terça-feira, 9 de outubro de 2012

O GENIAL FRANK ROBBINS, AUTOR DE JOHNNY HAZARD! MATÉRIA ESPECIAL!


UM GÊNIO DOS QUADRINHOS E UM GRANDE
INVENTOR CHAMADO:
FRANK ROBBINS!

Frank Robbins (1917\1994), ele foi um dos mais criativos e inovadores mestre da arte seqüencial. Desde a tenra idade ele se mostrou genial. Aos 9 anos ganhou uma bolsa de estudo para ingressar na Boston Museum of Fine arts, de Nova Iorque. Aos 16 anos, começou a desenhar cenários para a famosa rede americana de rádio e TV chamada NBC, na Radio City de Nova Iorque. Quando completou 18 anos, Frank foi contemplado com o prêmio Thomas B. Clarke, instituído pela National Academy Annual Art Exibition.

Após trabalhar em agências de publicidade, Frank assumiu em 1939, as tiras diárias da série Scorchy Smith, criada por Noel Sickles e mais uma página extra dominical em 1940. Devido ao sucesso obtido, pouco tempo depois, o pessoal da King Features, solicitou a Robbins para que ele fizesse também o Agente Secreto X-9, criado por Alex Raymond, o mesmo autor de Flash Gordon e Jim das Selvas.

O talentoso artista discordou, pois desejava ter seu próprio personagem. Assim, pouco tempo depois, ele concebeu uma tira sobre um aviador aventureiro chamado Johnny Hazard. Após a aprovação da nova série, a primeira tira foi publicada no dia 5 de junho de 1944, um dia antes do famoso Dia D, quando os japoneses arrasaram os navios americanos em Pearl Harbor. Em 1977, quando Johnny Hazard deixou de ser publicado, o autor e sua família se mudaram para o México, onde ele se dedicou a pintura acadêmica e hamais voltou ao mundo dos quadrinhos.

Apesar dessa genialidade precoce, Frank Robbins só atingiu o auge da fama quando criou e desenvolveu – escreveu e desenhou -  uma série para tiras de jornais chamada Johnny Hazard – um clássico dos comics, em 1944-, que passou rapidamente a ser publicada em mais de 170 jornais pelo mundo afora. As aventuras vividas em mundos exóticos, cheias de ação e suspense e que apresentavam mulheres belas e fatais e vilões misteriosos durante anos saiu nos jornais e posteriormente foram montadas no formato revista em quadrinhos.  

Esse clássico personagem era é um piloto de aviões que, após fugir de um campo de concentração nazista regressa a América onde ele reencontra Snap, um simpático jornalista e a navegadora Gabby Gillepsie. Durante a guerra da Coréia, Johnny volta a ativa. Ou seja, ele volta ao serviço da Força Aérea e passa a viver sensacionais aventuras de crime e espionagem. Em suas HQs Johnny enfrentou: espiões,  belas mulheres, contrabandistas, ameaças de extraterrestres e todos os outros tipos de aventuras dignas de  um grande aventureiro. Ao contrário de muitos personagens de ficcão do mundo das HQs, Johnny Hazard envelheceu, não tão rapidamente como uma pessoa do mundo real, porém, após um terço de século ou mais, ele começou a ter os cabelos grisalhos nas temporas, afato inédito até então para personagens de séries de quaadrinhos.
Imagem: Catálogo promocionalados aos jornais.
A tira de Johnny Hazard foi criada por Frank Robbins a pedido da poderosa King Features. Esse personagem foi muito popular e conseguiu se manter firme nos jornais durante décadas. A série durou mais do que a maioria das tiras de aventura criadas no período pós-guerra. A série só foi interrompida quando os editores dos periódicos decidiram não mais publicar o material de aventuras, de continuação, e optaram pelas tiras cômicas. Isto virou tendência mundial, na década de 70. Assim, a última tira de  Johnny Hazard foi publicada, pela última vez em 27 de agosto de 1977.
 Devido ao seu belo trabalho nesta incrível série do Comics, onde ele dava um show de luz e sombra, enquadramento, composição, angulação – com um traço estiloso feito a pincel -,  e excelente trabalho anatômico, a fama desse fantástico artista se espalhou mundo afora e pouco tempo depois sua arte requintada passou a ser exposta nos mais  diversos museus de arte da América,como: Metropolitan Museu of Art (Nova Iorque), National Academy Annual, Whitney Art Museum (Nova Iorque), Corcoran Gallery of Art Annual (Washington), Toledo Art Museum, etc.
O talentoso artista também foi um dos mais solicitados ilustradores que atuou no Mercado Americano. Colaborou com diversas publicações famosas, como: a revista Life, Look, Saturday Evening Post, agências de publicidade e muitas outras casas editoriais.

Poucos sabem que, além do seu talento nato para a arte sequencial Frank também foi um grande inventor, que revolucionou a indústria americana.
Numa época em que os microfones só captavam a voz humana de forma distorcida pelo sistema mono, Frank Robbins se mostrou mais uma vez genial: criou, desenvolveu e patenteou um sistema que apresentava um novo dispositivo para os microfones. Um sistema revolucionário que, pela primeira vez, foi capaz de reproduzir em grande escala uma voz amplificada com alta fidelidade e que passou a ser conhecida pela abreviação em inglês: Hi-Fi (High Fidelity).
Este invento fantástico revolucionou a indústria do disco e dos aparelhos eletrodomésticos.
Graças a esta sua invenção surgiu o que chamamos hoje de “som estereofônico”, cujos aparelhos passaram a ser produzidos em larga escala pelas mais importantes marcas de eletrodomésticos do mundo e que passaram a ser consumidos por pessoas de diversas nações.

As tiras de Johnny Hazard, passaram a ser publicadas no formato álbum a partir de agosto de 1948 até maio de 1949. Essas tiras diárias de Johnny Hazzard também foram reimpressas em cores aos domingos e foram lançadas pela Pacific Comics Club. Outras reedições também foram publicadas pela Pioneer Comics e pela Dragon Lady Press.
O genial Frank Robbins desencarnou em 1994. Foi para a morada onde repousam os grandes mestres do traço do Universo e nos deixou um legado que elevou as HQs para um patamar mais elevado, artístico, mais digno, visto que estas antes da arte exuberante de Alex Raymond, Burne Hogarth, Harold Foster e Frank Robbins eram consideradas sub-cultura pelos pseudos intelectuais da época.

Por Tony Fernandes\Estúdios Pégasus –

Uma Divisão de arte e criação da
 Pégasus Publicações Ltda –

São Paulo – Brasil

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