sexta-feira, 11 de abril de 2014

OS GRANDES ARTEFINALISTAS DE JACK KIRBY!

Grandes Mestres Marvel
(OS ARTEFINALISTAS DE
JACK KIRBY!)

Arte: Kirby e Sid Shores


Diz um antigo ditado que uma única andorinha não faz verão. Esse adágio popular é sábio, pois na verdade ninguém faz nada sozinho nessa vida. Mesmo pessoas dotadas com cérebros brilhantes, de diversos setores, nada fariam se não contassem com o apoio ou a colaboração de alguém ou de diversas pessoas que os ajudassem em seus empreendimentos.

Uma empresa só cresce quando você contrata o cidadão certo, para ocupar o cargo certo, já disse alguém certa feita.
No mundo das HQs jamais houve alguém tão prolífico como um cidadão chamado Jacob Kurtzberg, que ficou mais conhecido como Jack Kirby. O homem era uma verdadeira máquina de fazer quadrinhos. Porém, apesar de ser ágil no lápis, jamais conseguiria artefinalizar todas aquelas páginas a tempo de suprir as necessidades de seus editores. 




Assim, Kirby recorreu a diversos artefinalistas que passavam tinta simultaneamente em seus desenhos, enquanto o genial Stan Lieber, que se notabilizou como Stan Lee, um dos maiores escribas de HQs do século XX, criava e colocava os textos por último sobre os desenhos enviados por seus diversos colaboradores, residentes nos quatro cantos da América, num processo louco de trabalho, que jamais se viu igual e que ficou conhecido como “O Jeito Marvel de Fazer Comics”. Haja criatividade.




É fato, que Kirby era cercado por um exército de colaboradores e que muito deles morreram no anonimato ou acabaram sendo esquecidos pelo público leitor. A finalidade desta matéria e resgatar essa gente e dar a elas o devido crédito por seus trabalhos.
Portanto, a seguir, saiba quem contribuiu para o gigantesco legado deixado pelo genial e saudoso Jack Kirby, também conhecido como “O Rei dos Comics!”
Por Tony Fernandes


Wally Wood



Wallace Allan Wood foi um quadrinista americano e editor independente, que ficou famoso por seus trabalhos para a EC Comics e para a revista Mad. Ele e Jack Kirby foram um dos primeiros a serem homenageados pela indústria dos comics, em 1989, com o troféu Award Hall of Fame. 

Três anos depois, eles ganharam o Troféu Will Eisner. Wood fez centenas de páginas de quadrinhos, de diversos temas, ilustrou livros e revistas, fez capas espetaculares, tiras de jornais, cartuns, HQs eróticas e românticas. Também usou sua arte em outros setores da comunicação, como: a publicidade, o teatro, e em trabalhos comerciais. Certa vez, o editor da EC Comics, William Gaines, disse: “Wally pode ser um dos artístas mais problemáticos que temos – vira e mexe seus desenhos de mulheres sensuais eram criticados ou barrados pelo chamdo Código de Ética, que foi criado pelos próprios editores -, mas também é o mais brilhante.”As tiras da série Sky Masters feitas por Jack Kirby (lápis) e Wood (artefinal) foram produzidas pelo Manhattan Studio que ficava na West 64th Street esquina com a Columbus Avenue, em Nova Iorque. ]


SKYWALKER - POR: Kirby e Wood
Está série é até hoje considerada como um clássico das HQs, que revolucionou época e manteve acesa a esperança de milhares de americano que sonhavam que sua nação um dia seria líder da corrida espacial, que começou com o domínio da União Soviética. Wood começou a chamar atenção do público e dos editores em 1950, devido a sua alta qualidade de seus trabalhos que eram super detalhados, criativos, principalmente, os de sci-fi feitos para a EC e para a Avon Comics, alguns em parceria com Joe Orlando. Nesse período ele desenhou gêneros como: Romance, terror, suspense, aventuras e sátiras para o lendário editor da Mad, Harvey Kurtzman. Quando a Fawcett lançou Capitão Marvel, suposto plágio de Superman, que causou até briga judicial, Wood fez uma sátira genial chamada Superduperman contra o Capitão Marbles.



Wallace Wood foi quem convenceu William Gaines a começar a lançar uma linha de publicações de ficção científica. Os primeiros títulos desse gênero lançados pela EC foram: Weird Science e Weird Fantasy. Com o sucesso alcançado, mais tarde esses dois títulos se fundiram em uma revista chamada Weird Science Fantasy. Todas as HQs feitas por Wood para esta série são consideradas clássicas. O talentoso artista também participou de outros títulos da EC, como: Two-Fiestd Tales e Tales from the Crypt. 

Wood começou sua carreira aos 25 anos de idade desenhando roteiros criados por Jules Feiffer. Em seguida passou a fazer o clássico de Will Eisner, The Spirit, em páginas dominicais, em 1952 - HQ intitulada The Spirit in Outer Space. Pouco tempo depois, Eisner contratou Wood, por 30 dólares semanais, para letrerar e desenhar os cenários de uma HQ do Spirit, que foi feita para revista em quadrinhos. Algumas vezes Wood recebia 40 dólares por semana quando ele fazia uma HQ sozinho.

Wallace Wood também ficou famoso por desenhar mulheres super sensuais e séries de sexo, que vira e mexe dava problema com o pessoal do Código de Ética, apesar de venderem bastante.
Joe Simon
Joseph H. Simon foi um artista dos comics americanos, que também escrevia. Notabilizou-se como um grande artista de sua época e até como editor. Simon co- criou importantes personagens entre 1930 e1940, época considerada com a Era de Ouro dos Comics Books. Simon também foi o primeiro editor da Timely Comics (atual Marvel). Joe fez muitas HQs nas quais usou os seguintes pseudônimos: Gregory Sykes e Jon Henery.
Com o parceiro e sócio Jack Kirby, ele criou Capitão América, um dos personagens de HQs mais populares do mundo dos super-heróis.

Em 1940, a jovem dupla criativa também trabalhou para a DC Comics em títulos como: Sandman e Sandy the Golden Boy. Juntos criaram as series: The Newsboy Legion, The Boy Commandos e Manhunter.
 Simon e Kirby criaram também outros títulos, para outros editores, como: Boys' Ranch, Fighting American and The Fly. No final de 1940, Simon e Kirby decidiram entrar na área dos quadrinhos de romances, mas também enveredaram peloa gêneros terror  e farwest.


JOHN ROMITA


John Romita – Este filho de imigrantes italianos foi um artista super popular dos comic-books da Marvel Comics ao desenvolver durante anos a série The Amazing Spider-Man. Recebeu o troféu Will Eisner Comic Book Hall of Fame em 2002.
Romita é o pai de John Romita Jr., também um desenhista de comic-book, e marido de Virginia Romita, que durante anos foi a diretora de tráfico da poderosa Marvel.




John Romita, pai, também trabalhou para a DC, depois voltou a fazer  freelance para a Marvel Comics. Seu primeiro trabalho para o grupo Marvel foi uma HQ de 12 páginas chamada Giant-Man.   Artefinalizou muitas páginas a lápis feitas pelo mestre Kirby. Fez os desenhos a lápis para a série The Menace of Madam Macabre, cuja arte final foi do veterano Chic Stone.Também artefinalizou desenhos de Bob Powell para a série The Mystery of the Hidden Man and his Rays of Doom em Tales to Astonish, publicação que durou entre 1966 e 1967. Artelifnalizou, também, diversas capas feitas por Kirby e com Don Heck's fez os lápis para uma série de super-heróis jovens: The Avengers # 23 em dezembro de 1965.


Romita, durante uma época abandonou as HQs e decidiu entrar para o mundo da publicidade onde passou a fazer muitos storyboards para comerciais da TV para a agência BBDO, graças ao amigo Al Normandia, um dos mais conceituados diretores de arte do meio publicitário da América.

“Decidi ir atrás de uma melhor remuneração, apesar de adorar histórias em quadrinhos. A BBDO  me pagava 250 dólares por semana. Eu recebia 200 por semana para fazer o lápis de quadrinhos românticos, que dava um trabalhão danado. Eu precisava faturar e achei a publicidade uma boa. Pensei comigo mesmo: Se um dia eu voltar a fazer Hqs só vou fazer artefinal.” 

Algum tempo depois, Stan Lee, editor-chefe da Marvel, tinha ouvido falar que Romita estava negociando com a DC, para voltar a fazer quadrinhos. Stan ligou para ele perguntou se ele não queria voltar a trabalhar para a Marvel, se ela lhe pagasse o mesmo que ele recebia semanalmente daquela agência. Também disse que ele podia trabalhar em casa ou na sede da empresa. Romita disse a Stan que podia voltar, mas preferia fazer artefinais. Lee concordou com ele, pois conhecia a artefinal daquele bom profissional, desde que ele havia feito um belo trabalho de tinta para a série Avengers, no passado.
Durante 8 anos Romita tinha feito lápis para os títulos de romance da Marvel, se especializara em desenhar belas mulheres, mesmo assim queria agora se dedicar apenas as artesfinais. A proposta de que ele podia trabalhar em casa o animou. Romita disse: "Ok, aceito, Stan. Mas, com uma condição, gostaria de fazer HQs para a série Daredevil” - Demolidor, no Brasil. “Posso preparar algo dele para apresentar a você, Lee? "
Stan Lee não hesitou, concordou.
Quando as primeiras artes de Daredevil, feitas por Romita, ficaram prontas Stan recebeu o artista e o apresentou para o veterano Dick Ayers, um especialista em Daredevil e perguntou: “Ayres, o que acha que dá para fazer com essas páginas de Daredevil?



Ayres examinou as páginas e respondeu: “Uma bela edição! Dá só uma olhada nessa ilustração, Stan!” 
Numa página havia uma bela cena onde Daredevil estava nadando. Aquela arte impressionou Ayres e Stan.
“- É...” – disse Stan – “isto está muito bom... muito bom...”

Romita começou a publicar em Daredevil a partir da edição # 12 em janeiro de 1966. Inicialmente, artefinalizando os desenhos do dinâmico Jack Kirby. Depois, o jovem foi direcionado para títulos de personagens do segundo escalão da editora, na esperança de deixá-los mais vendáveis devido a bela artefinal de Romita. Por fim, o desenhista fez uma HQ para The Amazing Spider-Man e para Fantastic Four, que de imediato aumentaram  suas vendas para 25%. O traço de John Romita havia agradado em cheio os leitores desses títulos. Assim, o artista, que tinha um traço limpo e que desenhava belas figuras femininas, foi escalado definitivamente como desenhista oficial para a série destinada ao público jovem: The Amazing Spider-Man. 
" Stan Lee me deixou fazer também uma HQ de duas partes para Daredevil, histórias que sairam nas edições # 16 e17, que foram publicadas em maio e junho de 1966. Para a série Spider-Man ele me deu total liberdade para reformular os personagens".
John Romita foi o desenhista oficial de Spider Man durante anos e jamais pensou em voltar ao mundo da publicidade.


Don Heck

1929-1995

Donald Heck entrou para o mundo dos comics pela Harvey Comics, em 1949. Seu primeiro trabalho foi para a Harwell’s Comic Media onde começou a fazer capas de revistas de terror para títulos clássicos, como: Horrific #3 e Bullet Hole in Forehead. Para a Comic Media, Heck também desenhou e artefinalizou HQs para os títulos Weird Terror e Horrific. Também realizou Hqs de westerns como Death Valley. Desenhou quadrinhos de aventura para os títulos: Danger e War Fury. Também colaborou para a editora Toby, Hillman and Magazine Enterprises. Nessa mesma época conheceu Stan Lee e passou a colaborar com a editora Atlas - que depois virou Timely e, finalmente. Marvel, em 1954. 

Sua primeira HQ foi publicada pela Atlas em março e abril de 1955 nas revistas Rugged Action e Battlefront.
Heck imediatamente foi contratado pela Atlas para fazer títulos de guerra e em pouco tempo foi escalado para fazer um novo lançamento: Torpedo Taylor, série sobre batalhas navais, que durou 16 edições, todas feitas pelo talentoso artista. Don Heck participou de outros títulos, como: Cliff Mason White Hunter, Jann of the Jungle, Police Badge, onde participou das edições # 5 e  # 459, fazendo diversas HQs de guerra que a  Atlas, em 1957. Depois, Heck foi escalado para fazer westerns, como: Kid From Dodge City, etc. Foi esse prolífico desenhista que também fez a capa da edição #1 dessa nova série. Para os títulos de romances em quadrinhos Don Heck  também participou e foi considerado um dos melhores desenhistas que fazia belas mulheres para esse tipo de HQ.  Heck desenhou 14 histórias românticas escritas por Stan Lee entre 1955 e 1963.
Depois que a Atlas parou de lançar produtos, Heck deixou de fazer HQs por um ano. Só voltou ao metiê quando  Stan Lee decidiu criar e ressuscitar os antigos heróis do passado, que estavam engavetados desde que suas vendas tinham caído.
 Um novo time estava sendo formado por Stan Lee, e Heck foi convocado. Se juntou a Jack Kirby e Steve Ditko para criar e desenvolver novos títulos de HQs de fantasia e sci-fi. Paralelamente o incansável artista trabalhava para a National, fazendo freelance. Só retornou a fazer HQs românticas entre 1963 até 1965, para a Dell Publications.

Quando a Marvel decidiu lançar “Iron Man” na revista Tales of Suspense, Don Heck foi escalado para ser o artefinalista oficial de Kirby, para essa nova série. Além disso, ele também para a Marvel, as séries: Ant-Man, The Avengers e alguns números de X-Men e Spider-Man, mudando seu estilo e se adaptando ao traço dinâmico de Kirby, que agradava em cheio os leitores.

Até os anos 60, Don Heck, que admitia se inspirar nos trabalhos de Milton Caniff , teve que se adaptar ao estilo dinâmico da Marvel de fazer super-heróis. Produziu diversos títulos em parceria com os demais desenhistas dessa tradicional casa editorial americana até 1970. Só voltou a publicar uma HQ, pela Marvel, no início da década de 90. 
Em 1993, Heck artefinalizou desenhos de Kirby para uma série de livros de bolso, chamada Nightglider.


Jack Kirby


1917 - 1994

Jack Kirby  - Jacob Kurtzberg -, era filho de imigrantes judeus, proletários que trabalhavam nas fábricas de Nova Iorque, que viviam em guetos. Ele foi um dos maiores artistas americanos, escritor e editor. Cresceu numa região pobre da cidade. Kurtzberg entrou para a recente indústria dos comics em 1930. Desenhou várias tiras de jornais usando diferentes pseudônimos, antes de assinar Jack Kirby. Em 1941, Kirby e o escriba Joe Simon criaram um super-herói que fez grande sucesso Capitão América, para a Timely Comics. Na década de 40, Kirby desenvolveu e criou diversas séries de HQs para diversos editores, com o parceiro e sócio de estúdio, Simon.


Após participar da Segunda Grande Guerra Mundial, Kirby retornou aos  comics e passou a trabalhar com diversos gêneros. 











Colaborou com inúmeros editores, inclusive para a Archie Comics e a DC Comics, mas se efetivou na Timely em 1950, quando esta mudava seu nome para Atlas Comics. Nos anos 60, Kirby se revelou o mais notável artista dos comics da linha super-heróis, pelo novo selo Marvel Comics, que originou da conhecida Timely Comics. Em parceria com Stan Lee, Kirby co-produziu e criou inúmeros personagens como: The Fantastic Four, Iron Man, The Silver Surfer, The X-Men, e The Incredible Hulk. 


Ele também contribuiu para a criação de Spider-Man. Todos esses personagens foram feitos exclusivamente para a Marvel Enterprises, uma das majors dos comics americanos, que também passou a licenciá-los para séries de TV e cinema.
Kirby, uma verdadeira máquina de produção, fez sucesso durante seis décadas, co-criando ao lado de Stan Lee os maiores e melhores personagens da Marvel, verdadeiros ícones da cultura pop, que se tornaram campeões de vendas. Na verdade esta dupla genial e muito produtiva revolucionou as HQs da América. Fizeram história.


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 Em 1970, Kirby deixou a Marvel e foi para a rival DC Comics. Para a DC, Kirby criou a série Fourth World, uma saga que gerou diversos outros subtítulos. Porém, esse e os demais títulos não fizeram sucesso comercial e de imediato foram cancelados. Apesar disso os personagens da série The Fourth World continuaram a fazer parte da mitologia do imenso universo da DC Comics.




Kirby retornou para a Marvel no meio da década de 70, após ter se aventurado em animações para a TV e editar alguns títulos de forma independente, sem obter sucesso. Em seus últimos anos, Kirby recebeu grandes homenagens da critica especializada por sua brilhante e criativa carreira. Suas HQs até hoje faz parte da coleção de seus fãs pelo mundo afora. Suas obras são consideradas clássicas. Ele ficou conhecido como “O Rei dos Comics”.  De fato, ele foi um dos mais inovadores autores, e sua arte vigorosa, impactante, influenciou muitos criadores do mundo dos comics.
Jack Kirby.

Steve Ditko



Steve Ditko estudou arte na Cartoonists and Illustrators School de Nova Iorque, onde conheceu Jerry Robinson, que começou sua carreira profissional ilustrando comic books em 1953. Muitos desses jovens talentos dessa famosa escola de arte começaram a publicar pela lendária Charlton Comics. Jerry encaminhou o amigo para a Charlton, onde foi contratado imediatamente. 




Trabalhou continuamente para esta famosa e importante casa editorial até 1986, produzindo HQs de sci-fi, terror e histórias de mistério. No início dos anos 50, Ditko também começou a realizar trabalhos para a Atlas Comics. Ele, Stan Lee e Jack Kirby foram os primeiros artistas contratados pelo novo selo, Marvel, em 1950. Ditko e o escritor e editor Stan Lee – sobrinho do editor  Martin Goodman-,  criaram Spider-Man para a revista Amazing Fantasy # 15 (publicada em agosto de 1962), e o personagem Doctor Strange, para a revista Strange Tales # 110 (publicada em julho de 1963). 




Ditko também desenhou muitas HQs para a série Hulk. Sua primeira HQ para esse personagem foi publicada em The Incredible Hulk # 6, em março de 1963. Também colaborou para o título Tales to Astonish, a partir do número # 60 - lançada em outubro de 1964. Desenhou está série de muito sucesso até a edição # 67 - maio de 1965 -, quando assumiu a série Jack Kirby.

Após colaborar com a Marvel e criar Spider-Man – o mais popular herói dessa famosa casa editorial-, em 1966, Ditko voltou para a Charlton Comics, onde trabalhou na série Captain Atom e Blue Beetle. Também escreveu Joe Gill’s  e Liberty Belle e um personagem secundário que saia na revista He-Man chamado: Killjoy.  Também chegou a desenhar uma HQ para esta mesma série, que se tornou um grande sucesso na série animada da TV. Ainda pela Charlton, Ditko fez muitos trabalhos do gênero sci-fi e muitos títulos de terror. Fora isso, paralelamente, Ditko desenhou 16 histórias para a Warren Publishing, importante editora de HQs de terror, responsável por títulos que marcaram época como: Kripta e Vampirella. Em 1968, Ditko começou a produzir trabalhos para a DC Comics, criando e co-criando as séries: The Creeper e The Hawk and The Dove. Voltou a colaborar com a Charlton até a metade da década de 70, quando foi convidado para retornar para a DC. 
Em 1979, Ditko, em parceria com Kirby, o homem que era uma máquina de fazer HQs, passou a produzir as séries: Rom, Spaceknight e Speedball. Porém, essas novas séries foram de breve duração. Não caíram nas graças dos leitores.

Ditko tirou seu time de campo do mundo editorial, oficialmente, em 1998, cercado pela polêmica: Quem, na verdade, criou Spider Man? Sabe-se que inicialmente Stan Lee convocou Kirby para fazer o aracnídeo, no entanto, as primeiras HQs desse incrível personagem foram feitas por Ditko, que deu elasticidade, até então jamais vista no mundo as HQs. A capa da edição # 1- do Aranha -, entretanto, foi feita por Kirby. O pior é que diversos personagens criados por  Ditko, Kirby e Stan Lee, pertencem legalmente a Marvel. Quando do lançamento do primeiro filme de Spider Man, Stan Lee teve que recorrer a justiça para receber seus direitos autorais, que a editora alegava não pertencer a ele. A família do falecido e genial Kirby também brigou na justiça contra a Marvel. Na certa, Steve Ditko também deve estar reivindicado seus direitos contra essa famosa major dos comics da América, que parece não dar valor aos seus geniais colaboradores do passado. Convém lembrar, que, afinal, sem Stan, Kirby e Ditko, muitos heróis que alcançaram notoriedade pelo selo Marvel jamais existiriam. 

Desde que Ditko parou de trabalhar com os grandes editores seus trabalhos tem sido publicados e republicados interminavelmente por editores independentes como o velho amigo Robin Snyder, que foi seu editor na Charlton e na Archie Comics. Snyder passou a publicar livros que ficaram famosos sobre Ditko, como: The Missing Man, The Mocker e Avenging World, um remix com as melhores HQs feitas pelo traço dinâmico de Ditko nos últimos 30 anos.

Bill Everett

- 1973

William Blake “Bill” Everett iniciou sua carreira nos comics fazendo freelance para a Centaur Publications fazendo a tira chamada Skyrocket Steele, foi o co-criador dos personagens: Amazing-Man e Centaur, com o parceiro e diretor de arte Lloyd Jacquet. Na Funnies Inc, Everett criou The Sub-Mariner para um panfleto promocional de um filme que jamais se tornou realidade devido a diversas dificuldades técnicas existentes na época. A primeira HQ de Sub-Mariner - Namor, o Príncipe Submarino -, tinha 8 páginas e foi publicada na revista promocional chamada Motion Picture Funnies Weekly # 1. 

Essas oito páginas originais de Namor, acabaram sendo publicadas, tempos depois, na revista Marvel Comics # 1 - publicada em outubro de 1939. Bill Everett participou também da primeira publicação cômica de Martin Goodman, que se chamava Funnies, lançada pela Timely Comics - precursora da Marvel Comics-, em 1940. 

Everett criou um anti-herói que rapidamente passou a ser um dos líderes de venda da Timely: The Human Torch – O Tocha Humana. Outro grande fenômeno de venda daquela casa editorial na época foi: Capitão América – criação máxima de Kirby e Simon. Após a Segunda Guerra Mundial esses populares personagens deixaram de vender, inexplicavelmente, e faliram, literalmente. Seus títulos foram cancelados, assim como os demais super-heróis. Everett só conseguiu voltar a publicar The Sub-Mariner na revista Young Men # 28, em junho de 1954.

Nos anos 60, Bill Everett co-criou Daredevil – Demolidor, no Brasil - com Stan Lee e passou a desenhar a série a partir da revista Daredevil #1 - lançada em abril de 1964. Everett também artefinalizou HQs do Hulk para a revista Tales to Astonish - inicialmente os lápis eram de  Kirby. A mesma dupla também participaram da série Doctor Strange, HQs que foram publicadas na revista Strange Tales.

Bill e  Kirby fizeram para a Marvel muitas HQs sobre criaturas monstruosas. Os feras do traço também fizeram uma excelente parceria para a série Thor, que teve início na edição # 143. 
Outras HQs da dupla saíram nas edições
 dessa mesma série 
nas edições # 168 e # 175).
Everett voltou a desenhar, escrever e 
artefinalizar sua mais famosa criação,
 The Sub-Mariner,
 até sua morte em 1973. 


Dick Ayers


Dick Ayers nasceu em Ossining, Nova Iorque. Seus pais viveram em Bogotá, América Latina e foram morar na América em White Plains, Nova Iorque, em 1927. Ele se alistou na Força Aérea da Americana em setembro de 1942. Serviu no 586th Bomb Squadron, no 394th Bomb Group e no 98th Bomb Wing, e participou de seis campanhas militares na Inglaterra, Normândia e Alemanha. Em outubro de 1945, após o término do terrível conflito mundial, ele decidiu estudar desenho nas seguintes instituições de ensino: Art Career School, Cartoonists and Illustrators School e na  NYC, entre 1946 até 1948.
Sua carreira teve início em 1947, artefinalizando trabalhos de Joe Shuster (um dos criadores de Superman). Entre 1948 e 1956 letreirou, desenhou e artefinalizou para a Vin Sullivan of Magazine Enterprises para a revista Funnyman. Ayers também fez muitas HQs de séries de Westerns a partir de 1940 para a Magazine Enterprises. Participou de revistas, como: A-1 Comics and Trail Colt, e para a Prize Comics, para a revista Prize Comics Western. Com o escritor Ray Krank, Ayers criou as primeiras HQs de terror que tinham como pano de fundo o velho Oeste selvagem e que tinha como personagem principal The Ghost Rider - Cavaleiro Fantasma, no Brasil. A primeira HQ de Ghost Rider foi publicada na revista Tim Holt # 11 (em 1949). Depois, os direitos do Cavaleiro Fantasma foram adquiridos pela Marvel Comics, que decidiu lançar a própria versão desse cativante e popular herói diferenciado do Oeste em edição solo. Assim surgiu a revista Ghost Rider # 1 - que foi publicada em fevereiro de1967-, com textos de Roy Thomas e desenhos de Gary Friedrich. Porém, o artista original e co-criador desse misterioso cavaleiro do Oeste foi Dick Ayers.

Entre 1951 e 1976, Ayers fez muitos freelances para a Atlas Comics – Marvel -, desenhando HQs de terror para vários títulos da casa, inclusive para a série Journey into Mystery e Strange Tales. Ele também republicou pela a Marvel uma série de muito sucesso da chamada Era de Ouro, The Human Torch, que a Marvel decidiu ressuscitar. Essas HQs clássicas do The Human Torch foram republicadas nas revistas Young Men # 21 e # 24 - originalmente essas HQs foram publicadas entre junho de 1953 e fevereiro de 1954.

Ao criar a série Fantastic Four, Stan Lee não fez nada de novo. Fez um grupo de heróis, para concorrer com a Liga da Justiça da América – grande sucesso na época lançada pela DC -, em que dois dos personagens principais tinham os mesmos poderes de heróis do passado que fizeram sucesso: O Tocha Humana e O homem Borracha - Plastic Man. E o incrível Hulk nada mais é do que uma versão americana do clássico da literatura inglesa Dr. Jekil e Mister Hyde.  

Durante os anos 50, Ayers atuou como freelance para a Charlton Comics, inclusive fazendo HQs cômicas para a revista satírica chamada: Eh!
 Dick Ayers, assim como  Kirby, foi um dos mais prolíficos desenhistas do ramo. Produziu e atefinalizou milhares de páginas de westerns e de monstros, quando nem sonhava em um dia fazer super-heróis. Na década de 60 ele artefinalizou milhares de páginas de Kirby. Para Fantastic Four essa dupla colaborou por um bom tempo. Entre 1976 e 1979 Ayres
 trabalhou para a DC Comics. 

Incansável, desenhou para a Archie Comics entre 1979 e 1986 e para a AC Comics em 1991.
Dick continuou ativo por um bom tempo, re-criando capas e personagens. Seu filho Richard passou a ser seu assistente, letreirando e colorindo suas artes. Dick Ayres frequentava convenções de HQs, pelo país, com regularidade.


Murphy Anderson



Murphy Anderson nasceu em Asheville, Carolina do Norte. Foi um dos artistas dos comics, que ficou conhecido como um dos bons artefinalistas da área editorial. Escrevia e desenhava. Trabalhou para a DC Comics durante 50 anos, onde iniciou em 1930 e atravessou a década de 40 trabalhando muito.



 Viveu intensamente as chamadas: Era de Ouro dos Comics, Era de Prata e Era de Bronze. Trabalhou com diversos personagens dessa tradicional casa editorial e principal concorrente da Marvel. Murphy Anderson trabalhou em séries, como: Hawkman, Batgirl, Zatanna and the Spectre. Também fez o clássico Buck Rogers, no formato tiras, para um famoso syndicate.

 Anderson colaborou durante anos com a revista PS, publicação de quadrinhos e que era editada pelas forças armadas americanas. Como artefinalista, Anderson criou a imagem definitiva da versão moderna do antigo personagem The Flash. Séries como: Adam Strange, Atom, Superman e Batman, também foram feitas e modernizadas por ele. 

Com seu mais frequente colaborador, Curt Swan, fez trabalhos para as séries Superman e para o mais antigo título de série de quadrinhos ainda publicado, a lendária Action Comics, na década de70 – onde Superman foi publicado pela primeira vez. Nessas publicações Anderson e Swan curiosamente assinavam como: Swanderson.

O desenhista também acabou sendo incumbido de desenhar HQs para a revista Superman e Jimmy Olsen, feitas por Jack Kirby, que foram publicadas nas edições # 133 e #144 entre 1970 e 1971.
No ano 2000, Murphy Anderson lançou o livro Visual Concepts, que apresentava conceitos sobre separação de cores e letreramento de HQs. 


Neal Adams


Neal Adams nasceu em Governors Island, na ilha de Manhattan, Nova Iorque. É um dos desenhistas americanos mais bem conceituados dos comics books e da arte comercial. Esse grande artista ficou famoso por ter ajudado a criar imagens definitivas dos principais personagens da DC Comics,como: Superman, 
Batman e Green Arrow.
Adams foi o co-fundador da  The Graphic 
Design Studio Continuity Associates.

 E, como era formado em advocacia, sempre defendeu os direitos dos criadores de HQs. Moveu um processo contra a Nação e assegurou a pensão dos autores de Superman, Jerry Siegel e Joe Shuster, que após terem cometido a besteira de vender os direitos desse popular herói mundial a preço de banana para um editor esperto, no passado, estavam morrendo a míngua, nos anos 80, enquanto o personagem criado por eles arrecadava milhares de dólares pelo mundo afora, através de filmes, revistas em quadrinhos e merchandising. 


CAPA - Por Kirby e Adams


Adams recebeu, merecidamente, o cobiçad
o Eisner Award's Will Eisner Comic Book Hall
 of Fame in 1998, e o Harvey Awards' Jack Kirby 
Hall of Fame in 1999. Durante a década de 70, 
Adams foi muito ativo politicamente na conturbada indústria dos comics, onde até hoje a maioria dos autores não recebem royalties de suas HQs que são republicadas pelo mundo. Adams uniu a classe
 e criou uma entidade representativa para os profissionais da área. 

 Fundou a Atlas- Seaboard Comics, 
uma empresa composta por amigos criadores de HQs, ajudando assim a modernizar as leis da antiga 
indústria das publicações.
Os trabalhos desse estiloso artista, que marcou época, até hoje são disputados a tapa pelos colecionadores. Além do caso dos autores de Superman, que Adams venceu numa importante batalha judicial travada em 1987, ele também ganhou a causa quando a Marvel voltou a republicar trabalhos originais dele e do lendário Jack Kirby, além de outros grandes mestres do passado, sem pagar direitos autorais. Adams também moveu um processo contra essa casa editorial e esta foi obrigada a pagar os royaties a todos os autores 
envolvidos no caso. 

Como já citei, graças a ajuda de Neil Adams os criadores de  Superman foram reconhecidos publicamente como legítimos autores da obra e foram remunerados pelos poderosos da DC. Outra contribuição importante de Adams aconteceu quando os nomes de Jerry Siegel e Joe Shuster há muito tempo estavam desassociados da criação máxima deles: Superman. Neal conseguiu através da justiça impor aos editores que o nome dos reais criadores do Homem de Aço fossem creditados sempre em cada nova história desse famoso personagem, eternizando assim os dois fantásticos criadores de origem hebraica.


Dan Adkins
(1923 - 1984)



Dan Adkins começou a trabalhar com comics em séries de  sci-fi. Ele nasceu em Midkiff, no estado de Virginia. Dan serviu a força aérea na década de 50. Lançou seu próprio fanzine, chamado Sata, em 1956. Durante este período, ele também colaborou com outras publicações feitas por fãs de HQs, como: Amra, Veja e Xero. Decidiu mudar para a Big Apple – apelido de Nova Iorque -, quando começou a fazer freelance para revistas de sci-fi para diversos estúdios. Ingressou no ramo editorial justamente na chamada “Era de Ouro”. 



Em 1964, ano em que os comic-books voltaram a atrair muitos fãs, Adkins começou a produziu verdadeiros clássicos que entraram para a história, numa época que ficou conhecida como “A Era de Prata dos Comics”. 
Adkins entrou para o estúdio de Wallace Wood como assistente de arte. Wood e Adkins, foram parceiros em diversas HQs feitas para a Warren Publishing. Essas HQs foram publicadas nos seguintes títulos daquela casa que ficou famosa por dar calotesem seus colaboradores, e que acabou falindo: Creepy e Eerie. 

Ele também participou, como artista contratado do Estúdio de Wood, na série: T.H.U.N.D.E.R. Agents, feita para a Tower Comics e desenhou as histórias da série Dynamo, durante 16 meses.

Trabalhou fazendo desenhos a lápis e como artefinalista em 816 revistas em quadrinhos. Seus desenhos foram artefinalziados por cerca de 70 artistas da indústria dos comics. Com o fenomenal Jack Kirby ele se notabilizou como um dos mais perfeitos artefinalistas do Capitain América - HQs que foram publicadas nas edições # 104 e 105. Para a Marvel ele desenhou 132 capas, fez muitas páginas para a série Doctor Strange e colaborou também para outros diversos títulos dessa mesma casa editorial. 
Colaborou com diversas editoras, como: Charlton Comics - que na década de 70 lançava diversos títulos com heróis das pistas de corridas, como Hot Whells, etc -, DC Comics - Aquaman, Batman-, Dell Comics/Western Publishing, Eclipse Comics, Harvey Comics,
 Marvel, e Pacific Comics.




Ele foi um mestre completo. Adkins realizou belas capas pintadas para as revistas: Amazing Stories, Eerie - edição # 12 -,  e para a Famous Monsters of Filmland - edições # 42 e 44. Fez diversas ilustrações para a revista Argosy, com Wood. 
Participou de inúmeros títulos que foram publicados na América, como: Amazing Stories, Fantastic, Galaxy Science Fiction, Infinity, Monster Parade, Science-Fiction Adventures, Spectrum, Worlds of  If , entre outras. 
Dan Adkins faleceu em 1984. (1923\ 1984) 


Sol Brodsky


Poucos leitores de HQs já ouviram falar dele. Mas, Sol teve um papel importante na indústria dos comics. Sol Brodsky nasceu no Brooklyn, Nova Iorque. Aos 17 anos entrou para a Archie Comics - MLJ -, onde aprendeu tudo sobre quadrinhos, no início dos anos 40.
 Depois, bateu na porta de editores tradicionais da época, como: Fox, Holyoke e Lev Gleason. Participou de uma revista da Timely chamada Comedy Comics, edição # 11- lançada em setembro de 1942 -, fazendo um personagem do mundo dos esportes  chamado Inky Dinky, onde assinava apenas Sol. Depois de 1940, Brodsky passou a pertencer ao staff da Timely, mais especificamente ao time de cartunistas humorísticos, divisão que a empresa mantinha para produzir títulos de humor para jovens, como: Millie and Patsy Walker. Entre 1949 e 1950, o cartunista foi escalado para fazer HQs de títulos adultos, cujos argumentos abordavam 
crimes e suspense.

Quando ele deixou o staff da Timely, Sol passou a fazer freelance para revistas de guerra e espionagem para a Atlas. Passou a ser o artista oficial de séries como: Clark Mason Spy Fighter, que apareceu na revista Spy Fighters, em 1951. No meio dessa década entrou para o staff dos artistas que desenhavam capas para a Atlas. Na época, esse time de capistas já contava com feras, como: Joe Maneely, Bill Everett, Carl Burgos e Russ Heath. Brodsky também foi escalado para o departamento de criação de comerciais em forma de quadrinhos, que saiam nas páginas dos produtos editoriais daquela casa. Assim, ele fez: The Adventures of Big Boy e The Birds Eye Kids.

Quando a Atlas faliu, Sol decidiu  lançar sua própria publicação chamada Cracked Magazine, em 1958. Mas ela teve curta duração. Assim, desanimado, decidiu procurar trabalho com Dick Giordano, que estava na Charlton Comics, empresa que passou a colaborar por muitos anos.  

O artista só reencontrou o mago Stan Lee no início da década de 60, quando a empresa já se chamava Marvel. Voltou a produzir alguns trabalhos para esse novo selo. Sol desenhou inúmeros logotipos para muitos títulos lançados pela Marvel.
Se especializou nisso e uma de suas criações mais marcantes foi o logo para a série The Fantastic Four, que criou e artefinalizou a partir da terceira edição.



Em 1964, ele era o cara mais especializado em desenvolver logos para os personagens daquela empresa. Ocasionalmente, desenhava HQs destinadas aos jovens e uma ou outra aventura para as series de western da casa. De vez em quando artefinalizava uma capa, como a feita para a revista Sub-Mariner # 1, publicada em 1968, onde teve a honra de artefinalizar uma arte feita por John Buscema, o chamdo” Da Vinci das HQs”.

Em 1970 Brodsky deixou a Marvel para abrir sua própria empresa editorial chamada Skywald, com o sócio Israel Waldman. Só regressou à Marvel no meio dos anos 70, onde permaneceu por vários anos no Departamento de Projetos Especiais, como o livro: The Human Torch e Jack Kirby’s What If?- ambos lançados em 1978. 
Super respeitado por todos da indústria dos comics, Sol Brodski deixou o ramo em 1984, mas ainda é lembrando por alguns parceiros dos tempos da Timely, como um grande profissional e amigo leal.

Mike Esposito
(1920\1969)



Mike Esposito, que muitas vezes usava pseudônimos, como: Mickey Demeo, Mickey Dee, Michael Dee e Joe Gaudioso, foi outro grande artista americano dos comics books, que trabalhou para a DC, Marvel, e outras boas casas do ramo. Começou na década de 50 e só aposentou o lápis e o pincel no ano 2000. 
Participava do time de bons artefinalistas, como o amigo Ross Andru, Joe Sinnot , e outros. Desenhou títulos importantes e consagrados como: The Amazing Spider-Man e Wonder Woman.

 A dupla, Andru e Esposito, desenhou a série Wonder Woman durante anos, mais precisamente até 2006, quando ganharam um selo comemorativo lançado pelo correio dos Estados Unidos.
Esposito, por seus préstimos ao mundo dos comics, também foi agraciado com o troféu Will Eisner Comic Book Hall of Fame, em 2005.
Mike Esposito nasceu em Nova Iorque. Se formou na High School of Music and Art, onde um dos seus colegas de classe era o futuro desenhista de comics e parceiro de muitas empreitadas: Ross Andru. Esposito sonhava em se tornar um animador de desenhos da Disney, porém seu sonho foi por água abaixo quando seu pai disse que jamais deixaria ele ir morar sozinho na Costa Oeste americana.

Depois do serviço militar, Esposito ingressou no mundo dos comics books desenhando para a editora Fiction House. Além da sua competência, deu sorte. Pouco tempo depois, estava trabalhando com uma das majors do ramo, a poderosa DC Comics, que era chamada na época de National Periodical Publications.
 Numa época em que a maioria dos desenhistas dos comics books não assinavam suas obras, era compreensível que novos autores tivessem uma ascensão mais lenta e gradativa e que raramente pudessem se destacar . Isto também aconteceu com ele. Porém, algum amigo provavelmente deve tê-lo indicado para a DC. Segundo ele afirmou numa entrevista realizada anos depois: “Na verdade meu primeiro trabalho que escrevi, desenhei e artefinalizei foi uma HQ chamada "Heat Of Battle para a revista Men's Adventures # 6 , lançada em 1951, pela Atlas Comics, na década de 50. Nela, pela primeira vezeu pudede assinar.”
Ele e o velho amigo Ross Andru fundaram o Studio Mike/Ross Publications no começo dos anos 50. Os dois artistas, juntos, colaboraram por longo tempo – por quatro décadas - para diversas editoras, em vários projetos. O primeiro trabalho deles foi uma HQ de 24 páginas, intitulada: The Jungle That Time Forgot, que saiu na revista Mister Universe # 2, em 1951.


 Ainda nesse mesmo ano, em julho e dezembro, eles participaram com outras HQs nessa mesma publicação. Na quinta HQ da série eles foram convidados pela Mr. Publications, e ganharam uma publicação própria. Em 1953, os dois decidiram abrir a Mikeross Publications, que em 1954 lançou as primeiras HQs em 3D de histórias em quadrinhos  românticas, chamadas: 3-D Love e 3-D Romance, com sucesso. Duas edições do romance em quadrinhos Heart and Soul, também foram lançadas por esta nova casa editorial, além de três números de quadrinhos satíricos cujo título da edição era: Get Lost. Porém, nem tudo fez sucesso comercialmente e a Mikeross Publications veio a falir.
Com o fechamento da editora, Esposito começou a trabalhar para a DC e nas horas vagas fazia freelance para a Marvel. Mais uma vez, teve sorte. De cara, começou fazendo artefinal para um dos monstros sagrados da indústria dos comics, o gigante Jack Kirby. Artefinalizou a capa de Fantastic Four Annual # 3 - lançada em 1965. Na sequência passou tinta na arte de Bob Powell para uma edição especial de Human Torch and the Thing, que foi publicada 
em Strange Tales # 132. 




Depois artefinalizou desenhos de Don Heck, para Iron Man - que foi publicada na revista Tales of Suspense # 65 - em 1965 -, onde assinou como Mickey Demeo - de vez em quando também assinava como: Mickey Dee ou Michael Dee - ,esta era a única forma de conciliar seu trabalho com a Marvel com seu emprego na DC, a concorrente, sem correr o risco de ser despedido. Outro pseudônimo que ele costumava usar era: Joe Gaudioso, pelo mesmo motivo.

George Klein
(1915 \1984)


O nome George Klein também é pouco conhecido, porém fez um trabalho relevante. Ele entrou para a indústria dos comics desenhando e artefinalizando cenários para a criativa dupla  Simon e Kirby, nas HQs do Capitão América. Seus primeiros trabalhos foram publicados em  The Defender  in U.S.A, nas revistas: Comics # 2 e # 3. Em outro trabalho também da mesma dupla, George trabalhou os fundos de uma série chamada Black Marvel, que foi publicada na revista Mystic Comics # 8. Na metade de 1942 ele foi convidado para participar do staff de artefinalistas da Timely, que já contava com feras como: Syd Shores, Mike Sekowsky, Ed Winiarsky, Vince Fago, Al Avison e Al Gabriele. 

 Com o tempo, ele criou para essa casa um herói engraçado, que era um  animal humanizado. Klein terminou a década criando e desenvolvendo algumas HQs para a série Vênus, que apresentava HQs românticas, onde seu traço delicado e suas belas composições e figuras femininas se enquadravam perfeitamente. Essas séries românticas vendiam muito na época e duraram, pela Atlas, de 1949 até 1950. 
Durante este tempo, ele artefinalizava trabalhos de Pete Tumlinson e ocasionalmente trabalhava também com seu amigo e colega Christopher Rule.
Quando a equipe da Timely acabou em 1950, Klein continuou a fazer freelance até 1953, dos mais diversos gêneros, desenhando e artefinalizando. Fez Blast Revere in Space Squadron e muitas histórias românticas, bem desenhadas e com fundos altamente detalhados.
 Klein também fez alguns trabalhos para a National Publications (atual DC), onde assinava como Curt Swan, como: Legion of Super-Heroes, Jimmy Olsen, Lois Lane, Superboy e Superman. Moonlighting foi criado por Stan Lee no final dessa década e, Klein foi chamado para artefinalizar Jack Kirby e acabou trabalhando também na última aventura de Black Rider, personagem que era um anti-herói, desenhado por Kirby, que saia 
na revista Fantasy Tales.



Em 1961, Klein teve o privilégio de artefinalizar dois numeros da revista Fantastic Four , publicadas em 1961, que também fôra desenhadas pelo “Rei dos Quadrinhos”, que vivia atolado de trabalhos, pois tocava várias séries simultaneamente. 
Pela primeira vez, o desconhecido nome de George Klein aparecia nos créditos de uma revista em quadrinhos ao lado de grandes nomes do ramo, como: Stan Lee e Jack Kirby. 

Klein só voltou a trabalhar para a Marvel em 1968, quando teve a honra de passar tinta nos desenhos do grande mestre John Buscema, numa edição da revista The Avengers. Na sequência, artefinalizou o belo traço dinâmico de Gene Colan para a série Daredevil. E, por fim, artefinalizou Jack Kirby em mais uma eletrizante aventura de Thor, em 1969, quando estava com 49 anos. 

Ben Oda

1915 -
Ele foi o mais importante letrista de HQs da América. Ben Oda era filho de japonês, nascido na América. Fez tiras de jornais e se especializou em fazer letras para comics books – como o casal Maldonado, no Brasil. Lutou na Segunda Grande Guerra para defender a América e quando o conflito cessou, regressou para a América e passou aprender a fazer letras para os balõezinhos das HQs após descobrir que a maioria dos grandes mestres do traço não sabia letreirar, ou que não tinham tempo para fazer esse tipo 
de trabalho minúscioso. 

Ele se especializou no assunto e acabou  letreirando milhares de comic strips, feitas por gente famosa, incluindo séries de diversas empresas editoriais, como: Apartment 3-G, Big Ben Bolt, Dondi, The Dropouts, Flash Gordon, Little Orphan Annie, Mary Perkins, On Stage, The Phantom, Prince Valiant, Rip Kirby e The Spirit.
Oda colaborou por muito tempo com Harvey Kurtzman, EC Comics, Warren Publishing e DC Comics. Também ficou famoso por desenhar logos de títulos para as revistas Mad e para os belíssimos comics de terror da Warren, produzidos pelos espanhóis.
Como Ben Oda era a tradução de seu nome origial em japonês, e ele achava esquisito e complicado para os ocidentais memorizarem, certo dia ele decidiu adotar o pseudônimo de Bill Yoshida, que ficou famoso, pois durante anos ele foi o letrista oficial da Archie Comics e de  outras grandes companhias editoriais da América.
Odaballoon – Este é o nome de é uma fonte (família de letras, para computadores), que foi criado por Ben Oda especialmente para as Histórias em Quadrinhos. Esse nome desse tipo de letra característico foi colocado como tributo ao incrível serviço prestado ao mundo da indústria dos comics por esse nobre descendente de orientais. Trata-se de uma fonte freeware. 
Paul Reinman
Muitos colaboradores da Marvel e que fizeram parceria com Kirby passaram desapercebidos mesmo aos mais atentos leitores e colecionadores de HQs. Porém, esse grandes mestres também têm um lugar de destaque na história da indústria americana dos comics.

Paul J. Reinman é mais um desses heróis anônimos. Ele entrou para o oscilante mundo dos comics na década de 40, na All-American Comics - título que depois passou a ser publicado pela DC Comics -, onde passou a trabalhar com personagens que ficaram famosos por pertencerem a famosa Era de Ouro, como: Green Lantern, Wild Cat, The Atom, Starman e Wonder Woman. Ele trabalhou também para a MLJ - Archie Comics - , nas revistas Black Hood, The Hangman e The Wizard. Colaborou com a Timely Comics, inclusive na série Human Torch e Sub-Mariner Stories, em Captain America Comics.

Ele trabalhou e fez HQs de  outros gêneros para a Marvel até 1950, período que antecedeu o selo Atlas Comics.
No final dos anos 50, Reinman, com frequen^Cia, passou a artefinalizar os trabalhos de Kirby para os títulos: Strange Tales e Journey into Mystery, assim como para uma série de espionagem chamada: Yellow Claw. Em parceria com Kirby artefinalizou os mais importantes personagens da Marvel – também conhecida como “Casa das Ideias”-, como: The Incredible Hulk # 1, X-Men # 1 e 5, e Avengers # 2, 3 e 5.
No ano de 1965, Reinman e Jerry Siegel - um dos autores de Superman - criaram The Mighty 
Crusaders para a Archie Comics, personagem 
que teve breve duração. Ele também  produziu HQs para The American Comics Group, e se manteve no ramo até a década de 70. Fez os desenhos a lapis de Ka-Zar # 1 - publicação lançada em janeiro de 1974 -,  e assinou com John Romita um trabalho que fizeram juntos para The Amazing Spider-Man # 132 - lançado em maio de 1974.
Mike Royer
Eis mais um nome que caiu no anonimato. Ele nasceu em Lebanon, Oregon no ano de 1941. Da primavera de 1965 até a primavera de 1979, trabalhou no campo dos chamados “comic book strips”. Oitenta e cinco por cento de seus trabalhos assinados como artefinalista e letrista estão ligados a grandes nomes do mundo dos comics.

 Começou como assistente do genial Russ Manning – autor de Magnus, Robot Fighter, e de Tarzan of The Apes, Coleção Lança de Prata, editada no Brasil pela EBAL.Quase no final da série do Homem Macaco, criado por Edgar Rice Burroughs, Mike letreitrou e artefinalizou os trabalhos de Manning nos últimos 6 meses, antes que acabassem as tiras de jornais e as páginas dominicais. Além disso, durante os primeiros 4 meses, fez a série Star Wars, para tiras de jornais, até  1970. Artefinalizou para os mais famosos artistas da Costa Oeste, como: Mel Keefer, Paul Norris, Mike Arens, Hi Mankin, Sparky Moore e Doug Wildey.
Mike dominava a arte de cobrir de tintas e valorizar ainda mais os desenhos dos grandes mestres. Assim, teve o privilégio de fazer parcerias com: Don Heck, Steve Ditko, Ramona Fraden, Chic Stone, Keith Giffin, e outros bambas.  
Iniciou sua carreira fazendo layoutspara 3 séries de desenhos animados para a TV, da Hanna-Barbera: Spider-man, The Three Musketeers e para a série de TV chamada The Banana Splits - que foi exibida no Brasil nos anos 70.  Depois desenhou a série Hot Wheels, para a Charlton Publications, nos anos 70. 
Fez diversos trabalhos para os super-heróis Marvel. Para a Warren Publishing, Mike colaborou com as revistas: Creepy, Eerie e Vampirella. 

Para a editora Gold Key, ele também escreveu e adaptou e desenhou series como: Speed Buggy, Butch Cassidy and the Sundance Kids, Tarzan e Magnus, além de desenhar as capas para a série HB TV (Hanna-Barbera),  Adventure Heroes e HB Super TV Heroes, que apresentava os heróis estilizados por Alex Toth, como Space Ghost, Homem Pássaro,  e outros.
Em 1969, ele começou a criar e a desenvolver capas para CDs e para álbum especiais de histórias em quadrinhos .  
Mike se tornou mais conhecido no período em que letreirou e artefinalizou as HQs de Jack Kirby. Sua carreira começou despertar interesse na D.C. National - onde trabalhou de 1970 até 1975 -, principalmente depois que fez letras para a série Fourth World, feita por Kirby.  Depois, fez: The New Gods, The Forever People, Mister Miracle e algumas edições de Superman e Jimmy Olsen. 
Atuou na Marvel Comics - de 1975 a1979 - em séreis, como: The Eternals, Devil Dinosaur, Machine Man, Black Panther, 2001: A Space Odyssey e Captain America. Depois veio a reencontrar e trabalhar com o mestre Kirby na Pacific Comics em 1983, onde artefinalizou Silver Stare Captain Victory and His Galactic Rangers. 
Mike, durante 14 anos assinou seus próprios trabalhos feitos para a Western Publishing Company - Gold Key Comics-, executados séries, como: Tarzan, Space Ghost, The Herculoids, e em Batman Super Friends Coloring Book, etc.

Primavera de 1979, esta época marcou o início de uma jornada de trabalhos que ele fez para a Disney Company, que durou até 1993 - por 14 anos -, onde atuou na divisão de produtos licenciados. Na Disney, Mike se especializou nas áreas de book publishing, comic strips, comic books, e, principalmente, em criação de parques temáticos e licenciamento para merchandising. Entre outras coisas, transformou-se num artista completo. Nas horas vagas ele fazia freelance para a  National Lampoon e para a  Cracked Magazines, D.C e Marvel.
 Nos estúdios Disney, Mike desenhou storyboards e foi o diretor  de arte de filmes como: Dick Tracy e 3-D Bulleteer Comic Book, produzido
 pela Disney Music Division.

 Antes de deixar a Disney, ele criou um novo visual para os personagens Winnie the Pooh, que inicialmente foram lançados como licenciamento sob o comando dele, em 1993.

Ainda neste ano deixou de pertencer ao staff da Disney. Mas continuou fazendo freelance para eles. Essa parceria com a Divisão Disney de Criação durou até o ano 2.000. Da primavera do ano 2.000 até a primavera de 2.001, ele fez diversos freelancers  trabalhando para diversos clientes do Al White Studio - Disney Projects -, e para o Heavy Iron Studios onde ele criou personagens e desenvolveu games para computadores, em 3D. 

Trabalhou para a Saban, Fox Family Channel e para a Fox Kids Network no projeto Digimon.
Mike Royer continua nos  comics books, mas sempre foi um autor multimídia. Faz, HQs, de vez em quando, por mero diletantismo. Um dos seus trabalhos mais marcantes para o mundo dos comics foi realizado para a revista: Weird Mystery Tales. A história chamada: Toxl, The World Killer, que foi  publicada pela DC, em outubro de 1972. Originalmente, os desenhos eram de Kirby e a arte final de Mike Royer. 
Curiosamente... a série, Toxl, The World Killer, que foi criada originalmente por Jack Kirby, para a revista  Spirit World # 2, nunca foi publicada. A história da mesma série, que depois foi publicada em Weird Mystery Tales # 2, tinha o roteiro de Mark Evanier. Os diálogos e as artes finais foram feitas por membros da equipe da DC, de Nova Iorque, e o material foi letreirado pelo lendário Ben Oda.
CHIC STONE
(1913 \ 1973)
Charles Eber (Chic) Stone estreiou nos quadrinhos em 1939, aos 16 anos. Trabalhou para  comic books através do famoso estúdio de Will Eisner e Iger. Na década de 40, ele fez uma HQ interira do Captain Marvel para a  Fawcett Comics. Depois, fez outra para a Boy Comics e mais uma para a Lev Gleason Publications. Para a Timely Comics, colaborou para as series: Blonde Phantom Comics, Joker Comics, All Select Comics, e Kid Komics.
Chic deixou o mundo dos quadrinhos na década de 50, quando decidiu se tornar diretor de arte de revistas conceituadas. Mas, retornou para as editoras de HQs na década de 60, para trabalhar com The American Comics Group (ACG) na série: Adventures into the Unknown. 
Para a Marvel Comics, nessa mesma década, artefinalizou trabalhos de Kirby para as revistas: Fantastic Four, X-Men, The Mighty Thor, e fez inúmeras capas.
Depois, fez freelance para a DC Comics, colaborando para a série Batman. Também atuou como “Desenhista fantasma” para Bob Kane, desenhista oficial e co-criador do Homem Morcego, ilustrou várias histórias para a Tower Comics, como: T.H.U.N.D.E.R. Agents, trabalhou em Nemesis para a ACG’s Forbidden Worlds e Unknown Worlds. Também fez trabalhos para  Dell Comics, Skywald Publications - Blackand- e para a revista White Horror Magazines. 

Entre os anos de 1970 e 1980, trabalhou para a Archie Comics, inclusive fazendo a série Red Circle e Archie Adventure Series, que apresentava HQs de super-heróis.
 Stone artefinalizou para a Marvel, pela última vez, uma HQ do deus nórdico The Mighty Thor, para a edição # 321 - em julho de1982. No início dos anos 90, voltou a desenhar sob encomenda uma série de artes no estilo em que ele e Kirby faziam na “Era de Prata dos Comics” especialmente para serem vendidas para colecionadores, através de leilões. 

Syd Shores

1913 -
Syd Shores decidiu entrar para o mundo editorial em 1940, através do Chesler Studio. Alguns dos seus trabalhos iniciais foram publicados pela Timely, na revista Mystic # 5, em março de 1941, e na revista The Terror, com seu irmão, o escriba, Phil Sturm. Muitos desses artistas desconhecidos na época trabalharam e ajudaram o estúdio de Simon e Kirby a produzir a revista Capitão América # 1, assim como as edições de U.S.A. Comics, Major Liberty - edições # 1 e 4. 

Syd, de vez em quando também substituía Al Avison em Capitão América. Fez a primeira capa para esta série na década de 40. Normalmente essas capas eram pintadas pelo veterano  Vince Alascia, que atuou por muitos anos na Timely. Syd foi uma espécie de não oficial diretor de arte e trouxe muitos artistas para a empresa, inclusive um jovem talentoso chamado Gene Colan, que ao lado dele iniciaram os primeiros produtos da Timely e acabaram influenciando outros artistas. 

Nas décadas seguintes, Syd passou a fazer freelance para a empresa de Goodman, criando e desenvolvendo revistas de crimes e os famosos pulps, desenhando a série The Blonde Phantom e outros heróis que a Timely publicava, entre 1947 e 1948, época em que vendiam bem as HQs que tinham como temas crimes e aventuras de westerns. Um dos maiores sucessos da época foi uma história escrita pelo jovem  Stan Lee e que tinha apenas 25 páginas. Ela foi publicada na revista Complete Mystery  # 2 - em outubro de 1948. 

Empolgado com o êxito de seu texto, na sequência, o jovem escriba criou a série de HQ chamada: Two-Gun Kid , série de western que durou de 1948 até 1949. Foi um sucesso, tal qual os seriados desse gênero que também tinham alta audiência nas TVs. Como Homem do Rifle, O Rebelde, Bonanza, etc.

Quando as vendas começaram a despencar, a equipe da Timely se desfez e Syd, desempregado, foi buscar outras opções para sobreviver - outros editores. Encontrou espaço e inicialmente fez alguns números da revista Black Rider e uma coleção de romances em quadrinhos. No Meio da década de 50 passou a fazer freelance para diversas casas editorias, como: Avon, National e Orbit - para a revista Wanted. 

Syd, ao saber que a Atlas estava contratando gente para formar o estúdio, em 1952, através dos amigos e artistas, Norman Steinberg e Mort Lawrence, que estavam desenhando algumas séries criadas por Stan Lee, chamadas: (1913 \ 1973) Battle Brady, Battleship Burke, Black Rider – este último, por mais uma vez -, desta feita artefinalizada por Christopher Rule, que também trabalhava em Sailor Sweeney, Jungle Fillers, etc. O novo selo da antiga editora estava investindo firme em HQs de terror, guerra, westerns, romances e decidira a dar continuidade ao título Black Knight – antiga série de cowboy da casa, lançando a edição # 5 -, com a arte final de Christopher Rule.

Syd foi contratado para participar do novo time da Atlas, mas o sonho durou pouco. Quando a editora Atlas parou, Syd se decepcionou e foi trabalhar para a revista Cracked, em 1958. Durante um bom tempo se dedicou a chamada “Arte comercial”. Só regressou ao mundo das HQs quando surgiu o selo Marvel, em 1967,quando começou a artefinalizar a arte de Jack Kirby em Capitão América. Também passou a desenhar e a artefinalizar outras series, com: Captain Savage, Black Panther, Kid Colt, The Watcher, Red Wolf, Marvel’s Black and White Horror Magazines, e outros títulos da casa. Trabalhou muito em parceria com outros mestres do traço até 1973.
Greg Theakston
Greg Allen Theakston é um nome que passou despercebido a muitos admiradores de quadrinhos, no entanto, ele foi um produtivo artísta e grande ilustrador, que trabalhou em inúmeras publicações, em várias editoras. Contribuiu muito para o mundo dos livros e revistas em quadrinhos. Desenvolveu o que ele chamou de “Theakstonizing”, ou seja, um  processo que passou a ser usado nos comics para restaurar artes antigas, livros, etc. Usava o pseudônimo de Earl P. Wooten.
Quando o sistema de restauração denominado “ Theakston” foi testado e aprovado, em 1971, pela Redford High School, ele decidiu pararar de trabalhar com o genial artista Jim Steranko e com seu assistente, Carl Lundgren, em 1972. 

Muito tempo antes dele procurar por Jim Steranko, com quem realizou alguns trabalhos para o setor editorial,  ele já tinha obtido algumas experiências com editoras de Nova Iorque, onde começou sua carreira fazendo ilustrações para revistas destinadas ao público masculino, como: Gent, Dude and Nugget. Com o tempo conseguiu formar um belo portfolio. A invenção do sistema “Theakston” para restauração tornou seu nome conhecido entre os editores de quadrinhos e livreiros. Assim, passou a ser chamado para fazer pequenos trabalhos para: Berkley Books, Dell, Ace, DAW, Zebra, Tor, St. Martin's Press, Warner, Ballantine Books, Belmont-Tower, If and Galaxy Science Fiction, entre  outros. Em pouco tempo seus trabalhos foram também reconhecidos por empresas editoriais, como: Marvel Comics, DC Comics, Image Comics, Warren Comics, New York Daily News, Archie Comics, assim como por revistas e periódicos, como: National Lampoon, The New York Times, Kitchen Sink, Playboy, TV Guide e até pela revista Rolling Stone. Assim, Greag Theakson conseguiu abrir portas e passou a colaborar com muitas empresas fazendo ilustrações e ensinando seu método revolucionário de restauração. 

Fez  ilustrações para a revista Mad durante 10 anos e passou a ser solicitado por vários editores de quadrinhos. Fez HQs para: Omega Men, Super Powers, DC Comics Presents, DC's Who's Who and Planet of the Apes?, etc. Colaborou com o Detroit's Fantasy Fans e criou o Comic-Collector's Group - um fanzine, que mais tarde se transformou no The Fan Informer - publicado entre 1968 e 1971-, editado por ele.
 Em função daquela sua publicação independente acabou recebendo The Awardvark Annual , em 1968. Theakston foi também agraciado com The Detroit Triple Fan Fair, numa convenção multimídia realizada nos anos entre 1970 e 1978.

 Como membro do  The Crusty Bunkers, Theakston teve a honra de trabalhar ao lado de Neal Adams - na Continuity Associates-, famosa agência de publicidade, entre 1972 e 1979, produzindo animatics, storyboards, quadrinhos e vários comerciais para a TV.
Greg Theakston fez filmes, posters e trabalhos expressivos como: Invaders From Mars, Silk Stockings, B'Wani Junction, The Four Horsemen of the Apocalypse, The Jungle Book e Mogambo. Seus trabalhos passaram a ser expostos na coleção permanente do  The Museum of  Modern Art of New York City, tamanha era a qualidade de suas obras.





Theakston criou também: Pure Imagination, um comic book que começou a publicar também, em 1975, sua autobiografia que teve cerca de 200 mil palavras. Nesta obra, ele falava  sobre Jack Kirby, seu amigo de longa data e parceiro em alguns trabalhos – Greg chegou a artefinalizar desenhos de Kirby. Outras 250 mil palavras estão contidas em seu outro livro chamado: Bettie Page, onde há numerosos registros artísticos onde ele apresenta os trabalhos e a biografia dos grandes mestres da indústria dos quadrinhos, 
poderosa cultura pop americana. 

Segundo ele, as HQs Made in America apresentam grandes mestres das HQs, que são verdadeiros sábios: “Gênios da Pura Imaginação. Além disso” – concluiu ele – “,há outros editores que se notabilizaram no setor editorial americano e mundial, como os incríveis editores da revista  Mad, Penthouse e Playboy.”

Seu nome está ligado eternamente ao processo chamado "Theakstonizing", método que foi adotado por Dick Giordiano, na época editor-chefe da  DC. Giordiano  foi o primeiro a adotar o sistema de aplicar cores nas antigas HQs do passado daquela casa tradicional de publicações. Dessa forma, muitas HQs antigas foram restauradas e reimpressas com perfeição. “Foi possivel  recuperar cerca de 12 mil páginas do passado”, declarou certa vez Giordiano.
 Segundo especialistas no assunto, foram recuperados, graças ao sistema criado por Greg, verdadeiros clássicos dosquadrinhos, inclusive os primeiros trabalhos de Superman, Batman, Captain America, Green Lantern, The Flash, Porky Pig, The Spirit, The Human Torch, Sub-Mariner, Archie, Dick Tracy, Torchy, Pogo, e inúmeras coleções populares, incluindo obras de Jack Kirby, Alex Toth, Basil Wolverton, Steve Ditko, Frank Frazetta, Jack Cole, Lou Fine, Wallace Wood, e muitos outros autores genias.
 Theakston fundou a Atlanta Burlesque Troupe Dames A'Flame, entre 1996 e 2001, com Eve Wynne-Warren, uma das poucas entidades que passou a percorrer a América para reavivar a memória das grandes obras editoriais do passado, promovendo palestras e exposições. 

Mike Thibodeaux



Mike Thibodeaux trabalhou como artista gráfico para diversas empresas fazendo ilustrações, etc.Foi diretor de arte, durante anos na One Stop Posters, um dos maiores fabricantes de posters da América. Também trabalhou com as maiores empresas fabricantes de brinquedos, como a Mattel e as poderosas Disney e Warner Brothers.




Em 1978, Mike trabalhou com o mestre Jack Kirby em vários projetos, inclusive como diretor de animação. Ele e Kirby trabalharam juntos durante 14 anos, criando e desenvolvendo diversos tipos de projetos. Mike sempre afirmou que Jack era seu braço direito.
Ele sempre esteve envolvido com o mundo dos quadrinhos por mais de 30 anos. Sua carreira profissional teve início na Pacific Comics, no início da década de 80, onde ele trabalhou em parceria com Jack na série Captain Victory. Mike também criou a série The  Last of the Viking Heroes, que foi lançado pela Pacific Comics e depois ganhou uma versão mais luxuosa pela Genesis West Publishing, que fez tremendo sucesso. Michael também trabalhou com a DC Comics e com o Mirage Studios fazendo Teenage Mutant Ninja Turtles, e com a Image Comics.

Mike sempre disse que jamais encontrou outro artista tão completo e competente como Jack Kirby. Juntos, eles criaram uma nova linguagem para as edições de quadrinhos. Pode-se dizer que Jack Kirby, Mike Thibodeaux e Richard French desenvolveram, juntos, um conceito completamente novo de quadrinização para os leitores. Eles também visualizaram novos horizontes, novos métodos de comércio das velhas HQs, e graças a eles é que os novos profissionais dessa área passaram a seguir a cartilha desenvolvida por eles que mostrava o caminho certa para massificar os personagens:o caminho da multimídia.

John Verpoorten

1940 -
John Verpoorten, ele estudou na New York’s School of Visual Arts. Começou sua carreira no Tom Gill Studio, onde trabalhou durante 4 anos, como assistente, cargo que também foi exercido no passado por outros feras do mundo do desenho sequêncial, como: Joe Sinnott e Herb Trimpe. Verpoorten sempre foi influenciado pelos trabalhos produzidos na década de 50 e publicados pela EC Comics. Em 1967, Verpoorten começou a trabalhar para a Marvel Comics como artefinalista. Trabalhou com diversos títulos, como: Jumbo John, e outros. 




Artefinalizou trabalhos de Kirby realizados depois da década de 60. Colaborou também fazendo capas, para revistas top da casa, como: Fantastic Four edição # 97 e 99, e para inúmeros clássicos da década de 60, que foram reimpressos pela Marvel no formato de livros, onde foram apresentados aos mais jovens os clássicos trabalhos do incrível Jack Kirby. Mas, John só começou a assinar seus trabalhos justamente no momento em que Kirby estava se  preparando para deixar a Marvel, indo para a DC, nos anos70. Por isso, só teve o prazer de assinar duas obras Kirbyanas, pela Marvel: Chamber of Darkness edições # 4 e#5, lançadas em 1970.

Verpoorten continuou a trabalhar para a Marvel durante toda a década de70, quando conheceu Sol Brodsky, que estreava na empresa com o seu Skywald em parceria com Israel Waldman. Ele era o responsável que  coordenava os trabalhos dos escritores, desenhistas, letristas, além de assumir a produção gráfica.  Por suas mãos passaram as mais incríveis histórias, como a aventura que saiu na edição de Thor # 179 - publicada em agosto de 1970 -, última HQ do deus do trovão feita por Kirby. Em 1975, Verpoorten também ajudou a produzir Big Apple Comix, uma publicação independente, que reunia autores desconhecidos, e que foi idealizada pela estagiária Flo Steinberg e publicada pela Marvel. Quando Kirby retornou para a Marvel no meio da década de 70, Verpoorten assumiu a responsabilidade de artefinalizar os primeiros trabalhos feitos pelo mestre, a série: Eternals, e duas edições de Captain America Annuals - edições # 3 e 4 -, e mais um número da edição normal da série do Capitão América.
Fora suas outras atividades na editora, Verpoorten se revelou um ótimo artista. Manteve-se no comando da poderosa Marvel, dirigindo tudo,durante 7 anos, até falecer em 1977.Foi o responsável por inúmeros títulos e pela contratação de novos talentos.

Bill Wray


Bill Wray cresceu lendo quadrinhos, assistindo cartuns e colecionando Monster Gum Cards. Ele sempre desejou criar uma fundação. Treinou muito desenho na adolescência, pois sonhava em se tornar um dos artistas da Disney. Wray trabalhou com animação na  Hanna-Barera, na Filmation e até na  Disney. Também chegou a produzir algumas animações independentes e alguns  títulos para a TV a cabo e para comerciais. 



Na década de 80, Bill mudou para Nova Iorque, para se aperfeiçoar e estudar mais desenho e pintura. Foi assim que ele acabou indo parar na Art Students' League.
Nesse meio tempo, ele passou a produzir HQs para a DC, para a Marvel - Star Wars -, e também começou a fazer diversas ilustrações. No início dos anos 90, ele retornou para Los Angeles, sua cidade natal, para ser diretor de arte do lendário Ren and Stimpy Show, um dos maiores sucessos da TV americana.  Passou a ser o responsável pelos escritores, storyboards e, além disso, passou a dirigir totalmente o show. Assumiu a responsabilidade do cargo, e mesmo assim continuou escrevendo e desenhando suas próprias histórias em quadrinhos para a Dark Horse  - Big Blow Baby e Hellboy Jr. -, criou um personagem para a revista Mad, chamado Monroe. Enfim, era incansável.

Wray também criou King Crab e fez um piloto da série que enviou para a Cartoon Network. Ele é o artista que fez a capa para a revista em quadrinhos da famosa série de TV chamada Dexter's Lab. Escreveu e desenhou histórias para este personagem. Fez muitos trabalhos para a Mad e uma série de animações, outra sua grande paixão, além das HQs.




Wray sempre confessou ter sido influenciado pelo trabalho de Harvey Kurtzman, da EC. Também afirmou ter sofrido influências de gente de peso, como: Frank Frazetta, Jack Kirby, Hank Ketcham, Sokol e Wallace Wood. Curiosamente, em suas pinturas ele costuma assinar sempre como William Wray.

Joe Sinnott


Ele nasceu em 1926, em Saugerties, Nova Iorque, USA.  Colaborou um longo tempo para a Marvel Comics como artefinalista. Aliás, sempre foi tido como um dos melhores daquela casa editorial. Começou a trabalhar para a editora Atlas, em 1950, colaborando para a revista Strange Tales # 94 - em março de 1962, cobrindo de tinta os desenhos de Kirby, para uma revista que publicava HQs de monstros chamada Strange Tales, edição # 94 – lançada em março de 1962. Ainda neste mesmo ano, em julho, artefinalizou uma HQ de Kirby para a revista The Fantastic Four # 5, edição em que apareceu pela primeira vez o arquiinimigo chamado Dr. Doom – Dr. Destino, no Brasil. 
Essa parceria com o lendário “Rei dos Comics”, nesta série importante – que durante anos foi o carro chefe dessa tradicional casa editorial americana-, durou de 1965 até 1981. 

Durante seis anos colaborou como freelance para a Marvel, assalariado, trabalhando em casa. Dono de um belo traço, Sinnot trabalhou nos principais títulos dessa major, como: The Avengers, The Defenders e Mighty Thor. Segundo uma declaração feita por Stan Lee, em 2.000, Joe Sinnott foi um dos colaboradores mais constantes da Marvel, que embelezava as páginas desenhadas por Kirby e de outros grandes mestres daquela editora com maestria. Os leitores e a maioria dos desenhistas adoravam a arte final de Sinnot, mas ele era um só e jamais poderia dar conta de tudo, assim Stan escalava ele para os principais títulos da editora. 

 Joe Sinnott cresceu numa família de professores, alguns deles inspiraram e o incentivaram a começar a desenhar. Na infância, começou a desenhar influenciado pela tiras da série Terry and the Pirates e outros personagens, como: Batman, Congo Bill, Hawkman e Zatara. No colégio foi diretor do jornal da escola. Apesar da morte de seu irmão Jack, em combate, em 1944, ele entrou para a marinha, para servir sua Pátria. Foi enviado para Seabees, na Ilha de Okinawa, no Japão, durante a Segunda Grande Guerra Mundial.

 Era o motorist ade um caminhão que transportava munição.Voltou para a América, após o término do conflito em 1946. Durante 3 anos trabalhou com seu pai, um marceneiro, depois decidiu estudar arte, desenvolver o seu dom. Estudou na Cartoonists and Illustrators School e na School of Visual Arts, em Nova Iorque, em março de 1949.

Teve como seu grande mestre, Burne Hogarth – consagrado desenhista de Tarzan -, que fundou sua própria escola de arte. Foi Hogarth que sugeriu que ele deveria entrar para o ramo editorial e o apresentou a um dos instrutores da sua escola, Tom Gill. Foi através de Gill que Sinnot passou a fazer seus primeiros freelas para editores de quadrinhos. Com o amigo 
de classe, Norman Steinberg, Sinnott durante 9 meses desenhou cenários para filmes de westerns e depois HQs de westerns para a Dell Comics.
 Sinnott declarou em 2003:
 "Tom sempre arrumava trabalho e me pagava direitinho. Fiquei empolgado. Com o tempo passei a atender os alunos da escola e fazia os trabalhos para as editoras à noite e nos finais de semana.” 
Tom Gill era especialista em desenhar westerns e colaborava para series, como: Red Warrior e Apache Kid, para Stan Lee, que foi editor-chefe das seguintes razões sociais editoriais: Timely, Atlas e Marvel Comics.

O primeiro trabalho solo de Sinnot  a ser publicado foi um personagem criado por ele chamado Trudi,  que saiu numa revista de humor em quadrinhos
 chamada Mopsy (#12).  

Esse trabalho foi feito para a St. John Publictions.
Em 1951, Sinnot conheceu pessoalmente o editor Stan Lee. Durante esta visita ele revelou que trabalhava como “desenhista fantasma” de Tom Gill, que fazia, na época, a serie Kent Blake of the Secret Service. Após examinar seus desenhos, Stan deu a Sinnot um roteiro e assim pela primeira vez ele pode assinar um trabalho lançado pela Atlas – 4 páginas de western cujo título da história era The Man Who Wouldn’t  Die, publicada na revista Apache Kid # 8, em setembro de 1951. Depois disso, ele jamais parou de trabalhar com arte, para a Timely, e acabou se especializando em artefinal, ao perceber que era lento demais para fazer os desenhos a lápis. Joe Sinnot passou ileso por todas as transições que o nome da editora sofreu: Timely, Atlas e, finalmente, Marvel. Ao longo dos anos,  Sinnott realizou inúmeras páginas de HQs dos mais diversos gêneros.

"Cansado de trabalhar em casa, aluguei uma sala no Empire State Building, onde compartilhava o espaço com 4 outros artistas que ajudavam a pagar o aluguel. Certo dia, encontrei nos corredores do edifício Bob Powell e Gene Colan, artistas que eu admirava” – declarou Sinnot . “Ficamos bons amigos, afinal éramos do mesmo ramo. Eles me apresentaram Syd Shores, que dava freelance para eles.  A turma foi aumentando e assim passamos a trocar dicas importantes uns para os outros. Esses amigos me indicaram para ser assistente de arte do diretor Bob Brown. Foi trabalhando com o Bob que vi pela primeira vez Stan Lee, que trazia um roteiro de HQ escrito num papel amarelado. Não me lembro bem se era um roteiro de guerra ou de western...” 

Em 1957, a economia Americana se estabilizou depois do crack da bolsa de Nova Iorque. Sinnot foi chamado para a Atlas para fazer  freelancers.
"Eu recebia 46 dólares por uma página pronta, ou seja, desenhada e artefinalizada. Era um bom dinheiro em 1956. Quando as vendas das revistas da Atlas começou a cair e a empresa entrou e crise passei a receber 21 dólares por página. Recebi esse valor até eles fecharem.”
Sinnot foi obrigado a partir para a arte comercial. Começou a fazer capas de discos e ilustrações para sobreviver. Depois, começou a trabalhar como “desenhista fantasma” para diversos artistas que colaboravam para a DC e trabalhou também para a série Classics Illustrated. 
Um amigo que trabalhava na Watson-Guptill Publications, tinha escrito uma HQ de guerra, para tiras de jornal  e precisava de um desenhista. Foi assim que Sinnot passou a fazer a série Navy-Frogman. ´
Quando o ex- artista da EC Comics, Jack Karen, virou diretor de arte da Harwey Publishing, empresa especializada em lançar enciclopédias para crianças, Sinnot se deu bem, pois graças ao amigo acabou ilustrando 12 volumes da  Harwyn Picture Encyclopedia for Children, em 1958.


 Ele também colaborou com os grandes mestres da EC, como: Reed Crandall, Bill Elder, George Evans, Angelo Torres e Wally Wood.  Fez em parceria com o editor George Pflaum's a série Treasure Chest, uma HQ destinada aos católicos da América, que era distribuída nas paróquias e escolas de catecismo. Os textos eram do escritor e editor Bob Wischmeyer. 
Além disso, também fez uma série sobre atletismo, em forma de tira, chamada Johnny Hawk, All American.
Joe Sinnot, foi um dos mais aclamados profissionais da indústria dos quadrinhos de seu país,  recebeu o troféu Alley Award em 1967 e 1968, como melhor artefinalista. E, em 1995 o Inkpor Award. Há quem considere ele como o melhor artefinalista de todos os tempos.
Sinnot deixou de fazer quadrinhos no final da década de 90.
Somente em 2004, resolveu assumir uma nova série. Começou a artefinalizar uma tira dominical que eram desenhadas por Alex Saviuk, para o personagem Spider Man.

O MARCANTE 

“ESTILO KIRBYANO”




Os quadrinhos americanos a partir da década de 30 revelaram grande mestres que davam um show de anatomia, como Harold Foster – autor de Tarzan e Príncipe Valente -, Alex Raymond – autor de Jim das Selvas, Flash Gordon e Nick Holmes -, e outros.
De repente, contrariando a escola anatômica da perfeição surge Jack Kirby. Suas figuras eram grotescas, tinham mãos enormes e a anatomia delas eram totalmente exageradas e fora do padrão dos grandes mestres do traço.





Na minha opinião, foi justamente por fugir do padrão daqueles desenhos todos certinhos anatomicamente é que o estilo Kirby veio para ficar. Suas figuras eram impactantes – pareciam querer saltar da página da revista, pois usava muita perspectiva nos personagens, tornando-os dinâmicos. Suas HQs eram cheias de ação, grandes angulações e, além disso, este verdadeiro mestre das HQs dava um show de criatividade inventando criaturas, monstros, carros, máquinas e armas até então inimagináveis. Ler uma HQ produzida por Jack Kirby e seus colaboradores era uma louca e verdadeira viagem por um mundo fantástico, cheio de figuras impressionantes e efeitos gráficos até então inéditos.






Não é a toa que o nome Kirby virou sinônimo de bons quadrinhos da Marvel. O “Rei dos Quadrinhos” influenciou muitas gerações e até os nossos dias há gente que ainda se inspira nas fantásticas e inconfundíveis figuras criadas pelo mestre dos mestres.
Nas décadas de 50 e 60, ele e o mago escriba Stan Lee renovaram um mercado que estava capenga – na América -, carente de inovações. Iniciaram fazendo HQs de westerns, terror e suspense, românticas e, por fim, ressuscitaram antigos heróis – como Capitão América - e criaram outros títulos de sucesso, como: Quarteto Fantástico, X-Men e o incrível Homem Aranha, etc. As aventuras do aracnídeo, atualmente, fazem sucesso por todo o mundo, assim como os quadrinhos produzidos por Jack, que ainda são disputados pelos colecionadores a peso de ouro.  


POR: Tony Fernandes\Estúdios Pégasus –
Uma Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo – SP – Brasil
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