terça-feira, 29 de maio de 2012

ENTREVISTA COM: ELOYR PACHECO, UM DOS MENTORES DO SITE BIGORNA.NET, CRIADOR DO ESCORPIÃO DE PRATA!


Mais um bate papo virtual incrível, com mais um grande 
representante do novo Quadrinho brasileiro. Este bengala 
brother é super criativo, empreendedor e durante alguns 
anos manteve um dos sites mais populares da Internet, que 
divulgava autores e suas obras e que contava com inúmeros 
colaboradores de peso, mas que, infelizmente, cessou suas 
atividades. Já trabalhou em rádio e TVs; ministrou palestras
 e aulas e através de boas parcerias criou e desenvolveu muitas 
HQs nos últimos anos. Que Deus o mantenha sempre com 
esse dinamismo ferrenho, esta garra incrível, que sempre o 
leva a realizar grandes feitos em prol dos quadrinhos 
nacionais. Eu estou falando de...

ELOYR PACHECO,
UM DOS MENTORES DO SITE 
BIGORNA.NET,
CRIADOR DO ESCORPIÃO 
DE PRATA!




Tony 1– Bem vindo ao nosso talkie show virtual, mister bengala and master
 Pacheco, e agradeço pela colaboração... Eloyr Pacheco, este é o 
seu nome completo, de verdade? Ou é apenas um nome de guerra? 
Um pseudônimo? Aproveitando embalo, diga-me, em que cidade
 e estado, dia, mês e ano, você veio ao mundo?

Eloyr: Obrigado, Tony. E eu agradeço o convite e a oportunidade.

Tony 2 – O prazer é meu, pode acreditar... A casa é sua, parceiro... fique a vontade...

3 - Eloyr Doin Pacheco, este é meu nome verdadeiro. 
Nasci em Londrina, Paraná, no dia 24 de novembro de 1960.

Tony 2– Paraná, grande e belo estado do sul do país... fui muitas vezes em 
Curitiba, onde tenho um grande amigo o famos chef Hélio Rossi, grande 
amigo da velha Freguesia do Ó, bairro onde fui criado e que foi o
 primeiro de S. Paulo. Por falar em bairro, o da Santa Felicidade, 
em Curitiba, é um reduto gastrônomico sensacional, que todos 
deveriam conhecer. Mas estive na sua terra pela primeira vez 
no tempo da Grafipar, na década de 80. Vamos nessa... 
Eloyr, qual é a sua profissão?

Eloyr: Quadrinhista, Editor, Professor de Artes, Arte-Educador...
 Sempre trabalhei e ainda trabalho em torno da produção, edição
 e ensino de Histórias em Quadrinhos.

Tony3- Ok. Beleza, teacher... prosseguindo... Você é, casado, 
solteiro, viúvo, desquitado, divorciado ou “maior abandonado” 
(Rsss...)? Esse último item tem crescido muito nos últimos anos...

Eloyr: Casado desde 1983, e com a mesma mulher! (Risos.)

Tony 4- Com a mesma? Cara, isso é coisa rara, hoje em dia (RSSS...). 
E o pior... quem anda chutando o pau da barraca, são as mulheres... 
Meus parabéns, ao casal... Quais eram seus personagens 
favoritos na infância ou na adolescência?

Eloyr: Meu primeiro gibi foi um do Zorro (Lone Ranger), 
depois comecei a colecionar Capitão América e Mestre do 
Kung Fu, ambos publicados pela Bloch. Mas, embora não 
colecionasse, eu já bisbilhotava as revistas
 da EBAL do um tio meu.

Tony 5- O Patrulheiro Solitário... também curtia muito a série de 
TV e os gibis da EBAL... Apesar de ter gente que fala mal 
daquelas revistinhas da Bloch, ela deixou saudades e ressuscitou, 
para nós, os heróis Marvel que tinham falido após os áureos 
tempos da EBAL - Editora Brasil América-, que fez história e 
trouxe os heróis Marvel para as bancas do país, pela primeira 
vez na década de 60. De todas aquelas empresas editoriais 
do passado, na minha opinião, a EBAL foi a que fez o 
trabalho mais bem feito, mais marcante, além daquele 
formato maravilhoso – inicialmente em preto e branco e 
depois em cores, em edições luxuosas. Os demais só
 lançaram formatinho... mas os da Bloch, que aconteceram
 antes da Abril, foram legais. A única fase que não gostei 
da Marvels foi o período da (RGE) Rio Gráfica. Grande
 bengala Eloyr, existe algum motivo lógico para você ter 
se dedicado aos quadrinhos, durante todos esses anos? 
Como e quando surgiu essa tara por HQs?
 Foi influenciado por alguém?

Eloyr: Eu via esse meu tio desenhar e 
as revistas me atraiam muito, 
especialmente as do Quarteto Fantástico (Fantastic Four) 
e as histórias do Namor. Acho que tudo começou aí...

Tony 6 – Esse tiozão vale ouro. Então o cara rabiscava, mas 
mudou o rumo... É incrível como sempre somos influenciados por
 alguém. Devíamos erigir uma estátua para essas pessoas, eu acho...
 sem elas talvez jamais enveredaríamos por esse metiê. Manter 
um blog dá um trabalhão danado – estou sentindo o drama 
com os nossos blogs. Fico imaginando como deve ser 
muito mais complexo manter um site sempre atualizado sobre 
o mundo dos quadrinhos, mesmo tendo uma grande e boa
 equipe. Quantas pessoas participavam do Bigorna? Como 
vocês definiam as pautas? Enfim, conta pra gente como 
é que a coisa funcionava nos bastidores... 
voces tinham um departamento comercial?

Eloyr: Éramos muito diplomáticos e 
democráticos. As pautas eram
 sugeridas pelos próprios colaboradores, o Humberto Yashima 
e eu líamos tudo para revisar e, às vezes, dar alguma sugestão, e 
era o Humberto que colocava tudo no ar, centralizávamos isso
 com ele para manter um padrão de publicação.

Tony 7 - O Bigorna.net, foi criado e planejado por você e 
desenvolvido em parceria com Humberto Yashima (redator e editor 
do site por cerca de cinco anos e que “saiu do ar” em 02/04/2010). 
Você também contava com o apoio do web designer e programador 
Marcelo Baptista. O principal objetivo era divulgar HQs – nacionais 
e internacionais - através do Bigorna e principalmente divulgar
 e valorizar as Histórias em Quadrinhos produzidas no Brasil
 e os profissionais da área (roteiristas, desenhistas e editores). 
OK? Como e quando surgiu a ideia de colocar o 
site na ar? A ideia, ela foi sua? 


Eloyr: Foi durante um bate papo entre eu e o Humberto que 
o site surgiu. Imediatamente começamos a convidar articulistas
 e viabilizamos com um amigo para pô-lo no ar.

 Tony 8 – Falando ainda sobre o Bigorna, bengala friend... 
A seção Biografias – do bigorna -, ela era totalmente dedicada 
aos profissionais brasileiros, sem esquecer de registrar os 
Mestres do Quadrinho Nacional, com a colaboração do
 escritor, redator, fanzineiro, colecionador, pesquisador e 
um dos mentores do Troféu Angelo Agostini, nosso estimado 
Worney A. de Souza. Senpre admirei esse maluco beleza, 
tarado por HQs... Ao meu ver o site Bigorna foi 
um sucesso. Por que decidiram parar?


Eloyr: Como você mesmo comentou sobre a dificuldade de
 manter um site como o Bigorna e ainda sem retorno financeiro
 tudo fica muito mais complicado. O site foi crescendo muito
 e o tempo de dedicação a ele aumentou demais e isso gerou
 um desgaste muito grande para mim, que estava com problemas
 de saúde. O Marcio Baraldi chegou com várias ideias, mas,
 depois de um tempo decidiu parar e eu 
não pude retomar o projeto.

Tony 9 – O Marcião é guereiro dos bons... Porém, haja tempo... 
muitas vezes sou obrigado a rachar madrugadas preparando textos,
 pesquisando, etc, para manter nossos blogs no ar. E o pior, o 
retorno é ínfimo. Já pensei até em parar, principalmente, depois 
que vi um dos criadores do Wikkipedia, de chapéu na mão, 
pedindo dinheiro. Pô, eles dão um ótimo conteúdo para todos nós,
 é uma tremenda fonte de pesquisa, reconhecida mundialmente. 
Todos usam ou já usaram uma vez na vida o site deles, mas
 ninguém quer dar um tostão para que eles mantenham a 
coisa funcionando. Isso é um absurdo. Vi o cara pedindo 
5 ou 10 dólares, se não me engano, para ajudar a bancar 
a equipe. E aposto que poucos colaboraram, como eu fiz. 
Se 50% dos que usam o Wikki colaborassem eles não
 precisavam ficar implorando (quase mendigando) por esses 
valores ridículos. Infelizmente, falta consciência por parte
 da maioria dos internautas, que querem tudo de graça.
 Aí quando o site sai do ar – por problemas financeiros,
 é óbvio, os cretinos dizem: “Era tão bom. 
Por que parou?” Ninguém vive de vento. Todo mundo tem 
contas para pagar. Ver esse lance do Wikki me deu um 
puta desânimo. Inicialmente eu fazia tudo sozinho, mas a 
coisa foi crescendo e é impossível fazer 100 coisas ao 
mesmo tempo. Daí tive que contratar gente e até hoje
 operamos no vermelho. Os anúncios do Google 
chegaram em boa hora, pois estava a fim de chutar
 tudo pro alto. Porém, o retorno desses anúncios
 são pequenos ainda, não dá para bancar os custos. 
Estamos tocando, vamos vera te onde podemos ir e
 descobrir quando devemos parar. Mas, isto é outra 
história... Vamos simbora...  Em fevereiro de 2006, o
 Bigorna.net teve a honra de receber o Troféu Jayme
 Cortez, no 22º Prêmio Angelo Agostini, outorgado
 pela AQC-SP (Associação dos Quadrinhistas e 
Caricaturistas - São Paulo). Foi merecido. Parabéns. 
Aposto que você e sua equipe ficaram nas nuvens, com
 esta surpresa. Mas, responda-me com sinceridade,
 o site gerava receita, de anunciantes?
 Havia como pagar aqueles que colaboravam nele?

Eloyr: Obrigado. Realmente ganhar o Jayme Cortez com o Bigorna 
foi muito gratificante. O site não gerava renda, como já citei. 
O pessoal colaborava mesmo na boa, como costumamos
 dizer, o site era mantido na raça mesmo.

Tony 10 – Isso é foda... vocês foram valentes, verdadeiros heróis... 
Meu caro Eloyr Pacheco, você era o editor Editor-Chefe do Bigorna.Net.
 Qual era exatamente sua função. Pode nos explicar? Outra coisa: 
Quantas horas por dia você tinha que se dedicar ao 
Bigorna para mantê-lo sempre atualizado?

Eloyr: Como disse, éramos muito democráticos e, pela competência 
do grupo, não havia muito o que fazer para editar o site, mas 
o que mais dava trabalho era mantê-lo atualizado e sempre com 
novidades. Eu e o Humberto dedicávamos
 nossas madrugadas ao Bigorna.



Tony 11 – Eu, você e sua equipe bigorna, nós embarcamos 
numa canoa furada, meu amigo, apesar de gostarmos de divulgar
 o trabalho da galera, etc... a coisa da notoriedade, status, convites 
para eventos e palestras, mas grana que é bom... acho isso 
obri que o Maurício de Sousa cobrava 30 mil – fora as despesas 
de viagem-, passei a cobrar 5 mil. Nunca mais me convidaram (Rsss...).
 O pessoal acha que temos tempo a perder e se esquecem de 
que time is money. Do que adianta prestígio, sem dinheiro 
ou passando necessidade? Se bobear a gente dança. 
A mulher da gente, assim como nossos credores, não querem
 saber de história... Também já fiz programas de rádio, 
dublagens, tive várias bandas musicais e a coisa é igual: 
pouco dinheiro, mas muito prestígio. Não somos fabricantes
 de chocolates (Rsss ...). Prestígio, não é uma marca da Nestlé?
 É uma merda. Na TV também tem muita gente na pindaíba –
tentando chegar lá-, que vive de aparência, já convivi muito 
nesse meio onde tenho bons amigos. 
Sei como é esse mundo ilusório artistico. 
Poucos se dão bem. Se na hora de passar no caixa do 
supermercado a gente disser: “Olha, não temos grana. 
Somos os caras famosos dos quadrinhos e da WEB. 
Quer um autógrafo? Dá pra passar as compras sem pagar?”, 
na certa, vão nos mandar pra merda (Rsss...). 
Daí a gente acaba tendo que se desdobrar em diversas 
atividades – fora do mundo virtual - pra poder continuar a
 fazer o que gostamos. Há alguns anos atrás eu e o 
pessoal da banda bancamos um CD musical (10 mil reais). 
Fomos para as rádios, pra TV, na esperança de divulgar 
as músicas. As emissoras de rádio pediram – cada uma –
 35 mil para colocar só uma na programação. 
Programas famosos da TV pediram 80 mil. Jabaculês altos.
 Ou melhor “promoção”, como eles diziam. Tentei usar os 
conhecimentos que obtive ao trabalhar com gravadoras,
 no passado. Visitei amigos famosos, programadores de 
emissoras importantes e ouvi coisas absurdas, como: 
“Aqui não me interessa se a música de voces é boa ou ruim! 
Pagou, entra na programação, nessa fita, que toca dia enoite! 
Não pagou? Não toca nunca! Aqui nem o Roberto 
Carlos toca de graça!” Dizem que a empresa baiana
 chamada Bicho da Cara Preta – que agenciava o Chan 
e outros grupos da terrível Axé Music, pagou 1 milhão
 de dólares para o Chan acontecer. Por isso tocava em
 tudo quanto é canto e foi sucesso. Como dá pra perceber,
 só talento não basta. Aos poucos a coisa ta mudando, 
graças a Deus e a Internet, onde uma centena de rádios 
tocam músicas de graça. Analisando friamente:
 É mais fácil o setor editorial do que o musical, com certeza. 
No mundo da música, sem dinheiro nada acontece,
 você é um Zé-Ninguém, a não ser que você seja um privilegiado 
dos deuses e der sorte, é óbvio. Pergunto: cadê as grandes
 gravadoras do país? A maioria foi pro saco, após a MP3.
 Dizem até que os estúdios de Hollywood andam preocupados
 com o futuro e balançando por causa da WEB.  Mas, 
vamos deixar isso pra lá... Você tem uma vasta bagagem 
profissional. Pelo que sei, trabalhou em diversos jornais,
 rádios e emissoras de TVs do país. Vamos, por partes – 
como diria Jack, o estripador (Rsss...)-, em quais
 jornais você já trabalhou? Neles, você fazia 
especificamente o quê, bengala brother?

Eloyr: Trabalhei no Paraná Norte e na Folha de Londrina como 
crítico (mais como comentarista de HQs). Os dois jornais são
 daqui de Londrina. (Tenho fãs que tem coleções das matérias 
que eu escrevi! Isso é motivo de orgulho para mim!)

Tony 12 – Legal... Rádio, vamos falar desse importante veículo de 
comunicação... Em quais emissoras de rádio você 
trabalhou e qual era sua função nelas?

Eloyr: Trabalhei na UEL FM desenvolvendo e apresentando o 
programa Rádio Fanzine. Época boa! Até hoje encontro 
com pessoas que lembram do programa... 

 Tony 13 – Na maioria das emissoras de rádio em que trabalhei
 eu vendia anúncios e pagava pelo horário, pras emissoras... 
tinha um puta prestígio, mas pra sair com dinheiro tinha que encher 
o programa de anunciantes (Rsss...)... aquilo era um catálogo 
radiofônico de anunciantes. Depois que aprendi como a 
coisa funcionava até cheguei a ganhar algum... conheci muita
 gente que vive disso. São, todos, heróis.Tem muitos caras 
que têm pretensões políticas – em sua grande maioria – que 
acabam conquistando o público através desses programas 
de rádio. Por isso tá cheio de rádios oficiais – a maioria 
nas mãos de políticos-,  piratas e as chamadas “comunitárias”,
que geram uma tremenda dor de cabeça pra ANATEL
 (órgão governamental que controla esse veículo de 
comunicação). Na ânsia de ganhar novos anunciantes 
essas emissoras pequenas ampliam a  potência de suas
 antenas, invadem o território do concorrente e já vi isso
 terminar até em tiro e facada. Coisa de maluco... 
Emissoras de tevês, em quais você trabalhou? Fazendo 
o quê? Pelo visto você é um apaixonado 
por comunicação, como eu... 

Eloyr: Sim, adoro comunicação. Quadrinho/Arte é uma forma d
e comunicação! Trabalhei aqui em Londrina em duas TVs 
locais, retransmissoras da Bandeirantes e da Record, 
produzindo e apresentando programas 
sobre Quadrinhos e Cinema.

Tony 14 – Isso foi uma boa, na certa... porém, sempre fico na 
dúvida se esta tara por comunicação e arte em geral é uma 
dádiva ou maldição dos deuses.Tem gente que se ferra e passa 
a vida inteira correndo atrás de um sonho, poucos se dão 
bem e a concorrência é imensa. Pra embarcar nessa é preciso 
adorar muito a coisa. De volta ao nosso bate papo... 
Durante 8 anos você foi membro do Conselho Municipal
 de Cultura da sua cidade, confere?
 Promoveu muitos eventos?

Eloyr: Sou um dos criadores do Conselho de Cultura de Londrina, 
em 1983/84. Fiquei anos participando dele como representante 
da área de Letras e, quando retornei para Londrina, fui 
eleito como representante da área de Artes Gráficas. Aliás, 
antes de ir trabalhar em São Paulo fizemos uma ação para 
desmembrar a área de Artes em Visuais (hoje Plásticas) e
 Gráficas. Pelo Conselho participei de várias Conferências
 de Cultura, fui redator de tese-guia da edição de
2009 e membro da comissão de organização em 2011. 

Tony 15 – Genial. Congratulations more one time... Fanzines e 
revistas... você publicou muitos? Cite alguns títulos 
que você lançou ou participou...

Eloyr: Em Londrina fiz muitos fanzines, mas especialmente 
na área de Literatura. Como comentei, trabalhava mais nos 
jornais, TV e rádio e quase não sobrava tempo para editar.

 Tony 16 – E pelo visto, se esqueceu dos títulos (Rsss...)... mas, não 
esquenta, não... prosseguindo... O que o levou a mudar
 para São Paulo, em 1997?

Eloyr: Um convite do Leão Azulay e do Álvaro de Moya para ser 
secretário de redação da Metal Pesado.

Tony 17 – Que bacana e quanta honra, hein? Não 
sabia disso... o Azulay, se não me engano, foi embaixador
 do Brasil lá fora... tinha “bala na agulha” – dinheiro.
 Mas a editora dele também acabou indo pro saco, 
infelizmente. Acho que faltou know how da área editorial. 
Quanto ao mestre Alvaro Moya – professor da USP
 (Universidade de S. Paulo) e que também foi um bom
 desenhista-, sempre admirei esse cidadão desde o dia
 em que, eu, jovem estudante e aspirante à área de 
comunicação, li o primeiro livro dele: SHAZAN! Aquele 
livro era como a bíblia dos quadrinhos e adotado por
 todas as boas faculdades de comunicação do país.
Metal Pesado – Este foi o nome as versão nacional da 
Metal Hurlant (Heavy Metal), marcou época, apesar de 
sua breve duração. Qual era a tiragem desse produto editorial?
 Qual era a porcentagem de venda auferida 
e quantas edições teve este título?

Eloyr: Foram 6 edições e um especial (15 Anos de Gibiteca de Curitiba).
 A tiragem girava, pelo que eu me lembro, entre 15 a 20 mil 
exemplares. Vendia pouco, uns 30, 40% da tiragem.

Tony 18 – 30% ou 40%? Cara, hoje, muito editor por aí daria
 cambalhotas se seus produtos atingissem isso. Pode acreditar...
 De quem foi a ideia de lançar este famoso título internacional no Brasil?
 Lembro-me que passei na Livraria Muito Prazer, do bengala friend 
“Wartão” e ele me disse: “Tony, tem um pessoal aí que vai lançar 
a Heavy Metal brasileira! Vai emplacar!”



Eloyr: A ideia foi do Leão Azulay, que detinha os direitos 
de publicação com um sócio dele, Larry Weintraub. Mas, não 
sei se esse sócio participava financeiramente deste projeto...
 O Moya e o Jotapê Martins eram editores e eu o secretário 
de redação, depois passei a editor.

Tony 19 – Reuniram gente da pesada... Os gringos para licenciar um
 produto para a gente editar no país pedem advance (adiantamento) 
e cobram mais 6% de cada produto vendido. Você sabe me
 dizer qual foi o valor pago pelo advance de um título
 mundialmente conhecido como este? 
Eloyr: Sinceramente, eu não sei se pagavam royalties para a
 Heavy Metal. Creio que houve um acordo entre os editores,
 porque a marca era Metal Pesado. Mas, não 
posso afirmar nada sobre isso. 

Tony 20- Entendi... normalmente essas informações dificilmente
 saem da cúpula editorial... Sua chegada em São Paulo 
foi com o pé direito. Primeiro foi convidado para ser
 secretário de redação da Metal Pesado, da Metal Pesado 
Editora, depois, em fevereiro de 1999, passou a trabalhar 
com a extinta editora Brainstore, que lançou diversos títulos 
de HQs inglesas no país. Esses títulos vendiam bem? 
Quanto tempo durou a Brainstore? Na ocasião, vocês
 também publicaram material nacional?

Eloyr: Os títulos da Brainstore não vendiam tão bem quanto 
pensavam, é muito difícil estabelecer uma editora novata 
no mercado editorial, especialmente o de Quadrinhos.
 Creio que a última publicação da Brainstore foi em 2005...

Tony 21- Pois é... o Ricardo Gianetti foi meu aluno em Jundiaí – 
um dos donos da Brainstore-, num curso realizado pela prefeitura 
daquela cidade do interior paulista, onde o Ge morava. 
O professor Gedeone ensinava roteiros e eu desenho.
 Um dia o cara (Riacrdo) desceu o pau em mim, mas na
 sequência – acho que por falta de experiência – não
 pode fazer muito como editor ou em prol das HQs nacionais.
 Descer a borracha nos outros é fácil, fazer é outros 
quinhentos. Não é fácil ser editor num país subdesenvolvido,
 onde poucos têm o hábito de ler e uma péssima distribuição, 
pois o país tem dimensões continentais. Como diz um velho
 ditado: “É errando que se aprende. Ninguém nasce sabendo. 
Só evoluímos “sentando na mandioca”, infelizmente (Rsss...)... 
Você é polivalente, parabéns. Fui informado que você 
deu aulas na área de Quadrinhos em diversos lugares. 
Dentre estes: no Sesc Londrina e em São Paulo, Senac, 
de Londrina, na Biblioteca Pública do Estado do Paraná, em 
Curitiba, e na Quanta, conhecida escola de desenho 
de São Paulo. E, atualmente é professor de Quadrinhos no 
Planeta Tela... (ufa!)... além disso, você também foi colunista 
do SoBReCarGa e assina uma coluna no clipping eletrônico 
chamado Colunas e Notas. Explica pra gente como é que 
você consegue arrumar tempo para fazer
 tudo isso? É mágico (Rsss...)?

Eloyr: Estou em Londrina desde 2008... O período do Planeta 
Tela e do Sobrecarga também já foi... É preciso fazer muitas 
coisas para se destacar no mercado e poder ganhar seu sustento. 
Eu corro atrás até hoje, exercendo várias atividades.

Tony 22 – Esse é o caminho... Você é autor de muitas HQs 
publicadas. Na revista Metal Pesado, você fez em parceria, 
atuando como escriba, com Danilo Faria e Adauto Silva uma
 boa HQ. OK? Qual era o nome dessa HQ? E, diga-nos,
 como você conheceu o Danilo e o Adauto, este último um 
famoso ilustrador das agências de publicidade, fera no traço.

Eloyr: A HQ Máscaras foi escrita e desenvolvida 
especialmente para a Metal Pesado. Conheci o 
Danilo Faria e o Adauto Silva no Rio de Janeiro, num
 evento de HQ, se não me engano, no Museu do Telefone.

 Tony 23- Museu do Telefone? Nem sábia que existia... 
No D.O. Leitura (publicação de São Paulo) – rolou outra
 parceria com textos seus e com a arte incrível de 
Osney "Roko". Dá para explicar como conheceu o
 Rokko, também, e por que deu samba essa parceria?

Eloyr: O Roko é parceiro de longa data, eu já era fã dele 
antes de o conhecer e ele participou da Metal Pesado. 
Quando surgiu o projeto do D.O. foi o 
Moya que, para minha honra, formou a dupla.

Tony 24 – O Moya é um cara incrível e fã de carteirinha dos 
clássicos americanos do passado... tá difícil entrevistá-lo...
 Apesar de você também desenhar, prefere
 escrever os textos? Acha mais fácil escrever?

Eloyr: Eu desenho só na sala de aula, não dá tempo de parar
 para desenhar. Escrever, ao meu ver, dá tanto trabalho quanto.

Tony 25 – Sim. Para se escrever uma boa trama é preciso
 usar o fosfato... A Mosca no Copo de Vidro e Outras 
Histórias , foram feitas em parceria com Will, o criador de 
Sideralman, que tem um estilo simples, estilizado, mas 
muito funcional. Gosto do trabalho do Will... Conta pra 
gente como vocês se conheceram e como e 
quando começaram a fazer esta parceria...

Eloyr: O Will participa da HQ ao lado do Caio Majado, 
outro fera! Eu conheci o Will numa oficina de produção
 de HQ no SESC (da Maria Antonia) onde acompanhei
 como colaborador do Moya. A afinidade 
surgiu instantaneamente 

Tony 26 – Você e o Will também publicaram HQs em parceria 
na revista Prismarte, na Bigorna Quadrinhos # 0 e onde mais?

Eloyr: O Will é parceirão! Nem lembro, fiz e faço muita coisa com ele.

Tony 27 – Fizeram uma boa dupla... Vamos falar sobre o editor 
e bengala brother Matheus Moura, que é natural de 
Uberlândia, Minas Gerais. Matheus é jornalista, roteirista, 
editor e crítico de HQs. No Bigorna ele passou a fazer 
críticas de quadrinhos e se tornou um dos editores 
especializados do site. Ele já havia colaborado também 
com o site UniversoHQ, em 2005. Como se 
conheceram e como foi trabalhar com ele?

Eloyr: Trabalhei com o Matheus depois de conhecê-lo pela
 Internet, ele era um dos colaborares mais regulares do 
Bigorna, talvez por isso o Marcio Baraldi o tenha chamado
 para editar depois que eu me afastei. Só fui conhecer
 pessoalmente o Matheus Moura no FIQ 2011! Pode?!

 Tony 28 – Só em 2011? Caramba... Em Julho de 2008, o
Matheus colocou no ar o blog ToKa di Rato, destinado
 a divulgar as HQs em geral, além da revista Camiño di Rato,
publicação editada por ele. Geralmente, o cara auto-publica
 suas histórias na revista Camiño di Rato, tendo
como parceiros convidados ilustres, como: Júlio Shimamoto,
Décio Ramírez e Rosemário Souza. O cara é muito ativo
e empreendedor. Quando foi que o Matheus deixou o
 Bigorna e passou a se dedicar ao Toka di Rato
e, por quê houve esta cisão entre vocês?

Eloyr: Se não me engano o Bigorna já havia parado, de
 qualquer forma eu já havia me afastado da editoria e
 da produção do site, portanto não houve cisão alguma.
 Mesmo porque todos nós tocamos projetos paralelos.

Tony 29 – OK... O Matheus também teve uma outra HQ
publicada na revista Prismarte, auxiliado pelo desenhista
Ângelo Ron. No mês de dezembro de 2008 foi lançado,
pela série MOJO COMIX, a história Abigail, adaptação
do CD de Heavy Metal da banda King Diamond, feita
por ele. Este trabalho foi mais uma parceria com
Ângelo Ron. Em 2010 e 2011 o fera se dedicou
quase que exclusivamente seu tempo para a excelente
 revista de quadrinhos chamada A3, editando HQs
 de terror, ficção e aventura.
 Recebi uma e adorei. Você e o Matheus fazem parte da
 nova geração de guerreiros do novo quadrinho nacional.
 Mas, você não acha que com os avanços tecnológicas,
a tendência mundial agora é webcomics, ou melhor
 Comic Reader Mobile? Qual é a sua opinião, sobre isto?

Eloyr: Pode ser que sim... A modernidade e a tecnologia estão 
nos atropelando! (Risos.) O que eu quero é produzir 
Quadrinhos e publicá-los, tanto na plataforma impressa 
ou virtual/digital. Webcomics ganha força e novos leitores a cada dia.

Tony 30 – Acho que a coisa é irreversível.
 Mas, as publicações jamais morrerão ..
Agora vamos falar sobre outro grande colaborador
seu, que também participou brilhantemente do lendário
site bigorna, Marcelo Baptista (Web Designer).
 Este fantástico programador da Web, especializado em
sistemas de adminstração de sites (CMS), e que também
foi editor do site iFilmes, tem ou tinha um servidor
nos EUA, chamado HostPro. Ele também andou
 desenvolvendo um site específico sobre DVDs,
se não me engano... como vocês se conheceram, Eloyr?
Eloyr: Eu conheci o Marcelo nas cabines
de cinema que eu frequentava.
 Tinham afinidades. Legal... Sei que o genial e querido
bengala friend Bira Dantas assinava a coluna BiraZine
e que o criativo Marcio Baraldi (o cartunista mais rock
 and roll do Brasil), assim como Gonçalo Júnior, o
 meteórico Roberto Guedes, e o intrépido editor
 Salles, também participavam do Bigornanet...
 Pergunto: Quem mais participava desse site que
marcou época? Dá pra lembrar os nomes
dos feras e suas respectivas funções no site? 

Eloyr: Vou citar mais alguns homenageando a todos que 
ajudaram a manter o Bigorna: Cadorno Teles,
 Leonardo Santana, Gazy Andraus e Gian Danton...

Tony 32 – Turma nota 10! Finalmente, vamos falar sobre
o seu Escorpião de Prata... você me enviou uma edição
 pelo correio, confesso que adorei a bela capa feita pelo
Osney Roko, a ótima apresentação gráfica, as boas
 histórias os diferentes estilos de traços e até me surpreendi
 ao encontrar entre seus colaboradores o super ativo
 bengala brother Airton Marcelino, membro honorário
 da milenar confraria dos Bengalas Boys Club (Rsss...).
Quando foi lançada esta primeira edição? Já está a venda?
Como os interessados podem adquiri-la e qual é o preço
de cada exemplar? Li e recomendo. Vale a pena, galera.Confiram!

Eloyr: Essa edição é de janeiro de 2010. 
Ela ainda pode ser adquirida pelo e-mail 
eloyr.pacheco@gmail.com e custa R$ 10,00,
 já incluso o valor de postagem.

Tony 33 – Quem ainda não conhece, não perca a oportunidade... 
A revista do Escorpião é impressa toda em papel couchê,
 é encorpada e foi impressa no formato americano.
 Editores: Eloyr e Humberto Yashima, Apresentação: 
Will, quarta capa: Arthur Araújo e um pôster especial 
feito por: Samicler Gonçalves e Priscilla Murakami. 
A montagem e o fechamento ficaram a cargo de: 
Yashima e Diego Sales. O que me impressionou foi 
o número de pessoas que se envolveram nesse projeto
. Como você conseguiu reunir tanta gente boa?



Eloyr: Na verdade envolvi tantas pessoas neste projeto
 para não sobrecarregar ninguém, todos têm seus 
compromissos e não posso monopolizá-los.

Tony 34 – Sem dúvida... foi uma ótima idéia...
Dá pra dizer aí quantas pessoas colaboraram nessa
primeira edição, lançada pelo Syndicate Ink e a editora Khan?

Eloyr:  Você não citou todo mundo?! (Risos.)

Tony 35 – É verdade... excuse me (Rsss...)...  Qual foi a
tiragem inicial do Escorpião de Prata? Gostei desse nome,
soa bem. A edição dois já está no prelo?
 Há previsão para o lançamento dela?

Eloyr: Também gosto do nome! (Risos.) Imprimi 1 mil 
exemplares. Lancei mais uma edição em janeiro deste ano...

Tony 36 – Foi através desta primeira edição que eu descobri
que o primeiro a desenhar o Escorpião de Prata foi o Will –
 criador do zine Subterrâneo e Sideralman, entre outras
coisas -, e que você Eloyr, também participou ativamente –
 como roteirista - na elaboração da primeira edição da
revista do Paladino da Luz: Sideralman.
Pelo que entendi, o Escorpião de Prata, surgiu pela
primeira vez numa HQ do Sideralman, é isso mesmo?
Dá pra explicar com surgiu a ideia e como a coisa de fato ocorreu?

Eloyr: É isso mesmo. O Will me convidou (ou eu me ofereci) 
para escrever uma HQ do Sideralman e eu quis fazer algo 
no passado do personagem dele para, caso não funcionasse,
 ficasse por lá mesmo! Também não quis usar um dos
 vilões, o que poderia atrapalhar ainda mais a cronologia 
do Sideral, também caso não desse certo.
 Só que, ao fazer o personagem e começar a esboçar 
a HQ a empatia que eu e ele tivemos com o
 Escorpião de Prata foi imediata. E continuamos...

Tony 37 – Sorte nossa... Você ainda continua colaborando
 com o Will, que já abocanhou até alguns troféus
 importantes, como o HQMix e o
Alfaitaria Zines? O cara é fera...

Eloyr: Como comentei, o Will é parceiro, sempre que 
podemos conciliar agenda estamos juntos.

Tony 38 – Você também fez parceria com o pessoal do
Quarto Mundo e com a Odisseia.
Como funciona essas parcerias?

Eloyr: A Odisseia é a principal loja de Quadrinhos aqui
 de Londrina, eu sempre utilizo o espaço para eventos, 
aliás, a loja faz parte do Centro Cultural que eu coordeno
 aqui na cidade. O Quarto Mundo é um coletivo de 
Quadrinhos, ele nos facilita a entrada
 em eventos e distribuição dirigida.

Tony 38 – Preciso entrevistar alguém do Quarto Mundo urgentemente...
O que eu achei interessante nas 3 primeiras HQs do Escorpião
de Prata que li é que você apresentou, de cara, dois crossover
interessantes. Um com o Lagarto Negro, de Gabriel Rocha e
 o outro com Penitência, de Marcos Franco.
 A ideia é publicar mais crossovers?
Quais estão por vir?

Eloyr:  Tem vários encontros sendo planejados, escritos
 e produzidos. Alguns são públicos, outros não! Citarei 
lguns: EP e Exú (do Lancelott) e Catalogador; EP e
 Cometa (do Samicler Gonçalves); EP e Raio Esmeralda
 (do Danilo Dias), este está desenhado; EP e Crânio...
 e EP e Fantasticman! 
Você está sabendo deste último?! (Risos.)

Tony 39 – Vai ser uma honra ver o homem de vulcano numa
 HQ com o Escorpião de Prata. Vou esperar por
este crossover impacientemente. Capricha... Achei o
desenho feito pelo Hélcio Rogério, em 2007 – do seu
Escorpião de Prata-, espetacular. O cara detona.
 Tem um belo traço realista. Ainda tem
contato com este grande artista baiano?

Eloyr: Claro, sempre “converso” por e-mail com o Hélcio.
 E já cobrei dele mais um desenho do EP, porque ele
 infelizmente não pode por pura falta
 de tempo fazer uma HQ completa.

Tony 40 – Sei como é, não é fácil sobreviver, pagar os
 compromissos e fazer HQs nas horas vagas... Como e
 quando deu o estalo pra você criar o
Escorpião de Prata, Eloyr?

Eloyr: Vi um cara num ônibus e bateu a ideia. Eu estava
completamente antenado em tudo pensando no roteiro
para o Sideralman, quando surgiu a ideia.

Tony 41 – Num ônibus!? Interressante... Diga-me, um sonho...
e depois, uma frustração...

Eloyr: Meu maior sonho agora é ver meu neto crescido, 
hoje ele tem 2 anos e 3 meses. Frustração?! Nenhuma!

Tony 42 – E vai ver, com certeza. Parabéns, pelo
 netinho. Você tem projetos para o futuro?
Eloyr: Continuar produzindo Quadrinhos e dar aulas!
Tony 43 – As história em quadrinhos no
Brasil tem futuro? Tem público, ainda?

Eloyr: Com certeza!

Tony 44 – Sempre achei que o público torcia o nariz
 pro material e outro dia ao entrevistar o mestre Primaggio
ele reafirmou isso. A poderosa Abril fez várias tentativas no
 passado e nada deu certo, exceto Mônica e Cebolinha.
Atualmente, estão novamente editando HQs nacionais
do último concurso feito pela Recreio. Espero que vingue...
Pra terminar, infelizmente. Tá uma bate papo legal...
 Há uma lei tramitando no congresso para obrigar os
editores a publicarem 20% de quadrinho nacional.
Qual é a sua opinião sobre esta tal lei?

Eloyr: De forma objetiva: sou contra. Já me posicionei
 anteriormente a respeito. Acho a lei mais escrita e 
de difícil regulamentação...

Tony 45 – Há séculos não acredito nessas ameaças que
nunca se concretizam. Mas, empurrar goela abaixo dos
editores HQs nacionais, pouco comerciais, é uma puta
sacanagem.Isso pode quebrar muitos editores.
Cara, foi um prazer poder trocar ideias com você,
um cidadão super lúcido, criativo, dinâmico e que
é apaixonado por quadrinhos. Desejo à você, a sua
 família e a sua super equipe – que ajuda a produzir
 o Escorpião -,  muito sucesso, neste ano, e que mais
crossovers e edições do Escorpião
de Prata venham a ser editadas.
Valeu! Alguma consideração final?

Eloyr: Obrigado, Tony. Quero registrar aqui a minha 
satisfação em trocar ideias contigo. Sou seu fã!
 Parabéns para você que tem uma importante 
história no mercado editorial e ainda muito a produzir.

Tony 46: Acho que dei sorte. Deus deu um baita empurrão,
jamais achei meu trabalho The Best. Tudo foi feito na base
do esforço, ralando muito e eu também contava com uma
equipe super competente. O mérito é da turma toda e
não só meu... Naquele tempo as coisas eram mais fáceis..
. Até nossa próxima entrevista, bengalas boys friends.
 Prestigiem os autores nacionais e
 internacionais! Até nossa próxima entrevista!

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