“COM
VOCÊS, MAIS UM COLABORADOR ILUSTRE!
(Tony
Fernandes)"...
Ainda
me lembro como aquelas maravilhosas capas
daquele grande artista entrou na
minha vida... era o
ano de 1954, eu tinha 15 anos. Eu e toda a minha família
estávamos saindo da zona norte para a zona sul do Rio de
Ali nos instalamos e bem na esquina
tinha um jornaleiro italiano,
ainda jovem, e por ser solteiro vivia cantando
músicas românticas italianas, eu acho que para
conquistar as meninas da área.
Sua banca era bem sortida de revistas nacionais e internacionais
e o
interessante é que naquela época as revistas
de Histórias em Quadrinhos
predominavam nas
bancas, e em quase todos
os matutinos eram publicadas tiras de
jornais.
Dos
importados eu gostava muito de acompanhar a
famosa Corriere dei Picolli que trazia em suas páginas
grandes mestres da ilustração como:
grandes mestres da ilustração como:

Jamais me esquecerei daquele
belo
domingo ensolarado, quando me
deparei com um exemplar, naquela mesma banca,
com
um exemplar da revista
Saturday Evening Post. Aquela era um edição de 6 de
março de 1954. Na capa estava estampada a figura de
uma menina, na flor da
idade, se admirando em frente
a um espelho (Girl At The Mirror). Fiquei
admirando
aquela bela arte... a partir daquele dia passei a
seguir os passos do
genial...
NORMAN
ROCKWELL, O GRANDE MESTRE DOS DESENHOS E DAS
ILUSTRAÇÕES!


Você
sabia que este grande artista americano
ilustrou nada menos
do que 332 capas
para a Saturdy Evening Post?
Rockwell ganhou fama em todo o mundo por
suas
belas ilustrações e também
por captar em suas pinturas e desenhos expressões
da
vida cotidiana do povo americano.
MINIBIOGRAFIA



Norman
Rockwell nasceu na cidade
de Nova Iorque no dia 3 de
fevereiro de 1894 e veio a falecer aos 84 nos,
em
Stockbridge, Massachusetts, no dia 8 de
novembro de 1978, vítima de um efisema.
Ele
foi o segundo filho de Nancy e Waring
Rockwell. Certo dia o jovem Normam
decidiu
abandonar o ensino médio, para o desespêro
de seus pais, para estudar arte na National
Academy Museum
and School Fine Arts.
O talento era nato, mas lhe faltavam técnicas
e foi assim
que ele aperfeiçoou sua arte.
Gradativamente se tornou um dos mais
populares
ilustradores da América e do mundo
produzindo as inigualáveis capas para a
revista
Saturday Evening Post. Sobre esta lendária
publicação Norman dizia: “Ela
é a maior
vitrine de exposição da América!”.


Sua
brilhante carreira teve início quando ele
tinha 14 anos, quando
após abandonar
o ensino médio conseguiu
publicar seu primeiro trabalho, um livro
de ilustrações chamado
Tell Me Why Stories Of Mother Nature, em 1912
. A partir daquele
lançamento estava aberta,
para aquele jovem talentoso, a porta de entrada
para
retratar, através de suas pinturas e desenhos,
a história e os costumes do povo
americano.
Seu legado é imenso.
Sua obra é imortal e atualmente estão



Quando
era adolescente, motivado por sua
timidez, observava meticulosamente seus
colegas
de escola e depois tentava reproduzir
aqueles mesmos gestos e
expressões no
papel, a traço e em cores.
Aos 16 nos passou dirigir a revista Boys Life, um
publicação dirigida
para os escoteiros da América, e
aos 21 mudou-se para New Rochele, em Nova
Iorque,
e montou seu primeiro estúdio com o cartunista
Clyde Forsythe. Em 1916,
Norman Rockwell estava
com 22 nos. Foi nesta época que ele ilustrou
sua
primeira capa para a Saturday Evening Post,
que ficou famosa e conhecida como
Boy and Baby Carriage.
Boy and Baby Carriage.
O sucesso foi tanto que, por incrível que possa
parecer,
ele ilustrou as capas dessa
revista durante 47 anos.


Em
1916, Norman Rockwell se casou com Irene
O’Connor. Este relacionamento durou
até 1930,
quando se divorciaram. Ainda na década de 30 ele
contraiu matrimônio
com uma professora chamada
Mary Barstow. Dessa nova união surgiram três filhos:
Jarvis,
Thomas e Pedro. Num belo dia de 1939, ele e a família
resolveram se mudar para Arlington, em Vermont.
Lá começou registrar em suas obras (a retratar)
resolveram se mudar para Arlington, em Vermont.
Lá começou registrar em suas obras (a retratar)
a vida e os costumes dos habitantes de cidades pequenas.
Quando
eclodiu a Primeira Guerra Mundial Rockwell foi
voluntário e acabou retratando
de forma amena alguns
episódios daquele conflito.


Durante a Segunda Guerra
Mundial, quando os
Estados Unidos teve um maior participação, o artista
registrou figuras mais sombrias, soldados com fisionomias
mais carrancudas e expressivas, numa espécie de
mais carrancudas e expressivas, numa espécie de
denúncia do terrível conflito mundial que ceifou
milhares de vidas. Inicialmente,
seus trabalhos
registravam crianças
inocentes, da juventude até a idade adulta,
dando
ênfase às expressões faceais.
Aos
poucos sua arte genial foi
evoluindo.
Chegou a retratar até a corrida espacial
acirrada entre Russos e Americanos n década de 60 e 70.

A
partir de 1937, ele passou a utilizar como
referência fotografias para executar
desenhos em
preto e branco. Assim ele podia estudar melhor
as texturas e
posteriormente as cores, mas sempre dando
uma atenção especial para as
expressões faciais –
principalmente as das crianças -, uma espécie de
marca
registrada em todos os seus trabalhos.

Durante
mais de 40 anos o artista
trabalhou com diversos
trabalhou com diversos
fotógrafos. Os três com os
quais mais
tempo trabalhou foram:
tempo trabalhou foram:
Gene Palham (1909-2004), que atuou como seu
fotógrafo por mais de 14 nos, quando morou
em Vermont, Louie Lamone
(1018-2007), que foi
inicialmente contratado como ajudante de
sua mudança para
Stockbridge, e que mais
tarde se tornou seu assistente geral.
Este trabalhou com Rockwell por 23 anos.
Outro mestre da arte fotográfica que
trabalhou com o artista plástico e
ilustrador foi Bill Scovill. Ele foi o
Este trabalhou com Rockwell por 23 anos.
Outro mestre da arte fotográfica que
trabalhou com o artista plástico e
ilustrador foi Bill Scovill. Ele foi o
primeiro a trabalhar
com
Rockwell em Stockbridge.



O
MÉTODO ROCKWELL
DE
TRABALHAR
É
óbvio que cada artista faz do seu jeito.
Ele trabalhava por etapas. Primeiro pensava,
por dias,
numa ideia, depois esboçava essas
ideias, estudava
minusciosamente todo ambiente, o vestuário e a
expressão
facial. Em seguida, juntava tudo e
começava a executar definitivamente
o
trabalho, a traço ou a óleo.
Um trabalho primoroso que
durava horas, dias e até
semanas.
Alguns foram feitos em grandes painéis.
Alguns foram feitos em grandes painéis.

THE
FOUR FREEDOMS
Segundo
especialistas, a obra mais relevante de
Rockwell foi The Four Freedoms. Em 1941, quando
Franklin Roosevelt era o
presidente da América,
criou quatro normas sobre os direitos humanos
básicos,
que justificassem a guerra: direito a liberdade
de expressão, de culto, de
querer e de temor.
Este foi o modo dele ver e os objetivos da guerra
e revelar
sua esperança no que viria a ser o mundo
do pós-guerra. Durante três dias Rockwell
pintou
frenéticamente seus vizinhos e compatriotas em cenas que representavam
os quatro direitos apregoados por
Roosevelt. Ben Hibbs , o editor
da The Sturday Evening Post,
da The Sturday Evening Post,
ficou impressionado com os trabalhos e publicou as
quatro gravuras feitas pelo
artista que se tornaram
as mais famosas ilustrações da frutífera carreira
de
Rockwell. Os originais dessas capas circularam
expostas pelos Estados Unidos e
acabaram
arrecadando mais de 130 milhões de dólares para
o chamado “esforço de
guerra” (contribuição
financeira espontânea feita pelo povo,
para ajudar a
custear a guerra).

Assim,
Norman Rockwell passou a ganhar ainda mais
notoriedade, na América e no mundo.
Sua arte
impressionante
acabou inspirando muita gente.
Porém, a fatalidade acabou surpreendendo o
artista em 1943, quando um incêndio destruiu
sua casa e com isso acabou com grande
parte de
seus trabalhos e sua coleção de trajes
Depois
desse terrível incidente, ele colocou suas obras
sobre custódia no Stockbridge
Historical Society, atual
Museu Norman Rockwell, onde ainda estão expostos
seus
desenhos e ilustrações fantásticas.
Milhares de pessoas, apreciadores de arte, visitam
anualmente o local, oriundas
de diversas partes do
mundo. Preocupado com a sua saúde e com o
futuro do seu
estúdio, em 1976, ele conseguiu que
todo o seu imenso cervo fosse incorporado
ao local, que acabou virando museu.
todo o seu imenso cervo fosse incorporado
ao local, que acabou virando museu.











Lucas e Steven Spielberg são considerados os
dois maiores colecionadores das obras de Norman Rockwell e, por
duas vezes eles
foram convidados
para exibirem suas coleções.
para exibirem suas coleções.
No Brasil, os trabalhos desse
incrível desenhista
e ilustrador americano também têm seus seguidores e
admiradores famosos, que também prestaram uma singela
homenagem, ao grande
mestre. Um deles foi Monteiro
Lobato (editor, escritor e criador da Turma do
Sítio do
Pica-Pau Amarelo, um clássico da literatura brasileira,
que virou serie
de TV, filme, gibi e desenho animado ).

Outra
homenagem a Rockwell apareceu na capa
do livro Dona Benta (obra de cunho culinário).
Na capa do referido livro de guloseimas surgiu uma
arte inspirada numa das
pinturas de Rockwell, publicadas
pela Saturday Evening Post (quase uma
reprodução fiel).
Outro famoso que foi homenageado e agraciado com
uma arte
inspirada em Norman Rockwell foi o desenhista
Mauricio de Sousa (criador da
Turma da Mônica).
Os membros da sua equipe
se inspiraram numa arte
em que Rockwell se autoretrata, se olhando num espelho,
para fazer a capa de um livro com biográfia
de Mauricio.
Nessa capa, o criador de Mônica e Cebolinha, aparece
em pose similar a Rockwell, na
prancheta,
também olhando para um espelho.
Observação:
Tentei identificar quem foi o
artista brasileiro que magistralmente reproduziu
na capa do livro Dona Benta, um desenho
quase que fielmente a capa do Saturday,
artista brasileiro que magistralmente reproduziu
na capa do livro Dona Benta, um desenho
quase que fielmente a capa do Saturday,
feita por Rockwell, mas não consegui, infelizmente.
Quem souber o nome do fera,
manda aí para a gente.
manda aí para a gente.
É bom
frisar que em toda a obra de Rockwell está
acentuada a alma do povo americano, durante
os diversos momentos históricos.
acentuada a alma do povo americano, durante
os diversos momentos históricos.



MEDALHA
PRESIDENCIAL
DA
LIBERDADE
Em
1977, quando foi lançado um livro com a biografia
de Rockwell, ele estava morando em
Massachussetts.
Neste mesmo período, por
ter retratado seu país, foi
agraciado com a Medalha Presidencial da
Liberdade,
a maior comenda oficial americana concedida aos civis.
Se
você, como eu, é fã da arte espetacular de Rockwell,
saiba que existem muitos
livros disponíveis no mercado
que falam sobre a obra desse inesquecível
artista. Recomendo: In Search of Norman Rockwell's
America, Telling Stories Norman Rockwell From
The Collections of George Lucas and Steven
Spielberg, 322 Covers Norman Rockwell, The
Unknow Norman Rockwell, A Portrait of
Two American Families.
America, Telling Stories Norman Rockwell From
The Collections of George Lucas and Steven
Spielberg, 322 Covers Norman Rockwell, The
Unknow Norman Rockwell, A Portrait of
Two American Families.


A
revista Sturday Evening Post numa de suas edições
de 2010 fez uma grata e justa homenagem ao saudoso artista.
A matéria foi escrita pela jornalista Pamela V. Krol, falando
sobre as coleções de George Lucas e Spielberg.
Nesta matéria especial, também tinha entrevistas com
o pessoal do museu Norman Rockwell e com Ron Schick,
o autor e curador da Norman Rockwell Fundation,
além de posters e capas feitas por diversos
artistas que admiram e se
de 2010 fez uma grata e justa homenagem ao saudoso artista.
A matéria foi escrita pela jornalista Pamela V. Krol, falando
sobre as coleções de George Lucas e Spielberg.
Nesta matéria especial, também tinha entrevistas com
o pessoal do museu Norman Rockwell e com Ron Schick,
o autor e curador da Norman Rockwell Fundation,
além de posters e capas feitas por diversos
artistas que admiram e se
inspiraram na vasta obra
deixada por Rockwell.
O
FUNERAL
No dia
da morte de Norman Rockwell (8 de novembro de 1978),
muitas pessoas
compareceram no velório e no enterro.
Muitas delas tinham servido de modelos e
acabaram sendo
imortalizadas pelo traço do mestre. A comoção foi geral.
BATE PAPO
FINAL
E
assim, meus queridos bengalas brothers, friends
and sisters, me despeço, por
hora. Espero que
vocês, amantes da arte em geral, tenham
apreciado esta minha primeira matéria.
vocês, amantes da arte em geral, tenham
apreciado esta minha primeira matéria.
Meu objetivo, como puderam notar, é resgatar
os grandes mestres do passado, contar um pouco
os grandes mestres do passado, contar um pouco
da história deles e mostrar aos jovens
artistas
do presente as grandes
do presente as grandes
obras, os grandes legados que esses seres
iluminados nos deixaram e que jamais
devem ser esquecidas.
iluminados nos deixaram e que jamais
devem ser esquecidas.
Que as obras imortais desses gênios da
humanidade possam inspirar as gerações futuras.
Até a próxima oportunidade e
fiquem atentos, porque
mais matérias interessantes estão por vir. See you
later,
coboys (como diria o Tony)!
Edno
Rodrigues é irmão do falecido desenhista Edmundo
Rodrigues, criador dos quadrinhos
de Jerônimo,
o herói do sertão (que surgiu como novela radiofônica
criada por
Moises Weltman). Em parceria com seu irmão,
Edno também executou outros inúmeros
trabalhos.
Em 1956 montaram um estúdio de desenho onde fazia
os desenhos a
lápis (que foram artefinlizados por Edmundo)
de HQs de cowboys, de terror, de guerra,
e até uma edição do personagem Raio Negro (história O Anel de Lid),
criação-Mor do saudoso desenhista e
escritor Gedeone Malagola.
criação-Mor do saudoso desenhista e
escritor Gedeone Malagola.
Atualmente Edno mora na
cidade de
São Sebastião do Rio de Janeiro,
São Sebastião do Rio de Janeiro,
no bairro de Copacabana, e também
está no
Facebook. Contatos? rodriguesedno@ig.com.br.
Copyright
2014\Edno Rodrigues\Tony Fernandes\
Estúdios Pégasus – Uma Divisão de Arte e
Criação da Pégasus
Publicações Ltda – São Paulo – SP - Brasil
Publicações Ltda – São Paulo – SP - Brasil
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