domingo, 15 de fevereiro de 2015

RINGO – FOTOAVENTURAS DE WESTERN DO CINEMA!



Como um legítimo rato de: bancas de jornais, sebos,
livrarias e bibliotecas e Internet, vivo fuçando. 
E foi nessas minhas peregrinações que acabei 
encontrando uma revista, cujo tema é farwest, que
eu juro que não me lembrava. Lembro-me bem de 
que no passado saiam muitas revistas românticas 
de fotonovelas (inclusive os Maldonados – 
O Casal 20 das HQs, que ganharam fama letrerando
balões também foram atores dessas fotonovelas) e 
até de aventuras como Antar e outros títulos que 
cheguei a colecionar, quando eu era garoto. 



Mas, o título que encontrei (duas edições uma de 
1971 e outra de 1972) foram editados pela Rio Gráfica 
e Editora e apresentavam filmes de westerns em
formas de fotonovelas. Daí resolvi escrever essa 
matéria e compartilhar com os amigos...   

RINGO – FOTOAVENTURAS
DO CINEMA!





Essas edições eram de 64 páginas de miolo mais capas,
Impressas em preto e branco e traziam a tarja 
“Desaconselhável para Menores de 16 anos!” 
Na edição # 10 há um pôster de Anthony Steffen 
e na # 17 há um pôster de Richard Widmark
(ambos em P&B).  Confiram as imagens a seguir...





Da década de 30 até os anos 70 Hollywood produziu 
uma gama de filmes de westerns que fizeram muito sucesso.
Dentre eles surgiram clássicos como No Tempo da Diligência, 
Sete Homens e Um Destino, Forte Apache e outros. 
Devido ao sucesso nas telonas os filmes de bang-bang
também foram levados para a TV, como: Bonanza, Big Valley, Gunsmoke, Chaparral, O Homem de Virginia etc.








De repente, Hollywood começou a produzir cada vez 
menos filmes épicos. Foi nesse período que os italianos decidiram resgatar o quase falido cinema de western e obtiveram um grande sucesso. Curiosamente alguns atores parecem ter nascido para 
estrelar essas antigas películas sobre o velho Oeste, como:
Gary Cooper, John Wayne, Clint Eastwood, Charles 
Bronson, Lee Van Cliff e outros megastars da Meca do cinema.


 
Mas, um desses atores só conseguiu obter 
sucesso quando foi para a Itália. Seu nome é...



CLINT EASTWOOD
Segundo um antigo adágio santo de casa não faz milagre.
O jovem Clint Eastwood teve que se transferir para o 
cinema italiano para que Hollywood reconhecesse o seu talento. Apesar dele ser um tipo alto, esguio, violento por natureza,
ter boa pontaria e ser hábil montando um cavalo os 
diretores de filmes de Hollywood jamais sonharam 
em escalá-lo para um papel de destaque em filmes de westerns.
Com o passar do tempo, após realizar diversos filmes do gênero produzidos por italianos, Clint começou a chamar a atenção dos produtores de seu país. Assim, ele passou a ser disputado avidamente por diretores italianos e americanos
e acabou se tornando um dos grandes nomes 
dos filmes de faroeste.




FILHO REBELDE

Clint, desde criança, foi um filho problemático. 
Odiava obedecer ordens, recusava-se a trabalhar e estudar, 
adorava arrumar confusão e vivia dando dor de cabeça para 
seus pais. Fugiu de casa umas vinte vezes.  Aos 19 anos 
participou de um rodeio, onde se deu bem. Sua participação
nesse evento revelou uma grande habilidade para montar e isso chamou a atenção de um produtor de TV que o convidou para participar de uma serie que fazia muito sucesso na 
TV americana: Rawhide (nunca foi exibida no Brasil).
Porém, serie era de péssima categoria e os salários 
pagos eram aviltantes. Mesmo assim, 
o jovem ator decidiu aceitar a proposta indecente.

RAWHIDE - SERIADO PARA A TV


Rawhide era um seriado cujo pano de fundo era o velho
oeste, mas que era dirigido as crianças. Aos poucos 
Clint começou a cair nas graças das crianças e adultos
que assistiam a serie. Ele tinha um jeitão viril, seu semblante 
de durão, suas atitudes de coragem e seu jeito destemido, rapidamente começou a despertar a paixão das mulheres.
De repente, centenas de cartas de telespectadoras apaixonadas passaram a ser recebidas por Clint, diariamente.
Porém, a rebeldia congênita daquele jovem ator, entretanto, 
se tornara um grande empecilho para sua carreira. 
Alguns diretores afirmavam não tolerar seu jeitão imponente. 
Apesar de se esforçar para ser simpático na esperança 
de conseguir um papel de destaque os diretores 
só o chamava para papéis secundários, de pouca expressão.

VIVIA MORRENDO EM CENA

O convite para participar de um seriado da TV, que 
inicialmente o deixara entusiasmado aos poucos foi 
decepcionando-o porque seus diretores insistiam em
limitar seus talentos. Assim, Clint Eastwood decidiu tentar
melhor sorte no cinema. Durante um bom tempo ralou 
batendo de porta em porta dos diversos estúdios. 
Mas, em Hollywood foi outra decepção, pois ali ele 
também não encontrou nenhum diretor ou produtor 
que lhe desse um papel de destaque.
A situação estava ficando complicada. 

Clint decidiu arrumar um emprego qualquer 
para sobreviver e nas horas vagas continuou 
a visitar os estúdios cinematográficos. 
Certo dia, decidiu aceitar papéis pouco
expressivos onde aparecia apenas por um minuto, fazendo
papéis de bandidos, que rapidamente eram eliminados. 
Apesar de ter o biótipo típico de mocinho de filmes de 
westerns, saber manejar bem uma rama e cavalgar como
ninguém, ninguém acreditava sem seus dotes artísticos 
e isso o irritava profundamente. Vivia morrendo nessas 
películas, sempre vitimado sempre por uma bala 
disparada da arma do galã principal.

Farto de morrer e indignado por ninguém reconhecer 
seu talento e lhe dar uma oportunidade, Clint se tornou 
agressivo. Vivia brigando com o pessoal dos estúdios 
e com isso passou a ser hostilizado e indesejado 
nos bastidores de Hollywood. 

SALVO PELO CASAMENTO

Ao conhecer Maggie, uma loira maravilhosa que
 ganhava a vida como manequim, se apaixonou. 
Ele era explosivo, ela era o oposto, completamente dócil. 
Com o tempo eles se casaram e foi graças a essa mulher que 
a carreira de Clint veio a deslanchar rumo a fama.
Certo dia, o diretor Sergio Leone convidou Clint para ir
filmar na Itália um filme de western. Italianos fazendo filmes 
sobre o velho oeste Selvagem? De imediato, o ator 
achou estranho aquilo e aquele convite. 
Estava disposto a declinar da proposta. Porém, Maggie, 
ciente das inimizades que seu marido tinha conseguido 
na Meca do Cinema, acabou o convencendo a encarar o desafio. 
Afinal, o que ele tinha a perder? Acabou aceitando o estranho
convite e rumou para a Itália.








UM NOVO GARY COOPER?  

   
Durante muitos anos Gary Cooper, que se consagrou 
estrelando diversos filmes de westerns, foi considerado, 
pelo mundo afora,  o cowboy Mor, que além de agradar os 
homens deixava as mulheres malucas. Assim que os 
primeiros filmes feitos por Clint, na Itália, começaram a 
ser exibidos em diversas partes do mundo, ele passou a ser considerado por boa parte do público e dos críticos como
o novo Gary Cooper, apesar dele jamais aceitar tal comparação. 

Gradativamente Clint Eastwood foi se destacando nesse
gênero de filmes que levavam milhares de pessoas de ambos os sexos aos cinemas. Pouco tempo depois, segundo os críticos italianos, o nome dele estava na lista dos grandes astros 
de películas de bang-bangs, como: John Wayne, Charles Bronson, 
Gary Cooper, Giuliano Gema, Anthony Steffen e outros bambas. 

Foigraças ao cinema italiano, que lhe deu bons papéis, boas 
oportunidades que ele pode demonstrar todo o seu talento.
E também foi graças a isso que Hollywood acabou
reconhecendo-o como um grande astro. Há quem afirme que
alguns diretores americanos chegaram até a declarar
que estavam arrependidos por não terem dado para
Clint uma oportunidade. 




POR UM PUNHADO DE DÓLARES

Clint surgiu pela primeira vez na produção italiana 
chamada Por Um Punhado de Dólares, filme que por meses a fio permaneceu em cartaz em toda Europa. Nessa incrível produção dirigida por Sergio Leone, Clint deu um show de interpretação. 
Nele, ele viveu o papel de Joe, um sanguinário caçador de
bandidos que, fingindo-se de bêbado, conseguiu liquidar seis adversários, para resgatar a mocinha. Foi após a exibição
desse filme que sua carreira, por fim, começou a deslanchar.
Em curto espaço de tempo, Clint Eastwood se tornou um
megastar de filmes de western. Após o retumbante sucesso 
que o filme Por um Punhado de Dólares fez por toda a Europa, rapidamente diversos distribuidores americanos se 
prontificaram a distribuir a bem sucedida película.   



TRÊS HOMENS EM CONFLITO
(Título no Brasil)

Nesse outro filme, Clint cavalga e luta pelas planícies do
 velho oeste, deixando atrás de si a fama de ágil atirador 
e vítimas de sua certeira pontaria. Em A Marca da Força, 
esse excelente ator interpreta um cidadão que é nomeado 
xerife e que tem como meta principal cumprir o seu dever,
 até o dia em que consegue se vingar de homens que tentaram linchá-lo no passado.

TRAGAM ESSE ATOR DE
 VOLTA À AMÉRICA

Graças ao estrondoso sucesso alcançado pelos filmes
estrelados por Clint Eastwood, produzidos na Itália, os
produtores e diretores de Hollywood o chamaram de volta. 
Afinal, ele tinha ganhado status de megastar e com isso 
passou a estrelar papéis relevantes em filmes americanos 
e a faturar alto. Sua vida mudou radicalmente. Passou a 
ser altamente requisitado, para fazer filmes, dar palestras 
e participar de inúmeros eventos. Suas atividades artísticas 
eram dividas entre Milão e Hollywood. Raramente tinha
tempo para desfrutar de seu belo rancho em Sherman Oaks, 
nos Estados Unidos, lugar onde nasceu.

 
MEU NOME É COOGAN

Na América, Clint fez um filme que foi campeão de bilheteria: 
Meu Nome é Coogan. Nele contracenou com Richard Burton, respeitável ator que, segundo alguns, exigiu que Clint 
participa-se do filme e que Elisabeth Taylor fez questão de acompanhar as filmagens, para conhecer pessoalmente
esse novo grande astro do cinema mundial.
Clint Eastwood até hoje é considerado um dos grandes
astros do cinema de western e seu nome está marcado 
de forma indelével na lembrança de sues fãs e nos
incríveis filmes realizados por ele.  

UM BRASILEIRO TAMBÉM SE
DESTACOU NOS VELHOS
 FILMES DE BANG-BANGS!
Há que afirme que o ator Anthony Steffen, que fez fama 
nos chamados westerns spaghettis, era uma espécie de 
John Wayne a parmezziana. Apesar do tremendo sucesso 
que ele fez intrepretando o papel de mocinho nos filmes 
de cowboy, na época pouca gente sabia que aquele rapaz 
de bela estampa e cara de durão era brasileiro 
(carioca de coração). Seu nome eral era Antônio de Teffé.
Ele era filho de um diplomata Manuel de Teffé e enteado 
da famosa Dana de Teffé. Antônio (Anthony) nasceu em
Roma, onde morava seu pai trabalhando para o governo
do Brasil. Porém, o menino foi registrado 
no consulado brasileiro.

ATRAÍDO POR CINEMA

Desde sua juventude se interessou pelas artes 
em geral e, especialmente, pelo cinema. 
Segundo consta, aos 14 anos ele fundou em Roma 
um cineclube do qual fazia parte, entre outros, o jovem 
Vittorio De Sica, que anos depois ganharia fama
internacionalmente como um competente 
diretor cinematográfico.
Aos 17 anos, Anthony foi trabalhar como
assistente de direção e, segundo afirmava, 
jamais pensou em se tornar um astro de cinema. 
Almejava, no máximo, chegar a diretor.

COISA DO DESTINO

Porém ele começou a chamar a atenção dos
diretores italianos por sua boa aparência, por ter 
um físico atraente, sua altura (um metro e noventa),
e por ser extremamente simpático. Graças a esses
atributos natos foi convidado para participar de um filme.
“Para ser franco, não acreditei que passasse do
primeiro filme... Mas, como minha maior ambição 
era ser diretor de cinema e tentar carreira no
teatro , achei que aparecer, uma vez ao
menos, do outro lado da câmera, seria uma experiência
válida!”, declarou Anthony em de entrevistas 
concedidas no Brasil e na Itália.




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WESTERNS SPAGHETTIS

Quando a guerra terminou o cinema de western Made
in Italy ganhou mais força. Porém, os críticos de cinema 
de todo o mundo e especialmente os americanos não
levavam a sério os filmes do gênero produzidos em Cinecittà, 
que eram considerados meras paródias dos clássicos
produzidos na América. Entretanto, o realismo exibido
nos filmes italianos acabou conquistando os apreciadores
do gênero por todo o mundo. Se os críticos torciam 
o nariz, os produtores da Itália estavam pouco se lixando.
Na verdade, nem davam ouvidos a esses críticos 
severos, porque estavam cientes de que tinham 
descoberto uma verdadeira mina de ouro.
Estavam faturando alto.



UM SUJEITO DE SORTE
Ao contrário de outros atores que começaram no cinema
fazendo pequenas “pontas” ou tendo que implorar por
uma chance, esse jovem ator brasileiro começou 
estrelando um filme de western ao lado de Lúcia 
Bosé e Isa Miranda. Seu primeiro filme foi 
Os Revoltosos (Gli Sbandati, em italiano), dirigido
por Marzelli. Esse filme fez um sucesso absoluto 
no Festival de Veneza daquele ano (1954), quando o 
rapaz recebeu o prêmio de Melhor Ator Jovem do ano.
Depois dessa honraria, mesmo assim ele continuou 
a trabalhar como diretor. Porém, surgiu outro convite 
para atuar e ele não hesitou.  Anthony  Steffen 
(Antônio de Teffé ), pela segunda vez, apareceu
num filme ao lado de Ivone de Carlo e 
Sophia Loren (esta última, foi uma bela e sensual
atriz nascida e criada nas favelas de Nápoles, 
naquela época ela ainda 
não era famosa, tanto que ganhava apenas 
um milhão de liras italianas por filme).



TOMOU GOSTO PELA COISA
Outros convites, de repente, começaram a surgir e o jovem 
ator passou a atuar em filmes de diversos gêneros. Com Isabel 
Corey, ele fez Afrodite, Deusa do Amor,; com Micheline Presle,
 atuou em Les Amants Du Château Amudit; novamente com Isa Miranda, fez Città di Noite e com Marisa Allasio, As Colegiais.
Quando a guerra eclodiu, Anthony decidiu participar da
resistência italiana, refugiou-se nas montanhas. 
Ali, aprendeu a atirar e a bancar o durão. Sem querer, 
ou estar ciente, estava se preparando para uma nova 
fase de sua vida: estrelar filmes de westerns.

FILMES ITALIANOS
VERSUS AMERICANOS

Quando os italianos resolveram produzir filmes de western 
para concorrer com as fitas produzidas em Hollywwod, 
a primeira providência que tomaram foi arranjar nomes 
americanos para seus atores. Os filmes também eram 
dublados, para evitar que os cowboys e xerifes falassem 
com sotaque italiano.

Foi assim que o nosso Antônio de Teffé acabou virando 
o grande astro desse gênero Anthony Steffen. 
Com esse nome ele interpretou Django, Ringo e
outros personagens.

Depois de Per um Punho di Dollari 
(Por Um Punhado de Dólares), título que foi profético, pois rendeu também muitos dólares, os filmes do gênero produzidos na Itália fizeram muito sucesso por um bom tempo. Anthony Steffen ganhou notoriedade e até hoje é considerado um dos grandes astros do western spagetthi.

OUTROS FILMES REALIZADOS
PELO BRASILEIRO:
Pouco Dólares para Django, Dólares Ensanguentados,
Um Trem para Durango, Disputa Sangrenta, O Pistoleiro
Marcado por Deus. Ação, suspense, tiroteios e sopapos são as marcas registradas dessas películas que têm um realismo impressionante. Apesar desse ator ter ficado rico com a
 arma na mão, ele sempre foi um cidadão pacato e discreto.   
Filho de diplomata, frequentava as altas rodas da sociedade 
romana. Morou num dos bairros mais luxuosos de Roma, 
ao lado de Giulieta Massima. Seu nome sempre esteve ligado a eminentes figuras da dolce vitta italiana.
Foi noivo da famosa estrela Franca Bettoya, filha do 
Rei dos Hotéis de Roma, com quem visitou o Brasil.
Há quem afirme que ele teve um romance com
Michele Mercier e outras estrelas famosas da época.

 DON JUAN TUPINIQUIM?

O nosso Django, entretanto, quando questionado 
por repórteres sobre esses possíveis romances s
e limitava a sorrir. Preferia falar sobre sua vida e 
sobre seu hobby: o automobilismo. Anthony também
se revelou um bom pintor amador, de estilo moderno
e chegou a expor suas obras na Feira da Via Margarita, 
que se realizava anualmente em Roma. 

AVENTURA NO BRASIL

 
Além de suas aventuras, quando acompanhou 
os partisans que lutavam pela liberdade da Itália,
ele contava bem humorado sua aventura carioca: 
quando numa das vezes em que esteve no Rio 
de Janeiro, ficou preso no bondinho do Pão de
Açúcar, cujo cabo tinha partido. Na ocasião portou-se 
como um verdadeiro herói, colaborando no resgate dos companheiros de viagem. Sua calma e bom humor
foram de suma importância nesse incidente 
que durou por cerca de doze horas.


Por ironia, em suas entrevistas ele sempre 
declarou que não suportava o barulho provocado 
pelos disparos das armas dos filmes de bang-bang. 
Sempre afirmou que só fazia esse tipo de filmes 
por interesse financeiro. Apesar do sucesso 
alcançado nas telonas, ele se dizia frustrado 
porque sempre sonhara em se tornar célebre
no mundo do teatro.
Chegou mesmo a interpretar Pirandello.
Mas, não foi possível levar a carreira de ator
de teatro avante.
Anthony Steffen até hoje é lembrado pelo pessoal
da velha guarda como um dos grandes atores 
do cinema de western. Esse mocinho
ítalo-americano-carioca, jamais renegou
sua origem ou esqueceu sua língua-mãe. 
Adorava ler Eça de Queiroz. Normalmente,
atuava como cicerone para as garotas
brasileiras que visitavam a Itália.

Por Tony Fernandes\estúdios Pégasus Redação -
Uma Divisão da Pégasus Publicações Ltda -
S. Paulo - SP - Brasil    
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