sensacional aventura deste incrível personagem que
se tornou uma das
franquias mais bem sucedidas do cinema
internacional. A seguir, saiba
mais sobre o agente secreto, que
revolucionou os filmes de espionagem
e que também fez sucesso no
mundo das histórias em quadrinhos
e sobre o autor de...
JAMES BOND!
IAN
FLEMING, O AUTOR
DE JAMES
BOND!
1946 - Ian Fleming tinha sido recém-desligado da
Marinha Real Britânica e
decidiu construir uma casa em Oracabessa,
cidadezinha litorânea situada no
norte da Jamaica. Ele tinha
conhecido a ilha durante a Segunda Grande Guerra
Mundial, quando foi
escalado para averiguar na região se havia submarinos
alemães no
Mar do caribe.
Foi naquele lugar que, Ian Lancaster Fleming escreveu 14
livros, entreontos e romances, de James Bond, o mais popular agente secreto da
literatura universal, do cinema e das HQs.
Batizou sua propriedade – um luxuoso resorte -, de Golden Eye.
Segundo, Andrew Lycett, autor da mais completa biografia sobre o
criador de 007, o convite para ingressar no mundo da espionagem
partiu do contra-almirante John Herry Godfrey, então diretor da
Inteligência Naval da Marinha Real Britânica.
Em maio de 1939, quatro meses antes do início da Segunda Guerra,
Fleming foi convidado para trabalhar como assistente de Godfrey e
o aceitou. Assim, Fleming passou a estudar dossiês de agentes secretos,
criar projetos de inteligência contra a Alemanha, sendo que um dos
seus projetos mais bem sucedidos foi Golden Eye – nome da operação
que objetivava montar bases de apoio na Espanha. Tal operação aconteceu
porque o Estreito de Gibraltar era considerado um ponto estratégico
porque, caso a Espanha fosse invadida pelos alemães, os homens de
Hitler poderia controlar todo o Atlântico, isto representaria séria
ameaça para os navios aliados. Fleming se orgulhava tanto dessa operação,
que ajudara a criar e que foi um sucesso, que decidiu batizar a sua casa
de veraneio na Jamaica com o mesmo nome da operação.
Graças ao seu bom desempenho na referida operação, em 1942, Fleming
foi escalado para chefiar uma unidade secreta chamada Assault Unit,
que tinha como objetivo infiltrar nos territórios prestes a serem
invadidos para recolher documentos importantes antes que o
inimigo pudesse destruí-los.
Ainda segundo o biógrafo, Fleming raramente saía a campo no front,
pois não tinha autorização para isso. Caso fosse capturado, isso representaria
um sério
risco para sua segurança e das tropas aliadas.
Nessa época Fleming tinha muitos amigos que atuavam como agentes secretos.
MUITAS HISTÓRIAS DE 007
FORAM VIVIDAS PELOS
AMIGOS DE FLEMING
Segundo consta, a lista de agentes do MI6 (Military Intelligence, Section 6,
criada em 1909, agência britânica equivalente a CIA, americana), que serviram
de inspiração para as aventuras de James Bond é imensa.
Fleming conheceu Conrad O’Brien-ffrench, em 1927, quando tinha 19 anos e
estudava na escola Tennerhof, na Áustria. Anos depois Conrad integraria os
homens do MI6. Depois, o futuro escritor de aventuras de espionagem conheceu
Susan (Dusko) Popov e Patrick-Dalzel-Job.
Durante a Segunda Guerra, Popov trabalhou para o serviço secreto alemão, sob o
codinome de Ivan, assim como para o MI5, serviço de segurança nacional,
usando a alcunha de Triciclo. Foi um agente duplo, que contava aos alemães
tudo que os britânicos não queriam que os homens de Hitler soubessem.
Fleming conheceu Popov no Casino Estoril, em Portugal, numa rodada
de bacará, em 1941. Naquela ocasião, o agente de origem sérvia, apostou
40 mil dólares. Isso que fez com que seu adversário se retirasse da mesa.
Fleming se impressionou tanto com a atitude de Popov que usou aquele fato
em seu primeiro livro: Casino Royale, escrito em 1953.
Dalzel-Job foi um dos 30 homens de confiança de Fleming na 30 Assault Unit.
Em maio de 1940, quando o agente servia na Noruega, ele montou uma operação
que foi capaz de resgatar 4 mil e quinhentos civis, entre homens, mulheres e
crianças, de um lugarejo ameaçado pelos bombardeiros alemães.
No entanto, nessa missão bem sucedida de Dalzel-Job desobedeceu as ordens
de seus superiores e por isso foi levado para a corte marcial.
Só conseguiu escapar porque o rei Haakon VII intercedeu por ele.
Além de se livrar da corte ainda ganhou uma alta condecoração da
Noruega, devido ao seu ato de bravura.
ESPIÕES QUE ESCREVEM
BEST-SELLERS?
OU ESCRITORES QUE
AGEM COM AGENTES
SECRETOS?
Autores britânicos, como Somerset Maugham, Graham Greene, John Le Carré,
prestaram serviços de espionagem para a Rainha britânica. Segundo pesquisadores,
esses escritores foram recrutados pelo Serviço Secreto de Inteligência do Reino Unido,
para atuar como espiões porque tinham acesso fácil a informações de suma importância.
O escritor William Somerset Maugham, por exemplo, por ter um francês fluente,
foi recrutado e agiu como agente secreto na época da Primeira Guerra Mundial.
Em 1928, ele, basendo-se em suas próprias experiências, escreveu 16 contos
sobre espionagem numa antologia chamada O Agente Britânico.
A exemplo de Ian Fleming e James Bond, John Ashenden, era uma agente
de hábitos requintados, que escreveu clássicos como Servidão Humana
(em 1915), O Fio da Navalha (em 1944).
Há outros agentes e casos curiosos que você poderá encontrar no livro
escrito pelo biógrafo Andrew Lycett
(The History of The Secret Intelligence Service).
Um caso curioso foi aquele que aconteceu com John Le Carré
(cujo nome verdadeiro era David John Moore Cornwell). Ele trabalhou como
agente disfarçado de diplomata da embaixada na cidade de Bonn, na Alemanha,
quando lançou o livro O Espião Que Saiu do Frio, em 1963, baseando-se em suas próprias experiências. O romance foi um sucesso comercial e deu a ele tamanha notoriedade,
tanta, que Lê Carré resolveu pedir baixa do serviço secreto para se dedicar a escrita.
Durante 13 anos, ele se dedicou à espionagem, tanto no MI5, quanto no MI6.
Até os 82 anos, ele tinha escrito 20 livros e muitos deles acabaram sendo adaptados
para o cinema, como O Espião Que Sabia Demais (em 1974), O Alfaiate do Panamá
(em 1966) e O Jardineiro Fiel (de 2001).
Ainda segundo o escritor-biografo, algumas histórias verídicas são similares as
contadas pelos filmes de Bond, como aquela que descreve a chegada do agente
Pieter Tazelaar numa praia da Holanda, que estava sendo ocupada pelo exército
da Alemanha, com um smoking, sob a roupa de mergulho. Ian Fleming fez
questão de incluir este acontecimento verídico no filme Goldfinger.
Na certa, os espiões da vida real eram bem mais interessantes do que James Bond.
Na verdade, as histórias policiais ou de espiões do gênero, no passado, eram enfadonhas, monótonas. Depois de James Bond, as histórias vividas pelo espião 007 ficaram mais interessantes e parecidas com as vividas pelos super-heróis, cheias de ação e suspense.
PROFESSOR DE BELFAST
Jeffrey além de escritor-biógrafo, também foi professor da Universidade de
Belfast, no Reino Unido. Ainda segundo ele, os membros do MI6, jamais tiveram
licença para matar. Isso foi pura invenção de Ian Fleming. Na verdade, os agentes ingleses especiais aprenderam técnicas mortais de combate, mas elas só podiam ser utilizadas em situações extremas de legítima defesa.
MORRE IAN FLEMING
Atualmente, apesar da morte de Fleming no dia 13 de agosto de 1964, vítima
de um ataque cardíaco, James Bond, o Agente 007, continua fazendo sucesso na Telona.
Segundo estudiosos ingleses, James Bond pode ser considerado como o alter ego ficcional
de Fleming. O personagem é tudo o que o autor gostaria de ter sido. Há quem afirme
que na hora de conceber o personagem o autor deu a ele o seu gosto pessoal
pelas roupas, cigarros, carros, mulheres, bebidas etc.
Na opinião do historiador Vicent Chenille, da Universidade de Versalles, na França,
graças ao sucesso do personagem o autor conseguiu realizar alguns de seus sonhos,
exceto a carreira de diplomata, porque Fleming foi reprovado no exame.
Mas, no filme, Só Se Vive Duas Vezes , de 1967, cujo título original do livro era
A Morte no Japão, Bond teve melhor sorte que seu autor e se infiltrou no
país como diplomata.
Enfim, a criatura criada pelo escritor era melhor do que seu criador.
Em 1962, o criador (Ian Fleming) e criatura (o ator Sean Connery, que
representou por diversas vezes James Bond e que até hoje é tidocomo
seu melhor intérprete) se encontraram durante as filmagens do Satânico Dr. No.
OS LIVROS DE JAMES BOND
1953 – Cassino Royale.
1954 – Viva e Deixe Morrer.
1955 – O Foguete da Morte.
1956 – Os Diamantes São Eternos.
1957 – DA Rússia, com Amor.
1958 – O Satânico Dr. No.
1959 – Goldfinger.
1960 – Somente para Seus Olhos.
1961 – 007 Contra a Chantagem Atômica.
1962 – O espião que Me Amava.
1963 – A Serviço de Sua Majestade.
1964 – Morte no Japão (Só Se Vive Duas Vezes).
1965 – O Homem da Arma de Ouro.
1966 – 007 Contra Octopussy.
Muitas histórias criadas por Ian Fleming foram adaptadas para o
cinema e até para as histórias em quadrinhos.
JAMES BOND, EM QUADRINHOS...


A primeira edição de James Bond, no Brasil, foi lançado pela EBAL.
Anos depois, 007 surgiu numa edição especial da editora
Opera Graphica.

ATORES E FILMES
Os filmes de 007 foram produzidos inicialmente por Harry Saltzman e Albert Broccoli, detentores dos direitos cinematográficos de quase toda a obra já escrita por Ian Fleming e donos da produtora EON (Everything or Nothing). Em 1975, Saltzman abandonou a franquia. Desde 1995, os filmes são produzidos pela filha de Albert, Barbara Broccoli, e seu meio-irmão, Michael G. Wilson.
James Bond já foi interpretado por seis atores na série oficial:
- Sean Connery (1962–1967-1971/1983 cujo filme não faz parte da saga original)
- George Lazenby (1969)
- Roger Moore (1973–1985)
- Timothy Dalton (1987–1989)
- Pierce Brosnan (1995–2002)
- Daniel Craig (2006–presente)
Em 1962, foi lançado o primeiro filme, Dr. No, com o personagem James Bond interpretado pelo então semi-desconhecido ator escocês Sean Connery. O filme, feito com apenas um milhão de dólares (orçamento baixo, até para a época), estourou nas bilheteiras de todo o mundo, transformando Connery num ícone dos anos 1960, que com a sua espetacular popularidade internacional fez surgir uma nova histeria mundial vinda da terra da Beatlemaniada época: a Bondmania.
Alguns dos fatores de maior empatia da série com o público, além do carisma e do charme de seu personagem principal, têm sido sem dúvida os mirabolantes vilões, os gadgets mortais e de alta tecnologia, as suas canções-tema e as suas maravilhosas bond-girls.
(Dados dos filmes: Fonte Wikkepedia)
Por: Tony Fernandes\Pegasus Studios –
Uma Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo – SP – Brasil
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