sexta-feira, 26 de outubro de 2012

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

FRANK FRAZETTA, O GRANDE MESTRE DOS MESTRES! MATÉRIA ESPECIAL!


A matéria de hoje é sobre um dos artistas mais geniais da América. Ele foi, sem dúvida, o grande mestre da arte fantasiosa americana de ficção cientifica (Sci-fi), das histórias em quadrinhos, das ilustrações para capas de livros e cadernos, das pinturas fantásticas, dos de cinema cartazes incríveis, das capas de discos, calendários, etc. A arte deste verdadeiro grande mestre multimídia, que também acabou influenciando muita gente – como Boris Vallejo-, apareceu também na TV e em campanhas publicitárias.
Desde a primeira vez que vi o seu traço virei seu fã. Quando descobri seus álbuns com ilustrações incríveis, pirei, literalmente. É com muita honra que hoje escrevo sobre esse genial mestre dos quadrinhos e da arte plástica, que perpetuou seu nome para sempre no mundo dos comics, dando maior dignidade as histórias em quadrinhos, que sempre foram subjugadas pelos pseudos intelectuais americanos, que as classificavam como “Arte menor”. Coube aos franceses, para variar, reconhecer a arte seqüencial dos comics books como arte, na acepção da palavra, assim como estes descobriram e aplaudiram a genialidade do jazz – música negra que era menosprezada na América -, e o talento notável do ator e comediante Jerry Lewis, que os americanos classificavam como um retardado, foi o povo francês que deu o devido valor para as HQs, um dos maiores veículos de comunicação do século XX.
As pinturas desse artista sui generis são impactantes e inesquecíveis. As cenas criadas por este gênio da pintura sempre aguçam nossa imaginação, pois ele sempre primou por realizar uma boa composição, luz e sombra, perfeita anatomia e cenas fantasiosas inconcebíveis, por meros mortais. Um artista que explorou os mais diversificados temas de quadrinhos e que explorou como ninguém a arte e técnica da arte plástica e que estimulou nossa imaginação pelo mundo da ficção científica é inigualável. John Woo, diretor cinematográfico,  é fã incondicional dos desenhos e ilustrações desse grande mestre, assim como eu. Muitos o consideram como “O verdadeiro pai da ilustração fantástica moderna”. Conheça um pouco mais sobre o genial artista da arte fantástica de ação...

FRANK FRAZETTA (1928 \ 2010),
O MESTRE DOS MESTRES!


Frank Frazetta entrou para a história da indústria dos comics books da América, virou lenda, ao receber os mais cobiçados e importantes prêmios almejados por aqueles que trabalham com o setor editorial daquele país, The Will Eisner Comic Book Hall of Fame, em 1995, e The Jack Kirby Hall of Fame, em 1999. Nenhum outro artista conseguiu este feito.

NASCE UM ARTISTA
Frank Frazzetta – Se você acha que erramos ao escrever o sobrenome desse brilahnte artista, se enganou. Curiosamente, em seu registro de nascimento consta o sobrenome com dois “z”. Ele  nasceu no bairro do Brooklyn, em Nova Iorque.
Resolveu tirar um "z" do seu sobrenome original italiano logo no início da carreira para deixar seu nome mais pronunciável pelos americanos. Esse descendente de imigrantes italianos, pobres, foi o único garoto daquela família que teve quatro crianças. O menino sempre foi muito apegado a mãe e, segundo afirmou certa feita, foi graças a ela que ele se tornou um artista. Foi ela que começou a encorajá-lo a fazer desenhos quando ele tinha apenas dois anos de idade.


Ponte do Brooklin, foi construída em 1783




Ainda segundo o artista, quando ele fazia seus primeiros desenhos toscos era ela que o incentivava a continuar dizendo que estava maravilhoso e lhe dava uma moeda cada vez que fazia um novo desenho. Muitas vezes ela não tinha dinheiro para comprar folhas de papel sulfite ou um caderno de desenho, então o jovem Frank rabiscava até em papel higiênico. Com a prática constante, com o passar do tempo, o garotinho começou a evoluir os seus traços. Na escola primaria, vivia enchendo as folhas dos cadernos com desenhos, para o desespero dos seus pais e professores. Não gostava de estudar as matérias. Vivia no mundo dos sonhos, dos desenhos. Sua mãe não hesitou e logo colocou o garoto numa escola de arte.



Aos 8 anos Frazetta começou a estudar na Brooklyn Academy of Fine Arts, uma pequena escola de de desenho dirigida pelo instrutor Michael Falanga. "Na verdade ele não me ensinou muita coisa – disse Frazetta em 1994. - "Ele simplesmente observava meus desenhos e dizia “Bonito, muito bonito. Muito bom... Talvez se você fizesse assim ou assado ficaria melhor”. Nós nunca tivemos um bom bate papo. Ele falava um péssimo inglês. Aprendi muito mais com os meus amigos do curso.”


1944 - Aos 15 anos, Frazetta, que tinha paixão por comic books conheceu e começou a trabalhar para o Bernard Baily's studio fazendo desenhos a lápis. Seu primeiro trabalho de quadrinhos tinha 8 páginas e foi artefinalizado  por John Giunta.
A primeira HQ se chamava"Snowman" e foi publicada na revista Tally-Ho Comics, em dezembro de 1944, publicada pela Swappers Quarterly e Almanac/Baily Publishing Company. Durante um bom tempo o jovem artista não assinava seus trabalhos, por isso muitos pesquisadores e colecionadores têm dificulades de catalogar todas as obras de Frazetta. Em 1946, ele passou a assinar suas artes. Desenhou e artefinalizou duas HQs. Uma para a Prize Comics, que foi publicada na revista Treasure Comics #7, uma HQ de quarto páginas que foram publicadas pela William Penn Founder of Philadelphia e uma história de uma página cujo título era "Ahoy! Enemy Ship!", que apresentava seu primeiro personagem: Capitão Kidd Jr. Em 1948 publicou uma história chamada Judy of the Jungle, pela editora Exiting Comics. Em 1952 publicou Thunda, 
King of the Congo.



O mestre, ao conceder uma entrevista para The Comic Journal, em 1991, declarou que o editor Graham Ingels foi o primeiro a reconhecer seu talent, o primeiro a lhe dar oportunidade, trabalho na Standard Comics,  em 1947. Também afirmou, na ocasião, que graças a Louie Lazybones, uma series criada para tiras de jornais para concorrer com Li'l Abner (Ferdinando, no Brasil), que fazia muito sucesso, foi que sua carreira deslanchou. Frazetta também trabalhou como “desenhista fantasma” – para o autor sem assinar - durante um bom tempo nessa série, que ganhou fama.




Foi através da Dell Comics, que publicava a revista Famous Funnies, que Frazetta fez HQs interessantes de guerra para o título Heroic Comics, histórias que enalteciam as virtudes humanas, as orações e que delatavam os problemas causados pelo uso das drogas.
Frank Frazetta desenhou ao longo dos anos diversos gêneros de histórias em quadrinhos, como: bang-bangs, fantasias, mistério e até dramáticas. Inicialmente seus primeiros trabalhos eram cômicos, há quem afirme que nesse período ele assinava como "Fritz", porém, há controvérsias.



Para a os títulos Personal Love e Movie Love, ele desenhou HQs românticas cheias de verdadeiras celebridades da indústria cinematográfica americana. Desenhou, inclusive, a biografia de Burt Lancaster, famoso ator de Hollywood, que provocava suspiros na mulherada.



Seu traço dinâmico agradava cada vez mais os editores e o publico leitor. Assim, no início dos anos 50s, ele fez trabalhos para as editoras EC Comics e para a National Comics. Sua primeira HQ de super herói foi para a série "Shining Knight", para a Avon Comics. Devido ao sucesso de suas HQs outras editoras de quadrinhos o procuraram. Fez muitas HQs em parceria com o desenhista e amigo Al Williamson – que substituiu Alex Raymond na série Flash Gordon, brilhantemente.



Alguns pesquisadores afirmam que Frank Frazetta desenhou também Buck Rogers – aventureiro espacial que antecedeu Flash Gordon –, capas para a revista Famous Funnies e que ele começou desenhando, inicialmente, as tiras e páginas dominicais de uma série criada por Al Capp: Li'l Abner (Ferdinando, no Brasil), em 1954. Porém, nem todo mundo concorda com algumas dessas afirmações.
 A verdade é que Frazetta também produziu sua própria tira, com o personagem Johnny Comet. Como assistente do desenhista Dan Barry, Frazetta fez as tiras diárias de Flash Gordon, criação do genial Alex Raymond, que teve início nas tiras de jornais, passou para as revistas em quadrinhos e que, devido ao enorme sucesso, acabou virando seriado de cinema, estrelado por Buster Grable.



Frank Frazetta se casou com Eleanor Kelly, de Massachusetts, em Nova Iorque, em novembro de 1956. Tiveram 4 filhos, segundo biógrafos. Depois de ter trabalhado durante 9 anos com o mestre Al Capp, fazendo tiras cômicas de Li’l Abner, em 1961, Frazetta decidiu retornar aos quadrinhos de figuras humanas.
Trabalhou com Harvey Kurtzman e Will Elder em três histórias da sensual série chamada Little Annie Fanny, que fez muito sucesso nas páginas da revista Playboy. Devido a sensualidade das personagens femininas que ele desenhava foi convidado para fazer ilustrações para diversos títulos de revistas masculinas.



FRAZETTA STUDIO

Em 1964, Frazetta abriu seu próprio estúdio. Nesta nova etapa recebeu uma encomenda: desenhar para a capa da revista Mad o baterista Ringo Starr, dos Beatles. A bela pintura caricata do músico inglês foi aprovada e publicada. A bela arte foi vista pelo pessoal dos estúdios United Artists, que adorou ela. Assim, decidiram chamá-lo para fazer o cartaz do filme What's New Pussycat?. Há quem diga que o artista recebeu, por esta bela arte, o equivalente a um ano de trabalho. Pouco tempo depois, Frazetta fazia cartazes de cinema para outros filmes e diversas produtoras.







Através do seu Studio ele também produziu pinturas maravilhosas para capas de muitos livros de aventuras. Sua interpretação visual que ele fez para as capas dos livros de Conan, personagem criado por Robert E. Howard, foi espetacular e acabou influenciando toda uma geração de artistas, inclusive o “Da Vinci dos Comics”, John Buscema, um dos mais assíduos e ovacionados colaboradores da Marvel e da adaptação feita de Conan, em quadrinhos, escrita pelo também genial Roy Thomas.



As edições com as capas feitas pelo mestre vendiam cada vez mais. Consequentemente as encomendas aumentavam. 
O estúdio Frazetta trabalhava a todo vapor. Suas belas ilustrações surgiram nas capas de edições clássicas, como: Tarzan e Barsoom (John Carter of Mars), nos livros do escritor Edgar Rice Burroughs. Muitos desses livros também traziam ilustrações feitas a bico de pena pelo excelente ilustrador e desenhista. Essas capas eram feitas baseando-se apenas nas storylines, nas sinópses dos livros que os autores e editores lhe enviavam. Frazetta jamais chegou a ler esses livros na íntegra para se inspirar. Desenhava as capas a seu modo, com total liberdade de criação.
Todos os trabalhos realizados pelo Frazetta's Studio eram feitas por ele e o difícil era dar conta da demanda. Muitas vezes tinha que virar a noite para dar conta de uma série de trabalhos comerciais – para ontem -, de ilustrações e pinturas para cartazes de filmes, capas de livros, calendários, etc. Inicialmente, ele fazia todos trabalhos com tinta a óleo – que demora para secar-, depois, para agilizar a produção,  passou a executá-los em aquarela. Seus trabalhos a traço, para as editoras de quadrinhos, eram feitos com bico de pena e pincel. Frazetta fez algumas HQs em preto e branco para a  
Warren Publishing, que editava revistas de terror e guerra, como: Creepy, Eerie, Blazing Combat e Vampirella.





Certa vez,  Frazetta foi requisitado para trabalhar com filmes de animação, entretanto nesses trabalhos seu nome só apareceu nos créditos como diretor de criação.Um desses seus trabalhos foi desenhado e animado por Richard Williams, em 1978.
 No início dos anos 80, o genial artista trabalhou com o produtor Ralph Bakshi no filme Fire and Ice, realizado em 1983. Aquele trabalho apresentava uma animação realista com a arte de Frazetta. Bakshi e Frazetta tinham projetos em produzir aberturas para filmes de  live-action rodados pelo sistema rotoscoped de animação, porém o projeto
 não foi avante.
Frazetta decidiu voltar as suas raízes. Ou seja, recomeçou a fazer pinturas fantasiosas e as ilustrações de bico de pena. Produziu inúmeras pinturas para capas e álbuns ilustrados que bateram recordes de vendas e seu estilo passou a ser imitado por diversos ilustradores pelo mundo afora. 
Molly Hatchet foi um dos primeiros dos três álbuns que presentaram "The Death Dealer", "Dark Kingdom" e "Berserker". “Dust” foi o título do segundo album. Em “ Hard Attack”, apresentou "Snow Giants". A banda de rock chamada Nazareth usou a ilustração "The Brain" para a capa do seu disco em 1977, Expect No Mercy. Frazetta criou também uma nova arte de capa para Buddy Bought the Farm, o segundo CD da banda de surfe terror chamada The Dead Elvi. Curiosamente, o U.S. Army III Corps adotou 
 "The Death Dealer"
 como mascot desses militares.



Frazetta retomou as pinturas de Conan algum tempo depois, a pedidos, visto que estas tinham consagrado ele definitivamente, perante a crítica especializada e os apreciadores de arte. Muitas dessas pinturas clássicas estão expostas no Frazetta Museum em East Stroudsburg, na Pennsylvania. 
No ano de 2009, uma das maravilhosas pinturas de
 Conan the Conqueror, feita pelo mestre, foi leiloada
 e foi vendida pela impressionante cifra
 de US$1 milhão de dólares.

A arte que rendeu 1 milhão de dólares
UM GRANDE REALIZADOR

No começo dos anos 80, o incansável Frazetta criou a galeria chamada Frazetta's Fantasy Corner, no andar superior dos primeiros edifícios masônicos construídos no South Courtland e em Washington na East Stroudsburg, na Pennsylvania
Nesses edifícios há espaços que além de expor a arte do grande mestre da arte fantasiosa, também tem uma setor que expõe a arte de outros grandes artistas da América.
 Durante sua vida muito produtiva Frazetta teve muitos problemas de saúde e principalmente com a tiróide, mas jamais deixou-se abater. No ano 2000, uma série de problemas físicos, oriundos de doenças,  tentaram impedir que o mestre desenhasse e pintasse como antigamente, quando passou a ter problemas com sua mão direita. Num esforço supremo ele continuou a executar suas obras utilizando a mão esquerda, segundo declaração daqueles que conviveram com ele. Em 2003, ele apareceu num documentário chamado: 



Autoretrato


Em 2009, Frank Frazetta estava rico, famoso e muito doente. Decidiu se aposentar. Foi viver nas montanhas , na Pensilvania, num pequeno museu que ele abriu. 
Assim , ele passou a se dedicar apenas a republicar o seu material como ilustrações para revistas, gibis e livros que ele havia criados há alguns anos atrás. 
Sua esposa é quem estava cuidando da publicação destes materiais e da negociação dos seus direitos autorais. 
Um dos últimos livros publicados foi o livro 
lançado pela Icon:
 A retrospective by the Grand Master of Fantastic Art. 
Uma obra fantásctica e imperdível. Um excelente livro que contém muitas informações a respeito da vida e obra 
deste grande artista.
Frazetta chegou a vender alguns de seus originais em leilões. “Conan o conquistador” foi adquirida por US$ 1 milhão em 2009 por um colecionador particular. Suas ilustrações também viraram capas de álbuns de grupos de hard rock, como foi o caso de “Expect no Mercy”, álbum musical da banda Nazareth e o disco de estreia homônimo do Wolfmother.




No dia 17 de julho de 2009, sua esposa e sócia do Frazetta Studio, Eleanor "Ellie" Frazetta, morreu depois de uma longa batalha com o câncer. Assim, Rob Pistella e Steve Ferzoco passaram a assumir o controle dos negócios do artista.

OBRAS ROUBADAS

Em 2009, Alfonso Frank Frazetta , um dos filhos do artista, aos 52 anos, que também é conhecido como, Frank Jr, se apossou indevidamente de aproximadamente 90 pinturas que estavam expostas no Frazetta Museum. Frank Jr não agiu sozinho. Para roubar as artes contou com o auxílio de Frank Bush, 49 anos e Kevin Clement, de 54 anos. O furto foi denunciado às autoridades locais pela família. Pouco tempo depois, todos os envolvidos foram capturados pela polícia. A esposa de Frank Jr, Lori, disse na delegacia que seu marido e a falecida mãe dele, Ellie, cuidavam dos negócios da família e que após a morte da sogra a tarefa de cuidar de tudo era do seu marido.
Investigações efetuadas pelos policiais revelaram que, na verdade, o filho de Frazetta havia tentado vender as pinturas valiosas do pai – sem consultar os irmãos-, por acreditar que tinha autonomia absoluta de fazer o que bem quisesse com o fantástico acervo. Ao tomarem conhecimento da verdade, Billy, Holly Frazetta Taylor e Heidi Grabin decidiram incriminar Frank Jr. em março de 2010, por apropriação indébita das obras do pai, visto que os três haviam sido nomeados pelo pai – por procuração – para controlar os negócios da família, 
em abril de 2010.
 Por fim, todo o escândalo que foi envolvida a família Frazetta foi resolvido. Todos os filhos de Frank Frazetta, juntos, passaram a cuidar dos negócios e dos fantásticos trabalhos do pai. Promovem eventos e expõem as obras do mestre em diversas partes do mundo, onde forem requisitadas.   
O pequeno condado de Monroe ficou famoso depois do estranho caso de roubo que se envolveu Frazetta Jr.,  que virou manchete dos jornais e noticiários de rádios e TVs, que culminou com a prisão dele e de seus comparsas. Por sorte, essas verdadeiras obras de arte foram resgatadas e constituem um dos mais preciosos legados deixados pelo mestre dos mestres, que desencarnou no dia 10 de  maio de  2010, num hospital próximo da sua casa, na Flórida.




Sem dúvida, os incríveis trabalhos desse talentoso artista, influenciou muita gente no passado e do presente e é certo que sua obra imortal continuará influenciando muitos artistas que um dia virão a este mundo e que beberão dessa fonte, eternamente.



 OBS: Se você desconhece  a imensa obra de Frazetta adquira nas livrarias especializadas, físicas ou virtuais, a arte maravilhosa desse grande artista que foram publicadas em álbuns.


Por Tony Fernandes\Estúdios Pégasus\Divulgação –
Uma Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo - Brasil  - Copyright 2012- Tony Fernandes -
Todos os Direitos Reservados.

OBS: As ilustrações usadas nessa matéria têm o cunho meramente ilustrativo e
seus direitos pertencem ao artista, seus herdeiros ou seus representantes legais.


SAIBA COMO SURGIU O SURFISTA PRATEADO! Matéria Especial!


SURGE O... SURFISTA PRATEADO


LOCAL:
CENÁRIO: Uma pequena lanchonete próximo
 da Marvel Comics, uma das majors do mercado 
americano da chamada arte seqüencial 
(as histórias em quadrinhos).

Ali, Stan Lee e Jack Kirby costumavam se reunir para fazer um lanchinho e trocar ideias sobre a próxima edição de uma revista que estava dando certo: Fantastic Four (o Quarteto Fantástico, no Brasil). Esse grupo de heróis há havia combatido o Dr. Destino, Namor, o Toupeira e diversos outros supervilões. Stan e Jack estavam matutando, tentando criar um desafio maior àqueles heróis que já haviam enfrentado uma gama de superinimigos e que também havia cativado leitores fiéis. Mas, a questão era: na próxima edição, o que o Quarteto Fantástico iria enfrentar desta vez? Eles sabiam que esse novo inimigo deveria ser superpoderoso. Este novo vilão deveria ser algo diferente de tudo aquilo, até então, que haviam criado. Mas, o que poderia ser essa nova ameaça?
Sim. Ambos tinham em mente que o próximo oponente do famoso quarteto de heróis deveria ser algo diferente, algo inesperado pelos leitores da série. Sabiam que esse vilão deveria ser  mais do que um simples mortal... alguém capaz de alterar e reformular mundos, etc.
Mas, ele seria exatamente o quê?
Pensaram, pensaram e nada.
  


De repente, surgiu um lampejo. Stan Lee teve a idéia brilhante de conceber um superinimigo onipotente, uma entidade tão superior ao homo sapiens, que fez Jack Kirby delirar.  Esta criatura suprema deveria se chamar Galactus, um nome imponente e provisório, explanou o escritor.
“ Que tal, gostou da idéia?”
 Jack Kirby assentiu, com um largo sorriso nos lábios.
A idéia aos poucos foi amadurecendo e quando surgiu a concepção final de Galactus ambos começaram a trabalhar nela, intensamente. A primeira história desse novo vilão acabou sendo criada e desenvolvida para ser publicada em três edições consecutivas, que mais tarde ficaria conhecida pelos fiéis leitores da Marvel, como: “A Trilogia Galactus”.




Segundo Stan Lee, após eles terem definido a chamada “Trilogia Galactus”, Jack ficou durante semanas seguidas desenhando as primeiras vinte páginas. Quando ele entregou as pranchas da nova HQ do Quarteto Fantástico, que apresentava a primeira aparição de Galactus, para o escriba, Stan Lee, para que este pudesse  criar os textos sobre a arte pronta o escritor se surpreendeu ao ver um estranho personagem voando numa prancha por diversos fundos dos quadrinhos. Este inusitado personagem era careca, de pele prateada e percorria o céu numa prancha voadora.
- Quem é esse cara? – perguntou Stan Lee.
- Um cavalheiro de poder supremo, como Galactus – respondeu o criativo desenhista. - Certamente, um colosso divino, como Galactus,  que percorria sistemas solares precisaria dos serviços de um auxiliar, de um arauto. Alguém que lhe servisse tal qual um batedor – explicou Jack Kirby.


Jack Kirby

Stan adorou a idéia. Achou aquilo genial. Pouco tempo depois, ambos batizaram aquele novo e estranho personagem de “Surfista Prateado”, obviamente, devido ao seu visual.
Na medida em que Stan Lee redigia os diálogos e recordatórias daquela HQ o escriba percebeu que o tal surfista cósmico ostentava um grande potencial e que ele poderia ser bem mais do que um simples coadjuvante. Após analisar as ilustrações do mestre Kirby, observou que as imagens feitas pelo artista demonstravam uma certa nobreza de conduta e uma qualidade 
quase espiritual em suas poses.
Até então, Stan não tinha definido ainda o padrão de discurso deste novo personagem das HQs. Assim que decidiu estabelecer qual seria o padrão do seu discurso, que o tornasse diferente dos demais heróis do grupo Marvel, o talentoso e eclético escritor começou a imaginar de que forma um verdadeiro apóstolo das estrelas poderia se expressar. Parecia haver uma áurea biblicamente pura no tal Surfista Prateado. Algo altamente altruísta e inocente.
Assim, surgiu a idéia de imbuí-lo de um espírito puro, quase religioso e que suas palavras deveriam ser quase que proféticas. Mas, esta seria a fórmula correta para um novo personagem de HQs? Como os leitores iriam aceitar isso? 
E os donos da Marvel? Aprovariam esta nova concepção de herói? As dúvidas eram muitas.
Após pensar muito e trocar idéias com o desenhista, Stan decidiu optar por um linguajar mais nobre e clássico. Depois de concluírem a trilogia e esta ser aprovada pelos chefões da grana Marvel, por fim, meses depois, a primeira revista foi para os pontos de vendas. Seus criadores estavam ansiosos para saber qual 
seria a reação dos leitores.



Foi uma grata surpresa quando uma verdadeira chuva de cartas começaram a chegar na redação solicitando que fosse criada uma revista especial só para aquele novo personagem.
Stan e Kirby ficaram empolgados com a receptividade. Mas, ambos estavam assoberbados de trabalhos. Stan escrevia, simultaneamente, diversos títulos da casa e Jack estava sempre muito ocupado desenhando o Quarteto Fantástico, Os Vingadores, X-Men, Sargento Fury, etc.
Na verdade, eles eram conscientes de que nenhum deles tinha tempo suficiente para se dedicar a criação de uma nova revista. Os demais artistas e roteiristas do primeiro escalão também estavam lotados de trabalhos e preocupados com os curtos prazos impostos pelos donos daquela famosa casa editorial,
 naquela agitada década de 60.
Como conseqüência disso eles acabaram deixando o personagem por um bom tempo mofando na gaveta, literalmente. Porém, o Surfista Prateado continuava aparecendo como “personagem convidado” numa ou outra edição de super-herói.
Em agosto de 1968 a editora estava em franca expansão. Seus produtos atingiam vendas significativas e um clima de euforia tomou conta da redação. O trabalho começou a aliviar para o escrito-Mor daquela casa editorial, Stan Lee, quando a empresa decidiu contratar mais desenhistas e roteiristas 
para criar novos títulos.
Foi assim que surgiu o genial e jovem Roy Thomas, que por sua extrema competência em criar e desenvolver roteiros  acabou se tornando assistente editorial de Stan Lee.
Roy, corajosamente, assumiu aquele fardo imenso de títulos e começou a escrever brilhantemente vários roteiros simultaneamente para as diversas publicações daquela editora,
 com muita competência.
Só assim é que Stan Lee conseguiu arrumar tempo para se dedicar a escrever uma nova série para um possível novo gibi do Surfista Prateado. Mas, será que os donos da Marvel não tinham desistido da idéia? E o leitores, que tanto haviam pedido uma revista só com este personagem, ainda estariam dispostos a comprá-la? Será que ainda estavam na expectativa? 
Será que a nova revista iria emplacar?
Dúvidas cruéis pairavam pela mente do escritor. Mesmo assim, decidiu tocar o projeto para a frente, sem consultar ninguém.
Se por uma lado, Stan estava aliviado de trabalhos, por outro Jack Kirby continuava desenhando em ritmo acelerado. Onde o escriba iria encontrar alguém tão competente e prolífico como Jack para fazer a tal edição?


Stan Lee, o escriba

UM ENVIADO DOS DEUSES

Uma coisa era certa. Fazer a revista do Surfista Prateado estava virando uma novela, apesar de Stan já ter prontas boa parte das idéias dos textos. Certo dia,  ele recebeu um telefonema. Era John Buscema. Era o “Big John”, como os amigos o chamavam. Um dos mais jovens e capacitados artistas que já havia trabalhado para a Marvel Comics na década de 40, mas que um dia decidiu enveredar pelos caminhos da publicidade e abandonar os quadrinhos, que davam menos retorno financeiro.
Buscema, o  Da Vinci dos quadrinhos também ficou famoso por desenhar Conan
Stan Lee ficou surpreso ao ouvir do velho
 conhecido que ele estava com “febre de quadrinhos”. Rapidamente, o escritor disse ao Big John que 
as portas estavam abertas e que havia um 
lápis novinho em folha esperando por ele.
Era difícil acreditar que aquilo estava acontecendo, pensou Stan, que estava, literalmente, nas nuvens. O Big John estava querendo voltar a fazer HQs. Aquilo era um verdadeiro milagre. O criativo escriba sabia, também, que aquele era o homem certo para fazer a saga do Surfista Prateado. John Buscemna sempre tivera um belo traço e suas figuras eram espetaculares. Aquele seria um gibi maravilhoso, pensou Stan Lee.


John Buscema

Pouco tempo depois, John Buscema estava de volta à Marvel e começou a mostrar seu estilo marcante em diversas publicações da casa, como: Homem Aranha, Quarteto Fantástico, etc.  De fato, o homem parecia estar com “sede das HQs”, que há muito tempo havia abandonado.
“Estou farto da publicidade, Stan. Estou cheio de desenhar carros e desenhar garrafas de refrigerantes para anúncios “ – confessou, Big John. – “Descobri que o meu negócio é desenhar aventuras.
 Este é o meu mundo.”
Certo dia, o escritor se aproximou do amigo e perguntou:
“Gostaria de ilustrar uma nova revista chamada Surfista Prateado?”
John bocejou e respondeu: “Acho que sim.”
Aquela afirmação displicente empolgou Stan Lee que, de imediato, tratou de convencer os donos da Marvel a editarem esse novo gibi no formato magazine, mais encorpado, ao preço de 25 centavos de dólares, visto que as demais publicações da casa tinham apenas 32 páginas e custavam, na época, 12 cents.



Os donos da grana Marvel aceitaram feliz aquela nova idéia.
Meses depois,  Silver Surfer saiu com 64 páginas e se tornou um marco de uma nova era dos comics, um grande campeão de venda e até hoje esse carismático personagem, oriundo do planeta Zenn-La,  continua singrando com sua prancha pelo cosmo das HQs e vem conquistando novos fãs a cada dia.
Dr. Destino, Hulk, Quarteto Fantástico, Thor e o próprio Galactus, também participaram de suas edições. Se você nunca leu o Surfista Prateado saiba que está perdendo um dos melhores enredos já criados no radiante universo Marvel, amigo leitor.
No segundo filme cinematográfico do Quarteto Fantástico o Surfista Prateado fez sua primeira aparição na telona, para a alegria dos seus antigos fãs, graças aos avanços da computação gráfica.

A primeira editora brasileira a lançar as duas primeiras edições do Surfista Prateado, na década de 70, foi a GEP (Gráfica e Editora Penteado) de São Paulo, no formato 21 x 28 cms, em P&B, em forma de almanaque. Coube também a esta extinta e saudosa casa editorial a primazia de ter lançado no Brasil, em primeira mão, os X-Men, que contou, inclusive, com a colaboração de Gedeone Malagola e alguns desenhistas nacionais, que criaram algumas histórias para completar o gibizão que era encorpado.
Nas épicas HQs do Surfista Prateado desenhadas pelo “Da Vinci dos quadrinhos”, John Buscema, ele também contou com a colaboração de seu competente irmão, Sal Buscema, que fez algumas maravilhosas artes finais.
O Surfista Prateado é, sem dúvida, uma das grandes e geniais criações do mundo das HQs.
Grande mestre do traço, Kirby, mestre John, mestre 
Sal  Buscema e mestre\escriba Stan Lee, valeu!

 EXCELSIOR!  
    
Por Tony Fernandes

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

O GENIAL FRANK ROBBINS, AUTOR DE JOHNNY HAZARD! MATÉRIA ESPECIAL!


UM GÊNIO DOS QUADRINHOS E UM GRANDE
INVENTOR CHAMADO:
FRANK ROBBINS!

Frank Robbins (1917\1994), ele foi um dos mais criativos e inovadores mestre da arte seqüencial. Desde a tenra idade ele se mostrou genial. Aos 9 anos ganhou uma bolsa de estudo para ingressar na Boston Museum of Fine arts, de Nova Iorque. Aos 16 anos, começou a desenhar cenários para a famosa rede americana de rádio e TV chamada NBC, na Radio City de Nova Iorque. Quando completou 18 anos, Frank foi contemplado com o prêmio Thomas B. Clarke, instituído pela National Academy Annual Art Exibition.

Após trabalhar em agências de publicidade, Frank assumiu em 1939, as tiras diárias da série Scorchy Smith, criada por Noel Sickles e mais uma página extra dominical em 1940. Devido ao sucesso obtido, pouco tempo depois, o pessoal da King Features, solicitou a Robbins para que ele fizesse também o Agente Secreto X-9, criado por Alex Raymond, o mesmo autor de Flash Gordon e Jim das Selvas.

O talentoso artista discordou, pois desejava ter seu próprio personagem. Assim, pouco tempo depois, ele concebeu uma tira sobre um aviador aventureiro chamado Johnny Hazard. Após a aprovação da nova série, a primeira tira foi publicada no dia 5 de junho de 1944, um dia antes do famoso Dia D, quando os japoneses arrasaram os navios americanos em Pearl Harbor. Em 1977, quando Johnny Hazard deixou de ser publicado, o autor e sua família se mudaram para o México, onde ele se dedicou a pintura acadêmica e hamais voltou ao mundo dos quadrinhos.

Apesar dessa genialidade precoce, Frank Robbins só atingiu o auge da fama quando criou e desenvolveu – escreveu e desenhou -  uma série para tiras de jornais chamada Johnny Hazard – um clássico dos comics, em 1944-, que passou rapidamente a ser publicada em mais de 170 jornais pelo mundo afora. As aventuras vividas em mundos exóticos, cheias de ação e suspense e que apresentavam mulheres belas e fatais e vilões misteriosos durante anos saiu nos jornais e posteriormente foram montadas no formato revista em quadrinhos.  

Esse clássico personagem era é um piloto de aviões que, após fugir de um campo de concentração nazista regressa a América onde ele reencontra Snap, um simpático jornalista e a navegadora Gabby Gillepsie. Durante a guerra da Coréia, Johnny volta a ativa. Ou seja, ele volta ao serviço da Força Aérea e passa a viver sensacionais aventuras de crime e espionagem. Em suas HQs Johnny enfrentou: espiões,  belas mulheres, contrabandistas, ameaças de extraterrestres e todos os outros tipos de aventuras dignas de  um grande aventureiro. Ao contrário de muitos personagens de ficcão do mundo das HQs, Johnny Hazard envelheceu, não tão rapidamente como uma pessoa do mundo real, porém, após um terço de século ou mais, ele começou a ter os cabelos grisalhos nas temporas, afato inédito até então para personagens de séries de quaadrinhos.
Imagem: Catálogo promocionalados aos jornais.
A tira de Johnny Hazard foi criada por Frank Robbins a pedido da poderosa King Features. Esse personagem foi muito popular e conseguiu se manter firme nos jornais durante décadas. A série durou mais do que a maioria das tiras de aventura criadas no período pós-guerra. A série só foi interrompida quando os editores dos periódicos decidiram não mais publicar o material de aventuras, de continuação, e optaram pelas tiras cômicas. Isto virou tendência mundial, na década de 70. Assim, a última tira de  Johnny Hazard foi publicada, pela última vez em 27 de agosto de 1977.
 Devido ao seu belo trabalho nesta incrível série do Comics, onde ele dava um show de luz e sombra, enquadramento, composição, angulação – com um traço estiloso feito a pincel -,  e excelente trabalho anatômico, a fama desse fantástico artista se espalhou mundo afora e pouco tempo depois sua arte requintada passou a ser exposta nos mais  diversos museus de arte da América,como: Metropolitan Museu of Art (Nova Iorque), National Academy Annual, Whitney Art Museum (Nova Iorque), Corcoran Gallery of Art Annual (Washington), Toledo Art Museum, etc.
O talentoso artista também foi um dos mais solicitados ilustradores que atuou no Mercado Americano. Colaborou com diversas publicações famosas, como: a revista Life, Look, Saturday Evening Post, agências de publicidade e muitas outras casas editoriais.

Poucos sabem que, além do seu talento nato para a arte sequencial Frank também foi um grande inventor, que revolucionou a indústria americana.
Numa época em que os microfones só captavam a voz humana de forma distorcida pelo sistema mono, Frank Robbins se mostrou mais uma vez genial: criou, desenvolveu e patenteou um sistema que apresentava um novo dispositivo para os microfones. Um sistema revolucionário que, pela primeira vez, foi capaz de reproduzir em grande escala uma voz amplificada com alta fidelidade e que passou a ser conhecida pela abreviação em inglês: Hi-Fi (High Fidelity).
Este invento fantástico revolucionou a indústria do disco e dos aparelhos eletrodomésticos.
Graças a esta sua invenção surgiu o que chamamos hoje de “som estereofônico”, cujos aparelhos passaram a ser produzidos em larga escala pelas mais importantes marcas de eletrodomésticos do mundo e que passaram a ser consumidos por pessoas de diversas nações.

As tiras de Johnny Hazard, passaram a ser publicadas no formato álbum a partir de agosto de 1948 até maio de 1949. Essas tiras diárias de Johnny Hazzard também foram reimpressas em cores aos domingos e foram lançadas pela Pacific Comics Club. Outras reedições também foram publicadas pela Pioneer Comics e pela Dragon Lady Press.
O genial Frank Robbins desencarnou em 1994. Foi para a morada onde repousam os grandes mestres do traço do Universo e nos deixou um legado que elevou as HQs para um patamar mais elevado, artístico, mais digno, visto que estas antes da arte exuberante de Alex Raymond, Burne Hogarth, Harold Foster e Frank Robbins eram consideradas sub-cultura pelos pseudos intelectuais da época.

Por Tony Fernandes\Estúdios Pégasus –

Uma Divisão de arte e criação da
 Pégasus Publicações Ltda –

São Paulo – Brasil

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