Se eu não estou enganado, se este meu velho
"HD" enferrujado, que chamo de cérebro,
ainda funciona, a primeira vez que eu vi
este old bengala boy friend foi na década
de 80, nos corredores da editora Abril.
"HD" enferrujado, que chamo de cérebro,
ainda funciona, a primeira vez que eu vi
este old bengala boy friend foi na década
de 80, nos corredores da editora Abril.
Naquele tempo, ele era um dos
escribas dos personagens Disney,
que eram os títulos que mais vendiam
da referida editora, se é que a minha
memória não falha, obviamente.
da referida editora, se é que a minha
memória não falha, obviamente.
Este cidadão sempre foi muito
acessível, vivia sempre bem-humorado,
tinha um papo agradável, e um sujeito cativante.
Sempre foi brincalhão e boa praça.
Sempre soube viver de bem com a vida.
Na época fiquei sabendo que ele
também era cartunista, além
de excelente escriba.
Tempos depois, ele se associou a alguns
amigos e se tornou sócio majoritário
da lendária editora Maciota, uma das
casas editoriais nacionais que mais deram
força para os autores brasileiros.
Sem dúvida, o trabalho
feito por este homem teve vital importância
para os quadrinhos brasileiros, na época, e seu
curriculum profissional é imenso.
Pela primeira vez, neste nosso talkie show virtual
estamos entrevistando um editor.
O entrevistado de hoje, o cara que é a
“bola da vez”, é o intrépido, criativo e
muito querido bengala brother...
PAULO PAIVA
O FAMOSO E LENDÁRIO PP!
AUTOR DO MACIOTA E OUTROS
INCRÍVEIS PERSONAGENS DE
HUMOR! EX-PROPRIETÁRIO DA
EDITORA MACIOTA, QUE VIROU
PRESS EDITORIAL!
Tony 1: E aí, fera? Tudo bem com você?
Quanta honra em poder trocar idéias com
você, mais uma cara ilustre do metiê.
Você, Paiva, é um cara que sempre
admirei, por sua garra, sua luta e
criatividade.
Da última vez que estive em seu apartamento
saí deprimido, mas fiquei super feliz quando
sua esposa, a Suely, me mostrou uma foto sua
e foi através dela que pude perceber que você
está se recuperando, está bem melhor.
Bem vindo, PP, a este talkie show virtual.
Tantas feras têm passado por aqui e você,
obviamente, não poderia faltar.
O prazer é indescritível.
O momento é especial, pois você é o primeiro
editor, digamos, “profissional” –, ou seja, que
publicou por uma editora legalizada e por uma
distribuidora de âmbito nacional revistas de HQs.
Posso começar? Está preparado?
Vai dar pra encarar uma saraivada
de perguntas cabulosas?
Tcham-tcham-tcham-tcham...
Paulo Paiva e Márcio de Sousa (falecido irmão do Mauricio) PP: Sim, Tony. Eu entendo que |
você e outros amigos ficaram
impressionados.
impressionados.
Eu devia estar muito feio, magro, talvez
ainda estivesse com sonda no nariz
pra me alimentar.
Tony 2: Feio!? Feio sou eu! Você estava horrível!
Irreconhecível, parceiro!
Tony 3: Grato pelo esforço e pela
colaboração, bengala brother,
e agradeça à Deus pela mulher maravilhosa
que ele colocou na sua vida. A Suely e nota 10 e
te ama muito, parceiro. Mas, devo frisar que sua
entrevista saiu rapidamente. Duro foi conseguir
a do Paulo Hamasaki, que levou 6 meses.
Nosso jurassik bengala friend do Oriente
não usa computador, apesar de ter um, e adora
escrever tudo a mão, em letra de
forma. Haja caneta Bic. É mole? (Rsss...).
Bem, como é de praxe,
entrevista saiu rapidamente. Duro foi conseguir
a do Paulo Hamasaki, que levou 6 meses.
Nosso jurassik bengala friend do Oriente
não usa computador, apesar de ter um, e adora
escrever tudo a mão, em letra de
forma. Haja caneta Bic. É mole? (Rsss...).
Bem, como é de praxe,
vamos começar com você nos dizendo,
onde nasceu, em que dia, mês,
ano, cidade, estado,
onde nasceu, em que dia, mês,
ano, cidade, estado,
e qual é o seu número da cueca.
Quanto ao número da cueca,
você pode deixar pra lá (Rsss...).
É brincadeira, bengala friend...
PP: Nasci dia 4 de agosto de 1957 em Santa Helena
de Goiás. Falo sempre: “Sputinik no céu e
Paulo Paiva na Terra”. Foi também quando começou
a Primeira Guerra Mundial. Nesse dia também
nasceu o Obama. Ah, mas como Santa Helena
não era ainda município, nos meus documentos
constam Rio Verde de Goiás.
Paiva entre os amigos |
Tony 4: Hmmm... Rioverdense... Um goiano legítimo,
que também foi “lançado” na mesma época em
que lançaram o Sputink, famoso
satélite russo... (Rsss...).
Legal. Goiânio da gema, isto é coisa rara
no nosso metiê... Como eu disse na abertura,
lhe conheci, pela primeira vez, na editora Abril,
você escrevia histórias para
os personagens Disney.
Foi mesmo na década de 80 ou 70, que nos
conhecemos? Você se lembra?
PP: Humm... Pode ser que você me conheceu lá.
Eu acho que conheci você bem antes,
na Livraria Gibi.
Tony 5: Livraria do Gibi... Eu o conheci, rapidamente,
nos corredores da Abril e, posteriormente,
nos conhecemos melhor na Livraria Gibi.
Sei lá, alguma coisa assim...
Aquela famosa livraria era, afinal,
nos corredores da Abril e, posteriormente,
nos conhecemos melhor na Livraria Gibi.
Sei lá, alguma coisa assim...
Aquela famosa livraria era, afinal,
ponto de encontro do pessoal do metiê e
da publicidade, no passado, assim como a
da publicidade, no passado, assim como a
famosa e saudosa livraria Muito Prazer –
uma das pioneiras em vender
álbuns importados em São Paulo
e acho que no Brasil-, do nosso
old bengala brother “Vartão”, que ficava
na avenida São João... Você, na época, era
funcionário da Abril ou fazia free lance?
PP: Olha, não me lembro desse lance que
você tá falando. Mas, fui contratado. Trabalhava
em casa, mas com uma quota de tantas páginas
pra entregar por mês. O que fizesse a mais
recebia como frila extra. Em boas fases
conseguia dobrar o salário. Mas teve época
de ficar devendo meses.
Tony 6: Que tipo de trabalhos você fazia
para esta conceituada casa editorial?
PP: Meu forte era: Peninha e Zé Carioca.
Fui eu que criei, por exemplo, a ANACOZÉCA
(Associação Nacional dos Cobradores do Zé
Carioca). Escrevia muito Morcego Vermelho,
Pena Kid, Pena das Selvas, tudo variações do
Pena das Selvas, uma sátira do Tarzan,
foi criação minha. Depois, a equipe criou
Biquinho, sobrinho do Peninha, e eu escrevi
alguma coisa também.
Pena das Selvas, criação de Paiva surgiu em 1978 com roteiro de P. Paiva e desenhos de Herrero |
Tony 7: Taí dois personagens Disney
que eu adorava, my friend.
O Peninha (em suas várias versões), era genial
e o Zé Carioca que fala a linguagem
do povo brasileiro. Oficialmente, quando foi
que você começou a publicar seus trabalhos?
que você começou a publicar seus trabalhos?
Pena Kid, foi criado pelo bengala friend Ivan Saidenberg |
Personagem criado por Disney, mas que até hoje tem suas HQs criadas no Brasil. Pelo mundo afora poucos conhecem esse fantástico personagem |
Peninha - Ele é um dos mais aloprados personagens do universo Disney |
PP: Tive o primeiro cartum foi publicado
em 1971, antes de completar 14 anos, na Editora
Edrel, onde fui atendido na rua Marcos Arruda,
no Brás, por Fabiano Júlio Dias. Foi na revista
“Garotas e Piadas”. Publiquei profissionalmente
pela primeira vez aos 13 anos, historinhas da
turma da Mônica, com Mauricio de Sousa.
Fui até então o roteirista
mais jovem. Recorde que foi quebrado
por minha filha, anos depois, pois
ela chegou a escrever aos 11 anos, quando eu
voltei a escrever pro Maurício, anos depois.
Tony 8: Esta eu não sabia. Você começou as
Paulinha (em sua formatura) e o pai, depois da AVC |
13\14 anos, coisa de gênio precoce. Comprei muitas
edições de Garotas e Piadas. Não sabia que também
você tinha colaborado com o Mauricio de Sousa e
muito menos que a Paulinha, sua filha, tinha
entrado no ramo aos 11 anos. Filha de peixe,
peixinho é, diz o ditado. Textos de humor e
piadas sempre foram o seu forte... isto é dom
natural ou você estudou pra ficar bamba nisso?
Aliás, você se inspirou em alguém do mundo
das histórias em quadrinhos?
PP: Não estudei.
Estudos nunca foram meu forte.
Parei na oitava série, que
repeti 5 vezes...rsrsr... Acho!
Depois que comecei a trabalhar e
repeti 5 vezes...rsrsr... Acho!
Depois que comecei a trabalhar e
passei pro curso noturno,
só ficava desenhando
só ficava desenhando
e zoando nas aulas.
Mas sempre li muito. De tudo.
Principalmente, jornais, revistas.
Mas sempre li muito. De tudo.
Principalmente, jornais, revistas.
Essa leitura crítica e observadora aprendi
com Márcio de Sousa,
irmão do Maurício,
irmão do Maurício,
recentemente falecido.
Devo minha formação
Devo minha formação
intelectual a esse homem.
Zé Carioca - Personagem Disney |
Tony 9: Catedrático de oitava série? (Rsss...).
Também sempre fui uma negação nos estudos
e o meu barato também era encher os cadernos
de Nacional Kid - antigo seriado japonês da TV.
Gibis... Vamos falar sobre eles... em geral,
esta paixão brota na infância ou na
adolescência, que personagens ou autores
lhe fascinavam, na sua época?
PP: Comecei lendo Disney. Depois, curti muito
Homem Aranha. Gostava de Ferdinando
também. Mas eu lia tudo que encontrava.
Desde Bolota, Brotoeja, Bruxinha Luísa,
Miudinho, Tarzan, Fantasma, Brasinha,
Luluzinha, Bolinha, Príncipe Valente,
Gasparzinho, tudo mesmo. Nossa diversão
era percorrer as bancas de revistas usadas
nas feiras e todos os sebos. Eu e meu amigo
Kiyoshi percorríamos quilômetros a pé,
gastando todos os trocados. Andávamos do
verdadeiros peregrinos das HQs...
(Rss...). Faziam via
sacra nos sebos e bancas...
nunca tinha ouvido
nunca tinha ouvido
uma história como essa, Paiva.
Eu também era como vocês, não
no que se refere a peregrinar por a
í feito doido, mas eu também
Eu também era como vocês, não
no que se refere a peregrinar por a
í feito doido, mas eu também
comprava tudo quanto era meleca e muitos
desses títulos que você citou eu também
tinha em minha vasta coleção.
Eu torrava a grana que o meu
pai me dava em revistas
Eu torrava a grana que o meu
pai me dava em revistas
nacionais e importadas, de quadrinhos.
Porém, essa, dos
peregrinos, foi duka (Rsss...)...
peregrinos, foi duka (Rsss...)...
Qual é seu grau de instrução,
bengala brother?
bengala brother?
PP: Ah... já respondi antes, não terminei o ginásio.
Depois de bombar um monte de vezes, parei e
anos depois fiz um exame do antigo Madureza.
Nunca fui buscar o diploma...
nunca...
Tony 11: Bombar? Você quis dizer: empacar,
Paulo Paiva e Franco de Rosa, durante o lançamento do livro do Fantasma |
suponho... Como surgiu a oportunidade para
trabalhar com a poderosa editora Abril?
Foi fácil ou você teve que ralar muito?
PP: Foi fácil. Fui bater na porta,
na rua do Curtume.
Procurei Eduardo Otaviano, seguindo dica do
Ademário. Aí ele pediu pra escrever uma história
e escrevi. Fiquei frilando dois anos e
depois fui efetivado.
Cara gente fina.
Mas, acho que você deu sorte, pois
o pessoal da Abril era chato a beça,
exigiam muito e faziam
a gente voltar um zilhão de vezes
para corrigir
os textos e desenhos.
Você é o primeiro que ouço
dizer que “embarcou” na primeira.
Pelo que me consta, segundo meus
espiões\informantes (Rsss...),
o Franco e o Seabra
(em 1984) tinham aberto
um estúdio, ou dividiam um
estúdio bem no centro de São Paulo
estúdio bem no centro de São Paulo
e foi neste mesmo espaço que
nasceu a lendária,
a famosa, editora Maciota.
Isto é fato?
PP: Não, a Maciota surgiu em associação minha
com o jornalista Rivaldo Chinem, que ajeitou
pra gente um cantinho na redação do
Relatório Reservado, na rua do Seminário.
Franco entrou na jogada depois.
Tony 13: Putz... meus espiões não sabem de porra
nenhuma, mesmo. Eu sabia... vou ter que
mandar esses doidos “pro saco” (Rsss...).
Acredito que eles tenham ouvido
bem esclarecido. Valeu, bengala brother. Na minha
opinião, quem fundou a Maciota foi você,
o Franco de Rosa e o bengala friend Sebastião
Seabra (vulgo Zéfiro), estou certo? Mas, eu li num
site há algum tempo atrás que quem
fundou a editora foi: você, o Guimarães, o
Franco e o Seabra. Isto procede?
Quem está errado?
Quem está errado?
Eu, ou o articulista do tal site? (Rsss...).
Se eu for o errado, vou despedir já esses
meus espiões de merda (Rsss...).
PP: Depois, Franco foi trabalhar com a gente,
e Rivaldo vendeu a parte dele pro Guimarães e
nos mudamos pra rua Pamplona, onde surgiu
a Press Editorial, que tinha o Franco como
editor e diretor de arte. Éramos eu, Franco e
Guimarães os sócios. Seabra não saía de lá,
participava muito, mas não era sócio.
esclarecimento. Quanto a esses meus espiões,
n ão sei o que faço com esses bostas... (Rsss...).
Naquela época jurássica eu ouvi dizer que um
de vocês era parente do Guimarães, que era da
Fernando Chinaglia. Quem de vocês era parente
do Guima? Pergunto, também: Ter um parente
dentro da segunda maior distribuidora
do país, isto facilitou as coisas?
Ajudou muito a abrir as portas, facilitou.
Nenhum de nós era parente do Guima.
Quem o conhecia era o Rivaldo
Chinem, através de outro sócio dele, JB Natali,
pra quem produzia revistas dirigidas
e também umas eróticas.
e prevaleceu a verdade. É por isso que EUA adoro
entrevistar vocês, gente da pesada e que fala na
lata o que tem que ser dito.
Há muita informação desencontrada na
praça... nego inventa e sai por
aí falando ou postando, sem conhecer
os fatos é uma merda.
Acho isto um absurdo.
Prosseguindo, caro bengala PP...
Como e quando e por quê
surgiu a ideia de abrir uma editora?
Qual era a meta de voces?
PP: Nosso sonho era de publicar
autores brasileiros,
quadrinhos nacionais.
Acho que publicamos
mais de uma centena de autores.
Quem sabe isso direito é o
Franco que fazia
contato com esse povo todo.
Tony 16: Olha que bacana esse espírito maluco
nacionalista. Lembro-me bem que vocês
de fato só trabalhavam com autores tupiniquins.
Bravo! Quanto ao Franco, ainda pego esse
sujeito numa entrevista, qualquer dia... o cara é
ligeiro, sabe se esquivar... (Rsss...). O grande
mérito de vocês foi ter dado um bom espaço
pros autores nacionais. Outro dia entreviste
o mestre Emir Ribeiro e ele teceu elogios
a conduta correta e a
honestidade de vocês.
honestidade de vocês.
Parece que vocês é que deram
um bom espaço pra esse grande
e eterno bengala friend
um bom espaço pra esse grande
e eterno bengala friend
criativo e um dos maiores editores
alternativos, para que esse guerreiro
intrépido pudesse colocar alguns produtos
em bancas – coisa rara em se tratando do
Emir, você sabe...
Dá pra falar sobre isso?
Como conheceu o Emir e o que
ele produziu para vocês?
Eram histórias avulsas.
Não sei se chegou a sair
título só com coisas dele. Não lembro direito...
Tony 17: Dentre os diversos títulos que vocês
lançaram, um me chamou atenção:
SACANAGEM COM VELTA.
a heroína do Emir numa deusa pornô?
PP: A personagem foi ideia dele,
PP: A personagem foi ideia dele,
você sabe... Saíram histórias
espalhadas.
Eu acho que não saíram
revistas com esse título.
Só perguntando pro Emir.
Olha, eu lembro de quase tudo
referente a antigamente, mas
algumas coisas se misturam
na minha memória depois
do AVC que sofri.
do AVC que sofri.
Mas tô quase certo que não
saiu revista... E era ficção, só o título
é que era de sacanagem.
Tony 18: Posso estar até enganado,
mas acho que comprei uma revista
cujo o título era "Sacanagens com
Velta" e era da Maciota.
Editor: Franco.
Desenhos: Watson Portela.
Porém, o bengala Emir, com certeza, vai
mas acho que comprei uma revista
cujo o título era "Sacanagens com
Velta" e era da Maciota.
Editor: Franco.
Desenhos: Watson Portela.
Porém, o bengala Emir, com certeza, vai
esclarecer pra nós esta dúvida cruel,
assim que ler este seu depoimento...
Muitas lendas correm nesse
Muitas lendas correm nesse
nosso mercado editorial maluco –
como já citei-, você sabe...
dizem por aí que na época, você
entrou com a grana, o Franco e o Seabra
entraram com a produção.
Isto é verdade?
Isto é verdade?
PP: Não, ninguém entrou com grana... rsrsr...
Inicialmente, pra abrir a empresa, eu e o Rivaldo
entramos com alguma grana. Com o que recebi
da Editora Abril, comprei papel pra imprimir
a primeira revistinha, que se chamava HUMOR,
32 páginas mais capas. Saíram 6 números,
com cartuns meus, textos de piadinhas
selecionadas e elaboradas por Rivaldo.
Verde foi nosso grande colaborador,
Tony 19: O povo fala demais, bengala brother...
ouvi nego dizer por ai que você estava abonado,
cheio dos trocos e que foi o capitalista-Mor.
Assim, mais uma lenda se desfaz (Rsss...).
Quanto ao Verde e o Kimil, também conheci
esses dois grandes criadores de HQs e
cartuns... Diga-me, como e quando você
conheceu esses quase “irmãos siameses”
(Franco e Seabra... Rsss...), na época eles
não desgrudavam, lembra-se? Ele fizeram
uma parceria que durou anos, séculos, uma
eternidade. Parecia coisa de boiólas, como
foi o caso meu com o Wanderley, não
desgrudávamos nunca (Rsss...)...
PP: Franco e Seabra, eu conheci em 72, na
Livraria do Gibi, do Ademário, na
avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Na loja do Ademario só havia gibis raros |
A loja tinha edições nacionais e importadas |
de lá, mesmo. Aquilo era o Paraíso
para gente como a gente,
que adora quadrinhos.
para gente como a gente,
que adora quadrinhos.
O Ademário tinha raridades, empoeiradas,
guardadas num cofre a sete chaves, que
vendia a peso de ouro, pros
colecionadores. Eram gibis raros,
muito antigos, e o Seabra e o Franco
(os siameses) viviam rondando
o pedaço também... Voces lançaram HQs
de terror, quadrinhos eróticos e o Zorro
(personagem de ficção, criado em 1919,
pelo jornalista e escritor norte-americano
Johnston McCulley.
Zorro - Herói cujo o alter-ego
Gene Sheldon e Guy Williams - Na década de 50 Zorro virou série de TV, pela Walt Disney Productions (Buena Vista) |
Ele surgiu na forma de livro, virou série da TV e foi lançado em quadrinhos |
era Don Diego De La Vega, um jovem
membro da aristocracia californiana, em
meados do século XIX, período em que
a região era colônia da Espanha. McCulley -
o maluco-, se não estou enganado, cedeu
os direitos para a Disney, correto?
Quando vocês decidiram lançar ele,
feito no Brasil, pelo Seabra e o Franco,
vocês não sabiam que a Disney detinha
os direitos autorais do personagem?
Digo, a Redibra (representante Disney no
Brasil, na época). Voces pensavam
que o título era de domínio público?
PP: Não pensamos. Sabíamos da Redibra,
mas fizemos assim mesmo. Não deu em
nada, porque devia ser merreca pra eles,
não valia a pena acionar... ou o mais provável
é que nem ficaram sabendo...rsrsr.
Tony 21: “Não pensamos”,
foi ótimo (Rss...)... Quando visitei
a editora Maciota, vocês estavam
a editora Maciota, vocês estavam
nas proximidades da avenida Paulista,
eu acho, você me disse que
queria conhecer o Carlos Cazzamatta,
da Nova Sampa Diretriz, o
Cazzinha, que era meu amigo.
Eu os apresentei.
Me lembro bem disso. Voces se tornaram
bons amigos. Mas, de repente, a Sampa
também lançou o Zorro, de
capa\espada, e aí vocês começaram
a brigar por causa do
título, até na justiça?.
Foi isto mesmo que aconteceu?
Fale-me sobre esta passagem
pitoresca (Rsss...).
No final, nenhum dos dois
deram sequência
a série, pois acho que a Redibra
deu em cima, é óbvio.
PP: Ledo engano, Tony. Não aconteceu isso
com Zorro ou com o Cazzamatta...
ficou esclarecida. Eu ia morrer achando que
havia tido um atrito entre vocês, editores,
por causa do Zorro, juro...
Os títulos de terror, no passado,
sempre venderam bem.
Basta olharmos para trás
pra sabermos que Terror Negro
e Spectro da Vecchi
títulos, como:
Mundo do Terror e Spektros.
Este último, foi uma tentativa de
Mundo do Terror e Spektros.
Spektros da editora Maciota, do PP |
Este último, foi uma tentativa de
ressuscitar ou resgatar aquele
imenso público-leitor
que comparavam a Spectro,
da extinta Vecchi?
De quem foi a idéia?
PP: A ideia do título foi do Rodolfo Zalla.
Rodolfo Zalla? Da editora D-Arte!?
Esta eu não podia imaginar...
Me corrija se eu estiver errado,
na edição # 1 de Spektros vocês
lançaram um clássico
do gênero nacional feito pelo
Manoel Ferreira,
A Procissão dos Mortos, correto?
Tony 24: De vez em quando eu acerto uma,
my friend, apesar da idade (Rsss...)...
Oficialmente a editora Maciota
surgiu em 1986, confere?
Dizem que vocês entraram de
sola no filão de HQs eróticas, que havia
sido descoberto pela editora Grafipar.
Era este mesmo, o plano?
PP: Não tenho certeza, mas acho que foi por
volta de 1983, pois já estávamos na Pamplona
com a Press, em sociedade com Guima...
Tony 25: Pamplona! Era essa a rua, próxima da
avenida Paulista! Bengala friend, sua memória
tá melhor do que a minha (Rsss...).
PP: ...Quando minha filha nasceu, em 1985.
Ou foi em 84? Não sei mesmo.
Tony 26: Não se pode elogiar... (Rsss...).
Seguindo... Sem problema, ainda
acabo descobrindo.
Seguindo... Sem problema, ainda
acabo descobrindo.
Vamos em frente... A editora Maciota
durou quanto tempo? E, o que
os levou a fechar a empresa?
durou quanto tempo? E, o que
os levou a fechar a empresa?
Ouvi boatos, na época, que você e o Franco
haviam se desentendido com o sócio?
Quem era este sócio misterioso?
O Guimarães? Trabalhei com ele
na editora Acti-Vita, do amigo e
editor Ino G. Alhanat, na década de 80.
Eu escrevia livros eróticos e o
Guima é que era o diretor de
redação... faz um tempão.
Nunca mais o vi...
PP: Não sei exatamente quanto tempo durou
a Maciota com esse nome. Mudamos o
nome para Press, quando nos associamos
ao Guimarães. Tivemos divergências, mas
não brigamos, não. Eu nunca briguei
com ninguém, você sabe.
Tony 27: Sei que você sempre foi de paz, PP...
“brigar”, se “desentender”, são apenas forças
de expressão... Após sua saída da Maciota,
o que você fez para sobreviver? Para quais
empresas editoriais
você trabalhou?
para o Mauricio de Sousa e também a produzir
revistas para a Editora Globo,
como estúdio de produção.
Um dia, assistindo o Programa
Silvio Santos, na TV, vi o Ary Toledo, e
me deu um estalo de
procurá-lo pra publicar
um livro com piadas dele.
Lembrei que um
amigo meu, o cartunista Octávio tinha
contato com o Ary, sendo seu desenhista
oficial. O Otávio fazia caricaturas dele,
que ficava na fachada do famoso
Teatro Zácaro.
Tudo deu certo e foi aí que o livro
do Ary Toledo, ilustrado por Octávio,
foi um dos maiores sucessos editoriais.
Com esse carro-chefe,
fiz algumas publicações em sociedade
com Cazzamatta, da Nova Sampa
Diretriz, você sabe... conhece
bem o Carlos.
Diretriz, você sabe... conhece
bem o Carlos.
O Otávio era o chargista oficial
de um famoso jornal da época.
Lembro-me do grande
de um famoso jornal da época.
Lembro-me do grande
boom editorial que foi este livro do Ary,
afinal, o homem dava o maior ibope toda
vez que aparecia aos domingos no
programa do Abravanel (Silvio Santos,
época o bengala Ary “bombava” na TV e
nos Teatros. Cansei de mijar de rir nos
shows dele. O cara ainda hoje é muito
bom, apesar de andar fora da mídia
deve estar fazendo muitos shows por
esse Brazilzão afora. Fale-me sobre
a sua experiência, como editor...
valeu a pena?
Deu para ganhar dinheiro?
Deu pra curtir, conhecer o tanto
de gente que conheci.
Deu pra publicar centenas de títulos, fazer
muita gente rir. Deu pra fazer muitos amigos,
que quando eu fiquei mal, até com suspeita
de morte cerebral, rezaram por
mim, fizeram correntes de todos os jeitos.
mim, fizeram correntes de todos os jeitos.
Deu pra eu sair até nas capas
das revistas da editora Escala,
graças a um amigão,
das revistas da editora Escala,
graças a um amigão,
Hercílio De Lorenzzi, que
mandou botar uma chamada nas
capas escrito “Força, Paulo Paiva”.
mandou botar uma chamada nas
capas escrito “Força, Paulo Paiva”.
Gente do Brasil inteiro viu aquilo.
Ninguém entendeu nada.
Ninguém entendeu nada.
Até jornaleiros que me conheciam
viram aquilo.
Saí junto com Tony Ramos nas
Saí junto com Tony Ramos nas
revistas de fofocas de tevê.
Parentes meus e pessoas que
não sabiam de mim há 20
Parentes meus e pessoas que
não sabiam de mim há 20
anos vieram me visitar na UTI.
Eu não tenho dúvida de que é
graças a isso que estou hoje vivo.
Deu pra estar aqui dando
Eu não tenho dúvida de que é
graças a isso que estou hoje vivo.
Deu pra estar aqui dando
esta entrevista pra você, meu amigo.
Quase 100 pessoas foram
doar sangue pra mim,
no Hemocentro da Santa Casa.
Grana nenhuma deste mundo
Grana nenhuma deste mundo
permitiria isto.
Soube de tanta gente em situação
parecida com a minha, tratado
parecida com a minha, tratado
nos melhores hospitais do país,
como: o Sírio, o Einstein,
como: o Sírio, o Einstein,
que não sobreviveram
ou estão em estado vegetativo.
Sei também de gente abandonado
na cama pela própria família.
Sei também de gente abandonado
na cama pela própria família.
não tem preço... não há grana
do mundo que paga.
Fazer amigos ao longo dos
anos e conservá-los
não é pra qualquer um, com certeza.
"Aqui se planta, aqui se colhe".
Você colheu o que plantou,
como diz o milenar dito
Você colheu o que plantou,
como diz o milenar dito
popular... Eu digo, sempre:
“Conhecer e poder ajudar
“Conhecer e poder ajudar
gente como a gente é uma
dádiva divina...
dádiva divina...
esse negócio de ser editor
me parece carma.
me parece carma.
Parece que viémos pra essa orbe
programados pra dar
apoio aos amigos
apoio aos amigos
da classe, sei lá... deve ser
coisa espiritual.
coisa espiritual.
Sei lá. A gente pode até não
ganhar lá essas coisas, mas
acaba se sentindo bem em
poder ajudar, de uma certa forma...
evoluímos, um pouco mais
espiritualmente e como seres
humanos e o principal: fazemos
ganhar lá essas coisas, mas
acaba se sentindo bem em
poder ajudar, de uma certa forma...
evoluímos, um pouco mais
espiritualmente e como seres
humanos e o principal: fazemos
vamos falar sobre
esta ideia genial que você teve de fazer
esta ideia genial que você teve de fazer
livros de piadas desse grande humorista
do teatro e da TV... como e quando foi que
você teve esta ideia brilhante de lançar
esses livros do Ary , que cheou a
vender cerca de 300 mil
vender cerca de 300 mil
PP: Eh, eh,eh... Acabei contando antes.
Mas, vendemo muito mais do que 300 mil,
teve mais de 10 edições do primeiro número.
E acho que uns 4 ou 5 números.
Depois, ele editou outros por conta própria,
uns tempos...
Tony 30: É verdade... porém, você
acrescentou um dado interessante:
venderam muito
mais do que 300 mil. Isto foi um grande
feito, sem dúvida... Você lançou os livros
do Ary, em parceria com a Nova Sampa,
não é mesmo?
PP: Primeiro saiu pela Editora Parma, depois
foi pela Sampa e depois com a Escala.
E depois, com MidWest,
dos Kataokas.
Tony 31: Taí um título
criado por você que perdurou um bom
tempo. Os Kataokas, cujo líder-Mor
é o bengala brother Fautão Kataoka,
tai, firme, produzindo
é o bengala brother Fautão Kataoka,
tai, firme, produzindo
para o Nilson (editora Minuano)
e lançando produtos pelo selo
Geek.
Estive com ele a semana passada,
tomando umas “loiras geladas”,
pra variar (Rsss...).
Fausto, líde-mor da família Kataoka |
tomando umas “loiras geladas”,
pra variar (Rsss...).
Falamos sobre você e quando lhe disse
que eu ia entrevistá-lo mandou um abraço
fraterno pra você, PP. A galera te adora,
você sabe... Depois do estrondoso
sucesso da série de livros do Ary Toledo,
a Nova Sampa Diretriz lançou o livro de
piadas do Costinha (famoso e falecido
comediante também da TV, também),
esta ideia também foi sua?
PP: A idéia não foi minha. Foi do Alexandre,
Fábio Kataoka, P.P e Nilson (editora Minuano) |
um dos filhos do Costinha. Ao saber do
suceso do Ary, ele me procurou.
Saíram também com outros comediantes,
da Escolinha do Professor Raimundo.
Teve de Caipiras, com Joselindo Barbacena,
o Antonio Carlos Pires, pai da Glória; de
judeus, com Samuel Blaunstein, o Marcos
Plonka; e também com Rolando Lero,
o Rogério Cardoso; e Dona Bella, a Zezé
Macedo. Foram piadas temáticas.
Com Costinha fizemos um monte, em
vários formatos, inclusive de bolso.
Tony 32: Com a galera da escolinha da TV?
Poxa, eu não sabia disso. Que bacana...
Certa feita, o Franco me disse que desenhou
um personagem criado e escrito por você...
se não estou enganado o nome dele era Maloca.
Confesso que não conheci esta sua criação.
Mas, eu adorava o Maciota.
Ele era um sarro (Rsss...).
Fale-me sobre o tal Maloca e de como
você concebeu o Maciota.
Pode ser?
Pode ser?
MACIOTA - Personagem criado, escrito e desenhado por Paulo Paiva... |
... e que acabou virando até nome de editora |
desenhado pelo Franco.
Magrinho e alto. Era quase igual.
Maciota eu criei visando
publicar na revista Placar.
Aí, procurei o Juka Kfouri e saíram tiras
semanais durante três anos, começando
quando ainda era roteirista das infantis.
Mandava o material
pelo malote interno.
Tony 33: Aposto que ninguém
sabia disso, nem eu...
Nos anos 90 o mercado, pra variar,
entrou em crise e a Sampa, como as
demais editoras do país,
também “balançou”,
mas resistiu e está aí
até hoje com uma
imensa linha de artesanatos
e culinária.
Você desfez a parceria
no mercado com uma série de revistas
muito boas de piadas
lançadas pela editora Escala
(inclusive a referida
editora voltou a lançar
uma nova versão
das Piadas do Ary, em
cores, no formato
revista 13,5 x 20,5 cms.
Como foi que você conheceu o
Hercilio de Lorenzzi
(proprietário da Escala), e
como surgiu
a oportunidade de lançar essa
gama de produtos de humor?
PP: Como eu estava descapitalizado, sem
condições de bancar publicação própria, e era o
Hercílio quem estava decolando, eu o procurei
para viabilizar meus produtos. Ele me deu
a maior força e abriu as portas pra mim.
Nos tornamos amigos e levei muita
gente pra lá também.
gráfico que virou um grande
empresário de comunicação.
Tem muita competência.
Sempre foi boa praça, desde
os tempos que
gerenciava a gráfica Brasiliana
aqui em S. Paulo.
Rodei muitas revistas posters,
pela Pégasus -, nessa gráfica
comandada por ele.
comandada por ele.
Let’s go, bengala PP...
Nós nos encontramos várias
vezes no estúdio do Faustão Kataoka
(Estudio FK - um dos maiores
produtores de revista da editora
Escala na época), você estava
produtores de revista da editora
Escala na época), você estava
feliz e tinha uma boa equipe para fazer as
tais revistas de piadas mensalmente.
Na última vez que “trombamos”
foi no elevador da editora Escala.
Era um dia muito quente
e fomos para aquela sorveteria
que ficava na esquina da
Escala tomarmos um
sorvete, é mole?
Não bebemos cervejas.
Estávamos abstênios
naquele dia (Rsss...).
naquele dia (Rsss...).
Ninguém vai acreditar nesta história,
mas é verídica, pois você
havia parado de beber
mas é verídica, pois você
havia parado de beber
há um bom tempo...
você estava feliz da
você estava feliz da
vida e tinha alguns planos.
Tempos depois, fiquei sabendo
que você havia sido vítima
de um problema de saúde grave.
Meu querido,
bengala friend, o que ocorreu com
você, que estava tão bem fisicamente,
aparentemente?
Carnaval, em 2007. Sofri um AVCH, o
popular derrame.
História comprida, que minha mulher colocou
num blog que ela criou, de preguiça de contar
tudo outra vez, vou pedir pra ela botar aqui
o link com o depoimento que escrevemos, tá?
Quem quiser saber os detalhes que
sigam o link abaixo...
Tony 35: Sem problema. Deve, mesmo, ser um
saço ter que ficar repetindo a mesma história
um zilhão de vezes. Mas, aposto que muita gente
do metiê não sabia, de fato, o que havia acontecido
com você, como eu. Só fiquei sabendo
sobre o AVC no dia em que fui com a turma
te visitar e fiquei pasmo... Graças a Deus
você suplantou esta verdadeira “rasteira”
que a vida lhe deu, sobreviveu e passou a lutar
para se recuperar, graças a Suely, sua
esposa, que é uma grande mulher,
a Paulinha, sua filha maravilhosa, e ao seu
espírito guerreiro, que sempre teve.
Por isso eu disse no início deste nosso
bate papo que quando visitei você, naquela
tarde ao lado dos amigos, Fausto e
Cazzamatta, sai de lá chocado ao ver você,
mais jovem do que eu, naquele estado
lamentável, deitado numa cama,
sem poder exercer suas atividades
profissionais, que sei que adora.
Mas, todos percebemos como você
estava bem amparado por sua bela e
sensacional família. Outro dia, quando a
Suely me mostrou uma foto sua no
Facebook, bem melhor, fiquei super feliz.
Cara, Deus existe e foi justo ao mantê-lo
junto de nós, grande Paiva. Não está na
hora de “subir a serra”, precisamos de
gente de fibra, de gente guerreira, de
gente que fez e que ainda poderá fazer
muito em prol do setor editorial brasileiro,
como você, Paiva, que sempre foi um bom
amigo, um bom pai, um bom marido e
um grande batalhador deste setor
oscilante em que trabalhamos ,todos, mas
que adoramos. Falei com a Suely sobre
a entrevista e ela me disse que eu
podia mandar. Gente, só me resta
agradecer a vocês, pela atenção,
pelo privilégio de poder entrevistá-lo,
de poder divulgar seus trabalhos, de
poder registrar aqui os seus feitos
e poder mostrar a todos os seus
parentes, amigos e fãs que você está aí,
firme, em plena recuperação. Su e
Paulo Paiva, muito obrigado pela atenção
dispensada e que Deus os proteja e que
você, guerreiro, em breve, possa voltar
à ativa e nos ajude a continuar a luta.
Um grande beijo no coração de
vocês e de sua abençoada família.
Você, old bengala friend Paiva, é gente
que fez e faz acontecer. Fiquem com Deus,
muita saúde e paz. A batalha continua,
eternamente, até o tal dia do juízo final..
Até a próxima e pode ter certeza vou
aparecer por aí! Prepare as cervejas
geladas (Rsss...). Brincadeira.
A gente toma café ou sorvete (Rsss...)...
Copyright 2011\Tony Fernandes\Estúdios Pégasus –
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Valeu, Tony.. Acabei de ver aqui, cara...
ResponderExcluirFicou sensacional. OBRIGADAO por tantos elogios!
PAULO PAIVA
ppaivalima@gmail.com
Você merece, guerreiro!
ResponderExcluirAlém de ser seu amigo também sou seu fã há muito tempo e poder registrar aqui os seus feitos foi uma honra!Grato, pela visita e pela colaboração, bengala brother! Você e a Suely são sensacionais!
Muita saúde, grana e paz!
Fiquem com Deus!
A gente se fala e se vê, com certeza!
os guerreiros merecem viver, parabens para a minha amiga de longa data Suely, deste seu amigo de Portugal, por ter sido uma esposa incansavel,continuação de muita saude.
ResponderExcluirAlfredo Santos
Bela matéria....O Paulo Paiva é uma cara nota....Um grande talento do quadrinho nacional.
ResponderExcluirJorge Barreto
Sem dúvida, Jorge, o PP, além de ser muito talentosos é um dos cara mais gente fina do metiê. Ele e a Suely. Grato, por sua visita!
ResponderExcluirBoas Festas!
CARVALHO!!!ENTREI AQUI PRA VER O QUE TINHA ACONTECIDO COM O PAIVA, POIS VI ELE NA CADEIRA DE RODAS,E OLHA QUEM EU VEJO COM O MACIOTA: O TATTOO ZINHO!!!RARARARARAR!VALEU, PAIVA!!!DEUS TE ABENCOE E TE DEVOLVA A SAUDE EM SOBRO!!!ABRACOS!
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