...). É fria. Faz sentido...
O que você tem feito ultimamente?
FIRMINO: Continuo prestando acessoria editorial
para terceiros e procurando investidores
para novas ideias mirabolantes...rs.
para terceiros e procurando investidores
para novas ideias mirabolantes...rs.
Tony 42 – O mundo é dos doidos, vivo dizendo isso.
Sem nós, os doidos, a humanidade ainda
estaria nas cavernas... Algum investidor de plantão?
Falem com o Gibão, peloamordedeus!
Precisamos ter esse bengala friend hiper
criativo de volta ao mercado editorial
urgentemente!Alguma frustração?
Sem nós, os doidos, a humanidade ainda
estaria nas cavernas... Algum investidor de plantão?
Falem com o Gibão, peloamordedeus!
Precisamos ter esse bengala friend hiper
criativo de volta ao mercado editorial
urgentemente!Alguma frustração?
FIRMINO: Não, eu realizei quase tudo a que me propuz.
FIRMINO: Tocar na sua banda um dia, teclado e
fazer backing vocal... "tiu-be-doo-bah!!!"...kkk
fazer backing vocal... "tiu-be-doo-bah!!!"...kkk
Tony 44 -Minha banda faliu faz tempo!
Bebíamos mais do que tocávamos (Rssss...).
Como dávamos mais prejuízos secando as
garrafas dos clubes que nos contratavam
acabamos sendo rejeitados no mercado do
show business, depois de 15 anos etílicos
(Rsss...). Projetos para o futuro?
Bebíamos mais do que tocávamos (Rssss...).
Como dávamos mais prejuízos secando as
garrafas dos clubes que nos contratavam
acabamos sendo rejeitados no mercado do
show business, depois de 15 anos etílicos
(Rsss...). Projetos para o futuro?
FIRMINO: Sim, estou com uma editora nova e
já tenho no forno 3 publicações de quadrinhos
para o ano de 2012. Uma edição anual da
Porrada, um almanaque com 64 páginas
coloridas no formato pocket e uma revista
de humor chamada BANAL, no formato
magazine com 16 páginas coloridas,
bimestral. E, uma publicação que estou
ensaiando para lançar já hà alguns anos...
HIPER, também no formato magazine com
32 págnas coloridas, semestral, reunindo
toda a experiência que acumulei nestes
meus 33 anos de profissão.
Onde aplico todos os meus conceitos sobre
HQ's só com trabalhos meus. Tenho ainda
a intenção de lançar uma coleção com o selo
"Gilberto Firmino apresenta" com edições
especiais de Terror, Aventura, Fantasia,
Scie-fi, Erotismo, Crime e outros com
roteiros exclusivamente
meus e arte de terceiros.
Acho que muita gente vai gostar!
Tony 45 - Maravilha! Que ótima notícia!
já tenho no forno 3 publicações de quadrinhos
para o ano de 2012. Uma edição anual da
Porrada, um almanaque com 64 páginas
coloridas no formato pocket e uma revista
de humor chamada BANAL, no formato
magazine com 16 páginas coloridas,
bimestral. E, uma publicação que estou
ensaiando para lançar já hà alguns anos...
HIPER, também no formato magazine com
32 págnas coloridas, semestral, reunindo
toda a experiência que acumulei nestes
meus 33 anos de profissão.
Onde aplico todos os meus conceitos sobre
HQ's só com trabalhos meus. Tenho ainda
a intenção de lançar uma coleção com o selo
"Gilberto Firmino apresenta" com edições
especiais de Terror, Aventura, Fantasia,
Scie-fi, Erotismo, Crime e outros com
roteiros exclusivamente
meus e arte de terceiros.
Acho que muita gente vai gostar!
Almanaque de HQs de ficção-cientifica lançado pela Vidente |
Tony 45 - Maravilha! Que ótima notícia!
Autores de plantão, se liguem nesse papo!
Vem aí, muita novidade! Você deve estar a
par de que as vendas andam baixas e que,
segundo os entendidos, a culpa é da
WEB e da tecnologia de ponta que fizeram
os antigos leitores abandonarem as bancas
e a compra dos gibis e revistas em geral.
Qual é a sua opinião sobre isso?
FIRMINO: Na verdade a tecnologia não afastou
Vem aí, muita novidade! Você deve estar a
par de que as vendas andam baixas e que,
segundo os entendidos, a culpa é da
WEB e da tecnologia de ponta que fizeram
os antigos leitores abandonarem as bancas
e a compra dos gibis e revistas em geral.
Qual é a sua opinião sobre isso?
Firmino e o desenhista Hans |
os antigos e sim dificultou o surgimento de
"novos" leitores. A formação de um
indivíduo como leitor se dá na infância,
como todos sabem. No nosso tempo
as crianças eram alfabetizadas com gibis
e livrinhos de contos infantis mas hoje
não é mais assim. A criança já vai direto
para tela do computador disputar games on
line e só vai tomar contato com o material
impresso na escola. Desta forma o público
leitor não tem se renovado e isso é preocupante sim.
Mas esse não é o único motivo e a culpa também
é nossa. As revistas em quadrinhos como
veículos de comunicação em massa
morreram nos anos 80's e sucumbiram
como produtos de entretenimento popular
no início dos 90's. Os heróis ficaram chatos,
elitizaram as HQ's sob a falsa ideia de que
"quadrinhos agora era coisa para adultos"
deixando assim de ser atrativo para o público
infanto-juvenil que aí sim migraram para
as novas formas de entretenimento que
estavam surgindo com o avanço tecnológico
em questão. Intelectualizaram o que era
popular e mataram a
"galinha dos ovos de ouro".
Mas esse é um assunto muito extenso
que não vai dar para esclarecer aqui neste
espaço... precisaria um simpósio!...rsss.
Soluções existem. Podemos discutir
isto em outra oportunidade.
"novos" leitores. A formação de um
indivíduo como leitor se dá na infância,
como todos sabem. No nosso tempo
as crianças eram alfabetizadas com gibis
e livrinhos de contos infantis mas hoje
não é mais assim. A criança já vai direto
para tela do computador disputar games on
line e só vai tomar contato com o material
impresso na escola. Desta forma o público
leitor não tem se renovado e isso é preocupante sim.
Mas esse não é o único motivo e a culpa também
é nossa. As revistas em quadrinhos como
veículos de comunicação em massa
morreram nos anos 80's e sucumbiram
como produtos de entretenimento popular
no início dos 90's. Os heróis ficaram chatos,
elitizaram as HQ's sob a falsa ideia de que
"quadrinhos agora era coisa para adultos"
deixando assim de ser atrativo para o público
infanto-juvenil que aí sim migraram para
as novas formas de entretenimento que
estavam surgindo com o avanço tecnológico
em questão. Intelectualizaram o que era
popular e mataram a
"galinha dos ovos de ouro".
Mas esse é um assunto muito extenso
que não vai dar para esclarecer aqui neste
espaço... precisaria um simpósio!...rsss.
Soluções existem. Podemos discutir
isto em outra oportunidade.
Tony 46 - Cara, sua lucidez é fantástica.
Precisamos marcar um simpósio particular
entre nós regado a muitas brejas geladas,
como nos velhos tempos. Nossos pensamentos
conjuminam, não há “controfodências”
entre nossas visões de mercado. Muito legal...
Já ouviu falar em Webcomics? Ou melhor,
Comic Reader Mobi. Dizem que este
é o futuro das HQs? Você concorda? Acha
que o material impresso, aos poucos, vai acabar?
Precisamos marcar um simpósio particular
entre nós regado a muitas brejas geladas,
como nos velhos tempos. Nossos pensamentos
conjuminam, não há “controfodências”
entre nossas visões de mercado. Muito legal...
Já ouviu falar em Webcomics? Ou melhor,
Comic Reader Mobi. Dizem que este
é o futuro das HQs? Você concorda? Acha
que o material impresso, aos poucos, vai acabar?
FIRMINO: Acabar, não, mas... acredito que vai cair
bastante até estacionar num determinado
índice suportável ainda por pequenos editores.
Não seremos extintos!...kkk. Comics é
Quadrinhos e quadrinhos só é quadrinhos
no suporte impresso, migrando para
outro suporte de mídia não é mais "Quadrinhos"...
é uma outra coisa, sei lá o quê?!
Portanto, webcomics não é o futuro dos
quadrinhos... é outra coisa que, na minha
opinião, não sei se terá muito futuro!...rss.
Resumindo: discordo, discordo e discordo.
bastante até estacionar num determinado
índice suportável ainda por pequenos editores.
Não seremos extintos!...kkk. Comics é
Quadrinhos e quadrinhos só é quadrinhos
no suporte impresso, migrando para
outro suporte de mídia não é mais "Quadrinhos"...
é uma outra coisa, sei lá o quê?!
Portanto, webcomics não é o futuro dos
quadrinhos... é outra coisa que, na minha
opinião, não sei se terá muito futuro!...rss.
Resumindo: discordo, discordo e discordo.
Tony 47 - Que os deuses dos rabiscadores do universo
te ouçam, bengala brother...
Tem idéia de quantas revistas de HQs e de
atividades infantis você já fez na vida?
te ouçam, bengala brother...
Tem idéia de quantas revistas de HQs e de
atividades infantis você já fez na vida?
FIRMINO: Acredito que se fossem colocadas lado a
lado daria para chegar até minha cidade
natal Araçatuba - SP...kkk
lado daria para chegar até minha cidade
natal Araçatuba - SP...kkk
Tony 48: Acho que dá pra ir até o Japão (Rsss...).
Dá pra definir, quem é Gilberto Firmino?
Dá pra definir, quem é Gilberto Firmino?
FIRMINO: Um homem da mídia impressa.
Com formação acadêmica em Direito,
Comunicação Social e Artes Plásticas.
Sou Jornalista, escritor, redator, roteirista,
poeta, artista plástico, designer gráfico,
empresário, editor, quadrinista, cartunista,
advogado, mestre-cuca e poliglota (inglês,
francês e espanhol). Resumindo:
Uma pessoa inquieta e otimista.
Simples assim...kkk.
Com formação acadêmica em Direito,
Comunicação Social e Artes Plásticas.
Sou Jornalista, escritor, redator, roteirista,
poeta, artista plástico, designer gráfico,
empresário, editor, quadrinista, cartunista,
advogado, mestre-cuca e poliglota (inglês,
francês e espanhol). Resumindo:
Uma pessoa inquieta e otimista.
Simples assim...kkk.
Tony 49: Você é aquilo que o grande Raul
Seixas chamava de “Maluco Beleza” (Rsss...)...
Deixe aí sua mensagem pra esta nova
geração que sonha em produzir e viver de
quadrinhos nesse país, e-mail para
contato, blog, site, etc...afinal,
a festa é sua (Rsss...).
Seixas chamava de “Maluco Beleza” (Rsss...)...
Deixe aí sua mensagem pra esta nova
geração que sonha em produzir e viver de
quadrinhos nesse país, e-mail para
contato, blog, site, etc...afinal,
a festa é sua (Rsss...).
FIRMINO: Vocês me encontram nas redes
sociais Facebook, Orkut, Linkdin e outros
procurando por José Gilberto Firmino, ok?
Para os que estão começando a dica é se
profissionalizar o mais rápido possível.
Procure profissionais que já atuam na
área e vá colhendo informações sobre o mercado
e a carreira, vá se enturmando, tente ser
assistente de alguém, consiga um estágio
em algum estúdio atuante, procure emprego
em alguma editora, esqueça os fanzines,
pois profissionais não podem perder tempo
com isso. Lembre-se que quadrinhos para
você é um trabalho e não curtição.
Quem tem que se divertir é o leitor, você só
tem que suar muito. Entenda que "prazo"
não é prestação de crediário e sim uma
meta que obrigatóriamente e precisa
ser cumprida à risca, certo?
Corra muito atrás, se você tiver algum
talento com o tempo as oportunidades vão
correr atrás de você. Invista mais em
você mesmo, acredite que você é capaz
e aperfeiçoe-se sempre.
Almeje um ideal de excelência, pois os
profissionais mais qualificados são muito
valorizados pelo mercado.
Não desanime nunca, pois sempre haverá
um editor em busca de algo para ser publicado...
quem sabe não seja o seu trabalho?!?
Legal, por enquanto é isso, pessoal!
sociais Facebook, Orkut, Linkdin e outros
procurando por José Gilberto Firmino, ok?
Para os que estão começando a dica é se
profissionalizar o mais rápido possível.
Procure profissionais que já atuam na
área e vá colhendo informações sobre o mercado
e a carreira, vá se enturmando, tente ser
assistente de alguém, consiga um estágio
em algum estúdio atuante, procure emprego
em alguma editora, esqueça os fanzines,
pois profissionais não podem perder tempo
com isso. Lembre-se que quadrinhos para
você é um trabalho e não curtição.
Quem tem que se divertir é o leitor, você só
tem que suar muito. Entenda que "prazo"
não é prestação de crediário e sim uma
meta que obrigatóriamente e precisa
ser cumprida à risca, certo?
Corra muito atrás, se você tiver algum
talento com o tempo as oportunidades vão
correr atrás de você. Invista mais em
você mesmo, acredite que você é capaz
e aperfeiçoe-se sempre.
Almeje um ideal de excelência, pois os
profissionais mais qualificados são muito
valorizados pelo mercado.
Não desanime nunca, pois sempre haverá
um editor em busca de algo para ser publicado...
quem sabe não seja o seu trabalho?!?
Legal, por enquanto é isso, pessoal!
Tony 50: Foi muito bom poder “papear” com você,
nesse nosso talkie show virtual...
acho que a partir de agora todo mundo
ficou conhecendo um pouco mais sobre você,
sua carreira e seus feitos. Grato, por sua atenção!
Um imenso mano amplexo, bengala
brother, e até breve.
nesse nosso talkie show virtual...
acho que a partir de agora todo mundo
ficou conhecendo um pouco mais sobre você,
sua carreira e seus feitos. Grato, por sua atenção!
Um imenso mano amplexo, bengala
brother, e até breve.
FIRMINO: Também gostei, Tony, e agradeço a
oportunidade. Acredito que esta tenha sido a
primeira vez que eu me expressei sobre o
que fiz e o que penso A respeito de
Quadrinhos e estou aberto para
esclarecimentos. Abraço à todos!
oportunidade. Acredito que esta tenha sido a
primeira vez que eu me expressei sobre o
que fiz e o que penso A respeito de
Quadrinhos e estou aberto para
esclarecimentos. Abraço à todos!
Tony 51: Até a nossa próxima entrevista, cowboys!
Vem aí outras grandes feras das HQs!
FUIIIIII! Byeeeeeeeeeee...
Vem aí outras grandes feras das HQs!
FUIIIIII! Byeeeeeeeeeee...
SENSACIONAL ENTREVISTA COM LAUDO FERREIRA,
AUTOR DE HISTÓRIAS DO CLUBE DA
ESQUINA E UM DOS DONOS DO ESTÚDIO
BANDA DESENHADA,
VOCÊ ENCONTRA EM...
http://tonyfernandespegasus.blogspot.com
Copyright 2012\Tony Fernandes\ Estúdios Pégasus –
Uma Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo – Brasil
Todos os Direitos Reservados
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ResponderExcluirCaro, bengala brother Calazans...
ResponderExcluirPelo visto, segundo seus comentários, há alguns autores revoltados com as atitudes tomadas no passado pelo bengala friend e editor Gil Firmino.
Como esta é uma tribuna livre, também estamos dando espaço para que o citado editor tenha o direito de resposta. Pois, ao meu ver, um bom diálogo muitas vezes pode esclarecer muitas coisas.
Grato, por sua visita e vamos aguardar uma possível resposta, um esclarecimento, a contento!
Tenha um bom 2012!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSó nos resta aguardar o desenrolar do caso...
ResponderExcluirMas, tenho certeza de que para tudo existe uma explicação plausível. E, por experiência própria, pois sempre fui editor, nem sempre o pessoal dos antigos fotolitos nos devolviam os originais, que muitas vezes iam parar no lixo, apesar dos nossos protestos. Talvez, na época, tenha faltado diálogo entre vc e o amigo editor. Quanto ao tal pagamento q vc disse não ter recebido, isto só ele pode lhe dar uma resposta.
Que tal esperarmos a manifestação dele?
Tenha um bom dia, cowboy!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro, Calazans...
ResponderExcluirConfesso q não entendi porra nenhuma. Primeiro vc atacou o editor, depois mandou uma porrada de vídeos q não tinham nada a ver com entrevista q postamos aqui - e por isso eu os exclui -, e agora diz que dei espaço pro seu direito de resposta? A meu ver o atacado foi o editor e não, você.
Bem, mas, como nãos ei do rolo antigo de vcs, fico na minha, após esta fúria louca q não levou a nada. "Paz na Terra aos homens de boa vontade", como diria o profeta (Rsss...).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSalve, grande e polêmico Dr. Calazan...
ResponderExcluirPensei q o caso estivesse encerrado, criativo bengala brother, autor de A Guerra dos Golfinhos. Pelo visto, ainda não.
Acho que estou começando a entender a coisa todo... Gil Firmino, o homem mau, das HQs nacionais, por acaso, fez campanha contra os fanzineiros, estou certo?
E isto o ofendeu? Foi isto? Ou estou enganado,
mestre? Fora isso, faltou um pagamento e a devolução dos originais, pelo q eu pude entender desse rolo todo.Correto?
Mas, o nosso terrível editor até o momento não se manifestou. Que tal aguardarmos?
Meu querido, Calazan... qualquer hora vou lhe entrevistar - isto é, caso vc aceite -, e aí sim vc pode descer a lenha em seus desafetos e explicar melhor as coisas. Acho que muita gente não entendeu direito o que rolou entre vcs.
Mas, através de um bom diálogo pode-se chegar a um acordo, eu acho.
Afinal, nobody's perfect, cowboy!
Grande mano amplexo, bom 2012 e
muito sucesso!
E que o homem mau se manifeste!
Gibão? Cadê você?
Opa! Me esqueci de dois detalhes:
ResponderExcluir1- Também era fã dos seriados de William Bat Masterson na TV!
2- Jonah Rex tb é um dos meus westerns preferidos. Saiu pela EBAL, sumiu e agora foi ressuscitado pela Panini Comics, meu caro Calazan!
Complete a sua coleção!
Putz... Um último detalhe importante:
ResponderExcluirWilliam Bat Masterson era um legítimo bengala boy friend, membro da nossa milenar confraria!
(Rsss...). See you later, bengala brother!
Firmino?
Cadê você, vil criatura?
Apareça!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaptei vossos "sinais de fumaça", grande guru.
ResponderExcluirFavor aguardar, cowboy!
Grande mano amplexo!
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ResponderExcluirEu era e ainda sou muito fã de todo esse segmento de quadrinhos underground, me fascina o alto nível de talento e criatividade. Sempre desenhei e sonhava ser como esses caras,mas infelizmente no Brasil o mercado ainda é muito restrito.
ResponderExcluir