
Local apropriado para a troca de informações entre os saudosistas e apreciadores das boas coisas dos anos 60 e 70, como: filmes, músicas (de todos os gêneros), gibis de bang-bang, antigos seriados de TV, dados sobre o velho Oeste, entrevista com os bambas das HQs nacionais e internacionais, matérias, reportagens! Fique por dentro das novidades do mundo editorial!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
HOMENAGEM AO GRANDE MESTRE EDMUNDO RODRIGUES!
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HOMENAGEM PÓSTUMA A TODOS OS
MESTRES
DOS QUADRINHOS QUE SUCUMBIRAM EM 2012
DOS QUADRINHOS QUE SUCUMBIRAM EM 2012
E EM ESPECIAL PARA DOIS GRANDES
BRASILEIROS!
O ano de 2012 está quase chegando ao fim. Enquanto a Europa e boa parte do mundo, sentia na pele os efeitos da crise financeira mundial e o Brasil se destacava como uma das economias menos abalada pela tal crise, o mundo dos quadrinhos perdia pessoas geniais, de muito talento.
A matéria a seguir é uma homenagem póstuma a
esses fantásticos criadores que tanto contribuíram para o
desenvolvimento do setor editorial e, especialmente do segmento de
revistas de histórias em quadrinhos, nas mais diversas partes do
mundo e, em especial, para dois brasileiros notáveis que também
ouviram o som das trombetas e acabaram embarcando nesse “trem”
que viaja entre nuvens e entre os anjos rumo ao prometido Paraíso
celestial. O primeiro grande mestre brasileiro que quero reverenciar
é...
Confesso que fiquei chocado, quando soube que no
último dia 10 de
setembro, morreu, aos 77 anos, Manuel Edmundo Botelho
Rodrigues, mais conhecido como Edmundo Rodrigues.
setembro, morreu, aos 77 anos, Manuel Edmundo Botelho
Rodrigues, mais conhecido como Edmundo Rodrigues.
Na década de 60, conheci pela primeira vez o belo
traço
desse artista e passei a admirá-lo. Eu era apenas
um adolescente metido a desenhista que sonhava
em publicar um dia, como ele, Nico Rosso,
Rodolfo Zalla, Colonese, Ignácio Justo, Jayme Cortez,
Gedeone, Luchetti, Marcos e Dolores Maldonado,
Minami Keizi, José Lanzelotti, e tantos outros
que eu tanto admirava e ainda respeito.
desse artista e passei a admirá-lo. Eu era apenas
um adolescente metido a desenhista que sonhava
em publicar um dia, como ele, Nico Rosso,
Rodolfo Zalla, Colonese, Ignácio Justo, Jayme Cortez,
Gedeone, Luchetti, Marcos e Dolores Maldonado,
Minami Keizi, José Lanzelotti, e tantos outros
que eu tanto admirava e ainda respeito.
Creio que os deuses das artes foram generosos
comigo,
pois ao longo de minha carreira tive o prazer de
conhecer e até conviver com alguns desses
verdadeiros monstros sagrados da arte seqüencial brasileira.
Edmundo Rodrigues foi um dos meus desenhistas
preferidos, comprei muitas revistas desenhadas
por ele e cheguei até a copiar seus desenhos.
pois ao longo de minha carreira tive o prazer de
conhecer e até conviver com alguns desses
verdadeiros monstros sagrados da arte seqüencial brasileira.
Edmundo Rodrigues foi um dos meus desenhistas
preferidos, comprei muitas revistas desenhadas
por ele e cheguei até a copiar seus desenhos.
Década de 70. Eu trabalhava numa imobiliária da
avenida
Angélica, quando vi um anúncio numa revista da Miname e
Cunha Editores, que procurava por novos talentos.
Não tive dúvida e decidi correr atrás do meu sonho
: me tornar um autor de HQs. Fui bater na porta da
editora que ficava no bairro do Cambuci em São
Paulo, apresentando dez páginas de
uma HQ de terror feita por mim.
Angélica, quando vi um anúncio numa revista da Miname e
Cunha Editores, que procurava por novos talentos.
Não tive dúvida e decidi correr atrás do meu sonho
: me tornar um autor de HQs. Fui bater na porta da
editora que ficava no bairro do Cambuci em São
Paulo, apresentando dez páginas de
uma HQ de terror feita por mim.
Nesse glorioso dia, trombei, por acaso com um
dos meus ídolos, o próprio Edmundo Rodrigues,
em carne e osso, que estava confabulando com
Minami Keizi e Carlos da Cunha. Mal pude acreditar
que aquilo estava acontecendo. Tive o prazer de
apertar a mão dele e só não tive coragem de
pedir um autógrafo por mera timidez.
dos meus ídolos, o próprio Edmundo Rodrigues,
em carne e osso, que estava confabulando com
Minami Keizi e Carlos da Cunha. Mal pude acreditar
que aquilo estava acontecendo. Tive o prazer de
apertar a mão dele e só não tive coragem de
pedir um autógrafo por mera timidez.
Mostrei os rabiscos toscos para que os editores
avaliassem o trabalho e para o meu espanto o
próprio Edmundo começou a analisar meus traços
e em seguida começou a apontar as falhas.
avaliassem o trabalho e para o meu espanto o
próprio Edmundo começou a analisar meus traços
e em seguida começou a apontar as falhas.
Confesso que fiquei puto, com o meu ex-ídolo,
visto que
ele simplesmente detonou minhas páginas
na frente dos editores, que acabaram concordando
com ele, quanto as tais falhas técnicas anatômicas, etc.
ele simplesmente detonou minhas páginas
na frente dos editores, que acabaram concordando
com ele, quanto as tais falhas técnicas anatômicas, etc.
Devo ter ficado vermelho que nem
um pimentão, puto nas calças.
um pimentão, puto nas calças.
Por fim, meu ex-ídolo recomendou que eu comprasse
um livro que ele tinha feito e que fora editado pela Ediouro,
sobre desenho e anatomia. Com um sorriso amarelo,
concordei, mas no fundo eu estava era xingando
aquele cara, por sua atitude. Por que ele
não tinha me chamado num canto, pra me esculachar?,pensei.
Aquele dia, decepcionante, eu tinha ido visitar os
editores com um amigo – Vanderley Felipe, que
também tinha pretensões de fazer HQs. Assim que
deixamos a editora eu disse pro meu amigo de
peregrinação editorial: “Cara, vou comprar o livro
desse cara! Se eu achar um erro ele vai ver só...
sou capaz de trazer o livro aqui na editora e dar
um espôrro nele, na frente dos editores.
Como ele fez comigo... puta sacanagem.”
Com o passar do tempo aprendi a controlar meus
impulsos e hoje sei que quando se é jovem a gente
sempre acha que sabe de tudo. Ledo engano (rsss...).
impulsos e hoje sei que quando se é jovem a gente
sempre acha que sabe de tudo. Ledo engano (rsss...).
Eu estava ciente de que meu trabalho não estava
lá
essas coisas – apesar de eu na época já ter
feito vários cursos artísticos -, que precisava
melhorar muito... mas aquele cara, precisava
fazer aquilo na frente dos editores?
Fiquei inconformado.
Era certo que eu não era ainda um desenhista
de quadrinhos, na acepção da palavra, mas, apesar
de não saber fazer a coisa certa, estava acostumado
a ler e ver HQs americanas e, portanto, sabia
distinguir um bom de um mau desenho.
essas coisas – apesar de eu na época já ter
feito vários cursos artísticos -, que precisava
melhorar muito... mas aquele cara, precisava
fazer aquilo na frente dos editores?
Fiquei inconformado.
Era certo que eu não era ainda um desenhista
de quadrinhos, na acepção da palavra, mas, apesar
de não saber fazer a coisa certa, estava acostumado
a ler e ver HQs americanas e, portanto, sabia
distinguir um bom de um mau desenho.
Comprei o livro feito pelo Edmundo e, pasmem,
encontrei uma
porrada de erros. Alguns esboços simplesmente nada tinham
a ver com o mesmo trabalho artefinalizado. Anotei esses
erros com uma caneta vermelha e toda a vez que eu ia
lá naquela editora leva o livro numa pasta,a te o dia em
que encontrei novamente meu ex-ídolo na editora.
Ao deu outra, abri o livro e mostrei para ele e para os
editores os erros que eu havia encontrado.
E disse, audaciosamente:
porrada de erros. Alguns esboços simplesmente nada tinham
a ver com o mesmo trabalho artefinalizado. Anotei esses
erros com uma caneta vermelha e toda a vez que eu ia
lá naquela editora leva o livro numa pasta,a te o dia em
que encontrei novamente meu ex-ídolo na editora.
Ao deu outra, abri o livro e mostrei para ele e para os
editores os erros que eu havia encontrado.
E disse, audaciosamente:
- Como você, um profissional, me manda comprar
um livro que ensina arte, cheio de erros?
um livro que ensina arte, cheio de erros?
O cara ficou sem graça,principalmente quando os
editores apanharam o livro e após observarem minhas
anotações concordaram comigo, dizendo:
editores apanharam o livro e após observarem minhas
anotações concordaram comigo, dizendo:
- Edmundo, o garoto tem razão...
Como todo idiota, lancei um olhar e um sorriso
vingativo para ele, que argumentou que aqueles
erros apontados estavam no livro, mas que não
tinham sido feitos por ele. Alegou que alguém,
na gráfica, devia ter alterado seus traços.
vingativo para ele, que argumentou que aqueles
erros apontados estavam no livro, mas que não
tinham sido feitos por ele. Alegou que alguém,
na gráfica, devia ter alterado seus traços.
O Felipe deve se lembrar bem dessa passagem cheia
de infantilidade vingativa da minha parte,
pois ele estava junto, nesse dia.
de infantilidade vingativa da minha parte,
pois ele estava junto, nesse dia.
Por fim, para apaziguar a situação idiota criada
por
mim, os editores – talvez até para se livra de mim e do
meu parceiro -, nos encaminhou para a casa de outra
fera do traço, o desenhista Ignácio
Justo – consagrado autor de histórias de guerra,
que na época promovia debates na TV visando a
nacionalização dos quadrinhos e também desenhava
para a Minami e Cunha Editores uma série
escrita por Gedeone Malagola: A Múmia.
mim, os editores – talvez até para se livra de mim e do
meu parceiro -, nos encaminhou para a casa de outra
fera do traço, o desenhista Ignácio
Justo – consagrado autor de histórias de guerra,
que na época promovia debates na TV visando a
nacionalização dos quadrinhos e também desenhava
para a Minami e Cunha Editores uma série
escrita por Gedeone Malagola: A Múmia.
Nunca mais vi Edmundo Rodrigues e confesso que
me arrependi de ter agido daquela forma.
me arrependi de ter agido daquela forma.
Apesar de tudo, aquelas observações feitas por
ele
sobre o meu trabalho me foram úteis, pois gradativamente
procurei melhorar o meu traço e minhas figuras, agora
sob a orientação do mestre Justo, que ministrava
aulas gratuitamente para vários jovens que
ficaram conhecidos como: A Turma do Barraco do Justo.
sobre o meu trabalho me foram úteis, pois gradativamente
procurei melhorar o meu traço e minhas figuras, agora
sob a orientação do mestre Justo, que ministrava
aulas gratuitamente para vários jovens que
ficaram conhecidos como: A Turma do Barraco do Justo.
Alguém já disse: O mundo dá voltas.
O SEGUNDO ENCONTRO
Só fui rever Edmundo Rodigues, dez anos depois,
quando eu e o Paulo Hamasaki fomos ao Rio de Janeiro, para fazermos a
série Os Trapalhões, em quadrinhos, e o diretor de arte da Bloch
era o meu desafeto: Edmundo Rodrigues.
Então eu disse pro Hama: “Que ironia, esse cara
me esculhambou na década passada na frente de uns editores, só
faltou dizer que meu desenho era uma merda, e agora me chama para
trabalhar...
Aposto que nem se lembra mais de mim...
Na realidade, ele não me chamou. Ele convidou o
Hamasaki, por este ter
desenhado Mônica e Cebolinha – personagens do Mauríco, que faziam
e ainda fazem sucesso. Por sua vez, o Hama me convidou para
participar da empreitada.
desenhado Mônica e Cebolinha – personagens do Mauríco, que faziam
e ainda fazem sucesso. Por sua vez, o Hama me convidou para
participar da empreitada.
O Hamasaki, que era mais velho e experiente, me
disse:
- Para com isso, Tony... vai ver que seu trabalho
estava ruim mesmo...
Decidi ficar na minha.
Passamos o final de semana na casa do Shima. Na
segunda-feira o
]Shima me levou de carro até a sede da Bloch onde eu teria que
fazer um teste de desenhos – fazer as caricaturas dos peroangens
da série Os Trapalhões -, e ter uma reunião com o Edmundo
e o pessoal daquela grande editora, enquanto o Hama
voltava para São Paulo, nas primeiras horas do dia.
]Shima me levou de carro até a sede da Bloch onde eu teria que
fazer um teste de desenhos – fazer as caricaturas dos peroangens
da série Os Trapalhões -, e ter uma reunião com o Edmundo
e o pessoal daquela grande editora, enquanto o Hama
voltava para São Paulo, nas primeiras horas do dia.
Meu teste foi aprovado. Os Trapalhões agora iam
ser
feitos por mim (o lápis) e pelo Hamsaki (a arte final).
Fiquei excitado, não resisti, olhei para o Edmundo e perguntei:
feitos por mim (o lápis) e pelo Hamsaki (a arte final).
Fiquei excitado, não resisti, olhei para o Edmundo e perguntei:
- Você se lembra de mim?
O Shima nada entendeu.
O diretor da divisão de quadrinhos da Bloch
olhou para mim e disse sorrindo:
olhou para mim e disse sorrindo:
- Claro... O reconheci assim que o vi. São Paulo.
Minami e
Cunha Editores. Faz um tempão, né? Falei aquilo
para o seu bem. Percebi que você tinha
talento, faltava lapidar, meu jovem...
Cunha Editores. Faz um tempão, né? Falei aquilo
para o seu bem. Percebi que você tinha
talento, faltava lapidar, meu jovem...
Concordei e demos boas gargalhadas.
A partir daquele dia passei a admirar ainda mais
aquele homem, aquele grande artista e
percebi o quanto eu tinha sido imaturo.
aquele homem, aquele grande artista e
percebi o quanto eu tinha sido imaturo.
Voltou a ser um dos meus grandes ídolos das HQs
nacionais.
ESSE FOI O CARA!
Edmundo Rodrigues foi um dos
mais talentosos
roteiristas, desenhistas e editores de histórias em quadrinhos
do Brasil. Ele nasceu no Estado do Pará, no dia 10 de Janeiro de
1935. Permaneceu em seu estado de origem até os cinco
anos de idade, quando sua família decidiu mudar para
o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil.
A cidade de Brasília, a Capital Federal, ainda não existia.
Edmundo Rodrigues fez vários cursos de artes, inclusive
o conceituado curso de Comics por correspondência da famosa
Inter Continental School.
Na cidade do Rio de Janeiro.
roteiristas, desenhistas e editores de histórias em quadrinhos
do Brasil. Ele nasceu no Estado do Pará, no dia 10 de Janeiro de
1935. Permaneceu em seu estado de origem até os cinco
anos de idade, quando sua família decidiu mudar para
o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil.
A cidade de Brasília, a Capital Federal, ainda não existia.
Edmundo Rodrigues fez vários cursos de artes, inclusive
o conceituado curso de Comics por correspondência da famosa
Inter Continental School.
Na cidade do Rio de Janeiro.
Iniciou sua carreira, aos 14 anos, na revista O
Tico-Tico,
com a série humorística chamada João Charuto.
Desenhou, também para a revista O Sesinho,
a série Lendas Brasileirase colaborou
com a série humorística chamada João Charuto.
Desenhou, também para a revista O Sesinho,
a série Lendas Brasileirase colaborou
com a revista Vida Juvenil, Antar
- uma versão de Tarzan-,
para a Editormex, e foi um dos desenhistas da série de faroeste chamada: O Vingador, que era lançada pela editora Outubro.
para a Editormex, e foi um dos desenhistas da série de faroeste chamada: O Vingador, que era lançada pela editora Outubro.
Em 1954, Edmundo foi contratado para trabalhar na
Rio Gráfica Editora, onde desenhou diversas revistas,
mas acabou ganhando notoriedade ao desenhar Jerônimo,
o herói do sertão, que durou
Rio Gráfica Editora, onde desenhou diversas revistas,
mas acabou ganhando notoriedade ao desenhar Jerônimo,
o herói do sertão, que durou
62 edições mensais e mais algumas edições
especiais em forma de almanaques.
especiais em forma de almanaques.
Em 1967, mudou-se para São
Paulo, a maior cidade
da América Latina, onde se concentrava a maioria das
editoras do país. Morou no bairro sofisticado do
Jardim da Aclimação e assim passou a trabalhar para
diversas editoras da capital paulista, como Gep,
Minami e Cunha, Luzeiro, GEP (Gráfica e Editora
Penteado), Taika, O Livreiro, etc.
da América Latina, onde se concentrava a maioria das
editoras do país. Morou no bairro sofisticado do
Jardim da Aclimação e assim passou a trabalhar para
diversas editoras da capital paulista, como Gep,
Minami e Cunha, Luzeiro, GEP (Gráfica e Editora
Penteado), Taika, O Livreiro, etc.
Em 1974, o genial artista voltou a morar na cidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro, no aprazível e
elegante bairro do Leme – onde viveu até desencarnar -
e aceitou o convite de Moisés Weltman para codirigir
o recém-criado departamento de histórias em quadrinhos
da Bloch. Sua missão principal era: relançar os falidos
quadrinhos da Marvel no Brasil, cujas vendas haviam
despencado na EBAL e suas tiragens não
atingiam mais 30 mil exemplares.
de São Sebastião do Rio de Janeiro, no aprazível e
elegante bairro do Leme – onde viveu até desencarnar -
e aceitou o convite de Moisés Weltman para codirigir
o recém-criado departamento de histórias em quadrinhos
da Bloch. Sua missão principal era: relançar os falidos
quadrinhos da Marvel no Brasil, cujas vendas haviam
despencado na EBAL e suas tiragens não
atingiam mais 30 mil exemplares.
Em menos de dois anos, as revistas da Marvel,
lançadas pela Bloch, também sucumbiram e logo
todos os títulos Made in America foram adquiridos
por dois outras poderosas editoras:
a Rio Gráfica e a Abril.
lançadas pela Bloch, também sucumbiram e logo
todos os títulos Made in America foram adquiridos
por dois outras poderosas editoras:
a Rio Gráfica e a Abril.
Mesmo após perder os direitos de lançar os
quadrinhos
americanos de super-heróis Edmundo Rodrigues
decidiu manter o departamento de HQs da Bloch ativo.
Assim, passou a produzir e editar histórias e títulos
nacionais, algumas desenhadas por grandes nomes
dos quadrinhos brasileiros. Ofeliano,
Eugênio Colonnese, Homobono
americanos de super-heróis Edmundo Rodrigues
decidiu manter o departamento de HQs da Bloch ativo.
Assim, passou a produzir e editar histórias e títulos
nacionais, algumas desenhadas por grandes nomes
dos quadrinhos brasileiros. Ofeliano,
Eugênio Colonnese, Homobono
A trajetória de um grande artista
A partir de 1959, Edmundo Rodrigues ficou famoso
por todo o país por desenhar Jerônimo,
o Herói do Sertão, personagem criado pelo
escritor Moyses Weltman para uma novela radiofônica de uma emissora
carioca, que se tornou muito popular. Tanto que, uma emissora
paulista copiou a fórmula e lançou outro western\rural chamado:
Juvêncio, o herói do sertão, que também devido ao sucesso viros
quadrinhos lançado pela editora Prelúdio (Atual Luzeiro). Devido
ao tremendo sucesso alcançado no rádio, as aventuras de Jerônimo
foram lançadas pela Rio Gráfico e Editora (atual Globo). Esse
cowboy\sertanejo, que fazia justiça pelo sertão sempre ao lado do
irriquieto Moleque Saci, também fez um tremendo sucesso durante
anos, coisa rara em se tratando de uma HQ nacional.
Tempos depois, a série foi adaptada para novela na TV.
Tempos depois, a série foi adaptada para novela na TV.
O eclético Edmundo Rodrigues, que era dono de um
traço marcante, cheio de ação, também desenhou outras séries,
como: o Falcão
Negro – para a editora Garimar,
de Péricles Leal-, um herói de capa\espada que se originou num
programa de televisão. O talentoso artista também colaborou para a
revista Calafrio,
para a editora do mestre desenhista e também editor Rodolfo Zalla,
escrevendo e desenhando histórias de terror,
ilustrou para o formato de quadrinhos clássicos da literatura
universal, como: 20 mil Léguas Submarinas,
O Guarani, Moby Dick, etc, e criou diversos personagens
para histórias avulsas, escreveu e ilustrou livros que
ensinavam a arte e técnica do desenho e ilustrou
uma série de livros para crianças. Também criou
O Máscara de Prata, um caubói mascarado e
diversas HQs avulsas de terror guerra e de terror.
O Guarani, Moby Dick, etc, e criou diversos personagens
para histórias avulsas, escreveu e ilustrou livros que
ensinavam a arte e técnica do desenho e ilustrou
uma série de livros para crianças. Também criou
O Máscara de Prata, um caubói mascarado e
diversas HQs avulsas de terror guerra e de terror.
Sua criação feminina
mais marcante foi Irina, a Bruxa, que se tornou um clássico
dos quadrinhos de terror do país. Irina
foi publicada originalmente em 1967 pela editora Taíka. Nos anos 80,
a editora Bloch
republicou Irina em cores. Foi também nessa década que Edmundo
Rodrigues se tornou editor de quadrinhos da saudosa Bloch Editores.
Por essa editora carioca, ele ressuscitou os até então falidos super-heróis Marvel, que após terem sido publicados inicialmente pela Editora Brasil-América, do editor Adolfo Aizen, saíram de circulação por um bom tempo.
Edmundo também abriu espaço para os atores nacionais. Júlio Shimamoto, nessa época, fazia a Múmia, Flávio Colin, o Lobisomem, Paulo Hamasaki e eu, Tony Fernandes, fazíamos os gibis dos Trapalhões e Trapasuat – séries baseadas no sucesso alcançado por Didi (Renato Aragão), Dedé, Muçum e Zacarias, os geniais comediantes da TV. Outros bambas do traço também colaboraram com a Bloch, como: Baldisseri, Ofeliano, Colonnese, Homobono, Toninho Lima, Bira Dantas, Mingo e Queiroz – estes três últimos, através do Estúdio Ely Barbosa continuaram a fazer Os Trapalhões.
O mestre Eduardo Vetillo desenhava Spectreman –
série em quadrinhos de longa duração baseada
num seriado de muito sucesso da TV japonesa,
que foi exibida no Brasil. Diversos títulos e
gêneros foram lançados pela Bloch, quando
Edmundo Rodrigues estava no
comando, como o clássico Drácula – da Marvel -
desenhado magistralmente pelo mestre Gene
Colan e Mestre Kim. Há quem afirme que
as cores dos quadrinhos desse período eram
berrantes e que os super-heróis americanos da
Marvel usavam muitas gírias locais da época,
mas a verdade é que aqueles gibis coloridos
em formatinhos da Bloch deixaram saudades.
Naquele tempo remoto não faltava
trabalho, ao menos para nós.
Por essa editora carioca, ele ressuscitou os até então falidos super-heróis Marvel, que após terem sido publicados inicialmente pela Editora Brasil-América, do editor Adolfo Aizen, saíram de circulação por um bom tempo.
Edmundo também abriu espaço para os atores nacionais. Júlio Shimamoto, nessa época, fazia a Múmia, Flávio Colin, o Lobisomem, Paulo Hamasaki e eu, Tony Fernandes, fazíamos os gibis dos Trapalhões e Trapasuat – séries baseadas no sucesso alcançado por Didi (Renato Aragão), Dedé, Muçum e Zacarias, os geniais comediantes da TV. Outros bambas do traço também colaboraram com a Bloch, como: Baldisseri, Ofeliano, Colonnese, Homobono, Toninho Lima, Bira Dantas, Mingo e Queiroz – estes três últimos, através do Estúdio Ely Barbosa continuaram a fazer Os Trapalhões.
O mestre Eduardo Vetillo desenhava Spectreman –
série em quadrinhos de longa duração baseada
num seriado de muito sucesso da TV japonesa,
que foi exibida no Brasil. Diversos títulos e
gêneros foram lançados pela Bloch, quando
Edmundo Rodrigues estava no
comando, como o clássico Drácula – da Marvel -
desenhado magistralmente pelo mestre Gene
Colan e Mestre Kim. Há quem afirme que
as cores dos quadrinhos desse período eram
berrantes e que os super-heróis americanos da
Marvel usavam muitas gírias locais da época,
mas a verdade é que aqueles gibis coloridos
em formatinhos da Bloch deixaram saudades.
Naquele tempo remoto não faltava
trabalho, ao menos para nós.
Naquela época, eu e o velho bengala friend Paulo
Hamasaki trabalhávamos na editora Noblet. Creio que, por indicação
do Shima, Paulo Hamasaki – velho amigo do Shima, e que também já
era famoso por ter começado a trabalhar com o Maurício de Sousa -,
foi convidado pelo Edmundo para dar continuidade na série os
Trapalhões, que era feita pelo Baldisseri, se não me engano. Devido
a absoluta falta de tempo - por comandar o dia todo o departamento de
arte na Noblet-, o Hamasaki me convidou para fazermos em parceria a
série Os Trapalhões. Aquela era uma proposta irrecusável para um
jovem que sonhava em fazer quadrinhos, sair da Noblet e montar meu
próprio estúdio. Topei.Assim, eu fazia os desenhos a lápis e o
Hama artefinalizava os originais, que eram desenhados no formato A-3.
Os roteiros e os pagamentos chegavam em minhas mãos, vindos do Rio,
pelo malote da famosa Casa da Manchete, que ficava na rua
Groenlândia, na zona sul de São Paulo.
Voltando ao fio da meada...
Surgiu o convite. Empolgado, topei. Assim,
viajamos para o Rio de Janeiro, numa sexta-feira, após o expediente
da Noblet. Chegando lá, fomos para a casa do mestre Shimamoto –
que eu já tinha conhecido um dia na Noblet. O mestre morava em
Jacarepaguá. Júlio Shimamoto, naquela época, estava a milhão,
colaborando com a Bloch - fazendo a Múmia-, e com a Grafipar -
fazendo HQs eróticas. Acampamos na casa do Shima, pois na segunda
feira tínhamos agendado uma reunião na editora carioca, onde fiz um
teste – orientado pelo Shima - para fazermos os trapalhões, que
foi aprovado – enquanto o Hama voltava para São Paulo.
DETALHE: Foi nessa viagem que tivemos o prazer de
conhecer o Otta – lendário editor da Vecchi, da revista Mad – e
Watson Portela, nosso querido magrão, que também estava colaborando
com a Vechi e com a Grafipar, de Curitiba. Bons tempos aqueles em que
todos tinham muito o que fazer.
Como eu já disse trabalhávamos o dia todo para
cuidar das revistas da Noblet (Akim, Carabina Slim, Gidapp Joe,
Vampirella, Prézinho, Godofredo, Mister No, Hot Girls, Contos
Excitantes e mais duas coleções de pocket books de histórias
eróticas. Para segurar essa barra, contávamos com a escritora e
grande mana amiga Eugênia Cecília Brasiliense, Militelo, Toninho
Duarte e o querido bengala brother Fausto kataoka.
O BICHO PEGOU!
Quando os primeiros roteiros chegaram começou a
loucura.Eu deixava a Noblet às pressas – por hábito, só
tomávamos umas brejas geladas, e umas quentes, nas sextas depois do
expediente. Sexta-feira era fatal os nossos happy hours, afinal
ninguém era de ferro. Duro era fazer nossas esposas entenderem essas
farras (Rsss...). Eu chegava em casa – depois de cruzar a cidade-,
tomava um banho, jantava e ia para a prancheta até as 4 da manhã,
diariamente, pois o Hamasaki estava ansioso para fazer as artes
finais. Muitas vezes fomos obrigados a tocar as páginas nos finais
de semana e até no estúdio da própria Noblet, quando tínhamos
chance. Ou seja, quando o nosso editor – Joseph Abourbih -, saia
para almoçar. Obviamente não íamos agüentar aquela louca
empreitada por muito tempo. Na verdade, só fizemos uma edição dos
Trapalhões e outra da série Trapasuat – com os mesmo personagens
da TV. Por sorte, as cores eram feitas no Rio de Janeiro, pela
competente equipe interna da Bloch. Dois meses depois, estávamos só
o pó da rabiola, sonados, feito baratas tontas e, como conseqüência,
começamos a furar os prazos de entrega.
Vira e mexe tocava os telefones da Noblet. Era o
pessoal da Bloch cobrando o material. Além de ter que dar desculpas
esfarrapadas corríamos o risco de perdermos nossos empregos. Por
fim, desistimos. Ou melhor, o pessoal da Bloch desistiu da gente e
acabou contratando o Estúdio Ely Barbosa para continuar as séries
que havíamos dado início, essa é que é a verdade.
Pra ser sincero, perdemos o trabalho por pura
incompetência e por falta de infraestrutura de produção. Na
verdade estávamos malucos, queríamos abraçar o mundo. Pois, além
de fazer a semana toda as revistas da Noblet, colaborávamos para a
Grafipar e decidimos segurar a Bloch.
Mesmo sendo ágeis para executar os trabalhos não
há organismos que possam resistir a um ritmo aloprado desses de
produção. Sem contar que éramos casados, tínhamos filhos e
diversas atribulações familiares.
Confesso que fiquei feliz quando vi Os Trapalhões
nas bancas com os desenhos da competente turma do Estúdio Ely
Barbosa- com o qual colaborei anos depois fazendo personagens
Hanna-Barbera, como: A Formiga Atômica e Trapaleão . Apesar de
perdermos o faturamento tiramos um peso imenso das costas e voltamos
a dormir em paz. Como diz um velho ditado popular: “Quem tudo quer
nada tem.” Aprendi a lição.
Nos anos 90, eu e o velho amigo Wanderley Felipe
fundamos o estúdio Felipe e Fernandes, que era apenas uma pequena
sala no quinto andar, em cima do saudoso e extinto Bar do Jeca –
ponto de artistas em geral -, bem na esquina das famosas avenida São
João e Avenida Ipiranga, de frente ao tradicional Bar Bhrama, que
ainda existe. Na época, atendíamos diversas editoras, como: Ninja,
Acti-Vita, e o Laboratório Catarinense. Certo dia o telefone do
vizinho tocou – não tínhamos nem telefone, é mole? A secretária
do vizinho que editava revistas de artes marciais veio me chamar.
Ao atender fiquei surpreso. Era Edmundo Rodrigues
me convidando para colaborar com a revista Angélica – título
baseado na famosa apresentadora atual da TV Globo, que na época
fazia programas infantis. O Ed me disse que gostava do meu texto e do
meu traço e me pediu para fazer algumas páginas pra revista
Angélica com personagens infantis. Disse para ele que não tínhamos
nenhum personagem infantil. Ele me disse: Conheço Capitão (Buana)
Savana, Jerônimo Dias, o bandeirante, Águia Azarada, o Inspetor
Pereira... são criações suas, não são? Você é criativo! Se
vira!
Pensei... Mas essas séries que criei no passado –
todas foram publicadas nas revistas da Noblet - não eram infantis.
Eram cômicas. Esse cara é maluco. Não me acho tão criativo assim.
Comentei com o meu sócio e de imediato comecei a
pensar em algum roteiro infantil bem humorado. A primeira série que
criei foi Os Tortugas, uma família de tartarugas que satirizava a
sociedade contemporânea, onde o pai, um publicitário, que vivia
criando campanhas para um super-herói de seriado de TV chamado
Capitão Maionese, que ele odiava, tinha que suportar o filho que
admirava o personagem fictício e que vivia decepcionado com seu
progenitor que – ao contrário do herói da TV- era todo
atrapalhado. A família era composta pelo pai (Zuza), pela mãe, pela
filha (Tania) e pelo irriquieto garoto chamado (Tim). Algumas vezes
entravam em cena o avô e os vizinhos, que vira e mexe eram
atormentados pelo capetinha da família – o Tim. O Felipe criou as
figuras, eu escrevia os roteiros. Assim que os originais ficaram
prontos enviamos eles para o Rio. O Edmundo adorou e na sequencia
encomendou outra série. Sugeriu que criássemos uma bruxinha.
Empolgado, mandei ver e passei a escrever essa nova personagem, que
confesso que nem me lembro mais o nome dela. Mandamos o novo material
e o Ed aprovou também.
Assim, passamos a fazer duas séries mensais
infantis para a revista Angélica durante alguns meses.
Só paramos de produzí-las quando decidimos abrir
nossa editora a Phenix Editorial Ltda, em 1991.
Mesmo assim, de vez em quando, eu me comunicava
com o Ed, por telefone. Fiquei sabendo que fazia free lances e
ilustrava livros infantis, por que um dia me perguntou, quanto se
pagava por página uma ilustração infantil as editoras paulistas.
Os anos se passaram e só voltei a contactar com o
mestre Edmundo o ano passado no Orkut, uma única vez. Há pouco
tempo atrás, eu sonhava - e até tentei - entrevistá-lo para um dos
meus blogs, pois sabia que ele tinha boas histórias para contar.
Porém, há alguns dias atrás descobri no Facebook que ele já não
estava mais entre nós, lamentavelmente.
2012 - UM ANO DE
GRANDES PERDAS
O grande mestre Edmundo Rodrigues, faleceu no dia 10
de Setembro de 2012,
e a causa de sua morte não foi divulgada. Esse não tem sido um bom
ano para os fãs de quadrinhos.
Perdemos: Jean
"Moebius" Giraud, Joe
Kubert, Sergio
Toppi, Josep
María Berenguer, Mauro
Martinez dos Prazeres, Sheldon
Moldoff, John
Severin, Tony
de Zuñiga, Al
Rio e Ernie Chan. No cenário nacional
perdemos mais dois importantes guerreiros: o desenhista e editor
Edmundo Rodrigues e o escritor e editor...
Ele morreu no dia 20 de julho, aos 72 anos
(completaria 73 em 16 de outubro desse ano fatídico), e só
recentemente a notícia foi divulgada. Segundo consta, ele estava
numa situação econômica difícil. Viveu seus últimos dias num
asilo mantido pela comunidade judaica carioca. Teve um final
lamentável para quem fez muito em prol do mercado editorial
brasileiro ao lado de seu pai o saudoso Adolfo Aizen (Editora
Brasil-América), seu irmão Paulo Adolfo e Fernando Albagli. Naumim
foi um dos dirigentes da Editora
Brasil-América, a saudosa Ebal,
que, por vários anos, publicou no Brasil os melhores quadrinhos
europeus, norte-americanos e nacionais, como O Judoka e a Coleção
Maravilhosa.
As publicações da Ebal
dominaram as bancas por muito tempo – de 1960 até 1991. Esta
saudosa editora continua sendo, para muitos leitores e
colecionadores, a mais querida de todas, graças ao carinho que a
família Aizen sempre dedicou aos fãs das histórias em quadrinhos.
Com a morte de Adolfo Aizen, em 10 de maio de
1991, a editora passou apenas a trabalhar com seu parque gráfico
imprimindo para terceiros. Naumim Aizen assumiu uma empresa que
estava cheia de problemas financeiros, que estava com seus dias
contados. Com o fechamento da Ebal, Naumim teve que
assumir as dívidas. Além de perder todos os seus bens, viu seu
casamento e sua saúde desmoronar.
Sempre enalteceu o trabalho de seu pai. Escreveu
livros infantis, como o premiado Era
uma vez duas avós, e publicou matérias sobre quadrinhos
em diversos livros, como em Shazam,
de Álvaro de Moya, onde escreveu sobre onomatopéias – os sons das
HQs.
Os mestres, depois de uma árdua batalha, se vão
para o merecido retiro dos deuses, mas seus legados ficam para todo o
sempre.
Ainda falando sobre Edmundo Rodrigues...
Com a falência da Bloch, em
1993, Edmundo passou a viver de free lance. Trabalhou para diversas
editoras fazendo capas de livros infantis e juvenis e até
storyboards e
conceptboards para agências de publicidade. Jamais voltou aos
quadrinhos.
Ele manteve um blog,
no qual contava suas memórias e era ativo no Facebook, onde
respondia gentilmente as perguntas que faziam seus fãs.
No ano 2.00, ele ainda desenhou para a Rio
Gráfica: Cidade Aberta, uma versão em quadrinhos
de um dos primeiros seriados produzidos pela TV Globo
no Rio de Janeiro. Este foi um de seus últimos trabalhos.
O grande mestre Edmundo Rodrigues, durante sua
longa carreira, foi prolífico. Poduziu milhares de páginas dos mais
diversos gêneros. O setor editorial brasileiro perdeu um de seus
grandes baluartes, dono de um impactante e inesquecível traço, que
marcou eternamente aqueles que adoram as boas histórias quadrinhos.
Mestre Edmundo, Mestre Naumim, valeu!
Obrigado por tudo aquilo que fizeram em prol do
setor editorial brasileiro!
Descansem em paz! Que assim seja!
Excelsior, como escreveria Stan Lee!
Copyright 2012 - Tony Fernandes - Estúdios Pégasus
Uma divisão de arte e criação da Pégasus Publicações Ltda -
São Paulo - Brasil -
Todos os Direitos Reservados
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
FRANK FRAZETTA, O GRANDE MESTRE DOS MESTRES! MATÉRIA ESPECIAL!
A matéria de hoje é sobre um dos artistas mais geniais da
América. Ele foi, sem dúvida, o grande mestre da arte fantasiosa americana de
ficção cientifica (Sci-fi), das histórias em quadrinhos, das ilustrações para
capas de livros e cadernos, das pinturas fantásticas, dos de cinema cartazes
incríveis, das capas de discos, calendários, etc. A arte deste verdadeiro grande
mestre multimídia, que também acabou influenciando muita gente – como Boris
Vallejo-, apareceu também na TV e em campanhas publicitárias.
Desde a primeira vez que vi o seu traço virei seu fã.
Quando descobri seus álbuns com ilustrações incríveis, pirei, literalmente. É
com muita honra que hoje escrevo sobre esse genial mestre dos quadrinhos e da
arte plástica, que perpetuou seu nome para sempre no mundo dos comics, dando
maior dignidade as histórias em quadrinhos, que sempre foram subjugadas pelos
pseudos intelectuais americanos, que as classificavam como “Arte menor”. Coube
aos franceses, para variar, reconhecer a arte seqüencial dos comics books como
arte, na acepção da palavra, assim como estes descobriram e aplaudiram a
genialidade do jazz – música negra que era menosprezada na América -, e o
talento notável do ator e comediante Jerry Lewis, que os americanos
classificavam como um retardado, foi o povo francês que deu o devido valor para
as HQs, um dos maiores veículos de comunicação do século XX.
As pinturas desse artista sui
generis são impactantes e inesquecíveis. As cenas criadas por este gênio da
pintura sempre aguçam nossa imaginação, pois ele sempre primou por realizar uma
boa composição, luz e sombra, perfeita anatomia e cenas fantasiosas
inconcebíveis, por meros mortais. Um artista que explorou os mais
diversificados temas de quadrinhos e que explorou como ninguém a arte e técnica
da arte plástica e que estimulou nossa imaginação pelo mundo da ficção
científica é inigualável. John Woo, diretor cinematográfico, é fã incondicional dos desenhos e ilustrações
desse grande mestre, assim como eu. Muitos o consideram como “O verdadeiro pai
da ilustração fantástica moderna”. Conheça um pouco mais sobre o genial artista da arte fantástica de ação...

FRANK FRAZETTA
(1928 \ 2010),
O MESTRE DOS MESTRES!
Frank Frazetta entrou para a história da indústria dos
comics books da América, virou lenda, ao receber os mais cobiçados e
importantes prêmios almejados por aqueles que trabalham com o setor editorial daquele
país, The Will Eisner Comic
Book Hall of Fame, em 1995, e The
Jack Kirby Hall
of Fame, em 1999. Nenhum outro artista conseguiu este feito.
NASCE UM ARTISTA
Frank Frazzetta – Se você acha que erramos ao escrever o
sobrenome desse brilahnte artista, se enganou. Curiosamente, em seu registro de
nascimento consta o sobrenome com dois “z”. Ele nasceu no bairro do Brooklyn,
em Nova Iorque.
Resolveu tirar um "z" do seu sobrenome original italiano
logo no início da carreira para deixar seu nome mais pronunciável pelos
americanos. Esse descendente de imigrantes italianos, pobres, foi o único
garoto daquela família que teve quatro crianças. O menino sempre foi muito
apegado a mãe e, segundo afirmou certa feita, foi graças a ela que ele se
tornou um artista. Foi ela que começou a encorajá-lo a fazer desenhos quando
ele tinha apenas dois anos de idade.
Ainda segundo o artista, quando ele fazia seus primeiros
desenhos toscos era ela que o incentivava a continuar dizendo que estava
maravilhoso e lhe dava uma moeda cada vez que fazia um novo desenho. Muitas
vezes ela não tinha dinheiro para comprar folhas de papel sulfite ou um caderno
de desenho, então o jovem Frank rabiscava até em papel higiênico. Com a prática
constante, com o passar do tempo, o garotinho começou a evoluir os seus traços.
Na escola primaria, vivia enchendo as folhas dos cadernos com desenhos, para o
desespero dos seus pais e professores. Não gostava de estudar as matérias.
Vivia no mundo dos sonhos, dos desenhos. Sua mãe não hesitou e logo colocou o
garoto numa escola de arte.
Aos 8 anos Frazetta começou a estudar na Brooklyn Academy
of Fine Arts, uma
pequena escola de de desenho dirigida pelo instrutor Michael Falanga. "Na
verdade ele não me ensinou muita coisa – disse Frazetta em 1994. - "Ele
simplesmente observava meus desenhos e dizia “Bonito, muito bonito. Muito
bom... Talvez se você fizesse assim ou assado ficaria melhor”. Nós nunca
tivemos um bom bate papo. Ele falava um péssimo inglês. Aprendi muito mais com
os meus amigos do curso.”
A primeira HQ se chamava"Snowman" e foi publicada na revista Tally-Ho Comics, em dezembro de 1944, publicada pela Swappers Quarterly e Almanac/Baily Publishing Company. Durante um bom tempo o jovem artista não assinava seus trabalhos, por isso muitos pesquisadores e colecionadores têm dificulades de catalogar todas as obras de Frazetta. Em 1946, ele passou a assinar suas artes. Desenhou e artefinalizou duas HQs. Uma para a Prize Comics, que foi publicada na revista Treasure Comics #7, uma HQ de quarto páginas que foram publicadas pela William Penn Founder of Philadelphia e uma história de uma página cujo título era "Ahoy! Enemy Ship!", que apresentava seu primeiro personagem: Capitão Kidd Jr. Em 1948 publicou uma história chamada Judy of the Jungle, pela editora Exiting Comics. Em 1952 publicou Thunda,
King of the Congo.
O mestre, ao conceder uma entrevista para The Comic
Journal, em 1991, declarou que o editor Graham Ingels foi o primeiro a
reconhecer seu talent, o primeiro a lhe dar oportunidade, trabalho na Standard
Comics, em 1947. Também afirmou, na
ocasião, que graças a Louie Lazybones, uma series criada para tiras de jornais para
concorrer com Li'l Abner
(Ferdinando, no Brasil), que fazia muito sucesso, foi que sua carreira
deslanchou. Frazetta também trabalhou como “desenhista fantasma” – para o autor
sem assinar - durante um bom tempo nessa série, que ganhou fama.
Foi através da Dell Comics, que publicava a revista Famous
Funnies, que Frazetta fez HQs interessantes de guerra para o título Heroic Comics,
histórias que enalteciam as virtudes humanas, as orações e que delatavam os
problemas causados pelo uso das drogas.
Frank Frazetta desenhou ao longo dos anos diversos gêneros
de histórias em quadrinhos, como: bang-bangs, fantasias, mistério e
até dramáticas. Inicialmente seus primeiros trabalhos eram cômicos, há quem
afirme que nesse período ele assinava como "Fritz", porém, há
controvérsias.
Para a os títulos Personal Love
e Movie Love,
ele desenhou HQs românticas cheias de verdadeiras celebridades da indústria
cinematográfica americana. Desenhou, inclusive, a biografia de Burt Lancaster,
famoso ator de Hollywood, que provocava suspiros na mulherada.
Seu traço dinâmico agradava cada vez mais os editores e o
publico leitor. Assim, no início dos anos 50s, ele fez trabalhos para as
editoras EC Comics e para a National Comics. Sua
primeira HQ de super herói foi para a série
"Shining Knight",
para a Avon Comics. Devido
ao sucesso de suas HQs outras editoras de quadrinhos o procuraram. Fez muitas
HQs em parceria com o desenhista e amigo Al Williamson – que
substituiu Alex Raymond na série Flash Gordon, brilhantemente.
Alguns pesquisadores afirmam que Frank Frazetta desenhou também Buck Rogers – aventureiro espacial que antecedeu Flash Gordon –, capas para a revista Famous Funnies e que ele começou desenhando, inicialmente, as tiras e páginas dominicais de uma série criada por Al Capp: Li'l Abner (Ferdinando, no Brasil), em 1954. Porém, nem todo mundo concorda com algumas dessas afirmações.
Alguns pesquisadores afirmam que Frank Frazetta desenhou também Buck Rogers – aventureiro espacial que antecedeu Flash Gordon –, capas para a revista Famous Funnies e que ele começou desenhando, inicialmente, as tiras e páginas dominicais de uma série criada por Al Capp: Li'l Abner (Ferdinando, no Brasil), em 1954. Porém, nem todo mundo concorda com algumas dessas afirmações.
A verdade é que Frazetta
também produziu sua própria tira, com o personagem Johnny Comet.
Como assistente do desenhista Dan Barry,
Frazetta fez as tiras diárias de Flash Gordon,
criação do genial Alex Raymond, que teve início nas tiras de jornais, passou
para as revistas em quadrinhos e que, devido ao enorme sucesso, acabou virando
seriado de cinema, estrelado por Buster Grable.
Frank Frazetta se casou com Eleanor Kelly, de Massachusetts,
em Nova Iorque, em novembro de 1956. Tiveram 4 filhos, segundo biógrafos. Depois
de ter trabalhado durante 9 anos com o mestre Al Capp, fazendo tiras cômicas de
Li’l Abner, em 1961, Frazetta decidiu retornar aos quadrinhos de figuras
humanas.
Trabalhou com Harvey Kurtzman e Will Elder
em três histórias da sensual série chamada Little Annie Fanny,
que fez muito sucesso nas páginas da revista Playboy. Devido a sensualidade das personagens femininas que ele
desenhava foi convidado para fazer ilustrações para diversos títulos de
revistas masculinas.
FRAZETTA STUDIO
Em 1964, Frazetta abriu seu próprio estúdio. Nesta nova
etapa recebeu uma encomenda: desenhar para a capa da revista Mad o
baterista Ringo Starr, dos Beatles. A
bela pintura caricata do músico inglês foi aprovada e publicada. A bela arte
foi vista pelo pessoal dos estúdios United Artists, que
adorou ela. Assim, decidiram chamá-lo para fazer o cartaz do filme What's New
Pussycat?. Há quem diga
que o artista recebeu, por esta bela arte, o equivalente a um ano de trabalho.
Pouco tempo depois, Frazetta fazia cartazes de cinema para outros filmes e
diversas produtoras.
Através do seu Studio ele também produziu pinturas maravilhosas
para capas de muitos livros de aventuras. Sua interpretação visual que ele fez
para as capas dos livros de Conan,
personagem criado por Robert E. Howard, foi espetacular e acabou influenciando
toda uma geração de artistas, inclusive o “Da Vinci dos Comics”, John Buscema,
um dos mais assíduos e ovacionados colaboradores da Marvel e da adaptação feita
de Conan, em quadrinhos, escrita pelo também genial Roy Thomas.
As edições com as capas feitas pelo mestre vendiam cada
vez mais. Consequentemente as encomendas aumentavam.
O estúdio Frazetta
trabalhava a todo vapor. Suas belas ilustrações surgiram nas capas de edições
clássicas, como: Tarzan e Barsoom (John Carter of Mars),
nos livros do escritor Edgar Rice
Burroughs. Muitos desses livros também traziam ilustrações
feitas a bico de pena pelo excelente ilustrador e desenhista. Essas capas eram
feitas baseando-se apenas nas storylines, nas sinópses dos livros que os
autores e editores lhe enviavam. Frazetta jamais chegou a ler esses livros na
íntegra para se inspirar. Desenhava as capas a seu modo, com total liberdade de
criação.
Todos os trabalhos realizados pelo Frazetta's Studio eram
feitas por ele e o difícil era dar conta da demanda. Muitas vezes tinha que
virar a noite para dar conta de uma série de trabalhos comerciais – para ontem
-, de ilustrações e pinturas para cartazes de filmes, capas de livros,
calendários, etc. Inicialmente, ele fazia todos trabalhos com tinta a óleo –
que demora para secar-, depois, para agilizar a produção, passou a executá-los em aquarela. Seus
trabalhos a traço, para as editoras de quadrinhos, eram feitos com bico de pena
e pincel. Frazetta fez algumas HQs em preto e branco para a
Warren Publishing, que editava revistas de terror e guerra, como: Creepy, Eerie, Blazing Combat e Vampirella.
Warren Publishing, que editava revistas de terror e guerra, como: Creepy, Eerie, Blazing Combat e Vampirella.
No início dos anos
80, o genial artista trabalhou com o produtor Ralph Bakshi no filme
Fire and Ice,
realizado em 1983. Aquele trabalho apresentava uma animação realista com a arte
de Frazetta. Bakshi e Frazetta tinham projetos em produzir aberturas para filmes
de live-action rodados pelo sistema rotoscoped
de animação, porém o projeto
Frazetta decidiu voltar as suas raízes. Ou seja, recomeçou
a fazer pinturas fantasiosas e as ilustrações de bico de pena. Produziu
inúmeras pinturas para capas e álbuns ilustrados que bateram recordes de vendas
e seu estilo passou a ser imitado por diversos ilustradores pelo mundo afora.
Molly Hatchet foi um dos primeiros dos três álbuns que presentaram "The Death Dealer", "Dark Kingdom" e "Berserker". “Dust” foi o título do segundo album. Em “ Hard Attack”, apresentou "Snow Giants". A banda de rock chamada Nazareth usou a ilustração "The Brain" para a capa do seu disco em 1977, Expect No Mercy. Frazetta criou também uma nova arte de capa para Buddy Bought the Farm, o segundo CD da banda de surfe terror chamada The Dead Elvi. Curiosamente, o U.S. Army III Corps adotou
"The Death Dealer"
Molly Hatchet foi um dos primeiros dos três álbuns que presentaram "The Death Dealer", "Dark Kingdom" e "Berserker". “Dust” foi o título do segundo album. Em “ Hard Attack”, apresentou "Snow Giants". A banda de rock chamada Nazareth usou a ilustração "The Brain" para a capa do seu disco em 1977, Expect No Mercy. Frazetta criou também uma nova arte de capa para Buddy Bought the Farm, o segundo CD da banda de surfe terror chamada The Dead Elvi. Curiosamente, o U.S. Army III Corps adotou
"The Death Dealer"
Frazetta retomou as pinturas de Conan algum tempo depois,
a pedidos, visto que estas tinham consagrado ele definitivamente, perante a
crítica especializada e os apreciadores de arte. Muitas dessas pinturas
clássicas estão expostas no Frazetta Museum em East Stroudsburg, na
Pennsylvania.
No ano de 2009, uma das maravilhosas pinturas de
Conan the Conqueror, feita pelo mestre, foi leiloada
e foi vendida pela impressionante cifra
de US$1 milhão de dólares.
No ano de 2009, uma das maravilhosas pinturas de
Conan the Conqueror, feita pelo mestre, foi leiloada
e foi vendida pela impressionante cifra
de US$1 milhão de dólares.
UM GRANDE
REALIZADOR
No começo dos anos 80, o incansável Frazetta criou a galeria
chamada Frazetta's Fantasy Corner, no andar superior dos primeiros edifícios masônicos
construídos no South Courtland e em Washington na East Stroudsburg, na
Pennsylvania.
Nesses edifícios há espaços que além de expor a
arte do grande mestre da arte fantasiosa, também tem uma setor que expõe a arte
de outros grandes artistas da América.
Durante sua vida
muito produtiva Frazetta teve muitos problemas de saúde e principalmente com a
tiróide, mas jamais deixou-se abater. No ano 2000, uma série de problemas
físicos, oriundos de doenças, tentaram impedir
que o mestre desenhasse e pintasse como antigamente, quando passou a ter
problemas com sua mão direita. Num esforço supremo ele continuou a executar
suas obras utilizando a mão esquerda, segundo declaração daqueles que conviveram
com ele. Em 2003, ele apareceu num documentário chamado:
Em 2009, Frank Frazetta estava rico, famoso e muito
doente. Decidiu se aposentar. Foi viver nas montanhas , na Pensilvania,
num pequeno museu que ele abriu.
Assim , ele passou a se dedicar apenas a republicar o seu material como ilustrações para revistas, gibis e livros que ele havia criados há alguns anos atrás.
Sua esposa é quem estava cuidando da publicação destes materiais e da negociação dos seus direitos autorais.
Um dos últimos livros publicados foi o livro
lançado pela Icon:
Assim , ele passou a se dedicar apenas a republicar o seu material como ilustrações para revistas, gibis e livros que ele havia criados há alguns anos atrás.
Sua esposa é quem estava cuidando da publicação destes materiais e da negociação dos seus direitos autorais.
Um dos últimos livros publicados foi o livro
lançado pela Icon:
A retrospective by the Grand Master of Fantastic Art.
Uma obra fantásctica e imperdível. Um excelente livro que contém muitas informações a respeito da vida e obra
Uma obra fantásctica e imperdível. Um excelente livro que contém muitas informações a respeito da vida e obra
deste grande artista.
Frazetta chegou a vender alguns
de seus originais em leilões. “Conan o conquistador” foi adquirida por US$ 1
milhão em 2009 por um colecionador particular. Suas ilustrações também viraram
capas de álbuns de grupos de hard rock, como foi o caso de “Expect no Mercy”,
álbum musical da banda Nazareth e o disco de estreia homônimo do Wolfmother.
OBRAS ROUBADAS
Em 2009, Alfonso Frank Frazetta , um dos filhos do artista,
aos 52 anos, que também é conhecido como, Frank Jr, se apossou indevidamente de
aproximadamente 90 pinturas que estavam expostas no Frazetta Museum. Frank Jr não agiu sozinho. Para roubar
as artes contou com o auxílio de Frank Bush, 49 anos e Kevin Clement, de 54
anos. O furto foi denunciado às
autoridades locais pela família. Pouco tempo depois, todos os envolvidos foram
capturados pela polícia. A esposa de Frank Jr, Lori, disse na delegacia que seu
marido e a falecida mãe dele, Ellie, cuidavam dos negócios da família e que
após a morte da sogra a tarefa de cuidar de tudo era do seu marido.
Investigações efetuadas pelos policiais revelaram que, na
verdade, o filho de Frazetta havia tentado vender as pinturas valiosas do pai –
sem consultar os irmãos-, por acreditar que tinha autonomia absoluta de fazer o
que bem quisesse com o fantástico acervo. Ao tomarem
conhecimento da verdade, Billy, Holly Frazetta Taylor e Heidi Grabin decidiram
incriminar Frank Jr. em março de 2010, por apropriação indébita das obras do
pai, visto que os três haviam sido nomeados pelo pai – por procuração – para
controlar os negócios da família,
em abril de 2010.
Por fim, todo o
escândalo que foi envolvida a família Frazetta foi resolvido. Todos os filhos
de Frank Frazetta, juntos, passaram a cuidar dos negócios e dos fantásticos
trabalhos do pai. Promovem eventos e expõem as obras do mestre em diversas
partes do mundo, onde forem requisitadas.
O pequeno condado de Monroe ficou famoso depois do
estranho caso de roubo que se envolveu Frazetta Jr., que virou manchete dos jornais e noticiários
de rádios e TVs, que culminou com a prisão dele e de seus comparsas. Por sorte,
essas verdadeiras obras de arte foram resgatadas e constituem um dos mais
preciosos legados deixados pelo mestre dos mestres, que desencarnou no dia 10
de maio de 2010, num hospital próximo da sua casa, na
Flórida.
Sem dúvida, os incríveis trabalhos desse talentoso artista,
influenciou muita gente no passado e do presente e é certo que sua obra imortal
continuará influenciando muitos artistas que um dia virão a este mundo e que beberão
dessa fonte, eternamente.
OBS: Se você desconhece a imensa obra de Frazetta adquira nas livrarias especializadas, físicas ou virtuais, a arte maravilhosa desse grande artista que foram publicadas em álbuns.
Por Tony Fernandes\Estúdios Pégasus\Divulgação –
Uma Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo - Brasil -
Copyright 2012- Tony Fernandes -
Todos os Direitos Reservados.
OBS: As ilustrações
usadas nessa matéria têm o cunho meramente ilustrativo e
seus direitos pertencem ao
artista, seus herdeiros ou seus representantes legais.
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