
Local apropriado para a troca de informações entre os saudosistas e apreciadores das boas coisas dos anos 60 e 70, como: filmes, músicas (de todos os gêneros), gibis de bang-bang, antigos seriados de TV, dados sobre o velho Oeste, entrevista com os bambas das HQs nacionais e internacionais, matérias, reportagens! Fique por dentro das novidades do mundo editorial!
domingo, 28 de setembro de 2014
GIBICON 2 - Paraná - Cobertura Completa by Daniel Sacks
Este
ano foi realizada a Gibicon, no Sul do país, e o evento foi
um tremendo sucesso, apesar do pouco destaque que teve nas mídias.
Durante uma semana, editores, autores e o público em geral,
um tremendo sucesso, apesar do pouco destaque que teve nas mídias.
Durante uma semana, editores, autores e o público em geral,
que aprecia Histórias em Quadrinhos pôde
acompanhar a
fantástica exposição e conhecer de perto seus ídolos e assistir
aos debates e as palestras in loco. Para fazer a cobertura total desta grande
efeméride das HQs nacionais, nosso fiel bengala brother e escudeiro,
Mister Daniel Saks acompanhou o dia a dia desta festa
Mister Daniel Saks acompanhou o dia a dia desta festa
que reuniu umas centenas de
pessoas.
A seguir, curta a genial cobertura feita por Daniel Saks –
grande
colecionador fã e admirador da arte seqüencial.
Esta peregrinação do Daniel passou
a ser denominada por nós
aqui da redação e por ele como...
DIÁRIO DE UM FÃ!
![]() |
A efeméride aconteceu num edifício arrojado, nas edições anteriores |
PRIMEIRO DIA NA
GIBICON
04/07 de 2014
Alô, galera do site
que já faz parte do ranking americano
das melhores audiências do planeta, Bengalas Boys
Club, aqui é Daniel Saks direto da Gibicon 2, no Paraná!
das melhores audiências do planeta, Bengalas Boys
Club, aqui é Daniel Saks direto da Gibicon 2, no Paraná!
Hoje é o dia 4 de
setembro de 2014. Logo no primeiro
dia minhas expectativas quanto a este ano já
foram superadas.
Há um formato novo do
evento centralizando num único local.
Neste ano o evento está no MUMA (Museu
Municipal de Curitiba), uma
obra arrojada e “estilosa”. O museu fica afastado
do centro da cidade
e mesmo assim quase faltou espaço.
Quase houve problema de espaço porque a participação
de expositores e visitantes está bem maior do que
Quase houve problema de espaço porque a participação
de expositores e visitantes está bem maior do que
esperavam os organizadores, é mole?
Hoje é uma quinta-feira nebulosa com chuvisco o dia inteiro.
Estamos há poucos dias de um feriado nacional,
Hoje é uma quinta-feira nebulosa com chuvisco o dia inteiro.
Estamos há poucos dias de um feriado nacional,
que está
por vir: Dia 7 de Setembro, dia em que se comemora o grito de Independência do
Brasil, do jugo português. Além do feriado em
comemoração do dia máximo de
nossa Pátria – Dia da Independência
do Brasil, queridos bengalas brothers,
friends, sisters and girls,
que acontecerá no Domingo, em Curitiba e em todo
país, também
haverá outro feriado por aqui. Os curitibanos comemoram
o Dia da Padroeira,
que ocorre a cada ano
no dia 8 de Setembro.
Por lógica, webleitores, o cidadão residente
nessas
bandas poderia fugir para a praia devido a esses feriados,
mas o mal
tempo fez muita gente ficar na cidade.
![]() |
Conheça a bela idade de Curitiba, no Paraná, sul do país. |
PAPO DE FÃ DE
QUADRINHOS
Voltando às minhas
expectativas sobre o evento, como
fã de HQs, a lista de convidados me deixou
eufórico.
Mas, confesso que acabei me decepcionando no começo,
ao perceber que
há por aqui muitos talentos
regionais e de fora do Paraná.
A maioria dos
artistas participantes que vi até agora são
de estados próximos. Tony, agora eu
estou caminhando
em meio à multidão... a festa parece
estar bem organizada...
estar bem organizada...
estou vendo jovens talentos que vieram
de outros estados como o baiano Flávio
Luis. Isso é bom,
uma festa apenas com elementos talentosos regionais não
é o
que deseja um fã e colecionador!
Assim a coisa fica monótona e soa como
bairrismo...
Tony, o número de expositores está bem maior.
Dentro e fora do prédio há a presença de muitos
independentes (se é que ainda podemos chamar
desta forma esses malucos – no bom
sentido - ,
que não deixam os quadrinhos brasileiros morrerem.
Os produtos editoriais lançados por essa gente
se tornaram sofisticados, bem profissionais.
Com raras exceções, hoje, o
independente, não
consegue mais publicar revistas abaixo do preço
de R$15,00. Como
os editores indies (independentes)
são muitos, tentando vender o “peixe” deles,
os
corredores ficaram estreitos, lotados.
Há muita gente boa vendendo seu
material.
Estou vendo o povo em ação neste exato momento...
são fãs de HQs. Eles
estão folheando o material,
comprando e conhecendo alguns autores pessoalmente.
COMIX E ITIBAN
Estão presentes, por
aqui, duas grandes lojas
tradicionais de gibis e álbuns nacionais e importados,
a tradicional curitibana Itiban, e a gigantesca paulistana
Comix. Há também
outras lojas de memorabilia oferecendo:
camisetas, brinquedos, material de tecnologia,
livros sobre HQs, games. Uma doidera.
Todos também estão por aqui.
Os stands da Itiban e
da editora Estronho tinham
na programação uma série de lançamentos com
respectivas sessões de autógrafos.
É bom frisar que, à
tarde do primeiro
dia foi excelente e eu,como todo aficcionado
por gibis, acabei
fazendo algumas “comprinhas”.
Depois tomei uma decisão
e agora estou seguindo na direção do excelente
André
Caliman , autor do polêmico álbum chamado Revolta.
Quem ainda não leu não sabe
o que está perdendo.
Vale a pena. Estou indo pedir um autógrafo para ele.
Incrível, assim que ele me viu o cara lembrou meu nome!
Em seguida encontrei
o
produtivo e indispensável caricaturista que zoa
com as caras dos famosos dos
quadrinhos, o
impagável Bira Dantas. Dele tenho apenas um
exemplar que não está
autografado.
Ele, como sempre, esbanja simpatia...
Agora tentou me apresentar o mestre Eduardo
Vetillo.
Mas, apenas tentou, pois eu já estava cheio de gibis do mestre
Vetillo
para ele autografar.
![]() |
Cartaz promocional |
O Bira me deu dois
exemplares, de presente.
Um do Birazine e outro da Magic Paulinha.
Adorei-os e
de imediato pedi pro cara autografá-los.
SURPRESAS AGRADÁVEIS
Entre as stands encontrei
a turma do Petisco.
E finalmente pude conhecer o único deles que
nunca tinha
vindo para Curitiba,
o talentoso Mário Cau. Agora, gente,
me dirijo para essa
turma.
Entreguei ao Cau uma pilha de exemplares para autografar,
contei que era
fã do traço dele. Ele mostrou ser um
cara bacana como o resto da turma. Um
detalhe sobre
a turma do Petisco, pelo que notei, cartunistas não
podem
reclamar que ganham mal, pois exceto o Daniel Esteves,
que não tem mais como engordar,
todos os demais
o fizeram (Rssss...). O Will e o Cadu Simões deram
uma bela “crescida
de tamanho para os lados” (Rsss...).
É sinal que o “pasto” está bom, Tony.
Devem estar
faturando alto. Não resisti e agora estou comprando
alguns
exemplares deles que eu não tinha na
minha coleção. Desse jeito vou à falência,
me ouviu bem, Tony? Brincadeirinha, grande guru...
A TURMA DE SÃO PAULO
Dei sorte,
webleitores, do lado da galera do Petisco
está uma turma de São Paulo, me
aproximei e
também não consegui me conter diante da gama de
produtos editoriais
que eles estavam vendendo e acabei
adquirindo tudo o que eles estavam expondo e
que o meu dinheiro
podia comprar. Sofro de impulso consumista quando
vejo
gibis, é mole? Talvez, Freud possa explicar. Sei lá...
Pela primeira vez estou
conhecendo o Lucas Lima e
começamos a papear. Contei para ele
que gosto dos
quadrinhos dele. O Ruis estava junto. Contei para
eles o tamanho da minha
coleção de revistas em quadrinhos.
O cara se empolgou e agora está pedindo para
um amigo
dele tirar uma foto minha junto com ele... não é legal?
Fazer
coberturas jornalísticas, as vezes, têm
suas vantagens (Rsss...). Deixa a gente
popular.
Talvez um dia ainda pense em me candidatar
a Presidente da República
ou ao Ministério da
Cultura (Rsss...). Ainda estou no mesmo stand
chamado TudonaKombi.
O nome não é um barato?
Trata-se de uma
alusão a velha perua que saiu
de linha, da wolkswagem, que foi tão popular no
Brasil no século passado. Os bengalas legítimos,
são jurássicos, sabem do que
estou falando...
Girei nos calcanhares
e encontrei o Gilmar, um
cara que conheci na última edição deste evento.
E não é que ele se lembrou de mim, também?
Cacilda,
estou ficando muito popular, mesmo. Ao lado dele
está o Orlandeli. Os preços das
revistas desta turma
estão bons, principalmente os exemplares que
colocaram à
venda, com
descontos especiais, em oferta.
Ainda nessa stand flagrei
de passagem
o Ricardo Manhães,
que após ser barrado por mim autografou
o meu
“Turma da Tribo”.
O lançamento oficial desta
edição
em Curitiba será no dia 05/09,
mas eu já havia comprado a mesma edição
em
Porto Alegre dias atrás. Como podem
ver, não durmo no ponto.
AUTORES INDEPENDENTES
Oi, leitores
bengalas, alô, Tony Fernandes!
Agora, estou do lado de fora do pavilhão!
Aqui há uma serie de
Agora, estou do lado de fora do pavilhão!
Aqui há uma serie de
mesas de autores independentes apresentando e
ofertando seus produtos editoriais impressos.
O Daniel Esteves acabou de me contar que há artistas
ofertando seus produtos editoriais impressos.
O Daniel Esteves acabou de me contar que há artistas
vindos da “Capital do Mundo”, Ponta Grossa.
Capital do mundo?
Capital do mundo?
Que ironia... Não
hesitei. E neste exato instante
estou correndo na direção em que supostamente eles estão.
estou correndo na direção em que supostamente eles estão.
Pensei ser impossível haver cartunistas em Ponta Grossa
que eu não
conheça o trabalho.
Mal cheguei e conheci
o simpático e jovem casal
de quadrinhistas Phellip William e Melissa
Garabeli, e fui logo comprando seus trabalhos.
Garabeli, e fui logo comprando seus trabalhos.
Para mim, encontrá-los nesse evento foi
uma grande e grata surpresa.
uma grande e grata surpresa.
Após cumprimentá-los, conversar um pouco e
pagar o
montante da compra de HQs
que fiz na stand deles.
que fiz na stand deles.
De repente, “caiu a ficha”: Putz, aquele
belo casal, eles fizeram voar
belo casal, eles fizeram voar
mais uns trocados
do meu pobre bolso, Tony.
Daniel Sacks (de camiseta branca) entre os editores independentes |
Neste mesmo instante,
um jovenzinho veio conversar com o
jovem casal, no crachá li o nome: Gustavo
Borges.
Não era o nadador, nem o famoso desenhista
da Abril que fazia Disney. mas
o gaúcho, de
nome homônimo e criador de “A Entediante Vida
de Morte Crens”,
trabalho que eu havia comprado
em Porto Alegre há alguns meses
atrás. Quem não
conhece deve adquirir.
Vale a pena. Não marco bobeira, pessoal,
abri minha
mochila – tão rapidamente quanto
Billy The kid - e saquei dela alguns
exemplares
que também dei para o rapaz autografar .
Esses autógrafos valorizam
o meu acervo, sabiam?
o meu acervo, sabiam?
De repente, acabei trombando
com um cara alto,
que mais parece um jogador de basquete.
O sujeito é alto a
beça e ele mesmo assume,
ironicamente, que ele é um dos “maiores cartunistas”
do Brasil. Pra quem não sabe, o Pedrão é autor
e editor dos “Quadrinhos Ácidos”.
Como num
passe de mágica, de súbito, o cara surgiu bem
na minha frente. Por
incrível que pareça
o Pedro Leite veio visitar a
mesma stand onde eu me
encontro.
Na sequência, vocês
não vão acreditar,
no que vou descrever...
no que vou descrever...
comecei a caminhar e encontrei quem?
O Antônio Éder,
O Antônio Éder,
que assinou obras
que eu já possuía e mais
algumas que comprei na stand
chamada Quadrinhópole,
nome homônimo
de um álbum de autoria
dele e do Leonardo Melo (roteirista com
quem cometi uma gafe,
mas ele e a namorada me desculparam).
Com o jovem Gustavo Machado, Ryot e Samanta |
Com o grande veterano das HQs Gustavo Machado |
Com os artistas de Ponta Grossa - Velociraptor |
e acabou de autografar a edição especial de
Monstros dos
Fanzines 3, e mais alguns outros títulos.
O Laudo além de ser outro artista bem
produtivo é profissional
até nos autógrafos, que dá com extrema rapidez,
leva
cerca de 15 minutos cada.
Muitos outros artistas
já autografaram exemplares meus, como
o mestre Jal, Liber Paz, Victor Cafaggi,
mais
um pontagrossense Benett, Flávio Luis, e outros.
Porém o autógrafo
mais interessante foi com o
Rafael Coutinho.
O cara me pareceu extasiado, pelo evento, provavelmente.
Acabei de entregar quatro edições para ele
autografar
para mim. Nas três primeiras ele agradeceu
ao Daniel, na última ele fez uma
dedicatória para
um tal de André! André? Quem é esse cara?
Rsss... mas tudo
bem, não vamos constranger
o jovem mancebo.
Deve ter me confundido com o tal de
André.
Fazer o que, né?
UM REPRESENTANTE
DA EDITORA ABRIL
DA EDITORA ABRIL
ESTEVE PRESENTE
Depois de ter tomado
um cafezinho reforçado e
“bater canela” feito louco, agora estou propenso
a assistir
quatro apresentações, Tony. Assim,
apressadamente, ainda carregando uma baita
mochila nas costas cheia de gibis, “parti pra briga”.
Afinal, estou aqui a
trabalho, ou pra me divertir?
A primeira apresentação
que agora estou
presenciando é a do editor Paulo Maffia, que
apresenta e expõe
os planos da editora Abril para
comemorar os 80 anos da revista O Pato Donald.
Esta apresentação
está sendo híper profissional e
com novidades interessantes para nós, amantes
do rico universo Disney, bengalas brothers.
É pena, uma lástima, que não abriu
espaço para perguntas.
Li a entrevista que você fez com o Maffia,
Tony. O cara
é linha de frente
e está, pelo visto, obtendo bons resultados de
vendas de
produtos que estavam, antes dele assumir
o cargo, em queda vertiginosa. Hoje
até estão
voltando a produzir Disney no Brasil. Isto é bom sinal...
Também
estavam no mesmo ambiente a dupla
Edenilson e Rivaldo, da famosa loja virtual
paulistana
chamada Planeta Gibi.
Esses caras estão em todas...
Sem mais delongas,
estou voando, na acepção
da palavra,
para a segunda apresentação com
o mestre Laudo e um curitibano chamado José Aguiar.
Fiquei sabendo agora que ambos participaram
de festivais europeus de quadrinhos deste ano.
Esta apresentação ficou
desfalcada porque
o André Diniz, por estar doente, acabou
o André Diniz, por estar doente, acabou
não comparecendo ao
evento.
Terminada a última, caminhei
em direção a outra
palestra, do Rafael Coutinho. Ele falou sobre a
empreitada editorial que ele
está fazendo, desde a
Cachalote. A coisa
está sendo mais um bate papo,
não está sendo exatamente uma palestra
estruturada,
bengalas brothers. Mas a sala está lotada,
principalmente por
alunos de cursos de comunicação,
design e ilustração para games. Uma doidera,
bengala Tony.
Estais perdendo uma grande efeméride, meu caro...
Em seguida me mandei,
a milhão, para assistir
a próxima palestra. Agora, estou no local, chefia.
Aqui, vocês já sabem, é Daniel Saks, o seu repórter e fã
de HQs, fazendo
cobertura aqui na Gibicon 2,
chamada Diário de Um Fã! Por sorte cheguei bem
a
tempo (Ufa!). Esta palestra que estou assistindo é ótima
. Ela é bem objetiva e
estruturada. André Caliman
fala sobre quadrinhos politizados. O cara tem uma
tremenda consciência política e social. Agora
ele
está falando sobre V de Vingança, O Eternauta –
um quadrinho clássico
argentino - e do seu último
trabalho cujo título é Revolta! Um papo
Ah, ia me esquecendo
– como sou um repórter
relapso -, houve
uma festa de abertura com
música, coquetel, entrega do Prêmio Cláudio
Seto dos
Quadrinhos e uma homenagem ao
cartunista radicado em Curitiba, chamado Solda
.
Inicialmente a coisa foi restrita aos autores, fechada
ao público, depois na
hora “H” da festa, liberaram
o espaço para todos. Infelizmente não consegui
participar,
Tony. Falha minha... (Rsss...).
Ninguém é perfeito, sabia?
ASTROS INTERNACIONAIS
DOS COMICS
As estrelas
internacionais do mundo das HQs,
David Lloyd e Salvador Sanz , tiveram seus voos
atrasados e por esta razão não chegaram a
tempo para o evento de abertura. Bengalas
“brotherzões” e “brotherzonas”, devo
confessar
que neste primeiro dia eu trouxe uns 3kg de materia
l para ser
autografado, dentro da minha mochila.
Fiquei exausto, Estou “só o pó da
rabióla”,
como se diz por aí.
FINAL DO DIA...
***
SEGUNDO DIA DA GIBICON (05/09/2014)
Aqui é Daniel Saks,
diretamente, mais uma vez,
da Gibicon 2, em Curitiba. Espero que vocês,
meus
amigos não estejam com o Saks
cheio de mim (Rsss...), diretamente da GIBICON,
em Curitiba, fazendo a
cobertura total para toda a
galera que curte e prestigia o blog oficial dos
“Bengalones”,
base virtual da mais odiada confraria
que já existiu no Universo. Pessoal, a GIBICON
2
continua sensacional! Muita gente maravilhosa
circulando por aqui, uma
verdadeira muvuca organizada.
Hoje me concentrei mais nos editores
independentes.
Comprei bastante coisa, que com raras exceções
são muito caras.
Por isso, na minha opinião, muito
material deixou de ser comprado devido aos
“
preços salgados”. Conheci mais dois
quadrinhistas pontagrossenses,
Theodore e o
Fabiano - indicado pelo Fábio.
Ainda focado nos
independentes acabei
deixando de ir em alguns debates e palestras
que ocorreram
pela manhã. Fiquei zanzando e isso
piorou a dor nas minhas costas, dá pra
acreditar?
FRANCO DE ROSA
Amigos, o grande
Franco de Rosa - um dos caras
mais amados e odiados pelo pessoal do metiê,
afinal é
impossível agradar Deus e o Demônio. Rsss... -, é, o
danado não
apareceu. Foi uma pena porque eu gostaria
de conversar com ele sobre o trabalho
do E. C. Nickel;
mas também tive uma grande surpresa, o genial
Gustavo Machado
apareceu no evento, simplesmente
o primeiro desenhista carioca do Zé Carioca.
Mesmo não querendo
passar nas grandes lojas,
comprei um Níquel Náusea e seis números da nova
Calafrio na Comix, mais uma paulada e pesada
(preços aviltantes). Meu novo
amigo Eduardo Vetillo
me encontrou no pavilhão, levei mais alguns
exemplares desenhados
por ele (Chaves,
Trapalhões e Urtigão) para assinar. Ele, agora,
está me vendendo umas
quadrinizações de
eventos históricos feitos por ele.
Na sequência pegou um
lápis e começou
a fazer o meu retrato, é mole?
E, olha, ficou parecido comigo,
mesmo.
O cara desenha pra cace... digo, muito.
E em seguida está me dando duas
reproduções
de originais dele: uma de Chet, e uma do Spectreman.
Por sorte,
peguei uma página onde está presente
um dos meus personagens favoritos, o Dr. Gori.
De repente, apareceu uma professora que, também,
que se apaixonou pelo trabalho
do Vetillo,
um veterano mestre das HQs.
Ela, após um bate papo, prometeu que
fará um grupo de
estudos sobre HQs na Universidade em que leciona.
Detalhe importante,
galera: Há uma presença
massiva de gaúchos e cariocas no evento,
o Luis da
Korja Comics (do Rio de Janeiro) está na
área vendendo material do selo dele a
um preço camarada.
Tanto que acabei comprando tudo.
É impressionante a
quantidade de jovens aqui
presentes e que também produziram seus gibis.
Conversei
com a turma do Beleléu, o mais velho
deles deve ter uns 25 anos. As edições desses
jovens autores eram caras, mas acabei comprando
algumas revistas para
prestigiá-los. Destaque
para a bela edição do Surfista Calhorda.
Olha quem eu
encontrei por aqui! A Cynthia,
do Rio de Janeiro, vendendo a Golden Shower # 1,
do Rio de Janeiro, vendendo a Golden Shower # 1,
que eu não tinha.
Eu disse para ela que me surpreendi com a poesia
colocada no
início da Golden Shower # 2, edição
que eu já li há um tempo atrás. Porque nela
há uma rima
de Candiru, rima algo como nem num órgão, nem no outro
(usem a
imaginação!..). A Cynthia começou a sorrir
e me disse que ela, na verdade era
uma poetisa.
Começou a reclamar do frio, mas também exibia
um belo decote.
Minha nossa... confesso que babei...
mas sou fiel a minha querida esposa. E,
além do
mais, trabalho é coisa séria. Um beijão, querida!
Bengalon Tony, agora
estou indo em direção aos
gaúchos. Ninguém está usando bombacha ou tomando
chimarrão, entre os tchês. Não é estranho? Rssss...
Acabei de conhecer a Samanta Flôor, que mais
parece uma debutante. Junto a ela estava também
a Cris Peter – que eu nem sabia
que era mulher, é fácil?
A Cris agora está exibindo seu trabalho e algumas
revistas do X-Men e Vertigo coloridas por ela.
A engraçadíssima Marília Bruno
também está aqui.
Pessoal, são três gatas, impressionante
a coincidência, né?
Essas três garotas
tão novinhas, aqui juntas, elas
são um colírio para os olhos. Não sou um
sujeito sortudo,
mesmo? E olha, elas são boas profissionais e bonitonas.
![]() |
A troca de informação entre autores foi muito importante |

MESTRE DAVID LLOYD
Para variar, agora
estou comprando mais alguns
exemplares dos paranaenses da UCM Comics.
Convém lembrar que o destaque do dia de hoje foi
sem dúvida o mestre David Lloyd, que já virou figura
constante dos eventos de
HQs realizados neste país.
O cara é uma simpatia e é muito afável. Parece que
adorou
o Brasil. Gente, aguenta aí! Voltarei
a falar dele, já, já!
![]() |
O poderoso oriental que deixou todos boquiabertos
|
MESTRE KIM JUNG LI
David Lloyd é sempre uma atração especial,
bengalas
brothers, mas quem chamou muito a atenção
durante todo o evento foi o
coreano Kim Jung Gi,
um sujeito estranho que ninguém, até então,
conhecia aqui
no Brasil, pois seus trabalhos jamais
foram lançados por aqui. Eu não entendo
nada
de desenho, gente, mas segundo os ilustrados
no assunto, o que esse cara
faz não é humano.
O homem desenha naturalmente perspectiva e
projeta um cenário
completo sem os traços iniciais,
sem esboçar previamente.
Cacilda! Eu tinha
ouvido falar que o Aragonés –
da Mad e tantas outras – também trabalhava assim,
mas a turma aqui presente me disse que ninguém
faz igual ao tal coreano, Tony!
É moleza?
O cara, pelo jeito, é um fenômeno.
Quando nosso
amigo do Oriente começou a desenhar
num painel uma cena cyber-curitibana todos
os
que estão presentes por aqui pararam para assistí-lo!
Coisa incrível! Nem em
circo eu tinha visto algo igual.
O cara é fenomenal, bengalas brothers, sisters
and girls.
![]() |
Alguns representantes da cidade de São paulo |
DEBATES E PALESTRAS
BIRA E JAL DETONANDO
Galera, agora estou
num verdadeiro beco sem saída!
Ou vou ao fórum de eventos de quadrinhos, ou
sigo
na direção onde acontecerá, em minutos, um debate
sobre a série O Planeta
dos Macacos - , cujo
argumento principal será sobre o licenciamento.
E, devo
revelar que sou fã dessa série. Devo admitir
que estou sendo obrigado a agir
por instinto.
Qual das duas será a melhor? – pensei, com meus
botões e com os
pés latejando de tanto caminhar.
Acabei optando pelo fórum de eventos de
quadrinhos
com: Paulo Ramos, Fabrízio Andriani (Gibicon),
Bira Dantas, Afonso
Andrade (FIQ), Jal, Emerson
Vasconcelos (Multiverso Comicon) e Jorge
na platéia a
professora Sonia Luyten,
uma expert em
mangás.
Algumas centenas de
passos depois, e estou entrando
no local. Dá um tempinho aí, minha gente.
Preciso arrumar espaço para sentar e curtir o debate!
*****************
*****************
![]() |
A famosa e charmosa Gibiteca de Curitiba |
Neste exato segundo, estou tendo o privilégio
de ouvir
e conhecer toda a bagagem profissional que o Jal possui.
Ele e o Bira estão dando um show de argumentos...
estão dissertando sobre o metiê. Deixaram os presentes
e os demais
participantes boquiabertos. Minha nossa,
os caras sabem muito sobre o ramo
editorial
e os problemas da classe.
A palestra que deixei
de ir, para assistí-los, era de uma
franquia que adoro, como já disse: Planeta
dos Macacos.
Mas tudo bem. É impossível estar em todo lugar num
único dia. Não
sou Deus, não sou onipresente,
infelizmente. Rsss... Muita gente circulando no
pedaço,
Tony. O ambiente está altamente agitado.
Uma maravilha!
FILA DE MALUCO
Agora, eu estou numa
fila doida! Onde, às 17h00,
prometeram que irão começar a entregar as senhas
para a sessão de autógrafos do David Lloyd, que
está programada para às 20h00.
Segundo a programação,
serão entregues apenas 30 senhas. Como a fila
cresceu a
beça começaram a entregar as senhas antes -
são 16h00. Por sorte peguei
justamente a número 30!
Quase “dancei!” Sorte de repórter principiante?
Quem
pode saber? Acho que os deuses das
HQs estão do meu lado, hoje.
Agora eu estou apto a
assistir a palestra sobre a carreira
do inglês, porém naquele mesmo momento estava
para
rolar um debate com Sidney Gusman, Jal, Cassius
Medauar, Daniel Esteves e
o curitibano Guilherme
Caldas, quer dissertariam sobre Futebol e HQs.
Após
cruzar o ambiente, agora estou perto da sala
onde está David Lloyd, de repente decidi
trocar de
sala. Após deduzir que a palestra sobre futebol e
HQs, com certeza, seria
bem mais animada.
De fato, estava e o bacana
é que a platéia podia participar
ativamente
fazendo questões e debatendo.
Tony e bengalas
brothers, saibam porque
fiz esta opção e, please,
não me julguem mal. A
carreira do David Lloyd não
é novidade para ninguém. Quem quiser conhecê-la
é
só buscar no Google, na Internet. Por isso resolvi
não assisti-la. E, também porque
acho que ninguém
teria coragem de perguntar para ele a seguinte questão:
“Lloyd, como foi
trabalhar com o genial e pirado
(no bom sentido) Alan Moore?”. Depois que ambas
as
apresentações acabaram fui perguntar, por
curiosidade, para um cidadão que
participou da sala
do inglês, se alguém tinha feito a tal pergunta.
Ele me
disse que ninguém fez a pergunta sobre o
Moore, apesar de todo mundo desejar
saber.
Eu sabia... sabia, todos iam se acanhar, Tony! Ninguém
teve coragem.
Rssss... Mas se eu estivesse
por lá, não ia deixar de
questioná-lo sobre esta
polêmica parceria, eu juro!
Uma coisa curiosa que
devo ressaltar no debate
de futebol e HQs, começou desprestigiado, com pouca
gente para assisti-lo. Mas os participantes
souberam levar a coisa, fizeram
piadas sobre isso,
e com o decorrer do tempo o pessoal foi
chegando, chegando.
A sala lotou. Houve até piadas sobre os times de futebol
e no final o Jal disse
que os profissionais de HQs
deveriam começar a discutir e explorar em suas
obras
um assuntos polêmicos: entre eles
o racismo,
em virtude dos últimos acontecimentos que
ocorreram com a torcida do
Grêmio Portoalegrense (time de futebol de Porto Alegre).
Parece que discriminar
jogadores de cor virou
moda, inclusive no Brasil, país de múltiplas
missigenações. Há quem diga que racismo por
aqui não existe, mas ele sempre
existiu velado, o que é pior.
Outra coisa,
bengalas: Curiosamente, esta foi a primeira
vez que assisti uma palestra onde o
Sidney Gusman
não falou sobre a verdadeira escola que foi, para a
sua carreira,
o estágio que fez na Bonelli Comics.
Ou como o falecido Sérgio Bonelli foi um
paizão
de verdade para ele. Milagre, né? Todo mundo
já estava cansado, de saco cheio,
de ouvir as mesmas
histórias do SIdão. Só eu devo ter ouvido elas, no
mínimo,
umas cinco vezes. Haja saco. Durante este
debate o Daniel Esteves falou um
negócio interessante,
ele disse que preferia que a classe artística estivesse
discutindo a questão do racismo que andou
ocorrendo nas partidas de futebol, apesar
da
hipocrisia que existe no Brasil.
Piadas e chacotas racistas sempre foram
contadas, inclusive,
na TV, em revistas e em público.
![]() |
Artistas em ação |
AUTÓGRAFOS
Hello, crazy people and lovers comics! Olha eu aqui, outra vez!
Agora eu estou na sala de autógrafos
pentelhando
a turma. A coisa por aqui começou às 20h00.
Cheguei às 22h00 e a
filha... digo, e a fila ainda está
pela metade. O britânico já está “mamando” a
segunda garrafa de vinho. Minhas costas estão
arrebentadas, gente, por mais um
dia eu ter ficado
carregando esta mochila cheia de quadrinhos...
ai, ui, ui...
não é fácil! Estou parecendo burro de
carga.
O bacana é que consegui uma porrada de autógrafos
dos caras que eu
admiro, Tony. O tempo voou.
Quando dei por mim, o pessoal da prefeitura já
estava
fechando o museu, e redistribuíam as senhas
para as 10h00 do Sábado 06/09. Em
pânico comecei
a tentar correr na direção do pessoal da prefeitura,
na
esperança de pegar senhas para o dia seguinte. Enquanto eu
capengava, um grupo
de jovens olhou para mim sem entender nada.
Foi aí que comecei a gritar: “Please!
Help me! Hei, vocês aí!?
Me ajudem a carregar este peso danado! Preciso
pegar
minha senha!” Todos me olharam,
achando que estou maluco, que surtei!
UM PEQUENO DESLISE
Foi uma pena, Tony e
bengalas brothers, mas acabei
deixando de ir assistir no teatro chamado
Cena
HQ, que estava apresentando
uma peça sobre a HQ chamada
Revolta, de André
Caliman.
Perdoem-me, mas se eu tivesse ido assisti-la eu
não teria conseguido
pegar a senha
para a manhã do dia seguinte.
À noite, a consciência pesou. Fui
dormir frustrado
Ao chegar em casa,
depois de um belo banho, e
um lauto jantar, juro que caí na cama e desmaiei...
ainda bem
que minha mulher é compreensiva e
sabe que a minha “cachaça” são as histórias
em quadrinhos.
Um grande mano
amplexo para todos os bengalas
de plantão – como diria o Tony Fernandes -, e até
amanhã, né Chefe? Bye bye so, long,
dears canes
friends, brothers and girls! Be well!
************************
TERCEIRO DIA
06 de setembro de
2014
Hi, canes people! Sou
eu, o Dan, pentelhando outra vez...
hoje houve grandes emoções por aqui! O
evento “bombou”,
ficou lotado de gente e eu estou aproveitando para
curtir as
palestras e os debates. Do lado de fora das salas
o movimento está intenso. Hoje
estou “pianinho”, decidi
andar menos, mais devagar, e com isso estou podendo
participar mais da extensa programação.
Cheguei bem cedo e já
consegui os autografos do
David Lloyd e outras feras do traço. O evento começou
às 10h00, mas eu cheguei no pedaço por volta das 9h20.
Encontrei o Theodore de
Ponta Grossa, ele estava
buscando o material deles no carro, me prontifiquei
a
ajudá-lo. Conversamos bastante enquanto levávamos
para as mesas o material
impresso.
As mesas ainda estavam sendo montadas.
O Raul, de Criciúma,
que dividia uma mesa com
o pontagrossesnse Fabiano, já estava apostos.
Este
último indicado pelo meu amigo, editor e artista,
Fabio Chibilski, que editou a
nova versão de Chet e
que atualmente está lançando Spektro, um grande
título de
terror, do passado, que foi lançado
originalmente pela extinta editora Vecchi.
Todos os cartunistas
e editores de Ponta Grossa
ficaram juntos. Olhei de soslaio e avistei o casal
Phellip e Mel, que estavam chegando. Fizemos
um breve bate-papo sobre a cena
quadrinhística
da chamada “Capital do Mundo”, eles me falaram qu
e a maioria do
pessoal da nossa região fazem e
editam no estilo mangá, e que eles não adotaram
este estilo, apesar dele ter emplacado no Brasil.
![]() |
Muita gente bacana e bonita compareceu ao evento |
Gente, acho que 50%
da população de Ponta Grossa
é cartunista. Nunca vi tantos pontagrossenses
juntos
vendendo HQs! Mais tarde eles me apresentaram mais
um rapaz, um
roteirista que está montando a Gibiteca
Municipal da cidade. Tony e galera, Ponta
Grossa promete!
Tem muita gente boa fazendo quadrinhos. Cada
vez amo mais aquela
cidade que adotei como minha.
Eu e minha mulher, nós nos conhecemos e casamos
lá...
minhas queridas filhas também nasceram naquela
bela região do país, lá
também está o time de
maior torcida do planeta, o Operário Ferroviário
Esporte
Clube, popular “Fantasma de Vila Oficinas”.
Tony, assisti boa parte
dos pockets shows que
aconteceram no corredor inferior. Foram interessantes.
aconteceram no corredor inferior. Foram interessantes.
Hoje é sábado, estou
carregando apenas uma mochila
com material para autografar... ela está bem mais
leve.
Também decidi que hoje eu vou comprar
somente as revistas e álbuns, dos
independentes,
que estivessem sendo vendidos a preços módicos.
Caso contrário,
ainda acabarei indo à falência,
segundo minha mulher.
O clima hoje está
radiante, bengalas brothers,
sisters and friends! O rei Sol voltou a aparecer!
Isto fez animar as minhas expectativas que eram
negativas em relação ao feriado
do próximo dia 8
deste mês, pois temia que o povo fosse viajar
para aproveitar
o feriadão, dia da Pátria (7 deste mês)
e o dia da Santa (8), lembram-se?
Pensei que o local
estaria “meia boca”,
quase sem ninguém, Tony.
Mas, por sorte, minha preocupação não se materializou.
Hoje está sendo o dia mais cheio, por aqui!
A casa está
lotada, muitos dos cartunistas que trouxeram
material para vender estão rindo
muito, pois seus estoques
estão sendo vendidos feito água. Por exemplo,
o Lucas
Lima, que era um dos poucos que estava
expondo e vendendo material infantil
está vendo
seus exemplares se acabando rapidamente. Devido ao
alto volume de
vendas, de hoje, ele acabou por
derrubar por terra o pessimismo de muita gente,
bengalas brotherzões. Isto não é ótimo? Tem artista
e editor que está
comparando este evento com
o FIQ, de Belo Horizonte, onde as vendas e a
presença
de público, segundo alguns, superaram no ano
passado a Comicon de
San
Diego, na Califórnia, nos States, é mole?
*************
Aqui é o velho e bom, Dan,
na ativa novamente,
pessoal e toda a confraria bengala!
Agora
estou numa fila enorme... o pessoal está
disputando a tapa autógrafos do David
Lloyd!
O cara é super popular e muito simpático!
Segundo me informaram, havia muita gente fã
do
inglês que ficou acampada nas redondezas desde
a noite anterior. Também me disseram que o Lloyd
já
estava “enxugando” umas garrafas de vinho às
10h00 da matina. O sujeito não
é fraco, não, gente!
Rssss... A fila está
demorando para “andar”, decidi
dar uma escapada dela ao ver o Laudo Ferreira
passando por perto, e perguntei para ele:
“Dá para autografar minha edição de Subversivos?”,
fui logo tirando da mochila o exemplar.
Ele sorriu e deu o chamego, feito um
relâmpago.
Subversivos é uma obra genial do
Laudo e do André Diniz, pessoal!
Não deixem de adquirí-la. Vale cada centavo!
Agora eu precisava
voltar para a fila, mas
de repente eis que surge
como num passe de mágica o
mestre Vetillo.
O cara me saudou
e me deu um desenho feito por ele, de caubói.
Agradeci, pela bela
oferenda. Sem tirar os olhos
da folha de papel onde estava o belo desenho de
caubói
feito por Vetillo voltei para a
fila para pegar o autógrafo do Lloyd.
fila para pegar o autógrafo do Lloyd.
Estou me aproximando,
agora, e posso ver um tumulto
acontecendo. Então, percebi que muita gente que
estava sem senha está sendo retirada
da fila. Num segundo tudo voltou a se normalizar, Tony.
da fila. Num segundo tudo voltou a se normalizar, Tony.
Entrei na fila e, por pura sorte, ela começou a “andar”.
O
inglês, pelo visto, não é apenas rápido com
uma garrafa de vinho,
pois
autografava com incrível agilidade, fazendo
assim a fila seguir em frente
rapidamente.
Finalmente chegou a minha vez, bengalas brothers,
friends and
sisters. O desenhista inglês, assim que
me viu deu um largo sorriso e me
cumprimentou.
Como sempre, ele é muito agradável, simpático ao extremo.
Entreguei para ele o primeiro encadernado da
Globo
de V de Vingança e o álbum Cidades Ilustradas,
sobre São Paulo. Lloyd me
perguntou o que eu
achara da tradução, pois ouviu
dizer que não estava boa. Eu
lhe disse que, segundo
o meu inglês básico a tradução estava perfeita!
Tiramos uma
foto juntos. Sai de lá saltitante, pois
finalmente tinha meus exemplares
assinados pelo mestre.
assinados pelo mestre.
É bom frisar que, quem
queria comprar material nesse
dia teve que se esforçar muito, pois o Museu
estava lotado.
Era difícil andar pelos corredores.
****************
**********************
POUCO DEPOIS...
Já estou circulando
em meio a multidão
feliz da vida, pessoal!
Eu estou atrás de algumas
publicações independentes
que estejam sendo vendidas a preços módicos, baratinhas.
Estou convicto de que hoje devo gastar
menos, ou minha
mulher pode, de repente, colocar eu e o meu acervo
para fora de
casa... Rssss. Brincadeirinha, ela é gente
boa e muito compreensiva. Na real,
caiu a “ficha”: já gastei
demais com revistas em quadrinhos por este ano.
Saibam todos, oh
bengalas brothers,
sisters and friends, que
quem deu as caras por aqui este ano
foi o Aldo, de
Brusque-Santa Catarina. Ele faz um
trabalho invejável
na cidade
dele, e vende um gibi barato, muito bem
acabado, colorido e bancado por
anunciantes.
A revista que ele faz e edita chama “Cartum”
e, por incrível que
pareça, já ultrapassou 88 edições
regulares. Lembro bem quando o encontrei
na Gibicon 1, quando ele me disse com
aquela acertividade
característica típica dos Barrigas Verdes ou Catarinas
(termos regionais que usamos no Paraná para nos
referirmos aos que nascem em
Santa Catarina)?
“-Todo mundo reclama das dificuldades que um editor
independente tem para lançar seu produto, Saks!
Mas eu estou publicando e está
dando certo!”
Naquela ocasião,
Tony, na Gibicon, o Aldo vendia apenas
seus jogos educativos e os seus gibis
eram
doados a quem passasse
na frente da mesa dele! Foi um sucesso!
MEIO DIA...
Acabei de conferir
meu relógio. O engraçado Daniel
Esteves organizou uma pelada chamada HQGol.
Assim,
cartunistas jogaram um futebolzinho no campinho
de areia instalado na praça do
Museu.
O raxa foi mais engraçado do que muitas das HQs
publicadas que já li,
pessoal! Logo no início da
partida o
goleiro Cadu Simões despencou no chão
sem a bola chegar perto dele – um absurdo
(Rsss...)-,
o curitibano Leonardo Melo mostrou
alguma categoria, assim como os outros
que jogaram.
O jogo foi programado originariamente para a
noite da sexta-feira,
mas como o Daniel definiu muito
bem no debate sobre HQs e Futebol, realizado no
dia anterior (chuvoso e frio), iriam postergar a partida
amistosa para o dia 6
por ser “Climaticamente Correto”!
“Climaticamente”, é
mole? O cara acabou de inventar uma
palavra que nem existe no dicionário
(Rsss...).
De fato, o clima
estava bem melhor no dia
da tão esperada partida.
****************

Consultei o folheto
que traz a programação
completa do evento e constatei que estava para
começar
uma palestra sobre roteiros de HQs com
Gian Danton. Apressadamente estou me
dirigindo
para lá para pelo ambiente apinhado
de gente de todas as idades e sexo.
de gente de todas as idades e sexo.
Ufa! Pelo visto cheguei a tempo, Tony.
Se a perdesse eu não
ia me perdoar...
*****************
A palestra está muito
legal, pois a forma como ele
expõe e fala dos trabalhos dele e sobre as
referências
de estilos é bem interessante. Encontrei, mais
uma vez o Bira
Dantas e entreguei para ele o meu
exemplar da Spektro 1 (nome de antigo gibi de terror),
editado em Ponta
Grossa
pelo intrépido desenhista e editor Fábio Chibilski.
Pelo visto, o Bira
não tinha colocado ainda
os olhos na Spektro 1, pois ficou impressionado
com a
qualidade do trabalho.
Os caras tinham ressuscitado a velha Spektro, da
extinta
Vecchi (editora carioca) em grande estilo,
comentou o caricaturista.
No dia
anterior, o Bira havia me dado uns exemplares
de material de propaganda
política dele, três
gibis de candidatos a deputado
(os três do PT). É , molé,
Tony?
COSPLAYERS

A presença dos
cosplayers foi grande, muitas
fantasias interessantes surgiram nesse evento.
Havia
Loki, Atena, Zatanna, Skorpion, Steampunks
e uma infinidade de outros
personagens que
eu não conheço, “bengalaiada”.
Por volta das 14h00
uma moça me chamou no meio
da muvuca do evento e me perguntou se eu não
era
cliente dela, lá na Tutatis, famosa loja
especializada em HQs, de Porto Alegre.
Ela estava certa,
pessoal! Eu era cliente dela.
Sempre me envergonho quando isso ocorre,
pois
sempre me achei um bom fisionomista...
e aquela mulher sempre foi muito
simpática comigo.
Como pude não lembrar daquele rosto sempre sorrindo?
Finalmente
conheci o marido dela, o Eddie.
Fiquei sabendo que eles estão morando há um bom
tempo em Curitiba, devido à transferência
dele pelo Banco do Brasil.
O Ludi,
tio dele, é quem me atende normalmente lá na loja,
onde estive na última quarta-feira,
que precedeu a Gibicon 2.
UM DIA INESQUECÍVEL
Galera, também encontrei
uma grande amiga no evento.
Uma ex-colega de trabalho, que é fã de mangás.
Conversamos
um pouco. Infelizmente ela passou
mal e pediu que eu desse uma carona para ela
até o
serviço do namorado, em Araucária.
Isso me ausentou do evento por uma
hora
e meia mais ou menos.
Mas ajudar o próximo
sempre foi o meu lema.
Quando voltei ao
Museu, eis que dou de cara
com o Franco de Rosa
e o filho dele, o Pedro. Ele me
disse que decidiu vir
na última hora. Beleza, conversamos bastante sobre
o
mercado de quadrinhos, sobre
os projetos futuros e ele me passou o e-mail do E.
C. Nickel
de quem sou fã. Assim vou poder entrar em contato
e trocar umas
idéias com ele. Valeu, Franco!
Ele ainda me revelou que o pai dele jogou no
Operário nos anos 1950!
Francamente foi demais... (Rssss...).
Consegui, também, o
autógrafo e tirar uma foto junto
com a linda e divertidíssima carioca Marília
Bruno.
Ela é o tipo de moça que o ser humano normal
se apaixona na hora. Exceto
eu, querida (minha mulher
é brava). A
Marília esbanja alegria e simpatia.
Falei para ela que o álbum “Cara, Eu Sou
Legal”
foi um dos materiais que mais me prendeu a atenção
neste ano. Ela ficou
feliz da vida e continuamos
a bater um “papão” animado.
Depois reencontrei o
Gustavo Machado que autografou
dois almanaques do Zé Carioca com muitos
trabalhos
dele, e o especial de 500 anos do Descobrimento do Brasil,
também
desenhado por ele. Tiramos uma foto com este
material que o Paulo Maffia, da
editora Abril, havia pedido.
![]() |
Gatas, como esta, embelezaram a festa. |
Outro detalhe no
mínimo interessante, aconteceu por
volta das 16h00, Tony. Acabou a água do
prédio!
Imaginem uma multidão espremida, andando por
todos os lados, suando com
o calor e os banheiros
todos interditados!? Um absurdo, gente! Cadê a
infraestrutura
do nosso poder público? Curitiba, uma
cidade rica, de Primeiro Mundo (depois de
Plutão... Rsss... ),
sem água? Que meleca! Isto é inconcebível, intolerável,
insuportável... o povo deve retribuir isso nas próximas
eleições. Deve
protestar nas urnas! Tenho dito,
bengalas brothers, sisters and friends.
Com o tumulto e os
protestos que agitaram o ambiente,
acabei
perdendo as mesas redondas e palestras.
Assim me concentrei em buscar
autógrafos e dei sorte,
outra vez! Consegui com o Cláudio Yuge
(ele se
surpreendeu por alguém ter a coleção
completa dele, e me disse que nem ele a
tem).
Também me deu seu autógrafo o José Aguiar,
autor do álbum Gralha.
Desta vez, Tony, eu não
saí tão tarde quanto na sexta-feira,
pois estava cansado e eu tinha que levar a
família
para ver o desfile do dia da Independência, no dia
seguinte. Alguns dos
artistas já estavam se despedindo
do evento no sábado, afinal esgotaram-se seus
materiais para vender. Depois, às 22h00 houve a
festa no Bar Quintal do Monge,
onde ocorreu o
chamado e tão esperado Desafio dos Artistas.
***************
QUARTO DIA
07 de Setembro de
2014
E assim, no dia mais
importante do nosso país, chegamos
ao derradeiro dia da Gibicon 2, meus caros
“bengalones”.
Toni (Brrrr...) o
clima voltou a esfriar e uma
garoa fina varria boa parte da cidade de Curitiba.
No evento, o dia começou bem monótono
e até às 14h00 era muito fácil encontrar
vagas no estacionamento.
A exemplo da edição passada parecia que o Domingo
seria
o dia da ressaca. Pouca gente era esperada
para o evento. Pela manhã o
estacionamento do
museu estava mais ocupado pelo pessoal do
Fusca Clube do que
pelos participantes da Gibicon.
O clima feio atrapalhou a planejada “bicicletada”
programada para sair do centro
da cidade que após percorrer um bom
trecho
terminaria no museu.
Conversando com os
artistas e organizadores que
chegavam ao local o assunto principal era a festa
do
dia anterior no bar, que foi um sucesso de público.
Alguns deles revelaram que
tinham dormido menos
de três horas naquela noite. Falaram que foi muito
divertido
o Desafio dos Artistas.
Não me lembro se eles
disseram quem ganhou o tal desafio.
Mas, creio que o Gustavo Machado foi um dos
finalistas.
Todos também comentaram da quantidade bebida pelo David Lloyd,
até
onde o consenso das testemunhas chegou,
foram duas garrafas de uísque, uma
caipirinha e
algumas doses de cachaça. Tudo isso para
um homem que passou os
dias anteriores
sorvendo garrafas de vinho continuamente, seja
nas apresentações,
seja nas filas de autógrafo,
é um feito fantástico, não acham?
O inglês foi o cara
mais incrível da efeméride, Tony.
E ainda há quem insista em dizer que o sujeito
mais
incrível do evento fói o coreano Kim Jung Gi!
Para mim o Lloyd foi o cara.
Tomou todas e nem
sequer balançou (Rsss...). O homem sabe beber e
se comportar.
Está de parabéns. À boca pequena
alguns maldosos diziam que durante a viagem de
volta para a Inglaterra, caso o combustível do avião
acabasse o problema
poderia ser facilmente resolvido.
Bastava colocar o
Lloyd no tanque de
combustível e seguir viagem (Rsss...).
Esse povo fala demais. Detesto más
línguas.
Jal discursando enquanto o irmão dorme. É mole?
![]() |
Spectreman - Da TV para os quadrinhos - Por Eduardo Vetillo. |
![]() |
Bira Dantas |
Lloyd, nós, seus
admiradores, lhe
adoramos ainda mais!
Volte sempre, bengala
brother! Você é dos nossos!
Parece o bengalon Tony, que adora “entornar o
caneco”,
tocar um piano ou violão, mas nunca dá vexame (Rsss...).
RELATANDO MAIS ALGUNS
FATOS E FOTOS
Durante esta
derradeira manhã, as principais atividades
foram as exibições de filmes e
artistas autografando
no espaço Arena dos Artistas. Durante todos os
dias a
interação entre todos os participantes
foi grande. No domingo tive a impressão
de que
mais artistas apareceram para expor os seus trabalhos.
Muitos daqueles
que estavam vendendo material
esperavam que o Domingo fosse como o
dia
anterior, quando o evento lotou.
Ao meio dia houve
duas mesas interessantes
de debate, uma sobre as Gibitecas de Curitiba
e região e outro sobre editores.
e região e outro sobre editores.
Tive que fazer uma escolha entre os dois e acabei
não
participando de nenhum, galera. Pois acabei
encontrando um amigo meu que está prestes
trabalhar na empresa onde também trabalho
e daí o cara ficou me perguntando
sobre a empresa e o que ele iria fazer lá, é mole?
Atenciosamente comecei a
explicar para ele o que,
provavelmente, ele iria fazer caso viesse a pertencer
ao quadro de funcionários. E foi assim, bengalas
brothers, friends and sisters,
que acabei
perdendo um dos programas
do evento que aconteceu por volta de
12h00.
Depois, voltei a
trombar com o grande Bira Dantas.
O cara estava se despedindo. Fiquei sabendo
que
o fera estava para embarcar para a Argélia onde
vai participar de uma
mostra sobre cartuns e
caricaturas e expor seus trabalhos. Boa viagem, Bira!
E
não esqueça de voltar!, brinquei.
Encontrei também o mestre Vetillo que quando
falei deste diário que eu estava fazendo do evento,
para o blog do Tony, mandou
um abração para o
Bengalon Tony e disse para que ele o procure,
pois os dois, têm
um trabalho pendente
já planejado há anos.
Às 14h00 começou o
Cena HQ com apresentação
da peça Turma da Mônica – Laços, com o enredo
da
Graphic Novel de nome idêntico com os incríveis
e carismáticos personagens de
Maurício de Sousa.
A peça foi produzida pelos irmãos
Victor e Lu Cafaggi. A Cena HQ
Victor e Lu Cafaggi. A Cena HQ
é uma iniciativa do cartunista curitibano José Aguiar,
e acontece todas
as quintas-feiras em Curitiba.
Para quem não sabe, o José adapta com o pessoa
l
da música e da dramaturgia HQs no teatro da Caixa
Econômica! Trata-se de um
trabalho
fora de serie que é mais
um meio de divulgação das HQs. Parabéns,
Aguiar!
Que tal entrevistar ele, uma hora dessas, Tony?
A fila para assistir
a peça estava enorme, sorte dos
stands que ficaram cercadas pelo povo que
desejava assistir a peça, pois eles puderam ver e
comprar algumas edições dos
independentes.
De repente,”bengalaiada”o museu ficou lotado,
uma reprodução do sábado,
dia anterior.
E, por sorte, surgiu água, que havia
desaparecido dos banheiros.
O evento todo
apresentou pocket shows, e o melhor
de todos ocorreu às 15h00 com a banda
paulistana
Bardo e o Banjo, tocando folkmusic. Um arraso,
que acabou interditando
de vez o corredor que dava
acesso ao estacionamento. Os integrantes da banda
saíram
felizes, pois venderam muitos CDs.
Eles eram parceiros dos cartunistas pontagrossenses
da Velociraptor Pirata, pois uma das HQs do selo
foi baseada nas músicas da
banda, seu Tony.
Nos estandes a tarde
esquentou, os artistas
voltaram a vender bastante e era possível já ver
algumas
promoções que os artistas fizeram
em seus trabalhos para que não precisassem
voltar com muito peso para suas casas.
Às 16h00 começou o
debate que eu acreditava que
seria bairrista, mas não foi, pelo contrário a
mesa
“Quadrinhos Curitibanos” foi muito boa, com muita
presença de público, e
ainda boa parte dos
artistas e profissionais da cidade estavam na platéia.
O
debate teve a mediação
do grande Gian Danton.
Os autores
curitibanos de uma geração mais
experiente e o pessoal que está despontando
agora
discutiram suas experiências, planos e projetos.
Confesso que para mim o
ponto alto da mesa
foi no início quando o José Aguiar agradeceu
a presença do
Antônio Éder como convidado
da Gibicon 2, dizendo que sua presença é essencial
e que foi chato ele não estar nas edições anteriores
(A Gibicon teve uma edição
#0 em 2011).
O ÁPICE DO EVENTO
Para mim, bengalas
brothers, agora há
dois motivos de alegria.
O primeiro, porque Antônio Éder é,
para mim,
um artista que deve ter presença obrigatória nesse
evento. Eu, sem
dúvida, o comparo em importância
ao Renato Russo no rock nacional que surgiu na
cidade de Brasília, sede do governo federal.
Em nossa região sul, tivemos gente
anterior, gente
contemporânea e gente posterior ao Éder, mas
ele é tem uma inigualável
qualidade artística
jamais vista. Ele, atualmente, é o grande catalisador
de
uma produção em geral dos quadrinhos curitibanos.
O segundo motivo foi melhor
revelado no debate
seguinte sobre o super-herói curitibano,
O Gralha, quando
detalhadamente os envolvidos
contaram cronologicamente os fatos envolvendo
o
personagem e o grupo de artistas
que desenvolveram a ideia.
que desenvolveram a ideia.
A mesa de Quadrinhos
Curitibanos contou com
os já citados Antônio Éder e José Aguiar, e ainda
Leonardo Melo, Líber Paz, o carismático André
Caliman, e os identificados como
nova geração:
Bianca Pinheiro, Yoshi e André Ducci. Na plateia
estavam Tako X,
Nathan Souza, Edson Kohatsu,
Maristela Garcia, Ivan Sória, Alessandro e mais
artistas de Curitiba e outros estados. Confesso
envergonhado que não conheço o
trabalho dessa
“nova geração”. Mas, pretendo conhecer
o trabalho dessa gente.
O debate seguinte ainda
sobre o Gralha aconteceu
às 18h00. E nem foi preciso trocar as pessoas
do
teatro, subiram à mesa Nilson Muller,
Tako X, Alessandro e Edson. O Cláudio
Yuge que
assumiu a mediação, pois o Gian Danton tinha
que participar da mesa também.
Pessoal, para quem
também esperava um debate
de um microcosmo, felizmente a baixa expectativa
foi
atropelada covardemente, pois foi um ótimo
e divertido bate papo, muito
revelador dos bastidores
de criação e da vida dos artistas.
Alí ficou claro o
ritmo de trabalho interessante, a
competição e os pontos de vista de cada
criador,
também os conflitos que surgiram a partir deste
convívio em busca de
novas idéias e projetos editoriais, Tony.
Até o herói estava presente, em carne
e osso.
Dá para acreditar?
Recomendo a todos que
lerem esse meu diário que
tenham a curiosidade de buscar mais
informações sobre os artistas que
informações sobre os artistas que
aqui citei e sobre suas criações, sobre seus personagens e sobre
as artimanhas que o grupo fez para promover e vender o Gralha.
Não é somente
interessante, é muito divertido.
Podem acreditar...
Com o desenrolar do
debate ficaram claros
os problemas pessoais
que o grupo passou e os motivos
pelos quais se
desmantelou há 17 anos atrás. Ao que parece as
rixas continuam,
mas os artistas estão conversando
e reconhecendo os valores de seus colegas,
com certeza isso é o início de um entendimento
que pode e deve acarretar uma
nova união de esforços
pelos quadrinhos curitibanos. Outro ponto alto do
evento, foi quando o José Aguiar disse que a
publicação do novo álbum, lançado
durante a Gibicon 2,
com material produzido há muito tempo
era uma frustração
resolvida de sua carreira profissional.
É isso aí, José! Parabéns, em nome de
todos
os bengalas, por mais esta realização.
Não irei revelar nenhum
dos detalhes que os autores
contaram, Tony, pois a história merece ser lida,
agora que irão publicá-la (não sei se está explicada
no novo álbum, ainda não o
li). Com o fim do debate,
o José Aguiar encerrou a Gibicon 2. Do lado de
fora
da sala do Cine Guarani,
os funcionários já estavam fechando as salas do
prédio.
Os estandes ainda estavam cheios e do lado
de fora já estava escuro.
Comecei a me despedir
dos artistas com quem mais
conversei e acabei conhecendo a família da
cartunista
pontagrossense Melissa, seus pais
e irmã. É sempre bom ver que a
família está apoiando o
talento dessa jovem brilhante e do namorado dela.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na minha modesta
opinião, a Gibicon 2 foi
um evento mais intenso
que as edições anteriores. Ela
foi positiva
comercialmente e posso dizer que aglomerar o
evento dentro de um
único espaço acabou dando
certo (apesar de alguns pequenos problemas).
Este
evento foi diferente das duas edições anteriores,
Tony e meus caros bengalas,
pois apesar de não
ter sido realizado no centro da cidade
acabou atraindo muita
gente.
A criação do prêmio
Cláudio Seto de Quadrinhos
foi uma justa homenagem, assim como homenagear
no
evento o artista Solda, que não há muito tempo
atrás sofreu uma denúncia
difamatória e injusta
demissão por conta de uma charge feita por ele,
que foi
considerada errôneamente como ofensiva.
A maior dificuldade
logística da Gibicon 2 foi conseguir
o autógrafo do David Lloyd, felizmente o
inglês
estava com alguns interesses comerciais e muito
boa vontade para atender
os anseios dos seus fãs.
Não creio que alguém ficou sem autografar os
livros
desenhados pelo carismático inglês.
GENTE DE FIBRA
Importante reconhecer
o esforço da equipe de
organizadores, posso citar o Noah, a Izzi, o Edran
, a
Loa e todos os demais que, infelizmente, não fiquei
sabendo o nome. Assim como
nas outras edições,
foi incrível a garra desse pessoal. Eles, Tony, estavam
cientes de tudo, atenderam sempre os visitantes
com a maior boa vontade. Logo
cedo estavam montando
as mesas externas, de noite desmontando-as,
Durante o
evento, resolviam problemas que não
eram deles e voluntariamente ajudavam todos
que
recorressem a eles. Foram muito prestativos.
Quando perguntados, ou
solicitados, eles
cumpriam com os anseios dos participantes.
Em nenhum momento
alguém ficou desassistido.
Parabéns, pessoal! E que todos reconheçam
o valoroso
trabalho que vocês realizaram em prol
dos Quadrinhos. Valeu, galera!
Até a próxima Gibicon em 2016!
Até a próxima Gibicon em 2016!
RECLAMAÇÕES
Muitos editores e artistas
independentes, que
alugaram mesas e estandes, reclamaram dos preços
cobrados
pelo espaço para expor
suas mercadorias. Segundo fiquei sabendo, cada mesa
(no
espaço externo, que era mais simples e isolado da
exposição do evento) custava,
pelos quatro dias,
600 reais. Mas cada mesa teria direito a dois crachás
de
convidados e duas cadeiras, os artistas que estavam
sozinhos podiam se juntar
com mais outro solitário
artista e assim dividir o valor da mesa. “Com esses
preços abusivos, ainda tem gente que reclama que
estamos vendendo nossas
publicações caras!” –
disse um dos editores Indie e completou:
“ Pagamos
viagem, estadia, aluguel do espaço,
gráfica, etc... também temos contas à
pagar!”
Detalhe importante:
alguns artistas tinham somente
uma edição para vender, muitos dos trabalhos
tinham valor menor que 15 reais. Obviamente,
embutido nesse preço, Tony, há o honorário do artista,
custos gráficos da
revista, custos de viagem , translado,
hospedagem e alimentação, etc.
Portanto
a margem de lucro por edição é, sem
dúvida, muito pequena. Vale, apenas, pela divulgação.
dúvida, muito pequena. Vale, apenas, pela divulgação.
Lembrando que o grande público não está à
procura de material
independente.
Quem busca as publicações indies são colecionadores,
como eu, e
os curiosos, infelizmente.
Se calcularmos a
quantidade necessária
de edições vendidas
para que um artista tenha algum lucro
real com o evento,
observaremos que o público teria que ser bem maior,
e as
edições teriam que ser melhor divulgadas para
se tornarem mais atraentes,
bengalon Tony. Você conhece
bem custos e sabe do que estou falando. Ser editor
independente no Brasil não é fácil.
É um trabalho de
formiguinha, de verdadeiros heróis de carne e osso.
Tomara que daqui para
a frente os organizadores
desse tipo de evento possam buscar uma maneira
mais democrática
e mais barata para dar condições
mais
plausíveis para que esses artistas possam
participar, gastando menos e ganhando
mais.
Dando descontos especiais para os
artistas independentes,
com certeza, um número maior deles poderia participar
desses eventos. Na próxima Gibicon, que tal
baixarem os preços dos stands,
gente?
A Gibicon 2, mais uma
vez valorizou os artistas e
proporcionou bom entreterimento aos visitantes,
além de divulgar os quadrinhos e publicações,
“bengalones”. Muito se discutiu sobre os processos
de
criação, as dificuldades dos artistas, o mercado de trabalho,
as técnicas, os
projetos e as carreiras; porém
devemos reconhecer que os quadrinhos no Brasil
não funcionam ainda como uma indústria, ou um
mercado sustentável, Bengalone,
como você está careca de falar.
como você está careca de falar.
Como disse, também, o
veterano Jal, num
dos debates, há questões
que são necessárias colocar à mesa para serem
discutidas, meus amigos. Dentre
estas está o seguinte:
os profissionais do mercado de quadrinhos,
na verdade
estão esquecidos e incapazes de ouvir
a voz do público consumidor. Eles
precisam saber o
que este público alvo deseja consumir, suas necessidades
,
carências e vontades. Autores e editores precisam
entender que devem produzir o
que o público almeja e
não aquilo que lhes vem à cabeça. Afinal, uma publicação
também não é um produto comercial? E como tal
, exige investimentos e tem que
gerar receita.
Caso contrário a coisa fica inviável, bengalas brothers,
sisters
and friends. Até quando vamos
ter um mercado incipiente?
Espero que nas
próximas edições dos
diversos eventos de HQs
que são realizados anualmente por
todo o Brasil, surjam
mais discussões sobre os temas e os problemas
que
enfrentam esses valorosos profissionais que
não se sentem a vontade, muitas
vezes,
de pleitear melhores condições de trabalho.
O concorrido mercado
atual
exige preços e qualidade. Como eles podem e
devem concorrer com as
multinacionais?
Com o material estrangeiro
que inunda nossos pontos de venda?
O evento apresentou
espaço para as crianças, com
peças, diversões e contadores de histórias, porém em
nenhum momento se viu crianças,
“o público futuro”, participando de palestras e
debates
dirigidos, ou lendo. Mais uma oportunidade perdida
da Gibicon em não
procurar escutar e entender os leitores.
Aqui me despeço,
caros bengalas brothers e
bengalon Tony snacks!
Espero que tenham
apreciado esse furo de reportagem
feito especialmente para vocês, por um fã e
colecionador de quadrinhos!
Até a próxima, galera!
See you later,
cowboys! , como diria o Tony.
"Valeu, grande Dan! Sua matéria ficou maravilhosa, cara!
Grato, por sua colaboração, bengala brotherzão!
E assim nos despedimos. Aqui quem vos escreve é
Tony Fernandes! Inté mais ver, uia!"
Daniel Saks
Curitiba – Dia 8/09/2014
Copyright 2014 – Tony
Fernandes e Daniel Saks –
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