sábado, 27 de agosto de 2011

TEX, O RANGER DA BONELLI COMICS É UM CAMPEÃO DE PERMANÊNCIA EM BANCA NO BRASIL! ULTRAPASSOU 500 EDIÇÕES !

FANTÁSTICO!
TEX ULTRAPASSOU A EDIÇÃO # 500!







TEX WILLER MAIS DE 500 EDIÇÕES 
LANÇADAS NO BRASIL!



DESCOBRINDO TEX!
Parece que foi ontem que vi e comprei a revista Tex, pela primeira vez, 
numa banca de jornal aqui de São Paulo, a maior cidade da América Latina. 
Confesso que não gostei dos desenhos, inicialmente, visto que eu estava 
acostumado com os desenhos impactantes das edições dos 
super-heróis Marvel, lançadas pela editora EBAL no Brasil, que traziam 
sempre artes impressionantes de mestres, como: 
Jack Kirby, John Buscema e outras feras do traço. 
Mas, aquele formatinho diferente me chamou atenção e movido pela 
curiosidade acabei comparando aquela edição – que não me lembro
 o número - na década de 70. Li e adorei a história e decidi iniciar 
a minha coleção.
 Os roteiros eram geniais e aos poucos fui me acostumando e 
admirando cada vez mais o trabalho de Galep, que apesar de
 não ter um grande impacto visual era todo certinho. 
Não demorou muito para que eu fosse atrás das edições 
anteriores do ranger para completar a minha coleção, pois eu 
havia perdido as primeiras edições lançadas por aqui.
Num passado não muito distante eu havia assistido nos cinemas
e na TV muitos bang-bangs, como:Roy Rogers, O Dólar Furado, 
Caranava,Tim Holt,Rock Lane, Buck Jones, Hoppalong Cassidy, 
Forte Apache (Rin-Tin-Tin), Paladino do Oeste, 
Laramie e os incríveis filmes de John Wayne – o maior 
ícone do gênero - e outros grandes astros do faroeste.
GUNSMOKE foi a mais longa série da TV (Teve inicio 
em setembro de 1955 e terminou em março de 1975). 
James Arness ( Matt Dillon) contracenava
 com Amanda Blake 


Matt Dillon, em Gunsmoke, também fez sucesso
nas tiras de jornais e nos quadrinhos



John Wayne - O eterno cowboy

Wild Bill Hickok - Série patrocinada pela
Kellog's na TV

Paladino do Oeste (No Brasil).Produzido nos anos 50.



Sucesso na TV e nos quadrinhos

Capa da revista Aí Mocinho, da editora EBAL

Roy Rogers, o cowboy cantor, foi um sucesso.
Começou no rádio, foi para o cinema, a TV e
 para as Histórias em Quadrinhos



Roy e sua mulher Dale Evans eram os
astros da TV e Tigger, um cavalo
super inteligente




O famoso cowboy fez ucesso
nas publicações









O Homem do Rifle: Da TV Para os comics









Por um Punhado de Dólares
Um clássico do cinema italiano


Série: Forte Apache (Rin-Tin-Tin)





Tim Holt










Apesar da Bonelli Comics lançar inúmeros títulos, Tex é ainda
o grande sucesso daquela casa editorial italiana


Na TV séries, como: Bonanza, James West, Chaparral, Zorro, 
Laramie, Bronco, O Homem do Rifle, O Rebelde, O Texano,
Forte Apache,  Big Valley, Cisco Kid, GUnsmoke, Laredo e 
O Homem de Virginia, 
também fizeram a minha cabeça. 
De repente, essas boas séries desapareceram do vídeo
 e até mesmo do cinema e das bancas de jornais, por quê?


Sucesso na TV, com Clayton Moore

Zorro da TV para as Histórias em Quadrinhos

The Lone Ranger (da EBAL)
Os “senhores” da mídia mundial, obviamente, decidiram ditar as 
novas regras do jogo e impor ao mundo apenas super-heróis
 ridiculamente bombados, com suas cuecas por
 cima das calças, infelizmente. Nada contra os supers, mas
porque tirar os westerns do mercado?




Bonanza o primeiro seriado em cores da TV



O sucesso desta série durou 5 anos: de 1959 a 1963

Chaparral: Os astros e a estrela da série da TV

High Chaparral





BIG VALLEY - Uma clássica série da TV


O Homem de Virginia (The Virginian)
Quando Hollywood deixou de produzir épicos filmes do gênero foi a
 vez dos italianos ressuscitarem o tema com os famosos westerns 
spaghetts, como: Por Um Punhado de Dólares, 
O Dólar Furado, Django, etc. Mais, aos poucos, os bons e realistas 
filmes produzidos na Itália também 
começaram a desaparecer. Rever um western como Tex, nas bancas, 
foi uma agradável surpresa para todos que, como eu, apreciavam este 
fabuloso gênero de entreterimento e tinha saudade dele.
Naquela época remota, eu estava batalhando para me tornar um 
profissional de verdade no setor editorial e apesar de ter pouca 
experiência no ramo fui contratado para trabalhar para a editora 
Noblet como assistente de arte, após um breve período como 
free lance, fazendo colaborações para a revistas como:
 Akim, Carabina Slim, Gidapp Joe,Vampirella e Mister No.







No enorme estúdio de arte da Noblet descobri que os demais 
desenhistas, mais velhos e experientes, também eram apaixonados 
pelas HQs de Tex e foi ali que acabei descobrindo que as primeiras 
histórias do ranger haviam sido publicadas no Brasil no formato 
deitado, pela primeira vez, onde tiras de jornais montadas formavam 
cada edição e que inicialmente a série se chamava O Pequeno Xerife.
Passei a procurar essas raridades nos sebos da cidade e 
não as encontrei. Adquirí-las passou a ser minha obcessão. 
Quando, por fim, as encontrei estas eram vendidas a peso de ouro. 
Acabei desistindo dessas edições. 
Naquela época eu era jovem e tinha uma coleção imensa de gibis, 
inclusive de edições importadas, principalmente, de editoras
 americanas, como: Marvel Comics Group, DC (National 
Periodical Publications), Dell e Gold Key.


Edição brasileira de AKIM


A Noblet publicava a revista Akim, uma espécie de Tarzan,
 que também era editada na Itália, na França (editora Mon Journal) e
outros países da Europa. A série desenhada pelo italiano Pedrazza. 
Percebi que nem só a América produzia HQs feito pastelaria e que
 na Itália e por toda a Europa, do pós-guerra, havia surgido uma
 gama de produtos e personagens maravilhosos pouco conhecidos
 pelos leitores tupiniquins (principalmente de autores belgas), que 
até então eu também desconhecia. 
Meu editor, na época, era assinante da revista francesa semanal 
chamada Pif, um fenômeno de venda na Europa, e foi através dela que passei
 a conhecer personagens sensacionais como: Pif, Placido e Muzzo, 
Rahan, o Inspetor Ludovico e outros.
Um novo horizonte se descortinava ante meus olhos e descobrir 
outras séries européias, maravilhosas do mundo das Histórias
em Quadrinhos, como: Lucky Luke, Asterix, Humpapá, Tintim, 
Mortadelo e Salaminho, Iznogud, Bruno Brazil, Mister No, Zagor, 
Cinco por Infinitus, Ken Parker, Blueberry, etc.


Uma genial sátira do velho Oeste. Um clássico de Morris


Blueberry também virou filme


Uma série fantástica por Jean Giraud (Moebius)





 Sem dúvida, foi uma enorme felicidade 
descobrir esses novos personagens Made in Europa e aquilo 
me motivou ainda mais a enveredar pela carreira 
de autor de Histórias em Quadrinhos.







 Afinal, a América não era o único pólo de produção de comics 
de qualidade, apesar de dominar o mercado mundial. Isto significava, 
para mim – um jovem sonhador -, que viver de HQs não era um sonho 
inatingível. Aliás, o nosso Mauricio de Sousa, com sua Turma da Mônica, 
na época já estava vendendo mais do que Disney no Brasil, prova 
cabal de que um bom trabalho bem exposto e com planejamento de
mídia sempre acaba encontrando seu espaço. O que eu precisava era
 me esforçar cada vez mais em minhas criações. 
Assim, comecei a criar e a desenvolver diversos personagens dos 
mais variados gêneros, seguindo o conselho do velho e saudoso mestre 
Gedeone Malagola, autor de Raio Negro e de inúmeros títulos dos
 mais variados gêneros. 


Mestre Gedeone Malagola

Raio Negro - Um clássico das HQs nacionais


Passei a apreciar e a admirar muito mais a escola 
européia de HQs do que os comics americanos, com certeza.    
Durante anos passei a colecionar Tex – e outras HQs -, sem conseguir
 encontrar as primeiras edições da série normal.




Porém, de repente – sem qualquer explicação-, a editora Vecchi 
quebrou e uma frustração enorme tomou conta de mim, pois eu 
adorava aquela série.
Durante um bom tempo, as bancas do país ficaram sem nenhuma 
revista de cowboy até que a EBAL lançasse poucas edições de Jonah Hex, 
que teve breve duração. Definitivamente parecia que os velhos e 
queridos gibis de cowboys estavam fadados a desparecer para sempre. 
Jonah Hex em versão mais atual

Jonah Rex - velha edição da EBAL
Nossas bancas, que antes tinham vários títulos de westerns
agora viviam empesteadas de enlatados gringos oriundos da 
América do gênero super-heróis. Os antigos fãs de bang-bangs haviam sido 
esquecidos pelos grandes e médios editores. 
Que falta de visão desse pessoal, pensei.







Uma fantástica coleção da EBAL



Um dos cowboys que mais permaneceu nas bancas do país
Cavaleiro Negro foi criado na Marvel




Uma edição da DELL, editora americana
As publicações com personagens nacionais eram raras.  
Vira e mexe surgiam pequenos editores lançando títulos produzidos 
no país, de pequenas tiragens, de pouca duração.


Chet - Um clássico de western do escriba Wilde Portella
Um dos poucos personagens criado e desenvolvido no país, que teve um
 relativo sucesso foi Chet, um clássico de western criado por Watson 
e Wilde Portella, que também colecionei, no tempo da Vecchi, e que 
também estava fora de circulação desde a queda 
dessa tradicional casa publicadora.



UMA SURPRESA AGRADÁVEL


Tex Fumetti - editora Globo


Certo dia, ao passar em uma banca do centro da cidade, e começar
 a fuçar nela em busca de novos títulos – como era de praxe
 por um admirador de HQs -, reencontrei Tex, desta feita a revista 
estava sendo edita pela Rio Gráfica e Editora (atual Globo).
 Quase tive um orgasmo.
Envolvido numa inflação incontrolável o país e o povo brasileiro 
sofriam nesse período conturbado da economia nacional.


Tex - pela editora Vecchi
Como qualquer empresa deste país, as editoras também 
sentiam na pele os problemas causados por um mercado que 
oscilava constantemente e apresentava juros alto e
 inflações entre 50 e 60% ao mês.






As revistas e os demais produtos passaram a ser remarcados
 a cada mês, numa suposta estratégia da equipe econômica do 
país na expectativa de suplantar os problemas inflacionários, 
após criarem a indexação. 
O povo deixava de consumir e muitas empresas, na época, acabaram
 fechando e gerando muito desemprego e fome.
Subitamente, Tex, mais uma vez deixou de circular. Motivo: Baixas vendas.
Mais uma vez ficamos órfãos do nosso querido ranger.



Aos poucos, fui me profissionalizando, publicando meus próprios 
personagens, atendendo diversos editores, o tempo foi passando e nada
 de Tex em nossas bancas. 
Será que os editores brasileiros haviam se esquecido de nós, os fãs do gênero?
Outras editoras chegaram a arriscar a lançar alguns outros títulos de 
western que sucumbiram poucos números depois.


TEX: MYTHOS EDITORA





O bengala friend, Élcio de Carvalho, após sair da editora Abril montou 
o estúdio Arte e Comix e pouco tempo depois foi o pioneiro em 
agenciar autores nacionais nas editoras americanas. 
Graças a ele jovens talentos brasileiros começaram a publicar nos
 grandes editores de comics nos Estados Unidos,
 como: Marvel, DC e outros.
De repente, surgiu a Mythos editora com muitos títulos 
nas bancas e dentre estes ressurgiu Tex, o nosso querido ranger, 
causando uma grande alegria em seus antigos e fiéis leitores, 
como eu, sem dúvida. E foi graças a essas três editoras (Vecchi, 
RGE e Mythos), e nós, fiéis leitores do ranger, é que Tex suplantou
 os obstáculos e conseguiu chegar milagrosamente à 
edição # 500, fato de orgulho para a editora italiana,
 prova cabal de que o que é bom atravessa os tempos.
Uma série de diversos títulos especiais e almanaques de Tex foram 
lançados pela Mythos, para a alegria de todos os fãs da série.


TRAJETÓRIA DE TEX NO BRASIL, 
DOS ANOS 50 ATÉ HOJE!


As primeiras edições eram em formato de tiras


Com o passar do tempo acabei descobrindo que...
Tex foi publicado pela primeira vez nos anos 50, pela Rio Gráfica 
Editora, a partir do número 28 da revista Junior (até a edição 
# 27 Junior publicava outros personagens). 
O gibi era semanal e trazia o subtítulo “As Aventuras de Texas Kid”; 
até o a edição # 178 seu formato era em tiras, 
com 36 páginas, exatamente como a edição italiana, mas a partir do
 número 179 mudou para um formato vertical, de 13,5 por 17,5 cm, 
pouco menor que a edição “Gigante” italiana.




Tex foi o único personagem publicado na revista Júnior
 que duro até a edição# 265 (julho de 1957); daí em diante 
a revista passou a publicar outros personagens de western
 e de Tex ninguém mais ouviu falar até 1971. 


TEX RENASCEU DAS CINZAS 
NA DÉCADA DE 70
Em fevereiro de 1971 apareceu nas bancas brasileiras a 
edição # 1 da nova série, em formato idêntico a edição italiana –
 16 por 21 cm – (cada edição trazia entre 100 a 130 páginas).
Publicado pela editora Vecchi (cujos fundadores eram de origem italiana).
A edição # 1 trazia um brinde destinado aos pequenos leitores 
um arco e flecha de plástico. A história escolhida 
para a primeira edição foi “O Signo da Serpente” e ela correspondia 
à aventura “Il Segno Del Serpente”, de L. G. Bonelli e
 Galep, editada na Itália em 1960, no formato de
tiras, e republicada no formato “Gigante” nas edições # 47 e 48 
(setembro/outubro de 1964). 
Contrariando à fase inicial da revista Júnior, a ordem original das 
histórias não foi publicada corretamente pela Vecchi. 
E o tamanho das revistas, a partir da edição # 38, de março de 1974, 
mudaram para: 13, 5 por 17,5 cms, que foi preservado até hoje e passou a
 ser conhecido como: Formato italiano.

TEX NOS ANOS 80 E 90


Filme de Tex estrelando Guliano Gema
No final dos anos 70 o nosso querido ranger era a revista mais 
vendida da editora Vecchi (cerca de 150 mil exemplares),
 tanto que em 1977 foi lançada uma segunda edição de Tex. 
Tamanho foi o sucesso da série que outros vários títulos
 de western passaram a ser publicados pelos concorrentes, 
que se empolgaram com o êxito de Tex.
No início dos anos 80 duas edições de Tex passaram a 
sair quinzenalmente. 
Assim, nós, os leitores, passamos a ter 4 edições de 
Tex mensalmente.
Apesar do êxito do ranger, em 1983 a editora Vecchi 
encerrou suas atividades e as edições de Tex foram canceladas
 em agosto daquele ano, infelizmente. 
A última edição por este selo foi a # 164.


Tex Ouro - Editora Mythos
Em outubro de 1983, a Rio Gráfica Editora (atual Globo), 
adquiriu os direitos de Tex e passou a publicá-lo mensalmente, 
dando continuidade a numeração da Vecchi, do # 165 até 
a edição 350, de dezembro de 1998.



AS REEDIÇÕES DE TEX


Foi em abril de 1977 que a editora Vecchi iniciou a segunda edição de 
Tex, que durou até a edição # 94, quando a empresa fechou 
definitivamente suas portas. Em outubro de 1983 a Rio Gráfica publicou 
uma edição numerada como 94-A, para completar a 
última história da reedição da Vecchi.




Em novembro de 1986, a mesma Rio Gráfica passou a lançar 
Tex Coleção, cuja primeira história foi A Mão Vermelha, com 
100 páginas com periodicidade mensal. Como essas histórias 
correspondiam exatamente à sequência 
da série italiana (sendo na verdade a versão brasileira da edição
 italiana denominada Tutto Tex.



Em agosto de 1993 a editora Globo inciou uma série bimestral
 do ranger: Tex Edição Histórica, na verdade esta era uma 
coletânea da série Tex Coleção, com as histórias seguindo a mesma 
ordem cronológica do Tex italiano original, mas em edições 
com mais páginas (cerca de 260 a 350), 
fazendo com que cada edição tivesse HQs completas.
 Por exemplo, a edição # 1 apresentava 736 tiras – publicadas 
na Itália de setembro de 1948 a fevereiro de 1949.




As capas eram desenhadas pelo, agora, veterano mestre Claudio 
Vila, que já eram conhecidas do público leitor italiano, pois
 foram reproduzidas no interior de sua última reedição, chamada 
em italiano de “Tex Nuova Ristampa”.


EDIÇÕES ESPECIAIS


1980 – A editora Vecchi publicou o álbum gigante, com capa 
cartonada, com a HQ chamada O Ídolo de Cristal (do Tex italiano # 
200, feita por Bonelli e Galep), história depois que foi
 republicada no primeiro Tex em cores em formato italiano.
Sem ter periodicidade regular, a editora Globo passou a publicar 
cinco álbuns de Tex no formato grande (19 por 28 cms), que correspondiam 
a edição italiana denominada Texone.


Arte do mestre Adauto Silva
O primeiro foi em 1988. Tex, o Grande, de Nizzi e Buzzelli, edição 
especial de 40 anos, posteriormente foi relançado em 1998 em 
comemoração aos 50 anos de criação do personagem. 
No ano de 1993, surgiu A Marca da Serpente (do Texone italiano # 3, 
de Nizzi e Galep). Em 1994, foi lançada a edição cujo título da
história foi O Grande Roubo (do Texone # 6, La Grande Rapina),
 de Nizzi e do espanhol Jose Ortiz). 1995 – Arizona em Chamas
(do Texone # 5, Fiamme Sull”Arizona, de Nizzi e do também grande 
mestre de origem espanhola chamado Victor de La Fuente). 
Finalmente, em 1996, O Vale do Terror (do Texone edição #9, 
La Valle Del Terrore, de Nizzi e do genial e 
meticuloso Magnus).   
Por mais outro período o cowboy mais popular do Brasil saiu de
circulação, para o desespero dos fãs da série.




TEX NA EDITORA MYTHOS
Janeiro de 1999




Surge nas bancas a edição # 351 da série normal de Tex, 
com uma capa inédita de Magnus, graças ao esforço de 
Dorival Vitor Lopes e do editor Hélcio de Carvalho, que decidiram 
ressuscitar a série. Este foi o primeiro exemplar pelo selo 
Mythos, cujas edições foram eleitas pela Bonelli Comics como 
a melhor edição internacional do ranger fora da Itália. 
A edição tradicional e a série mensal chamada 
Tex Coleção (que continuou a partir do # 144) passaram 
a respeitar  sequência cronológica original das histórias 
e suas respectivas capas.



 Poucos depois, surgia a série bimestral Tex Edição Histórica que 
prosseguiu até a edição # 34, de março 1999. 
O Textone italiano, no Brasil, passou a se chamar Tex Gigante, 
lançando HQs inéditas, completas, até então desconhecidas do
 público leitor brasileiro.
No final de 1999 foi publicado o primeiro Tex Anual, edição especial 
com 365 páginas. No ano seguinte surgiu Maxi Tex.
A arte meticulosa do mestre Civitelle







Foi no ano 2000, na virada do século, que aconteceu  a
 estréia do Almanaque Tex, que apresentou a história especial 
que comemorou, na Itália, os 50 anos de Tex, chamada em italiano
 de Vendetta Navajo. Na sequência foram lançadas nesta mesma 
coleção todas as aventuras da série italiana chamada 
Almanaco West e novas HQs programadas 
para os demais almanaques de Tex, como a espetacular 
e inesquecível  história chamada El Muerto, na edição 7. 









Alguns espetaculares pôster do ranger também foram
lançados ao longo dos anos, assim como as edições em cores, um 
verdadeiro presente aos admiradores do personagem.










COMEMORAÇÃO PELA EDIÇÃO # 500
 DE TEX NO BRASIL


Rainho, G.G.Carsan,Rios, Gervásio (TexBr) e Ezequiel -
 Um time da pesada compareceu ao evento


Este ano Tex chegou na edição # 500 no Brasil.
 Um marco impressionante só alcançado anteriormente pelos
personagens da Disney editados no país. Convém frisar 
que apenas as edições regulares são contadas, portanto 
ficam de fora as edições especiais e extras.



 A efeméride aconteceu no sábado, no dia 20 de agosto deste 
ano (2011) na Biblioteca Municipal de Santo André, na cidade de 
São Paulo – num dia chuvoso e nebuloso tipicamente londrino, 
mas nem isso fez com que os fãs da série ficassem em suas casas.
 A biblioteca citada cedeu o espaço para receber o evento 
denominado Tex 500 Brasil, onde aconteceram palestras,
 exibição de filmes e a exposição de raríssimas 
revistas e miniaturas vinculadas a série. 
É bom lembrar que a exposição ficará aberta ao 
público até o dia 28 de outubro.


Equipe confraterniza no final do evento
Em sua abertura recebeu visitantes ilustres, como os 
bengalas friends: Gege Carsan, Marcos Maldonado (lendário letrista 
oficial da série), Dorival Victor Lopes e outros importantes 
membros da equipe Mythos, fãs e colecionadores.
O evento foi um sucesso na Gibiteca de Santo André


A festa foi organizada por Adriano Rodrigues Rainho um 
dos maiores colecionadores de Tex do Brasil e foi patrocinada 
pela Mythos e pela prefeitura de Santo André
Uma grande confraternização entre fãs e autores de HQs











BREVE RESUMO HISTÓRICO


DA TRAJETÓRIA DO RANGER




O genial autor de Tex: G.L. Bonelli


Mestre Galep foi o primeiro a desenhar o ranger
Sérgio Bonelli deu continuidade ao trabalho do pai
Tex, o paladino da justiça, foi criado na Itália no ano de 1948,
por Gianluigi Bonelli - que começou sua carreira como colaborador da 
revista Corrieri dei Piccoli e do Giornale Illustrato dei Viaggi, 
editado pela Sonzogno- , e Aurelio Galleppini. O intrépido ranger 

vivia suas aventuras por todo o território americano e até em 

outros países. Amigo de indígenas e conhecido por estes como 

“Águia da Noite”, Tex não media esforços para ajudá-los e promover a

 justiça a qualquer preço. Apesar da série explorar o gênero western, 

as aventuras variam desde o mais puro bang-bang a situações de

 extremo suspense, mistério e até misticismo e ufologia.


Inicialmente as primeiras HQs da série não abordava fatos históricos 


do Velho Oeste. Mas, na sequência, suas histórias passaram a


 ser muito bem pesquisadas e muitas delas mesclavam fatos e


 personagens históricos com ficção. 


Há quem afirme que o sucesso de Tex no 


Brasil se deve a sua forte personalidade e senso de justiça. 


Segundo estes, o personagem tem os seus valores e luta por aquilo


 que acredita. Luta pelos seus ideais e isso faz a diferença.



 O brasileiro se espelha nesta luta que ele enfrenta, num 
país repleto de corruptos e infindáveis falcatruas na 
política do país. Mas, pergunto: Isto só ocorre no Brasil? 
Obviamente que não.
Durante o evento comemorativo realizado em São Paulo a palestra 
“Valores Morais de Tex” foi o ponto alto, reunindo representantes
 da Mythos editora e grandes colecionadores do ranger, numa 
verdadeira confraternização entre admiradores da série e
profissionais da área editorial que colaboram para que as edições
 de Tex se mantenham firmes nas bancas.
 Gervásio Santana Freitas, um dos sócios do famoso site TexBr,
 concluiu: “A paixão por Tex se tornou um modo de vida, 
como uma mensagem de justiça e paz. Eu estou decepcionado
 com a violência deste país. 
Há muitos bandidos, políticos e empresários que precisam de um 
Tex nos seus calcanhares”. 







Os presentes a palestra não arredaram o 
pé do auditório antes que a palestra terminasse, tamanho o interesse
 do público presente pelas explanações feitas pelos participantes.
É incrível como Tex faz tanto sucesso pelo mundo afora e, em especial, 
no Brasil. Na Itália já são mais de 600 edições e 60 anos de publicação. 
Só falta agora os texianos instituir o “Dia Nacional de Tex”, como sendo
 o dia 30 de setembro, data em que foi publicada a primeira edição 
do ranger em seu país natal, ou seja,  na Itália.


Giovanni Ticci é o mais antigo colaborador da Bonelli Comics


José Carlos Francisco (o famoso Zeca Willer) e o capista
oficial de Tex Cláudio Vila


Dorival (da Mythos) e Vila

Poucos títulos no mundo conseguiram chegar a um número de edição 
tão expressivo como ao tingido por Tex, que resistiu e ainda resiste,
 firme, em sua longa e vitoriosa cavalgada pelos pontos de vendas
de um mundo abarrotado de novos aparatos tecnológicos que tem 
feito desabar o até então sólido mercado mundial das
 histórias em quadrinhos.
Qual será o futuro do nosso velho e bom cowboy? 
WEBCOMICS? Filmes? Desenhos animados em 3-D? 







Só o tempo poderá nos dar a resposta. 
Esperamos que Manitu continue protegendo a cavalgada desse
 titã incomparável do velho Oeste selvagem.
Que assim seja!
See you later, cowboys!




OUTROS TÍTULOS QUE SÃO PUBLICADOS



ATUALMENTE PELA BONELLI COMICS...













Alguns deles ainda são inéditos no Brasil




Por: Tony Fernandes\Autor de Apache e de diversas séries
de HQs, de gêneros diversos. Sempre foi fã incondicional de
HQs e também já foi um grande colecionador, no
passado, quando não perdia uma boa série de western, 
como: Tex, Mágico Vento, Blueberry, Comanche, Buck Jones,
Arizona Kid, Reis do Faroeste, Epopéia-Tri, Jonah Hex, Zagor, 
Ken Parker, Lucky Luke, etc.
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