quinta-feira, 3 de abril de 2014

DÉDY EDSON, UM EXPERT EM FANTASMA! ENTREVISTA!"


O cidadão que hoje nos dá a honra de colher seu depoimento é poliglota – fala diversos idiomas -, professor de dança - inclusive country -, membro honorário do Clube Amigos do Western, um grande colecionar de revistas em quadrinhos e de filmes antigos e que também estudou desenho. Já fez teatro, cinema, etc, e foi considerado pelo jornalista Sidney Gusman como um expert  de um famoso personagem do mundo das HQs criado pelo genial autor americano Lee Falk. Na sequência, conheça um pouco mais sobre este verdadeiro Bengala Brother (gente de idade que mantém o espírito jovem). Com vocês...  


DÉDY EDSON, O HOMEM QUE SABE 
TUDO SOBRE O FANTASMA!







Tony 1: Bem vindo ao Bengalas Boys Club – a mais odiada, temida e milenar confraria, que foi ressuscitada no país pelos cardeais Mor:  Don Alvarez de La Mancha (vulgo Vingador Espanhol), Sir Lancellot (vulgo Capitão Piauí), Antonio Carlos Moreira (vulgo Jãoeine tupiniquim), Augusto Minighitti (vulgo Garanhão Italiano), Ailton Marcelino (vulgo carioca mineirim), Zeca Willer (vulgo Cowboy de Além Mar), e eu (vulgo Capitão Melância). Aqui sempre recebemos pessoas especiais, como você, que adoram as HQs, e que briga para divulgar as artes em geral. Está sendo uma honra colher seu depoimento, cowboy. Está preparado para o que der e vier?

 Foi dada a largada, se segura na sela, peão! Lá vem “chumbo grosso”! (Rsss...). Em que dia, mês, ano, cidade e estado você nasceu?

DÉDY: Nasci no dia 7 de setembro de 1937, na cidade se São Paulo, Estado de S. Paulo.

Tony 3: Dédy Edson, pelo visto é seu “nome de guerra”... Qual é o seu nome de batismo?

DÉDY: Meu nome real é Edson Sespede. O nome artístico é Dédy Edson ou Dédy Edson Sespede...

Tony 4: Edson Sespede? Este sobrenome... sua família é de origem européia, suponho?

DÉDY: Espanha.

Tony 5: Olê! Bingo! Eu sabia... Pelo visto a alcunha “Dédy” vem do inglês “Daddy” (pai)... por que você adotou este nome artístico?

DÉDY: Respondia para meus filhos que meu apelido era Dédy, como “Daddy”, pai em inglês...

Tony 6: Vamos falar de quadrinhos... é verdade que você catava lata e ferro velho na rua e que com o dinheiro comprava gibis (revistas de HQs)? Quantos anos você tinha na época?





DÉDY: Eu tinha 6 anos, na época. Eu, de fato, fazia isto em 1943. 

Tony 7: Você fez curso de desenho, teatro, etc... Entre seus antepassados havia algum artista na família? Por que esta paixão por quadrinhos?

DÉDY: Meu pai era artista de circos, boates... ele também fazia imitações.

Tony 8: Quais eram seus personagens favoritos, na infância ou na adolescência? Dá pra cita alguns?

DÉDY: Flash Gordon, Príncipe Valente e Zorro...

Tony 9: Desenhistas ou roteiristas?

DÉDY: Desenhistas: Alex Raymond, Harold Foster
e Russ Manning.


UM clássico de Harold Foster

Tony 10: Três feras do traço, sem dúvida... Nós nos conhecemos na década de 90, quando você foi visitar minha editora, Phenix. Na época tive o prazer de ir à sua casa e conhecer um pouco do seu imenso acervo de filmes antigos e gibis. Eu disse, “conhecer um pouco”, porque pra conhecer tudo o que você possui,  acho que eu precisaria de uns dez anos (Rsss...). Uma loucura! Quantas revistas de quadrinhos, você tem hoje? Faz ideia?

DÉDY: Umas duas mil, eu acho... mas ando vendendo parte destas raridades, Tony.

Tony 11: E, filmes antigos?




DÉDY: Uns três mil, de diversos gêneros. Alguns também posso vender, pois tenho cópias.






Tony 12: Isto é incrível... já conheci diversos colecionadores mas, como você, nunca tinha visto igual! Na certa, estou falando com um dos maiores colecionadores de filmes e gibis do país. Começou a colecionar este fantástico acervo na infância?

DÉDY: Sim. Meu pai lia os gibis e depois dava-os para mim. Comecei a guardá-los, a guardá-los... foi assim.




Tony 13: Um amigo (Joás) dizia: “Tony, você sempre foi um cara multimídia, antes de existir esta palavra – devido as minhas inúmeras atividades na área da comunicação. Mas, você, Dédy, anos antes de mim, já era multimídia. Atuou no cinema, no teatro, fez curso de desenho, etc... de onde surgiu esta paixão pela arte em geral?




DÉDY: Acho que o dom artístico recebi do meu pai e de minha mãe. Eles adoravam artes.



Tony 14: O bengala brother e jornalista Sidney Gusman (atual bambambam da Mauricio de Sousa Produções), se confessou seu fã, e numa matéria no extinto jornal Folha da Tarde afirmou que você era um expert – ou coisa parecida - em Fantasma, personagem criado por Lee Falk. Confesso que também colecionava e adorava Fantasma e Mandrake – ambos criados pelo mesmo autor . Mas, o Espírito que Anda era o meu favorito, mas nunca descobri o por quê... por que o Fantasma é o seu personagem predileto?



Sidney Gusman

DÉDY: O Sidney é um cara legal... Por que adoro o Fantasma? Acho que é porque ele representa um ser humano normal. Ele é como nós, tem qualidades e defeitos. Não tem superpoderes...

Tony 15: Sua coleção do Fantasma, quantas edições você tem?

DÉDY: Umas mil, entre edições nacionais e importadas...

Tony 15: Se não me falha a memória, a Rio Gráfica-Editora (atual Globo) foi a primeira a lançar as HQs do Fantasma em cores no país. As edições eram caprichadas – graficamente falando. Lembro-me que quando saia essas edições eu precisava reservá-las no meu jornaleiro do bairro. Era incrível, pois elas se esgotavam rapidamente... mas, na minha opinião, as melhores histórias desse herói eram as antigas desenhadas por Ray Moore – o pior desenhista da série -, que foram publicadas no formato pocket book pela editora Saber. Você concorda comigo?

DÉDY: Moore!? O pior desenhista? Discordo. Então, você não conheceu os traços do McCoy. Quase todos os fãs do Fantasma acham que o pior desenhista do personagem foi o Wilson McCoy, por ser muito caricatural... 


McCoy, Este era o cara

Tony 16: Tens razão. Tinha me esquecido dele... amnésia, eu acho.... mente enferrujada é uma meleca... Na década de 70, publiquei, pela primeira vez, minha própria revista de quadrinhos – um pocket book -, chamado Sargento Bronca (sátira militar sobre a Segunda Grande Guerra Mundial), pela editora Saber – dos irmãos Fitipaldi. Lá, trabalhava o Edú - criador do personagem, chamado Praça Atrapalhado – uma versão nacional de Recruta Zero, de Mort Walker - que fez um grande sucesso na época-, Freddy Jorge – letrista e parceiro do cantor Roberto Carlos e de outros ídolos da juventude na época– que fez inúmeras versões de canções americanas. O Freddy era o tradutor oficial das inúmeras publicações americanas que a Saber lançava no formato pocket  book, como Mandrake, Recruta Zero, etc – os clássicos da King Features. Jamais trombei com você na Saber. Séculos depois, fiquei sabendo que você, na época, era uma espécie de consultor oficial daquela casa editorial, sobre a série do Fantasma... Cacilda! Este mundo é pequeno, né? (Rsss...). Como surgiu esta oportunidade? Dá para relembrar?


Fantasma - As Clássicas HQs - Editora SABER


DÉDY: Fui contratado pelos Fitipaldi (Rsss...). Conheci o Fred e os demais...


 Tony 17: Franco de Rosa, vamos falar desse também incansável batalhador e querido bengala brother... você e ele fizeram diversas parcerias. Ou seja, trabalharam juntos em diversos projetos editoriais, correto? Dá pra citar alguns?

DÉDY: Quase todos sobre o Fantasma. Fiz para ele algumas traduções do inglês para o português, também...

Tony 18: Para quais editoras, você e o Franco, colaboraram?

DÉDY: Nova Sampa, Ópera Gráfica, Mythos, Kalako...
Tony 19:  Teatro... você criou uma trupe que viajou o país fazendo shows. Virou produtor e também ator, correto? Contaí, como se chamava este show e quanto tempo ele durou? Deu para faturar legal, com ele?

DÉDY: O nome dele era Uma Noite no Paraíso... era um espetáculo de strip tease e humorismo, ao vivo. Foi um sucesso de bilheteria. Com ele percorremos todo o país. Deu um bom dinheiro.

Tony 20: Botando a mulherada pelada, assim até eu faço sucesso, pô... (Rsss...). Mas, se nós tirarmos a cueca a mulherada chama a polícia ou toca fogo (Rsss...). Você, segundo meus espiões\informantes (Rsss...), fez um curso de desenho... pergunto: Já desenhou alguma história em quadrinhos? Já criou algum personagem?

DÉDY: Fiz curso teórico... nunca fiz uma história em quadrinhos, nem criei nada.

Tony 21: Teórico? Não precisa explicar. Deixa pra lá... Apesar de eu não ser o Barack Obama (Rsss...), minha rede de espionagem internacional, me informou que você esteve nos Estados Unidos e que lá você recebeu de um, também, “Fantasmamaníaco” o anel da caveira, símbolo Mor usado pelo personagem de Lee Falk... e que você guarda este anel a sete chaves, visto que ele, para você, é como se fosse um troféu. É verdade? Em que ano esteve na América e, como conheceu este fã do personagem no exterior?

DÉDY: Sua rede de espionagem é uma negação, meu amigo (Rsss...). Recebi o anel da caveira pelo correio (Rsss...).

Tony 22: Vou despedir meus espiões de merda (Rsss...). Ator de cinema, até isto você já foi... Caracá, você já fez de tudo, mesmooo (Rsss...). Como se chamava este filme – “Campeão de Bilheteria” - que você participou e como surgiu a oportunidade? Ahhh... na película, qual era o seu personagem?

DÉDY: O filme tinha o estranho título de Manelão, O Caçador de Orelhas... eu era o vilão. 

Tony 23: Manelão!? O Caçador de Orelhas!? Putz... e você era o tal caçador? (Rsss...)... Isto parece piada (Rssss...). Se o tal filme foi exibido em algum cinema, ninguém viu... eu, pelo menos, nunca ouvi falar desse “clássico”... Você, além de ter um acervo imenso de filmes clássicos antigos – em VHS e CDs -, também possui posters, cartazes de filmes, nacionais e estrangeiros, cards, etc... Recentemente saiu no noticiário policial sobre o roubo de um grande acervo de HQs de um outro famoso colecionador do país. Você não teme, que roubem estas suas preciosidades? Colocou seu acervo no seguro?





DÉDY: Não. E isto é preocupante. É difícil colocar o acervo num seguro, trata-se de um material perecível...




Tony 24: Quando eu era criança adorava aqueles velhos seriados, como: A Deusa de Java, Flash Gordon, Batman, etc... muitos hoje são raridades que eram produzidos pela Rank Films. Estes seriados que citei, eles também fazem parte da sua imensa coleção?




DÉDY: Sim, tenho muitos seriados antigos, desta época... eles passavam semanalmente nos cinemas.








Tony 25: Que inveja danada... seria ótimo poder rever aqueles velhos filmes. Isto é, se as cópias dorem boas, é óbvio. De volta ao Fantasma... você também tem o antigo seriado do justiceiro da selva de Bengala, e o que mais? 

DÉDY: Só tenho o longametragem de 1996,
com o Billy Zane...




Tony 26: Arghhh! Achei o último filme do Fantasma uma meleca. Tão decepcionante quanto o filme The Spirit – criação Mor de Will Eisner. Na sua opinião, por que algumas adaptações de séries de HQs, no cinema, pecam tanto, deturpando a criação original?

DÉDY: Pois é, mudaram totalmente o conceito e a concepção original dos quadrinhos... uma pena...

Tony 27: Aposto que o Lee Falk rolou de raiva na tumba (Rsss...). Existe o Fantasma Clube, criado para o deleite dos admiradores da série... ele foi criado por você? Como um fã do herói, pode se associar a este clube?




DÉDY: Exato. Todos podem se associar a ele, sem despesas... basta entrar em contato escrevendo para o meu e-mail: dedyedson@zipmail.com.br...


Lee Falk

Tony 28: O talentoso escriba Lee Falk, quando esteve no Brasil, concedeu uma entrevista para a Rede Globo de Televisão e participou de uma grande exposição de Histórias em Quadrinhos na Escola Panamericana de Arte – O Minighitti devia estar por trás disso, aposto -... O saudoso amigo, roteirista e desenhista de HQs, professor Gedeone Malagola, ele tinha uma foto memorável ao lado de Lee Falk. Creio que ela foi tirada durante a Exposição de HQs realizada pela Escola Panamericana de Arte, organizada pelo Maneco (proprietário do curso e desenhista Manoel Victor Filho) e o querido bengala brother e grande ilustrador Augusto Minighitti... você teve oportunidade de conhecer, o mestre Lee Falk, pessoalmente?

DÉDY: Eu tive o prazer de entrevistar o Falk em 1997, para o programa Fantástico, O Show da Vida, da Rede Globo de Televisão, Tony. 

Tony 28: Maravilha, Dédy. Eu não sabia disso... O que significa “Hemeroteca”? Você tem um site com este nome, correto? Explicaí o que tem nesse site, qual é o objetivo, e como surgiu a ideia? E, obviamente, qual é o endereço dele na WEB?

DÉDY: No site http://hemerotecadotatuape.blogspot.com, todos podem encontrar informações sobre livros, gibis, fotos e filmes que coletei nos últimos 50 anos. Nele partilho com os amantes de arte em geral muitos dados que pesquisei ou que tenho no meu imenso acervo. Quem adora obter mais conhecimentos sobre o mundo das artes, nele encontrará boa leitura. 

Tony 29: Decidiu compatilhar preciosas informações, legal... Vamos nessa... O Fantasma vivia suas aventuras na selva de Bengala, não é? Bengala... isto tem tudo a ver com Bengala Boys Club, a milenar confraria (Rsss...). aliás, nós, os fundadores, também somos tão jurássicos quanto o Espírito que Anda – que tinha 400 anos... (Rsss...). Brincadeirinha... não vai ficar chateado...

DÉDY: Sem problema... A selva de Bengala, que sempre foi o pano de fundo do Fantasma, a princípio ficava na Ásia. Com o tempo Lee Falk a mudou para a África.

Tony 30: O homem tinha bom senso, brother... Fiquei sabendo que recentemente a TV Bandeirantes deu a você o título de “Supercolecionador” e que entre os admiradores do Fantasma, que mantém contato com você, há alguns médicos que o chamam de Dr. Fantasma (Rsss...). Essa,é boa, Doctor Phantom... Na América há museus como: Jack Kirby, Roy Rogers, Elvis Presley, etc – assim como na Europa... em nosso país, não há nada parecido. Doutor Fantasma, o senhor já pensou em montar um museu para seu personagem e autor preferido? Afinal, a memória dele precisa ser preservada, Dédy. Muitos, da nova geração, nunca ouviram falar desse personagem jurássico, tanto quanto nós, bengala brother...


DÉDY: Me apelidaram de Dr. Fantasma, por eu saber quase tudo sobre o personagem, é óbvio. Jamais pensei em fazer um museu do Fantasma no país, a ideia não é ruim, sabia? Hmmm... mas já realizei diversas exposições sobre o meu herói predileto. 





TONY 31: Durante anos as HQs do Fantasma, em quadrinhos, foram um sucesso. As aventuras dele marcaram época e até renovaram a indústria das HQs... Por fim, a editora Globo – detentora dos direitos para publicação no país-, decidiu cancelar a série, devido as baixas vendas, para o desespero dos fãs... na sua opinião, o personagem ficou obsoleto? Desatualizado?


DÉDY: No Brasil, a série parou e voltou... porém, ele ainda é sucesso na Suécia e na Austrália, poucos sabem disso...
TONY 32: À semana passada vi numa banca uma edição “nova” do Fantasma. Estão reeditando as HQs clássicas dele, as antigonas. Parece que uma editora carioca decidiu ressuscitar o personagem, especialmente para os colecionadores, eu acho...  Vamos ver se você conhece mesmo tudo sobre o personagem... Prova de fogo: 1- Em que dia, mês e ano foi lançada a primeira edição americana do Fantasma? 2- Quantas edições foram lançadas na América? 3- Quantos anos durou a série na América e no Brasil? Em que dia mês e ano morreu o autor? Quantos filmes foram feitos do personagem? Qual foi o nome do ator e do diretor do último filme? Quais eram os nomes dos desenhistas que fizeram as HQs do Fantasma? Quantas edições saíram pela Charlton Comics? Qual era o número da cueca listrada, usada pelo personagem sobre a malha colante? (Pura sacanagem... Rsss...).




DÉDY: A série começou como tiras de jornais, Tony. No dia 17 de fevereiro de 1936. E, a série de HQ  é publicada até os dias atuais em diversos países, ainda. No Brasil as aventuras do Espírito que Anda são publicadas a 77 anos. Gostou? O autor Lee Falk faleceu em 1999. O personagem ganhou 4 filmes, o último foi com o Billy Zane, você sabe... Desenhistas? Deixe-me lembrar... Ahá! Ray Moore, Wilson McCoy, Bill Igixant e Sy Barry, o irmão do Dan Barry… Cueca!? Aí é f… (Rsss...). 




TONY 33: Parabéns, você detonou, sabe tudo! Só não conheço o tal Bill Igixant, ou coisa parecida. Prosseguindo...  A pouco tempo atrás, compareci a um dos seus eventos, num barzinho transado no centro da cidade, onde você expunha antigos cartazes de filmes e pacientemente explicava aos convidados a história do cinema mundial... bengala brother, você tem uma idade avançada – como eu -, aonde arruma tanta energia para exercer tantas atividades ao longo dos anos? Qual é o segredo? Catuaba? Viagra? Pó de guaraná? Sopa de Piranhas? Ou algum elixir especial? (Rsss...).

DÉDY: Boa alimentação, exercícios e boas noites de sono, bengala brother... é simples!

TONY 34: Um sonho?

DÉDY: Um dia poder voar, feito um pássaro, pra jamais cair num precipício...

TONY 35: Alguma frustração?

DÉDY: Nenhuma.

TONY 36: Um dos mais renomados tatuadores do país, Polaco, é seu filho... e que por coincidência batizou uma das minhas netas, a Yasmin – descobri isto a pouco tempo (Rsss...). Um dos meus ex-genros (Fernando) e minha filha, Patrícia, trabalhavam com tatuagens no litoral paulista, em Itanhaém... Consequentemente, acabamos tendo um certo grau de parentesco distante... é mole? Você e o Polaco, foram sócios? Também foram os primeiros a exportar e a comercializar material de qualidade para os estúdios de tatuadores do país?

DÉDY: Sim. Meu filho ficou famoso entre os tatuadores do Brasil. Eu e ele, nós começamos juntos a comercializar tintas importadas para fazer tatuagens no país. Fomos pioneiros nisso... Depois, deixei o negócio, mas ele tai, firme, na rua 24 de Maio, aqui em São Paulo, há anos. Todos o respeitam...




Tony 37: É, o cara ficou famoso. Mas eu não sabia que você também tinha atuado no ramo das tattoos. O que é que você já não fez, né? Casou quantas vezes? Quantos filhos você tem?

DÉDY: Me casei duas vezes. Tenho dois filhos.

Tony 38: Ser casado e convencer a esposa para que consinta para que possamos manter um acervo imenso de quadrinhos e filmes não é tarefa fácil... elas sempre acham que gastamos dinheiro a toa, com besteiras (Rsss...). Algumas até nos tacham de infantis. Como conseguiu conciliar o casamento com o acervo? Alguma fórmula mágica?

DÉDY: Quando elas começavam a pegar no meu pé, eu divorciava (Rsss...)...

Tony 38: Também usava esta estratégia (Rsss....). Porém, meu acervo foi literalmente pro saco, com esse casa\separa. “Dancei” (Rsss...). Você deu sorte... O já famoso Clube Amigos do Oeste, de São Paulo, completou 36 anos de existência, em 2013... quem teve a ideia de montá-lo foi o desenhista e professor Diamantino, que também é autor de obras sobre HQs. Quantos associados tem o clube? Como as pessoas podem se associar a ele, e há quanto tempo você faz parte dele?

DÉDY: Errou! O Clube existe há 23 anos, Tony! É fácil, através do e-mail: mocinhosebandidos@ig.com.br...

Tony 39: Vinte e três anos, não foi o que eu disse? Me equivoquei, perdoe-me... Contaí o que acontece neste clube e a que os associados têm direito? As reuniões são semanais ou mensais?

DÉDY: Semanalmente o pessoal se reúne e lá são exibidos filmes antigos, coisas raras e maravilhosas...



Tony 40: Dédy Edson, por Dédy Edson? Tente se autodefinir?

DÉDY: Simples: Sou um amante da arte em geral. Sempre tive sede de conhecimento sobre cinema, TV, HQs, etc...

Tony 41: Ah, ia me esquecendo… recentemente uma editora carioca voltou a lançar as HQs do Fantasma, como já citei, e outros clássicos do passado, nas bancas... você está acompanhando, colecionando, estas publicações?

DÉDY: Sim! A editora Pixel, da Ediouro, está republicando as aventuras clássicas do Fantasma. Comprei Piratas dos Céus.

Tony 41: Qual sua ligação com Kendi Sakamoto, proprietário e apresentador da TV Geração Z, emissora da WEB que aborda o tema: quadrinhos, com a divulgação de lançamentos e entrevistas (www.tvgeracaoz.com.br)?

DÉDY: O Kendi é um grande divulgador de HQs e excelente parceiro desde 1993.

Tony 42: O professor e bengala brother Diamantino Silva – fundador do Clube Amigos do Western - também tem um programa na WEB chamado Mocinhos e Bandidos... quais são os dias que este interessante programa vai ao ar? E, por qual emissora?

DÉDY: Exatamente... Mocinhos e Bandidos, o programa vai ao ar todos os sábados das 9 as 10 horas da manhã, pela mesma editora virtual que citei anteriormente. O Franco de Rosa também começou a fazer programas sobres HQs para a TV... 

Tony 34: Fiquei sabendo... Já ouvi falar de um tal “Mercado das Pulgas”... ele não deve ser destinado aos cães e gatos, obviamente (Rsss...). D á pra explicar, do que se trata? E, de quem foi a ideia?


Eu (Tony), Suely, (?) Dédy e Paulo Paiva em primeiro plano

DÉDY: Cães e gatos!? Que nada! A ideia foi do Edson Diogo, do site Guia dos Quadrinhos... o evento promove a troca, a compra e a venda de quadrinhos, e também promove palestras interessantes com profissionais do meio (editores, desenhistas e roteiristas).  

Tony 35: Grato, pelo esclarecimento. As publicações em todo o mundo já não vendem como antigamente. Editores – de livros, jornais e revistas -, jornalistas, gráficos e artistas, têm enfrentado uma série crise de mercado que cresce a cada dia. Há quem afirme que as publicações físicas um dia desaparecerão. Qual é sua opinião? Num futuro, não muito distante, só teremos publicações virtuais? O fim, está próximo? O sonho acabou?

DÉDY: As publicações físicas, em papel, nunca desaparecerão.   

Tony 36: Também acredito nisto... Cowboy, foi prazeroso trocar ideias com uma pessoa tão lúcida e ativa como você, pode acreditar. Você é um exemplo a ser seguido. Se quiser, deixe aí seu e-mail, telefone para contato, etc... fique à vontade...

DÉDY: Valeu! Anotem aí: dedyedson@zipmail.com.br...

Tony 37: Grato, por sua colaboração, e por ter tido saco para responder esta saraivada de perguntas. Até breve e muito sucesso, Doctor Phantom! 
See you later, brother cane!

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Uma Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo – SP – Brasil
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OBS: As imagens contidas nesta entrevista são meramente ilustrativas e elas pertencem a seus autores ou representantes legais.  


 




2 comentários:

  1. Tony e Dedy,

    Grande entrevista, tomei conhecimento do Dedy em 1990 no lançamento da antiga revista HQ, da editora Palermo.

    Um detalhe, Dedy 1000 edições do seu personagem favorito não é uma estimativa muito humilde?

    Daniel Saks

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  2. Pelo visto, nosso amigo Anônimo deve ter uma coleção incrível, digna de compartilhar com a gente. Que tal uma entrevista com fotos, parceiro?

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