JACK KIRBY, UM DOS HOMENS QUE
REVOLUCIONARAM OS SUPER-HERÓIS
E OS COMICS NO MUNDO!
(1917\1994)
O grande e lendário mestre
dos comics americanos,
Jack Kirby, cujo nome de batismo era Jacob
Kurtzberg, nasceu em 28 de agosto de 1917,
na baixa zona leste de Nova Iorque. Jacob
era um apenas mais um garoto, como muitos,
de origem humilde, filho de imigrantes judeus.
Seus pais eram proletários e viviam,
naquela época, como muitos imigrantes
que se aventuraram na América: nos cortiço
s do Bronx ou na periferia das grandes
cidades americanas, trabalhando e lutando
para dar uma vida melhor aos seus filhos.
Jack Kirby, quando criança,
contraiu pneumonia
e só conseguiu escapar da morte graças
a intervenção de rabinos exorcistas.
Esta terrível experiência o marcou para
sempre sua vida, que sempre foi envolta
pelo misticismo da fé e por superstições.
Isto pode ser notado em muitos dos seus
trabalhos autorais, como:
Novos Deuses, Eternos, etc.
Jacob Kurtzberg ao adotar o pseudônimo
de Jack Kirby (devido ao preconceito que
o público-leitor americano tinha dos
imigrantes e seus filhos), se tornou o
“Rei dos Quadrinhos”. Este título,
“Rei dos Quadrinhos”” foi dado à ele
pelo genial Stan Lee, o escritor
mais importante
dos Quadrinhos mundiais do século 20 ,
que ao longo de sua carreira desenvolveu
uma obra fantástica, que culminou com a
criação mais incrível do século: Homem
Aranha. Stan Lee e Jack Kirby, foram
prolíficos autores do gênero super-heróis.
Formaram uma dupla imbatível.
E eles revolucionaram a linguagem dos
comics com seus incríveis personagens.
Jack Kirby faleceu em fevereiro de 1994,
mas sua obra é imortal.
O INÍCIO DE UMA
BRILHANTE CARREIRA
Sua fantástica carreira começou quando
passou a trabalhar como animador nos
estúdios de Max Fleischer, em 1935.
Trabalhou em séries como: Betty Boop
e Popeye. Nos comics , suas primeiras
produções foram para tiras diárias,
com os personagens:
Abdul Jones, Black Bucaneer
e Socko The Seadog. Em 1941, Jack encontrou
um parceiro o talentoso Joe Simmons e
juntos criaram um dos mais famosos
personagens da atual Marvel Comics:
o Capitão América, um herói que teve seu
auge principalmente durante a Segunda
Grande Guerra Mundial.
Steve Rogers, que se transformava em
Capitão América para combater as forças
nazistas acabou ficando tão famoso
quanto: Batman, Superman
e Capitão Marvel.
Entre 1941 e 1943 Jack Kirby desenhou cerca
de 35 histórias do famoso capitão, consideradas
clássicas. Também nesta época ele realizou
com o parceiro Simmons da série chamada
Bopy Commander e Newsboy Legion.
KIRBY & STAN LEE:
PARCERIA GENIAL
Em 1956, o mestre conheceu o também
jovem e talentoso Stanley (Lieber) Lee,
que também era filho de judeus imigrantes,
assim como muitos outros autores de comics
que, por não terem poder aquisitivo
para freqüentar academias de arte,
para desenvolver seus talentos natos,
e que também não queriam cair na
marginalidade, acabavam enveredando
para o setor editorial, uma espécie de
subcultura que era totalmente desprezada
pelos intelectuais da elite época.
De repente, Jack Kirtby foi para a Timely,
atual Marvel Comics, onde começou
a desenhar séries para comicbooks, como:
Fighting American, The Fly, Private Strong
e, em colaboração com o também genial
Wallace Wood fez a série Skywalkers,
em forma de tiras de jornais
e páginas dominicais.
Seu período mais fértil, no entanto, seria
com o parceiro Stan Lee, sobrinho do dono
da editora. Esta dupla fenomenal criou milhares
de páginas repletas de fantasia e muita ação
de diversos personagens inesquecíveis, como:
Fantastic Four, Ant-Man, Thor, Hulk,
The Avengers, X-Men, Nick Fury e Sgt. Fury.
Juntos, eles também ressuscitaram o
Capitão América, numa época do pós-
guerra em que os gibis de super-heróis
enfrentavam uma grave crise de vendas.
Este grande feito desta dupla maravilhosa –
o resgate das revistas de heróis -, aconteceu
na década de 60. Jack Kirby também fez
sozinho alguns episódios para:
Silver Surfer e Ka-Zar, para a Marvel.
“Nosso tempo era escasso. Eu e Stan vivíamos
abarrotados de trabalhos. Criávamos e
desenvolvíamos vários personagens ao
mesmo tempo. Era uma loucura.
Por absoluta falta de tempo Stan Lee
passava a storieline para mim e para os
primeiros colaboradores que surgiram
para nos auxiliar, na época.
Muitas vezes, esses briefings eram por
telefone, pois alguns desses colaboradores
moravam do outro lado do país.
Cada um de nós desenvolvíamos livremente
a HQ baseando-se na idéia que Stan nos
passava. Assim, ele nos dava liberdade plena
de criação. Entregávamos os originais com
o espaço demarcado para os balões e Stan
Lee escrevia sobre aquela sequência de
desenhos sem nenhum texto histórias
geniais. Jamais tinha visto coisa igual.
Isto, com o tempo, ficou conhecido como o
jeito Marvel de fazer quadrinhos.
O que diferiam nossos
heróis dos concorrentes
é que eles eram mais humanos, menos
supers. Acho que isto foi cativando um
púbiico-leitor fiel.” – declarou Kirby,
certa feita, á uma revista americana
especializada em publicações
de desenho sequencial.
Em 1970, ele passou para o time da maior
concorrente da Marvel, a poderosa DC
Comics detentora de títulos famosos,
como: Batman e Superman. Na DC, Jack se
tornou editor e se revelou um excelente
roteirista e ilustrador . Participou de:
Jimmy Olsen, Forever People, New God,
Mr. Miracle, Kamandi e Sandman.
Algum tempo depois retornou para a Marvel
onde voltou a fazer: Capitão América,
Rom, Devil Dinosaur e uma adaptação
muito pessoal do clássico do
cinema, de Kubrick, 2001 –
Uma Odisséia no Espaço.
Durante cerca de 40 anos de carreira Jack
Kirby criou e desenvolveu milhares e
milhares de páginas. Segundo o desenhista
Jim Steranko, sem Jack haveria muito
pouco para se falar sobre os
quadrinhos nas últimas décadas.
Como não dá para agradar gregos e troianos,
obviamente, o “Rei dos Quadrinhos” teve
seus admiradores – em sua grande maioria -,
e também seus críticos. Muitos desses
críticos afirmam, até hoje, que o desenho
dele era grotesco e totalmente desproporcional, etc.
Na minha opinião, era justamente isto que
o diferenciava dos demais autores de HQs.
Suas figuras eram, de fato exageradas, mas
tinham um tremendo impacto
visual e muita ação.
O mestre era genial e tinha uma incrível
imaginação, como podemos ver em Thor.
Estes importantes fatores que apontei
nunca tinham sidos vistos até então.
Os estilosos desenhos de Jack Kirby
cairam, de imediato, nas graças dos
leitores jovens da
América e do mundo.
Sem ele – O Rei dos Quadrinhos-,
e o genial escriba Stan Lee
não existiria Marvel, hoje.
Mãos enormes e musculaturas exageradas
eram a marca registrada de suas figuras.
Jack Kirby se foi em 1994, mas deixou
um legado que jamais será esquecido.
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