sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

JACK KIRBY: "O REI DOS QUADRINHOS"!


JACK KIRBY, UM DOS HOMENS QUE

REVOLUCIONARAM OS SUPER-HERÓIS

E OS COMICS NO MUNDO!

(1917\1994)


O grande e lendário mestre
 dos comics americanos, 
Jack Kirby, cujo nome de batismo era Jacob
 Kurtzberg, nasceu em 28 de agosto de 1917,
 na baixa zona leste de Nova Iorque. Jacob
 era um apenas mais um garoto, como muitos, 
de origem humilde, filho de imigrantes judeus. 
Seus pais eram proletários e viviam, 
naquela época, como muitos imigrantes 
 que se aventuraram na América: nos cortiço
s do Bronx ou na periferia das grandes 
cidades americanas, trabalhando e lutando
 para dar uma vida melhor aos seus filhos.

Jack Kirby, quando criança,
 contraiu pneumonia
 e só conseguiu escapar da morte graças 
a intervenção de rabinos exorcistas. 
Esta terrível experiência o marcou para 
sempre sua vida, que sempre foi envolta
 pelo misticismo da fé e por superstições.
 Isto pode ser notado em muitos dos seus
 trabalhos autorais, como: 
Novos Deuses, Eternos, etc.
Jacob Kurtzberg  ao adotar o pseudônimo 
de Jack Kirby (devido ao preconceito que 
o público-leitor americano tinha dos
 imigrantes e seus filhos),  se tornou o
 “Rei dos Quadrinhos”. Este título, 
“Rei dos Quadrinhos”” foi dado à ele 
pelo genial  Stan Lee, o escritor 
 mais importante
 dos Quadrinhos mundiais do século 20 , 
que ao longo de sua carreira desenvolveu 
uma obra fantástica, que culminou com a 
criação mais incrível do século: Homem 
Aranha.  Stan Lee  e Jack  Kirby, foram
 prolíficos autores do gênero super-heróis.
 Formaram uma dupla imbatível. 
E eles revolucionaram a linguagem dos 
comics com seus incríveis personagens.
Jack Kirby faleceu em fevereiro de 1994, 
mas sua obra é imortal.
O INÍCIO DE UMA 
BRILHANTE CARREIRA

Sua fantástica carreira começou quando
 passou a trabalhar como animador nos 
estúdios de Max Fleischer, em 1935. 
Trabalhou em séries como: Betty Boop
 e Popeye. Nos comics , suas primeiras
 produções foram para tiras diárias, 
com os personagens: 
Abdul Jones, Black Bucaneer 
e Socko The Seadog. Em 1941, Jack encontrou 
um parceiro o talentoso Joe Simmons e 
juntos criaram um dos mais famosos
personagens da atual Marvel Comics: 
o Capitão América, um herói que teve seu 
auge principalmente durante a Segunda 
Grande Guerra Mundial. 
Steve Rogers, que se transformava em 
Capitão América para combater as forças 
nazistas acabou ficando tão famoso
 quanto: Batman, Superman 
e Capitão Marvel.

Entre 1941 e 1943 Jack Kirby desenhou cerca 
de 35 histórias do famoso capitão, consideradas 
clássicas. Também nesta época ele realizou
 com o parceiro Simmons da série chamada 
Bopy Commander e Newsboy Legion.


KIRBY & STAN LEE:

 PARCERIA GENIAL

Em 1956, o mestre conheceu o também 
jovem e talentoso Stanley (Lieber) Lee, 
que também era filho de judeus imigrantes,
 assim como muitos outros autores de comics 
que, por não terem poder aquisitivo
 para freqüentar academias de arte, 
para desenvolver seus talentos natos,
 e que também não queriam cair na
 marginalidade, acabavam enveredando 
para o setor editorial, uma espécie de 
subcultura que era totalmente desprezada
 pelos intelectuais da elite época. 
De repente, Jack Kirtby foi para a Timely,
 atual Marvel Comics, onde começou
 a desenhar séries para comicbooks, como: 
Fighting American, The Fly, Private Strong 
e, em colaboração com o também genial 
Wallace Wood fez a série Skywalkers, 
em forma de tiras de jornais 
e páginas dominicais.

Seu período mais fértil, no entanto, seria
 com o parceiro Stan Lee, sobrinho do dono 
da editora. Esta dupla fenomenal criou milhares 
de páginas repletas de fantasia e muita ação 
de diversos personagens inesquecíveis, como:
 Fantastic Four, Ant-Man, Thor, Hulk, 
The Avengers, X-Men, Nick Fury e Sgt. Fury. 
Juntos, eles também ressuscitaram o 
Capitão América, numa época do pós-
guerra em que os gibis de super-heróis 
enfrentavam uma grave crise de vendas.
 Este grande feito desta dupla maravilhosa –
o resgate das revistas de heróis -, aconteceu
 na década de 60. Jack Kirby também fez 
sozinho alguns episódios para: 
Silver Surfer e Ka-Zar, para a Marvel.

“Nosso tempo era escasso. Eu e Stan vivíamos 
abarrotados de trabalhos. Criávamos e 
desenvolvíamos vários personagens ao
 mesmo tempo. Era uma loucura. 
Por absoluta falta de tempo Stan Lee
 passava a storieline para mim e para os
 primeiros colaboradores que surgiram 
para nos auxiliar, na época. 
Muitas vezes, esses briefings eram por 
telefone, pois alguns desses colaboradores
 moravam do outro lado do país.

 Cada um de nós desenvolvíamos livremente
 a HQ baseando-se na idéia que Stan nos
 passava. Assim, ele nos dava liberdade plena
 de criação. Entregávamos os originais com 
o espaço demarcado para os balões e Stan 
Lee escrevia sobre aquela sequência de 
desenhos sem nenhum texto histórias
 geniais. Jamais tinha visto coisa igual. 
Isto, com o tempo, ficou conhecido como o
 jeito Marvel de fazer quadrinhos. 
O que diferiam nossos
 heróis dos concorrentes
 é que eles eram mais humanos, menos 
supers. Acho que  isto foi cativando um
 púbiico-leitor fiel.” – declarou Kirby,
 certa feita, á uma revista americana 
especializada em publicações 
de desenho sequencial.

Em 1970, ele passou para o time da maior 
concorrente da Marvel, a poderosa DC
 Comics detentora de títulos famosos, 
como: Batman e Superman. Na DC, Jack se
 tornou editor e se revelou um excelente 
roteirista  e ilustrador . Participou de: 
Jimmy Olsen, Forever People, New God, 
Mr. Miracle, Kamandi e Sandman. 
Algum tempo depois retornou  para a Marvel
  onde voltou  a fazer: Capitão América, 
Rom, Devil Dinosaur e uma adaptação
 muito pessoal do clássico do 
cinema, de Kubrick, 2001 – 
Uma Odisséia no Espaço.
Durante cerca de 40 anos de carreira Jack
 Kirby criou e desenvolveu milhares e 
milhares de páginas. Segundo o desenhista
 Jim Steranko, sem Jack haveria muito 
pouco para se falar sobre os 
quadrinhos nas últimas décadas.

Como não dá para agradar gregos e troianos,
 obviamente, o “Rei dos Quadrinhos” teve 
seus admiradores – em sua grande maioria -, 
e também seus críticos. Muitos desses
 críticos afirmam, até hoje, que o desenho
 dele era grotesco e totalmente desproporcional, etc.
Na minha opinião, era justamente isto que
 o diferenciava dos demais autores de HQs. 
Suas figuras eram, de fato exageradas, mas 
tinham um tremendo impacto 
visual e muita ação. 

O mestre era genial e tinha uma incrível 
imaginação, como podemos ver em Thor. 
Estes importantes fatores que apontei  
nunca tinham sidos vistos até então. 
Os estilosos desenhos de Jack Kirby
 cairam, de imediato, nas graças dos
 leitores jovens da
 América e do mundo. 
Sem ele – O Rei dos Quadrinhos-,
 e o genial escriba  Stan Lee
 não existiria Marvel, hoje.
Mãos enormes e musculaturas exageradas 
eram a marca registrada de suas figuras.
Jack Kirby se foi em 1994, mas deixou 
um legado que jamais será esquecido.

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