A matéria a seguir, é um tributo a um homem que militou
intensamente no setor editorial americano na chamada
Era de Ouro dos Quadrinhos e, que apesar de ter como
contemporâneos verdadeiros mestres do traço, conseguiu se
destacar entre eles. Em sua época convivia com talentosos
intensamente no setor editorial americano na chamada
Era de Ouro dos Quadrinhos e, que apesar de ter como
contemporâneos verdadeiros mestres do traço, conseguiu se
destacar entre eles. Em sua época convivia com talentosos
artistas como:
Frazetta, Toth, Angelo Torres, Wallace Woody,
Joe Simon, Kirby, Joe Sinnot, Gene Colan e outros bambas
do traço. Colaborou com diversas casas editorias como a
EC (Educational Comics), Charlton, Marvel, DC e outras.
Foi desenhista fantasma de diversos estúdios famosos e
participou de inúmeras series como:
Rip Kirby, Big Ben Bolt, Secret Agent X-9 etc.
Joe Simon, Kirby, Joe Sinnot, Gene Colan e outros bambas
do traço. Colaborou com diversas casas editorias como a
EC (Educational Comics), Charlton, Marvel, DC e outras.
Foi desenhista fantasma de diversos estúdios famosos e
participou de inúmeras series como:
Rip Kirby, Big Ben Bolt, Secret Agent X-9 etc.
Dono de uma arte minúsciosa e de um traço
refinado ganhou a
inda mais notoriedade ao desenhar um clássico de A
lexander Raymond: Flash Gordon. Quando Alex Raymond
regressou da Segunda Grande Guerra Mundial, o segundo
herói espacial das HQs, criado por ele, continuava fazendo
sucesso. Entretanto, o criativo autor decidiu deixar
a serie Flash Gordon e investir em um novo personagem
chamado Rip Kirby (Nick Holmes, no Brasil). Dentre aqueles que
assumiram a responsabilidade de continuar a desenhar Flash
Gordon se destacaram Dan Berry e um jovem que
inda mais notoriedade ao desenhar um clássico de A
lexander Raymond: Flash Gordon. Quando Alex Raymond
regressou da Segunda Grande Guerra Mundial, o segundo
herói espacial das HQs, criado por ele, continuava fazendo
sucesso. Entretanto, o criativo autor decidiu deixar
a serie Flash Gordon e investir em um novo personagem
chamado Rip Kirby (Nick Holmes, no Brasil). Dentre aqueles que
assumiram a responsabilidade de continuar a desenhar Flash
Gordon se destacaram Dan Berry e um jovem que
tinha um traço maravilhoso.
O nome desse grande artista era...
O nome desse grande artista era...
AL
WILLIAMSON,
UM
DOS MELHORES
DESENHISTAS DO
SÉCULO
XX!
DEPOIMENTOS:
“Não me lembro bem de como eu e Al nos conhecemos. Só sei
que
éramos jovens e estávamos envolvidos com HQs. Ou melhor dizendo,
estávamos doidos
para fazer quadrinhos. Portanto, como
adorávamos
a mesma coisa nos tornamos grandes amigos.
Ele vivia de bem com a vida, tinha um bom astral, mas com o tempo
descobrimos que aquele sujeito contagiante também era explosivo,
quando provocado. Naquela época, pertencíamos a um grupo chamado
The Fleagles, que adorava discutir arte. Fazia parte do bando, Frazetta,
Krenkel, Angelo Torres, George Woodbridge, Wood e eu...
Na realidade aquele nome pelo qual o Willamson batizou o grupo
era de um bando de criminosos liderados pelos irmãos Jake e
Ralph Feagle. Naquele época havia muitas gangs.
O crime organizado imperava na América. Esses foras da lei roubavam
bancos, assaltavam grandes empresas e desafiavam a lei com
frequência. Aquelas corjas fizeram parte do passado nebuloso
desse país. Mas, afinal, acabaram desaparecendo... Como Al era
um tremendo gozador achou que dar aquele apelido para a nossa
turma seria engraçado. No fundo nosso negócio era desenhos,
HQs e baseball. Creio que foi alguém do grupo que levou Al
Williamson numa dessas nossas reuniões semanais e aí
começamos uma boa e grande amizade.
Ele vivia de bem com a vida, tinha um bom astral, mas com o tempo
descobrimos que aquele sujeito contagiante também era explosivo,
quando provocado. Naquela época, pertencíamos a um grupo chamado
The Fleagles, que adorava discutir arte. Fazia parte do bando, Frazetta,
Krenkel, Angelo Torres, George Woodbridge, Wood e eu...
Na realidade aquele nome pelo qual o Willamson batizou o grupo
era de um bando de criminosos liderados pelos irmãos Jake e
Ralph Feagle. Naquele época havia muitas gangs.
Williamson, o adolescente rebelde |
bancos, assaltavam grandes empresas e desafiavam a lei com
frequência. Aquelas corjas fizeram parte do passado nebuloso
desse país. Mas, afinal, acabaram desaparecendo... Como Al era
um tremendo gozador achou que dar aquele apelido para a nossa
turma seria engraçado. No fundo nosso negócio era desenhos,
HQs e baseball. Creio que foi alguém do grupo que levou Al
Williamson numa dessas nossas reuniões semanais e aí
começamos uma boa e grande amizade.
Acho que fizemos o primeiro trabalho juntos para a revista
John Wayne Comics... ou será que fizemos dois outros
trabalhos juntos anteriormente?
John Wayne Comics... ou será que fizemos dois outros
trabalhos juntos anteriormente?
Quem
pode lembrar? Faz tanto tempo... só sei que fizemos
diversos trabalhos em parceria. Lembro-me que em 1951
trabalhamos juntos numa HQ.
diversos trabalhos em parceria. Lembro-me que em 1951
trabalhamos juntos numa HQ.
Ele fez os lápis e
eu a artefinalizei. E, em 1953, fizemos
Circa.
Na medida em que os trabalhos aumentavam formamos
(a turma) um estúdio para atender a demanda, porque na
verdade éramos lerdos para produzir. Essa “irmandade do traço”
durou um bom tempo.
Na medida em que os trabalhos aumentavam formamos
(a turma) um estúdio para atender a demanda, porque na
verdade éramos lerdos para produzir. Essa “irmandade do traço”
durou um bom tempo.
Deixamos de
fazer parcerias quando eu fui trabalhar como
desenhista fantasma desenhando as tiras de jornais de Li’l Abner,
de Al Capp (Ferdinando, no Brasil).
Williamson
era genial e genioso. Um dia foi rejeitado pelo pessoal da
revista Famous Funnies, devido ao seu comportamento agressivo
com os editores. O pessoal adorava o trabalho dele, mas ele não
era fácil de se lidar. Sei dessa história, da rejeição, porque comecei a
trabalhar fazendo as tiras de jornais de Joe Comet em 1952, enquanto
fazia capas para a Famous Funnies. Então, fiquei sabendo da história
da rejeição. Com o tempo Al amadureceu e se tornou um ótimo
profissional. Angelo Torres, Wood e ele criaram HQs
fantásticas para a EC.”
desenhista fantasma desenhando as tiras de jornais de Li’l Abner,
de Al Capp (Ferdinando, no Brasil).
AL CAPP
Alfred Gerald Chaplin - 1909 - 1979 |
revista Famous Funnies, devido ao seu comportamento agressivo
com os editores. O pessoal adorava o trabalho dele, mas ele não
era fácil de se lidar. Sei dessa história, da rejeição, porque comecei a
trabalhar fazendo as tiras de jornais de Joe Comet em 1952, enquanto
fazia capas para a Famous Funnies. Então, fiquei sabendo da história
da rejeição. Com o tempo Al amadureceu e se tornou um ótimo
profissional. Angelo Torres, Wood e ele criaram HQs
fantásticas para a EC.”
“ Um rapaz chamado Larry Ivie me apresentou Al
Williamson.
Conheci Larry, um dia, quando eu estava dando uma palestra na
School of Visual Arts. Eu estava precisando de um colaborador e
ele me disse
que tinha o cara certo para me ajudar a fazer Rip Kirby.
Então, eu disse: Manda
ele pra mim!” Quando Al foi ao estúdio,
que eu e Leonard Starr mantínhamos em
Nova Iorque, examinei
o portfólio dele e adorei os trabalhos daquele rapaz.
o portfólio dele e adorei os trabalhos daquele rapaz.
Eu
nunca tinha visto o trabalho dele antes.
Não hesitei em contratá-lo.
Não hesitei em contratá-lo.
Aqueles
traços tinham algo de Raymond.
Al começou fazendo free lance para nós.
Era muito talentoso, mas arredio.
Al começou fazendo free lance para nós.
Era muito talentoso, mas arredio.
Era preciso saber controlá-lo.
Tinha talento,
trabalhava como ninguém,
mas era um jovem, digamos, revoltado.
As vezes desaparecia por dias.
Depois, perdemos contato com ele,
quando eu e o meu sócio fomos para o México,
onde moramos por 17 meses.
mas era um jovem, digamos, revoltado.
As vezes desaparecia por dias.
Depois, perdemos contato com ele,
quando eu e o meu sócio fomos para o México,
onde moramos por 17 meses.
Quando voltamos para a América
ficamos sabendo que
Al Williamson estava fazendo free lance para Bob Lubbers,
que na época desenhava X-9.
Al Williamson estava fazendo free lance para Bob Lubbers,
que na época desenhava X-9.
Com o tempo Lubbers deixou de fazer X-9 e foi fazer
outras coisas.
Al ficou sem trabalho e foi me procurar.
Daí eu resolvi
apresentá-lo para o editor da King Features.
"Já ouvi uma lenda
que dizia que Al Williamson estagiou comigo
durante 6 meses - treinando - antes que começasse a trabalhar
em Rip Kirby. Isso não é verdade. O rapaz era bom de traço e de
imediato começou a me ajudar. No início ele era um pouco lento,
durante 6 meses - treinando - antes que começasse a trabalhar
em Rip Kirby. Isso não é verdade. O rapaz era bom de traço e de
imediato começou a me ajudar. No início ele era um pouco lento,
mas foi melhorando com o
tempo.
Fizemos uma boa parceria. Ele fazia os desenhos a lápis
e, as vezes, também passava tinta nos fundos, enquanto eu
e, as vezes, também passava tinta nos fundos, enquanto eu
artefinalizava apenas as figuras.”
JOHN PRENTICE
“Minha ligação com Williamson começou no colégio, em 1953
ou 54...
na época tínhamos um grupo que curtia arte. Frazetta, que fazia
parte do grupo, adorava desenhar e vivia rabiscando, Nick Meglin
e eu éramos fanáticos colecionadores de HQs. Angelo Torres,
assim como a maioria, sonhava em um dia poder viver de HQs.
Se não estou enganado, foi o Angelo que trouxe aquele rapaz
para o nossa turma.
Ele vivia no mundo da lua, adorava fazer artes fantasiosas, incríveis.
Gostávamos tanto de desenhos e de HQs que acabamos entrando,
todos, para a School of Visual Arts.
na época tínhamos um grupo que curtia arte. Frazetta, que fazia
parte do grupo, adorava desenhar e vivia rabiscando, Nick Meglin
e eu éramos fanáticos colecionadores de HQs. Angelo Torres,
assim como a maioria, sonhava em um dia poder viver de HQs.
Se não estou enganado, foi o Angelo que trouxe aquele rapaz
para o nossa turma.
Ele vivia no mundo da lua, adorava fazer artes fantasiosas, incríveis.
Gostávamos tanto de desenhos e de HQs que acabamos entrando,
todos, para a School of Visual Arts.
Tive pouca relação
profissional com ele. Fizemos, juntos, o
clássico ilustrado First Men in The Moon. Porém, aquilo foi um
trabalho em grupo, onde todos participaram.
O dinheiro que recebemos dividimos entre nós.
Enfim, ganhamos uma mixaria. Pensei:
“Vai ser difícil viver fazendo quadrinhos”.
Naquela época eu já estava casado e tinha um filho,
então decidi abandonar o grupo e seguir em
outra direção, que fosse mais fácil e rentável.
Passei a me dedicar a desenhos cômicos e
caricatos. Com eles me dei bem, quando
surgiu a revista MAD.”
GEORGE WOODBRIDGE
clássico ilustrado First Men in The Moon. Porém, aquilo foi um
trabalho em grupo, onde todos participaram.
O dinheiro que recebemos dividimos entre nós.
Enfim, ganhamos uma mixaria. Pensei:
“Vai ser difícil viver fazendo quadrinhos”.
Naquela época eu já estava casado e tinha um filho,
então decidi abandonar o grupo e seguir em
outra direção, que fosse mais fácil e rentável.
Passei a me dedicar a desenhos cômicos e
caricatos. Com eles me dei bem, quando
surgiu a revista MAD.”
GEORGE WOODBRIDGE
1930 - 2004 |
“Conheci Al Williamson, por acaso, na grande fase da Western
Publishing. Isto aconteceu depois que conheci Carlos Garzon,
que morava perto da minha casa. O cara, assim como eu, também
adorava desenhos e HQs e juntos acabamos fazendo uma HQ
de Flash Gordon para a Western Publishing, graças ao amigo
dele chamado Oscar Lebeck, que era editor.
Foi durante as idas e vindas a essa editora que conheci Al e
nos tornamos bons amigos. Sempre fui fã dele.
Anos depois, na década de 80, quando ele estava fazendo as
páginas dominicais de Star Wars ele me convidou para fazer
as indicações de cores nos overlays. Hesitei. Então ele me disse:
“Vamos lá, cara! Até seu filho é capaz de fazer esse trabalho!”
Depois dessa argumentação decidi encarar o desafio.”
Publishing. Isto aconteceu depois que conheci Carlos Garzon,
que morava perto da minha casa. O cara, assim como eu, também
adorava desenhos e HQs e juntos acabamos fazendo uma HQ
de Flash Gordon para a Western Publishing, graças ao amigo
dele chamado Oscar Lebeck, que era editor.
Foi durante as idas e vindas a essa editora que conheci Al e
nos tornamos bons amigos. Sempre fui fã dele.
Anos depois, na década de 80, quando ele estava fazendo as
páginas dominicais de Star Wars ele me convidou para fazer
as indicações de cores nos overlays. Hesitei. Então ele me disse:
“Vamos lá, cara! Até seu filho é capaz de fazer esse trabalho!”
Depois dessa argumentação decidi encarar o desafio.”
MCWILLIAMS
1916 - 1993 |
Por Angelo Torres e Alden McWilliams |
Artes de MCWilliams |
As HQs dessa serie era de McWilliams |
Arte de McWilliams |
“Vi Al, pela primeira vez, na National
Cartoonist Society em 1960,
em Nova Iorque. Eu já admirava os trabalhos que ele havia publicado
pela Educacional Comics. Na época, eu trabalhava para a King Features, desenhando Mandrake e ele estava fazendo o Secret Agent X-9.
Descobrimos que adorávamos as mesmas coisas, por exemplo:
os antigos filmes da Republic serials e David
Sharpe, o cara que era o responsável pela realização daqueles
movimentados e fascinantes seriados. Ambos desejávamos
conhecer ele pessoalmente, porque era ele que sempre nos orientava
e ajudava trazendo dados, releases e fotos daqueles seriados quando
tínhamos que tranformá-los ou adaptados para quadrinhos, como:
Buck Rogers, Red Ryder, Spy Masher, King Of The Royal Mounted,
Dick Tracy VS Crime Inc etc.
Certo dia, por sorte minha e de Williamson, encontramos David
num evento de HQs chamado HoustonCon. Isso aconteceu em 1973.
Ficamos felizes em conhecê-lo pessoalmente e o homem era um
simpatia. Nos disse que adorava HQs e que respeitava gente como
nós que sabia fazer a coisa profissionalmente. Em síntese, nos
demos bem e ficamos grandes amigos.
É pena que David sofreu um trágico acidente pouco tempo
depois, como aconteceu com Raymond.
Mas, falando de coisas boas... Al sempre me disse que para criar ele
sempre se inspirava em seu grande mestre: Alex Raymond.
E, ao meu ver, no trabalho dele, de fato, tem muito de Raymond.
Com uma vantagem: Seu traço é bem mais moderno e arrojado.
A arte dele é fina é cativante. Tem aquele algo mais que acaba
cativando profissionais do ramo e os leitores. Isso é típico de quem
faz a coisa com amor, com a alma. Al Williamson sempre adorou o
que fazia, por isso faz bem feito. Dá prazer observar as HQs que
ele produzia. Seus desenhos e, principalmente, as mulheres que
ele fazia eram encantadoras. São um colírio para os olhos.”
em Nova Iorque. Eu já admirava os trabalhos que ele havia publicado
pela Educacional Comics. Na época, eu trabalhava para a King Features, desenhando Mandrake e ele estava fazendo o Secret Agent X-9.
Descobrimos que adorávamos as mesmas coisas, por exemplo:
os antigos filmes da Republic serials e David
Sharpe, o cara que era o responsável pela realização daqueles
movimentados e fascinantes seriados. Ambos desejávamos
conhecer ele pessoalmente, porque era ele que sempre nos orientava
e ajudava trazendo dados, releases e fotos daqueles seriados quando
tínhamos que tranformá-los ou adaptados para quadrinhos, como:
Buck Rogers, Red Ryder, Spy Masher, King Of The Royal Mounted,
Dick Tracy VS Crime Inc etc.
Certo dia, por sorte minha e de Williamson, encontramos David
num evento de HQs chamado HoustonCon. Isso aconteceu em 1973.
Ficamos felizes em conhecê-lo pessoalmente e o homem era um
simpatia. Nos disse que adorava HQs e que respeitava gente como
nós que sabia fazer a coisa profissionalmente. Em síntese, nos
demos bem e ficamos grandes amigos.
É pena que David sofreu um trágico acidente pouco tempo
depois, como aconteceu com Raymond.
Mas, falando de coisas boas... Al sempre me disse que para criar ele
sempre se inspirava em seu grande mestre: Alex Raymond.
E, ao meu ver, no trabalho dele, de fato, tem muito de Raymond.
Com uma vantagem: Seu traço é bem mais moderno e arrojado.
A arte dele é fina é cativante. Tem aquele algo mais que acaba
cativando profissionais do ramo e os leitores. Isso é típico de quem
faz a coisa com amor, com a alma. Al Williamson sempre adorou o
que fazia, por isso faz bem feito. Dá prazer observar as HQs que
ele produzia. Seus desenhos e, principalmente, as mulheres que
ele fazia eram encantadoras. São um colírio para os olhos.”
“Quando eu o conheci ele era um jovem irresponsável e
desorganizado. Naquela época, ele trabalhava associado com
outros artistas iniciantes como Krenkel, Frazetta e Angelo Torres.
Acho que ele não sabia que não precisava deles.
Mas, sozinho não conseguia cumprir os prazos e por isso contava
com a ajuda dos amigos, eu acho. Ele foi o mais jovem colaborador
da minha editora, tinha talento, mas dava muito trabalho fazer
aquele rapaz cumprir os prazos de entrega do material.
Demorou para cortar o “cordão umbilical” com a turma.
Mas, por fim, encontrou seu próprio caminho, amadureceu
e virou um profissional responsável e super competente.
Sempre desenhou com capricho. É um dos grandes da América.
Produziu HQs geniais para as nossas revistas, principalmente,
para as series de terror e ficção científica. Sempre foi genial.”
William (Bill) Gaines – EC Comics
1922 - 1992 |
“Nos conhecemos por volta de 1955 ou 56, quando eu
cheguei em
Nova Iorque e comecei a trabalhar para a Atlas Comics e outras
editoras que faliram. Trabalhamos juntos em algumas tiras para
periódicos. Fizemos material com diversos temas, como: Mistério,
westerns e selva...
mas não recordo os títulos. Foi há muito tempo... em 58 eu passei
a ser desenhista fantasma das tiras de Rip Kirby, depois fui chamado
para artefinalizar algumas páginas para a King Comics para a serie...
serie... Flash Gordon Book. Foi isso! E, parece que os desenhos
a lápis eram do Al Williamson, pelo que fiquei sabendo depois.
Na época eu sonhava em trabalhar para a DC, como Wally Wood.
Mas acabei indo parar na EC Comics, graças a Wood, que
também colaborava com eles, assim como Angelo Torres.
As publicações da EC vendiam bem, mas quando aquele idiota
lançou o livro A Sedução dos Inocentes, onde afirmava que as
HQs eram nocivas para crianças e adolescentes as revistas
daquela casa passaram a ser queimadas em praça
pública e as vendas despencaram. Aquilo tudo foi
um absurdo.
As vendas despencaram e para acabar de ferrar tudo surgiu
o famigerado código de ética para acabar com as pequenas editoras.
Muitas editoras fecharam as portas e muitos artistas migraram para
a publicidade ou mudaram para outro ramo. A coisa ficou feia.
Decidi parar de trabalhar com HQs na primavera de 1982, quando estava produzindo duas series de tiras para os syndicates e uma outra que
eu fazia para Barbara Cartland’s Romance. Fiz muitas HQs na vida,
como The Sword of Shannara, Bestseller Showcase e outras.
Fiz algumas capas para Elliot Capp, o irmão de Al Capp.
Entretanto, o mercado estava mudado e eu estava decidido
a parar com aquilo. Partir para outra.
Na verdade, eu e o Williamson fizemos poucos trabalhos juntos.
Ficamos anos sem nos vermos, apesar de sermos bons amigos.
As vezes nos encontrávamos, por acaso, em alguma convenção sobre quadrinhos ou nos falávamos por telefone.
Ele sempre foi um dos grandes da arte sequencial americana.
Há quem não concorde comigo, porém, eu acho que o
Flash Gordon desenhado por ele era melhor do que o que foi feito
pelo grande mestre Raymond... e em Star Wars, de George Lucas,
ele deu um show a parte naquelas tiras de jornais.
Al Williamson nasceu para fazer HQs. Há quem duvide disso?
Nova Iorque e comecei a trabalhar para a Atlas Comics e outras
editoras que faliram. Trabalhamos juntos em algumas tiras para
periódicos. Fizemos material com diversos temas, como: Mistério,
westerns e selva...
mas não recordo os títulos. Foi há muito tempo... em 58 eu passei
a ser desenhista fantasma das tiras de Rip Kirby, depois fui chamado
para artefinalizar algumas páginas para a King Comics para a serie...
serie... Flash Gordon Book. Foi isso! E, parece que os desenhos
a lápis eram do Al Williamson, pelo que fiquei sabendo depois.
Na época eu sonhava em trabalhar para a DC, como Wally Wood.
Mas acabei indo parar na EC Comics, graças a Wood, que
também colaborava com eles, assim como Angelo Torres.
As publicações da EC vendiam bem, mas quando aquele idiota
lançou o livro A Sedução dos Inocentes, onde afirmava que as
HQs eram nocivas para crianças e adolescentes as revistas
daquela casa passaram a ser queimadas em praça
pública e as vendas despencaram. Aquilo tudo foi
um absurdo.
o famigerado código de ética para acabar com as pequenas editoras.
Muitas editoras fecharam as portas e muitos artistas migraram para
a publicidade ou mudaram para outro ramo. A coisa ficou feia.
Decidi parar de trabalhar com HQs na primavera de 1982, quando estava produzindo duas series de tiras para os syndicates e uma outra que
eu fazia para Barbara Cartland’s Romance. Fiz muitas HQs na vida,
como The Sword of Shannara, Bestseller Showcase e outras.
Fiz algumas capas para Elliot Capp, o irmão de Al Capp.
Entretanto, o mercado estava mudado e eu estava decidido
a parar com aquilo. Partir para outra.
Na verdade, eu e o Williamson fizemos poucos trabalhos juntos.
Ficamos anos sem nos vermos, apesar de sermos bons amigos.
As vezes nos encontrávamos, por acaso, em alguma convenção sobre quadrinhos ou nos falávamos por telefone.
Ele sempre foi um dos grandes da arte sequencial americana.
Há quem não concorde comigo, porém, eu acho que o
Flash Gordon desenhado por ele era melhor do que o que foi feito
pelo grande mestre Raymond... e em Star Wars, de George Lucas,
ele deu um show a parte naquelas tiras de jornais.
Al Williamson nasceu para fazer HQs. Há quem duvide disso?
Sempre fui fã dele. ”
GRAY MORROW
1934 - 2001 |
“As histórias que escrevi e que Al adaptou para as HQs da
EC Comics,
na minha opinião, estavam bem desenhadas. E o principal é que ele
respeitou a minha ideia original. Muitos artistas, quando adaptam
textos para as HQs acabam deturpando a ideia original.
Nesse ponto ele fez a coisa certa.
na minha opinião, estavam bem desenhadas. E o principal é que ele
respeitou a minha ideia original. Muitos artistas, quando adaptam
textos para as HQs acabam deturpando a ideia original.
Nesse ponto ele fez a coisa certa.
Muitos quadrinistas adaptaram meus textos para HQs, mas
Al foi o
melhor deles. Williamson manteve o clima, a atmosfera exatamente
do modo que eu criei em meus contos e conseguiu captar
as características essenciais dos meus personagens.
Fiquei muito feliz quando vi o resultado.
Conheci antigos trabalhos que ele fazia para tiras de jornais e
sempre o achei notável, pois naquelas tiras há um espaço limitado
para se trabalhar. Mesmo assim, Williamson sabia trabalhar
com elas muito bem. Tenho acompanhado o trabalho dele em
Star Wars. Está fantástico, para variar. Quem domina bem as tiras
mostra maturidade e tarimba profissional e é óbvio que tem um melhor desempenho numa página de HQ. Espero que esse excepcional
artista também faça páginas inteiras para jornais da serie Star Wars.
Os fãs iriam adorar. Enfim, nada tenho a reclamar.
Meus textos foram muito bem desenhados
e adaptados para as HQs por Al Williamson.
The Sound of Thunder, ficou sensacional. Adorei”.
melhor deles. Williamson manteve o clima, a atmosfera exatamente
do modo que eu criei em meus contos e conseguiu captar
as características essenciais dos meus personagens.
Fiquei muito feliz quando vi o resultado.
Conheci antigos trabalhos que ele fazia para tiras de jornais e
sempre o achei notável, pois naquelas tiras há um espaço limitado
para se trabalhar. Mesmo assim, Williamson sabia trabalhar
com elas muito bem. Tenho acompanhado o trabalho dele em
Star Wars. Está fantástico, para variar. Quem domina bem as tiras
mostra maturidade e tarimba profissional e é óbvio que tem um melhor desempenho numa página de HQ. Espero que esse excepcional
artista também faça páginas inteiras para jornais da serie Star Wars.
Os fãs iriam adorar. Enfim, nada tenho a reclamar.
Meus textos foram muito bem desenhados
e adaptados para as HQs por Al Williamson.
The Sound of Thunder, ficou sensacional. Adorei”.
RAY BRADBURY
1920 - 2012 |
AL WILLIAMSON:
MINIBIOGRAFIA
Alonzo Q. Williamson nasceu em Nova Iorque no
dia 21 de março de 1931 e faleceu em 12 de junho
de 2010. Foi uma grande perda para o mundo das
HQs, mas deixou um legado incrível. Sua arte digni-
ficou ainda mais as histórias em quadrinhos. Durante
seus primeiros onze anos de vida ele viveu na Colômbia. Quando ele completou um ano de idade seus pais foram morar naquele
país da América Latina e permaneceram nele até 1943, quando sua
mãe decidiu voltar para a América.
dia 21 de março de 1931 e faleceu em 12 de junho
de 2010. Foi uma grande perda para o mundo das
HQs, mas deixou um legado incrível. Sua arte digni-
ficou ainda mais as histórias em quadrinhos. Durante
seus primeiros onze anos de vida ele viveu na Colômbia. Quando ele completou um ano de idade seus pais foram morar naquele
país da América Latina e permaneceram nele até 1943, quando sua
mãe decidiu voltar para a América.
DESCOBRINDO
AS HQs
Em 1939, o menino descobriu as histórias em quadrinhos,
mas para
ele aquelas HQs não eram americanas. Pensava que eram mexicanas,
porque ele não sabia que as tiras produzidas nos Estados Unidos eram republicadas nos jornais do México, que eram distribuídos também na
Colômbia. Foi assim que ele descobriu Terry and The Pirates - que
também teve longa metragem e seriado de TV - e Connie and so
Forth. Uma das series de tiras que ele mais gostava era Don Dixon.
ele aquelas HQs não eram americanas. Pensava que eram mexicanas,
porque ele não sabia que as tiras produzidas nos Estados Unidos eram republicadas nos jornais do México, que eram distribuídos também na
Colômbia. Foi assim que ele descobriu Terry and The Pirates - que
também teve longa metragem e seriado de TV - e Connie and so
Forth. Uma das series de tiras que ele mais gostava era Don Dixon.
O jovem Williamson nunca tinha visto quadrinhos de Flash
Gordon,
naquela época. Aqueles periódicos mexicanos que chegavam
na Colômbia também traziam algumas tiras produzidas na Europa
e na Argentina. Uma dessas tiras, que ele adorava, chamava-se
The Undersea Empire e ela era escrita e desenhada por um
argentino chamado Carlos Clemen. Aquele autor latino foi
o primeiro que inspirou o pequeno Williamson a
tentar desenhar uma HQ.
naquela época. Aqueles periódicos mexicanos que chegavam
na Colômbia também traziam algumas tiras produzidas na Europa
e na Argentina. Uma dessas tiras, que ele adorava, chamava-se
The Undersea Empire e ela era escrita e desenhada por um
argentino chamado Carlos Clemen. Aquele autor latino foi
o primeiro que inspirou o pequeno Williamson a
tentar desenhar uma HQ.
DESCOBRINDO
FLASH GORDON
Ele só descobriu Flash Gordon, de Alex Raymond,
acidentalmente,
em Bogotá, que era uma pequena cidade naquele época.
Certa feita ele narrou aos amigos como ocorreu essa descoberta...
em Bogotá, que era uma pequena cidade naquele época.
Certa feita ele narrou aos amigos como ocorreu essa descoberta...
“ Minha mãe tinha duas horas para almoçar. Assim,
costumava ir
para a casa, que ficava perto do trabalho dela.. eu estava
desenhando na mesa enquanto ela lia um jornal. Então ela
me disse: “Al, vai passar um filme no cinema sobre naves e
aventuras espaciais, não é isto que você gosta?
Chama-se Flash Gordon..."
” Aquela foi a primeira vez que tinha ouvido falar em
Flash Gordon. Eu vivia fazendo desenhos de naves
espaciais, influenciado por Buck Rogers, que era
publicado nos jornais locais. Por isso fiquei excitado quando
ela me disse que era um filme de ficção científica.
Eu jamais tinha visto um filme daquele tipo antes.”
para a casa, que ficava perto do trabalho dela.. eu estava
desenhando na mesa enquanto ela lia um jornal. Então ela
me disse: “Al, vai passar um filme no cinema sobre naves e
aventuras espaciais, não é isto que você gosta?
Chama-se Flash Gordon..."
” Aquela foi a primeira vez que tinha ouvido falar em
Flash Gordon. Eu vivia fazendo desenhos de naves
espaciais, influenciado por Buck Rogers, que era
publicado nos jornais locais. Por isso fiquei excitado quando
ela me disse que era um filme de ficção científica.
Eu jamais tinha visto um filme daquele tipo antes.”
Ele era vidrado por HQs siderais desde que conhecera as
tiras de jornais de Buck Rogers, o primeiro personagem de HQ
a viver aventuras espaciais. Depois, passou a colecionar as
tiras desse personagem e as revistas em quadrinhos
que passaram a ser publicadas numa publicação mexicana,
onde as tiras eram montadas e transformadas em gibis.
Desde então, vivia no mundo dos sonhos e não parava de imaginar
grandes aventuras espaciais. Adorava desenhar naves intergalácticas.
tiras de jornais de Buck Rogers, o primeiro personagem de HQ
a viver aventuras espaciais. Depois, passou a colecionar as
tiras desse personagem e as revistas em quadrinhos
que passaram a ser publicadas numa publicação mexicana,
onde as tiras eram montadas e transformadas em gibis.
Desde então, vivia no mundo dos sonhos e não parava de imaginar
grandes aventuras espaciais. Adorava desenhar naves intergalácticas.
A mãe dele, tentando agradar o garoto, lhe deu o dinheiro
para ir
ao cinema ver a estreia daquele filme que fora produzido
nos Estados Unidos, cujo título era:
Flash Gordon Conquers The Universe.
ao cinema ver a estreia daquele filme que fora produzido
nos Estados Unidos, cujo título era:
Flash Gordon Conquers The Universe.
“Quando eu era pequeno, juro que não podia acreditar que
eles
pudessem fazer um filme como aquele. Assisti o filme e confesso
que fiquei impressionado com ele. Ele não era um herói comum,
vivia suas aventuras no espaço. Tive a mesma reação que teve,
anos depois, a garotada que assistiu pela primeira vez Star Wars.
Adorei aquele filme do Flash Gordon, assim como adorei
Star Wars. Foi uma sensação incrível.”
pudessem fazer um filme como aquele. Assisti o filme e confesso
que fiquei impressionado com ele. Ele não era um herói comum,
vivia suas aventuras no espaço. Tive a mesma reação que teve,
anos depois, a garotada que assistiu pela primeira vez Star Wars.
Adorei aquele filme do Flash Gordon, assim como adorei
Star Wars. Foi uma sensação incrível.”
Porém, o filme, que agitara a pequena cidade abaixo da
linha
do Equador e que deixara a molecada maluca, era um seriado
e sua exibição foi feita em duas partes. Os primeiros seis
capítulos foram exibidos na primeira semana, juntos.
O restante do filme só foi exibido no outro final de semana.
As crianças, enlouquecidas, tinham que enfrentar uma
verdadeira maratona para conseguir os ingressos
e enfrentar uma fila enorme para entrar no cinema. Uma loucura.
do Equador e que deixara a molecada maluca, era um seriado
e sua exibição foi feita em duas partes. Os primeiros seis
capítulos foram exibidos na primeira semana, juntos.
O restante do filme só foi exibido no outro final de semana.
As crianças, enlouquecidas, tinham que enfrentar uma
verdadeira maratona para conseguir os ingressos
e enfrentar uma fila enorme para entrar no cinema. Uma loucura.
Quando o projetor iluminou a sala de exibição a garotada
vibrou.
Antes de começar a exibição dos últimos seis episódios,
recaptularam o que havia acontecido nos episódios anteriores.
A plateia vibrava em cada cena de ação e todos se
lamentaram quando a sessão terminou.
Antes de começar a exibição dos últimos seis episódios,
recaptularam o que havia acontecido nos episódios anteriores.
A plateia vibrava em cada cena de ação e todos se
lamentaram quando a sessão terminou.
Ao voltar para a casa aqueles pequenos espectadores
sonhavam com aquele mundo fantasioso, com aqueles
reinos incríveis e com aquelas naves espaciais.
Logo no início da semana, um jornal espanhol,
no formato tablóide, que era distribuído naquele país começou
a publicar as aventuras de Flash Gordon.
Rapidamente ele evaporou, literalmente, das bancas.
Todos que assistiram o seriado passaram
a colecionar as HQs daquele incrível herói sideral
que saíam naquele periódico."
sonhavam com aquele mundo fantasioso, com aqueles
reinos incríveis e com aquelas naves espaciais.
Logo no início da semana, um jornal espanhol,
no formato tablóide, que era distribuído naquele país começou
a publicar as aventuras de Flash Gordon.
Rapidamente ele evaporou, literalmente, das bancas.
Todos que assistiram o seriado passaram
a colecionar as HQs daquele incrível herói sideral
que saíam naquele periódico."
Por sorte, o pequeno Williamson tinha assistido um filme
sobre
Flash Gordon e não de Buck Rogers. Tal fato fez ele descobrir
posteriormente os incríveis desenhos de Alex Raymond e isto
o influenciou pelo resto da vida. Copiava os desenhos de Raymond incansavelmente. Estava decidido a se tornar
um desenhista de HQs, apesar de não saber como.
Flash Gordon e não de Buck Rogers. Tal fato fez ele descobrir
posteriormente os incríveis desenhos de Alex Raymond e isto
o influenciou pelo resto da vida. Copiava os desenhos de Raymond incansavelmente. Estava decidido a se tornar
um desenhista de HQs, apesar de não saber como.
PEARL
HARBOR
“Descobri o filme de Flash Gordon, de Raymond, em 1941,
quando
eu tinha 10 anos de idade. Exatamente um dia antes do ataque
japonês a Pearl Harbor... me lembro bem daquele ataque
surpresa, daquele dia fatídico em que os aviões
japoneses atacaram de surpresa e acabaram com os
navios americanos, as emissoras
de rádio local não paravam de noticiar.
Aquele ataque nipônico aconteceu num domingo e eu
tinha assistido os primeiros episódios de Flash Gordon
no cinema no sábado, um dia antes.” –
declarou Williamson, durante uma entrevista.
eu tinha 10 anos de idade. Exatamente um dia antes do ataque
japonês a Pearl Harbor... me lembro bem daquele ataque
surpresa, daquele dia fatídico em que os aviões
japoneses atacaram de surpresa e acabaram com os
navios americanos, as emissoras
de rádio local não paravam de noticiar.
Aquele ataque nipônico aconteceu num domingo e eu
tinha assistido os primeiros episódios de Flash Gordon
no cinema no sábado, um dia antes.” –
declarou Williamson, durante uma entrevista.
Depois que o garoto assistiu Flash Gordon, vivia copiando
os desenhos de Buck Rogers, feitos por Clarence Gray
e os de Alex Raymond. Sonhava em fazer um curso de
desenho para aperfeiçoar sua arte.
DE
VOLTA A AMÉRICA
Quando voltou para os Estados Unidos a primeira coisa
que fez foi comprar algumas edições de HQs que faltavam em
sua coleção. E foi percorrendo às bancas de jornais e livrarias
da América foi que ele acabou descobrindo as artes
espetaculares de outros dois grandes mestres das HQs:
Harold Foster e Burne Hogarth. Não hesitou
e passou a colecionar além de Flash Gordon, Tarzan e Príncipe
Valente.
que fez foi comprar algumas edições de HQs que faltavam em
sua coleção. E foi percorrendo às bancas de jornais e livrarias
da América foi que ele acabou descobrindo as artes
espetaculares de outros dois grandes mestres das HQs:
Harold Foster e Burne Hogarth. Não hesitou
e passou a colecionar além de Flash Gordon, Tarzan e Príncipe
Valente.
“Passei a ser fã daqueles incríveis artistas: Raymond, Foster e
Hogarth. Eles me inspiravam. Na América reencontrei um dos
poucos amigos que eu tinha conhecido em Bogotá: Adolfo
Buylla – que era três anos mais velho do que eu. Nossa
amizade começou devido a nossa afinidade: adorávamos
HQs. Adolfo também desejava ser cartunista
e veio para a América em busca de seu sonho, assim como eu.
Sabíamos que na Colômbia era impossível viver fazendo
histórias em quadrinhos. Na América do Sul muitos jovens
adoravam as revistas em quadrinhos, mas na América colecionar
HQs era uma verdadeira febre. As editoras vendiam muito e com
certeza havia alguma chance de apresentar nossos trabalhos
para alguns editores, eu acreditava piamente.
Depois, perdi contato com Adolfo e só voltei a encontrá-lo em 1970.
Mas isto é uma outra história...”
Segundo Williamson, foi Adolfo que mostrou para ele
pela primeira
vez uma HQ escrita por Edgar Rice Burroughs e desenhada por Foster:
Tarzan Of the Apes. Algum tempo depois, ele descobriu que
o mesmo desenhista – Harold Foster – era o mesmo
que depois passou a fazer Prince Valiant.
vez uma HQ escrita por Edgar Rice Burroughs e desenhada por Foster:
Tarzan Of the Apes. Algum tempo depois, ele descobriu que
o mesmo desenhista – Harold Foster – era o mesmo
que depois passou a fazer Prince Valiant.
Harold Rudolf Foster - 1912-1982 |
Burne Hogarth - 1911-1996 |
Edgard Rice Burroughs - 1875-1996 |
Williamson adorava fazer desenhos, ler gibis e
assistir os seriados
de seus heróis favoritos. Mas, nem só as HQs inspiravam o jovem artista a desenhar. Vivia tentando reproduzir as fotos que via de Stewart Granger,
Buster Grabbe, Dave Sharpe e Liz Taylor. Ele também ficou encantado
ao assistir filmes como: Prisioner of Zenda, King Kong e Gunga Din.
Mas, Flash Gordon era seu seriado preferido. Não cansava de
revê-lo nas matinês americanas, que aconteciam aos sábados.
de seus heróis favoritos. Mas, nem só as HQs inspiravam o jovem artista a desenhar. Vivia tentando reproduzir as fotos que via de Stewart Granger,
Buster Grabbe, Dave Sharpe e Liz Taylor. Ele também ficou encantado
ao assistir filmes como: Prisioner of Zenda, King Kong e Gunga Din.
Mas, Flash Gordon era seu seriado preferido. Não cansava de
revê-lo nas matinês americanas, que aconteciam aos sábados.
“Até hoje eu adoro filmes fantasiosos e os pockets books
de Ray Bradbury... acho que jamais cresci”, confessava aos amigos.
de Ray Bradbury... acho que jamais cresci”, confessava aos amigos.
Clarence Linden (Buster Grabbe) - 1907-1983 |
Buster Grabbe também estrelou um seriado da TV, que no Brasil se chamou Legionários Toddy - que era patrocinado pela Nestlé. |
Dame Elizabeth Rosemon (Liz) Taylor - 1932 - 2011 |
SCHOOL
VISUAL ARTS
Certo dia, Williamson, afinal, entrou para uma escola de arte.
O nome dela era School Visual Arts, onde fez boas amizades
e acabou conhecendo outros rapazes que tinham talento e
que também sonhavam em se tornar um dia um Raymond,
um Foster, ou Hogarth. Entre aquela turma só havia uma garota:
Marie Severin. Tempos depois encontramos ela trabalhando
para a revista MAD, que foi criada pela EC. Na medida em que
o tempo passava os desenhos de Williamson iam evoluindo.
Empolgado, decidiu fazer um fanzine.
Certo dia, decidiu procurar alguns editores e agências
de publicidade, precisava trabalhar.
O nome dela era School Visual Arts, onde fez boas amizades
e acabou conhecendo outros rapazes que tinham talento e
que também sonhavam em se tornar um dia um Raymond,
um Foster, ou Hogarth. Entre aquela turma só havia uma garota:
Marie Severin. Tempos depois encontramos ela trabalhando
para a revista MAD, que foi criada pela EC. Na medida em que
o tempo passava os desenhos de Williamson iam evoluindo.
Empolgado, decidiu fazer um fanzine.
Certo dia, decidiu procurar alguns editores e agências
de publicidade, precisava trabalhar.
“Por sorte, meus trabalhos agradaram alguns editores.
De repente, comecei a fazer free lances aqui e ali.
Porém, eu demorava muito para fazer os desenhos.
A coisa melhorou quando conheci Ralph Mayo.
Ele me encaminhou para fazer umas artes para uma agência
de publicidade chamada Standard. Confesso que a primeira
vez que peguei um briefing, um texto para fazer uma ilustração
publicitária, gelei. Quem me ajudou a superar aquele medo foi
um cara que conheci lá chamado Frank Frazetta. Ele era fera e
desenvolvia as ilustrações para as campanhas, brincando."
De repente, comecei a fazer free lances aqui e ali.
Porém, eu demorava muito para fazer os desenhos.
A coisa melhorou quando conheci Ralph Mayo.
Ele me encaminhou para fazer umas artes para uma agência
de publicidade chamada Standard. Confesso que a primeira
vez que peguei um briefing, um texto para fazer uma ilustração
publicitária, gelei. Quem me ajudou a superar aquele medo foi
um cara que conheci lá chamado Frank Frazetta. Ele era fera e
desenvolvia as ilustrações para as campanhas, brincando."
ROY
KRENKEL
1918-1983 |
Em 1948 conheci Roy Gerald Krenkel, um cara que tinha grande
influência nos jornais e editoras, na época. Ele gostava do meu
trabalho e certo dia acabou me apresentando para Wallace Wood,
que na época trabalhava para a EC Comics. Woody estava fazendo
uma serie para tira de jornais chamada Space Ace e precisava
de alguém para fazer as artes finais.
Fiz um teste. Ele gostou. E, foi assim que entrei, definitivamente,
para o mundo das HQs”.
influência nos jornais e editoras, na época. Ele gostava do meu
trabalho e certo dia acabou me apresentando para Wallace Wood,
que na época trabalhava para a EC Comics. Woody estava fazendo
uma serie para tira de jornais chamada Space Ace e precisava
de alguém para fazer as artes finais.
Fiz um teste. Ele gostou. E, foi assim que entrei, definitivamente,
para o mundo das HQs”.
Woody e Williamson acabaram fazendo diversos trabalhos em
parceria, como: The Skull of The Sorcerer. Depois, ao conhecer
Joe Orlando, também passou a colaborar com ele fazendo algumas
artes finais. Segundo Williamson, ele teve o prazer de conhecer e
trabalhar com alguns rapazes talentosos que ficariam importantes
com o passar do tempo. Alguns deles tinham passado pelo estúdio
de Joe, como: Wally Wood e Frank Frazetta.
parceria, como: The Skull of The Sorcerer. Depois, ao conhecer
Joe Orlando, também passou a colaborar com ele fazendo algumas
artes finais. Segundo Williamson, ele teve o prazer de conhecer e
trabalhar com alguns rapazes talentosos que ficariam importantes
com o passar do tempo. Alguns deles tinham passado pelo estúdio
de Joe, como: Wally Wood e Frank Frazetta.
“Todos nós colaborávamos para manter a produção em dia
das tiras que aquele estúdio produzia para o sindycates.
Apesar do esquema ser pauleira, nos divertíamos muito
fazendo aquilo que adorávamos: Quadrinhos.
Naquela época as tiras de jornais eram bem remuneradas,
mais do que as revistas de HQs.”
das tiras que aquele estúdio produzia para o sindycates.
Apesar do esquema ser pauleira, nos divertíamos muito
fazendo aquilo que adorávamos: Quadrinhos.
Naquela época as tiras de jornais eram bem remuneradas,
mais do que as revistas de HQs.”
Outro fato importante, que vale a pena frisar, é que
naquela
época a maioria dos personagens começavam nos jornais.
Depois as tiras eram montadas e editadas como revistas.
Superman – o primeiro super-heróis do mundo das HQs -,
ele foi um dos poucos personagens que fizeram o
caminho inverso. Ou seja, iniciou numa revista em quadrinhos
chamada Action Comics e depois virou tiras para periódicos.
época a maioria dos personagens começavam nos jornais.
Depois as tiras eram montadas e editadas como revistas.
Superman – o primeiro super-heróis do mundo das HQs -,
ele foi um dos poucos personagens que fizeram o
caminho inverso. Ou seja, iniciou numa revista em quadrinhos
chamada Action Comics e depois virou tiras para periódicos.
MUDANÇA
RADICAL
Numa outra serie de tiras chamada The Invasion From The
Abyss,
Williamson fez os desenhos a lápis, Frazetta arte finalizou e Roy
fez os cenários. Mas o autor do texto ficou furioso, disse que eles
não tinham seguido o roteiro fielmente e acabou passando para
Wood consertar o trabalho. Muitos quadros foram alterados,
outros foram refeitos, para o desespero daqueles jovens artistas.
Al ficou furioso com aquilo. Mas, depois admitiu que o trabalho
tinha ficado melhor e que Wood era mais experiente.
Na verdade, aquela HQ passou a ser feita por quatro pessoas.
Williamson fez os desenhos a lápis, Frazetta arte finalizou e Roy
fez os cenários. Mas o autor do texto ficou furioso, disse que eles
não tinham seguido o roteiro fielmente e acabou passando para
Wood consertar o trabalho. Muitos quadros foram alterados,
outros foram refeitos, para o desespero daqueles jovens artistas.
Al ficou furioso com aquilo. Mas, depois admitiu que o trabalho
tinha ficado melhor e que Wood era mais experiente.
Na verdade, aquela HQ passou a ser feita por quatro pessoas.
O interessante é que por fim eles acabaram gostando da
ideia
de trabalhar em linha de montagem. Trabalhar em equipe agilizava
a produção e com isto podiam atender diversos editores
ao mesmo tempo. Assim, decidiram alugar uma sala
e montaram um estúdio.
de trabalhar em linha de montagem. Trabalhar em equipe agilizava
a produção e com isto podiam atender diversos editores
ao mesmo tempo. Assim, decidiram alugar uma sala
e montaram um estúdio.
Todos os filmes estrelados por Buster Grabbe faziam muito
sucesso, inclusive Buck Rogers e Flash Gordon. Grabbe era um
dos grandes astros da época. Devido a isso uma editora decidiu
lançar a revista em quadrinhos chamada Buster Grabbe Comics.
Na edição # 5 dessa serie Williamson e Krenkel desenharam uma
HQ de ficção científica em parceria, chamada:
The Maid of Mars. Até hoje essa edição rara é procurada pelos
colecionadores e vale uma bom dinheiro. A primeira edição
dessa serie foi desenhada por Alex Toth.
Mas, na verdade Williamson tinha sido convidado para fazer
uma HQ de oito páginas para essa primeira edição.
Para poder entregar o material a tempo, ele chamou Angelo Torres,
Roy Krenkel e Frazetta. Fizeram as páginas em conjunto, em equipe.
Se esforçaram e acabaram cumprindo o prazo para entregar os originais. Entretanto, antes da revista fosse impressa um dos editores decidiu
não publicar aquela história. Segundo o desenhista, eles acabaram
ficando a ver navios, sem dinheiro e sem os originais.
sucesso, inclusive Buck Rogers e Flash Gordon. Grabbe era um
dos grandes astros da época. Devido a isso uma editora decidiu
lançar a revista em quadrinhos chamada Buster Grabbe Comics.
Na edição # 5 dessa serie Williamson e Krenkel desenharam uma
HQ de ficção científica em parceria, chamada:
The Maid of Mars. Até hoje essa edição rara é procurada pelos
colecionadores e vale uma bom dinheiro. A primeira edição
dessa serie foi desenhada por Alex Toth.
Mas, na verdade Williamson tinha sido convidado para fazer
uma HQ de oito páginas para essa primeira edição.
Para poder entregar o material a tempo, ele chamou Angelo Torres,
Roy Krenkel e Frazetta. Fizeram as páginas em conjunto, em equipe.
Se esforçaram e acabaram cumprindo o prazo para entregar os originais. Entretanto, antes da revista fosse impressa um dos editores decidiu
não publicar aquela história. Segundo o desenhista, eles acabaram
ficando a ver navios, sem dinheiro e sem os originais.
“ Ganhamos um belo calote. Eu me sentia na obrigação de
pagar Roy, Frazetta e o Angelo, por terem colaborado comigo...
porém, o pouco dinheiro que eu tinha dava para pagar o Roy e
o Frazetta, mas não dava para pagar o Angelo. Por fim, os
amigos entenderam a situação e me disseram para esquecer aquilo.
Mas, na verdade, jamais pude me esquecer daquilo...”
Aqueles jovens artistas tinham começado mal aquele estúdio
e estavam cientes de que se não arrumassem trabalho
urgentemente não iam conseguir pagar o aluguel no final do mês.
A solução foi enviar uma centena de correspondência
com amostras de seus desenhos para diversos
editores e estúdios.
pagar Roy, Frazetta e o Angelo, por terem colaborado comigo...
porém, o pouco dinheiro que eu tinha dava para pagar o Roy e
o Frazetta, mas não dava para pagar o Angelo. Por fim, os
amigos entenderam a situação e me disseram para esquecer aquilo.
Mas, na verdade, jamais pude me esquecer daquilo...”
Aqueles jovens artistas tinham começado mal aquele estúdio
e estavam cientes de que se não arrumassem trabalho
urgentemente não iam conseguir pagar o aluguel no final do mês.
A solução foi enviar uma centena de correspondência
com amostras de seus desenhos para diversos
editores e estúdios.
GEORGE
TUSKA
1916-2009
Por sorte, George Tuska, famoso e experiente desenhista,
entrou em contato com eles. Tuska lhes informou que tinha um
amigo editor que estava precisando de colaboradores. E também
avisou que o preço não era muito bom... disse que o judeu oferecia
30 dólares por página. Nos orientou dizendo que esses editores
sempre alegavam que não tinham condições de pagar mais porque
também recebiam pouco pelas vendas.
entrou em contato com eles. Tuska lhes informou que tinha um
amigo editor que estava precisando de colaboradores. E também
avisou que o preço não era muito bom... disse que o judeu oferecia
30 dólares por página. Nos orientou dizendo que esses editores
sempre alegavam que não tinham condições de pagar mais porque
também recebiam pouco pelas vendas.
“Rapazes, esses caras querem sugar nossas almas.
Não entendem nada de arte, mas sabem como fazer dinheiro com elas...
é pegar ou largar. Querem arriscar? “, indagou Tuska.
Não entendem nada de arte, mas sabem como fazer dinheiro com elas...
é pegar ou largar. Querem arriscar? “, indagou Tuska.
Porém, ele garantiu
que o tal editor apesar de “chorar por preços”,
pagava direito e que também tinha trabalho contínuo.
Os prazos para produzir eram curtos, mesmo assim eles não
hesitaram. Agarraram aquela oportunidade com unhas
e dentes. Afinal, sonhavam em poder viver de quadrinhos.
Com o tempo, Tuska virou um dos grandes artistas
da Marvel e da DC, onde fez grandes parcerias.
pagava direito e que também tinha trabalho contínuo.
Os prazos para produzir eram curtos, mesmo assim eles não
hesitaram. Agarraram aquela oportunidade com unhas
e dentes. Afinal, sonhavam em poder viver de quadrinhos.
Com o tempo, Tuska virou um dos grandes artistas
da Marvel e da DC, onde fez grandes parcerias.
MAIS
UM DESAFIO
Obviamente, todos ficaram empolgados com a proposta da King
Comics, mas o problema é que aquela editora não tinha um escritor
para aquela nova serie. Portanto, não tinha como enviar os roteiros.
Eles, de repente, tinham um novo desafio: Criar roteiros e produzi-los para
a revista Witzend, uma publicação cômica.
“Wally, de repente, se revelou um bom escritor. Desenvolvia os
Comics, mas o problema é que aquela editora não tinha um escritor
para aquela nova serie. Portanto, não tinha como enviar os roteiros.
Eles, de repente, tinham um novo desafio: Criar roteiros e produzi-los para
a revista Witzend, uma publicação cômica.
“Wally, de repente, se revelou um bom escritor. Desenvolvia os
roteiros enquanto nós desenhávamos. Mas, éramos péssimos
letristas. Quem iria letrerar as HQs? Para fazer as letras e os
balões contratamos Arlene, que com o tempo também passou
também a aplicar bendays nas artes. Nos organizamos e assim
passamos a faturar trabalhando para aquela editora, para a
Timely (Marvel) e outras. Conseguimos fechar um contrato
para fazer HQs para a revista Unknow Worlds of Science
Fiction, desde sua primeira edição. O estúdio começou
a melhorar e cada vez mais conseguíamos mais trabalhos.
É uma vergonha dizer isso, mas só consegui pagar
meus amigos, por aquele trabalho que tomamos calote,
vinte anos depois”, revelou Williamson, sorrindo.
letristas. Quem iria letrerar as HQs? Para fazer as letras e os
balões contratamos Arlene, que com o tempo também passou
também a aplicar bendays nas artes. Nos organizamos e assim
passamos a faturar trabalhando para aquela editora, para a
Timely (Marvel) e outras. Conseguimos fechar um contrato
para fazer HQs para a revista Unknow Worlds of Science
Fiction, desde sua primeira edição. O estúdio começou
a melhorar e cada vez mais conseguíamos mais trabalhos.
É uma vergonha dizer isso, mas só consegui pagar
meus amigos, por aquele trabalho que tomamos calote,
vinte anos depois”, revelou Williamson, sorrindo.
A equipe fez também outros trabalhos importantes como
The Lost Lives of Laura Hastings, Caesar and Cleopatra -
sucessos cinematográficos que foram adaptamos para as HQs –,
The Return of The Werewolf, The Land of The
Living Death e Al Loves E.V. etc.
The Lost Lives of Laura Hastings, Caesar and Cleopatra -
sucessos cinematográficos que foram adaptamos para as HQs –,
The Return of The Werewolf, The Land of The
Living Death e Al Loves E.V. etc.
FANZINEIRO
“Poucos sabem que eu comecei, na verdade, fazendo um
fanzine
onde eu usava diversos pseudônimos, como: Alonzo Q. Williamson,
Baldo Smudge e Zeno Beckwith, nomes que ficaram populares entre os
fanzineiros e que até hoje ninguém sabia quem eram esses rabiscadores.
Alonzo Q. Haque era o pseudônimo usado por Roy Krenkel naquele zine”, observou Williamson.
onde eu usava diversos pseudônimos, como: Alonzo Q. Williamson,
Baldo Smudge e Zeno Beckwith, nomes que ficaram populares entre os
fanzineiros e que até hoje ninguém sabia quem eram esses rabiscadores.
Alonzo Q. Haque era o pseudônimo usado por Roy Krenkel naquele zine”, observou Williamson.
O estúdio cresceu e com isto surgiram trabalhos –
ilustrações - que
foram feitos para revistas famosas como a Life Magazine e Fifties.
Esta última era editada por Richard Hughes – da ACG Publications.
Hughes adorava desenhistas e HQs. Ele sempre nos respeitou.
E o principal: pagava bem e sempre em dia. Porém, nem tudo era
flores entre os membros do grupo. Algumas discussões eram
inevitáveis e alguns começaram a pensar em “voar sozinhos”.
foram feitos para revistas famosas como a Life Magazine e Fifties.
Esta última era editada por Richard Hughes – da ACG Publications.
Hughes adorava desenhistas e HQs. Ele sempre nos respeitou.
E o principal: pagava bem e sempre em dia. Porém, nem tudo era
flores entre os membros do grupo. Algumas discussões eram
inevitáveis e alguns começaram a pensar em “voar sozinhos”.
A
SEPARAÇÃO
Um dia, eles
decidiram se separar, trabalhar individualmente.
Tudo aconteceu em comum acordo. Foi nesse período, nos
anos 60, que Williamson foi trabalhar com John Prentice fazendo
HQs durante quatro anos, para a EC Comics.
Tudo aconteceu em comum acordo. Foi nesse período, nos
anos 60, que Williamson foi trabalhar com John Prentice fazendo
HQs durante quatro anos, para a EC Comics.
“Eu já conhecia as edições da EC Comics porque Roy as
colecionava. Naquela época eu quase não comprava HQs,
o bolso "andava curto". Roy vivia me dizendo que aquelas
HQs de sci-fi e de terror da EC eram ótimas. Como sempre
adorei esse tipo de HQs passei a comprar esporadicamente
algumas daquelas edições.
Depois, descobri que aquela casa editorial só tinha aqueles
dois tipos de HQs e que nem todos os artistas
gostavam de trabalhar com aqueles gêneros.
Naquele tempo o mercado estava superaquecido e
havia muitas propostas e oportunidades de trabalho.
Muitos preferiam fazer HQs de super-heróis fantasiados,
coisa que eu jamais gostei.
Meus ex-sócios estavam, todos, se virando. Wally Wood foi
trabalhar com a Avon Books, após dar aulas na escola de
arte de Hogarth, os demais estavam colaborando para
outras casas editoriais. Assim, decidi encarar o desafio
lançado pela EC e fazer aquilo que eu adorava:
HQs de sci-fi.
A primeira HQ que fiz para eles tinha o seguinte título:
The Thing in The Glades. Levei duas semanas para terminá-la.
Eles adoraram e me passaram mais um roteiro de 7 páginas intitulado
Mad Journey. Acabei fazendo diversas HQs de sci-fi para eles.
As revistas da EC vendiam muito na época e suas HQs tinham
um conteúdo mais adulto. Por minha indicação, Roy também
acabou trabalhando para a EC. Quando o volume de trabalho
aumentou voltamos a trabalhar em conjunto algumas vezes.
Apesar de termos nos separados, éramos unidos e nos ajudávamos
mutuamente quando a coisa apertava. Muitas vezes tive que
recorre aos ex-sócios para atender a demanda.
Lembro-me perfeitamente que numa HQ chamada The One
Who Waits, eu desenhei as figuras a lápis, Roy fez os
foguetes e Frazetta artefinalizou todos os12 quadros.”
trabalhar com a Avon Books, após dar aulas na escola de
arte de Hogarth, os demais estavam colaborando para
outras casas editoriais. Assim, decidi encarar o desafio
lançado pela EC e fazer aquilo que eu adorava:
HQs de sci-fi.
A primeira HQ que fiz para eles tinha o seguinte título:
The Thing in The Glades. Levei duas semanas para terminá-la.
Eles adoraram e me passaram mais um roteiro de 7 páginas intitulado
Mad Journey. Acabei fazendo diversas HQs de sci-fi para eles.
As revistas da EC vendiam muito na época e suas HQs tinham
um conteúdo mais adulto. Por minha indicação, Roy também
acabou trabalhando para a EC. Quando o volume de trabalho
aumentou voltamos a trabalhar em conjunto algumas vezes.
Apesar de termos nos separados, éramos unidos e nos ajudávamos
mutuamente quando a coisa apertava. Muitas vezes tive que
recorre aos ex-sócios para atender a demanda.
Lembro-me perfeitamente que numa HQ chamada The One
Who Waits, eu desenhei as figuras a lápis, Roy fez os
foguetes e Frazetta artefinalizou todos os12 quadros.”
ROY KRENKEL ERA O CARA
Segundo Williamson, apesar dele ter feito inúmeras HQs
para a
EC Comics, Roy Krenkel foi o artista que mais fez histórias
de sci-fi para eles.
“O homem desenhava ráido e ninguém conseguia superá-lo.
Fazia os lápis e artefinalizava com uma rapidez incrível.
Adorava desenhar aliens. Ele era genial.
Em muitas HQs que o pessoal daquela editora desenhava
era ele que fazia os fundos. Era um cara experiente e versátil.
EC Comics, Roy Krenkel foi o artista que mais fez histórias
de sci-fi para eles.
“O homem desenhava ráido e ninguém conseguia superá-lo.
Fazia os lápis e artefinalizava com uma rapidez incrível.
Adorava desenhar aliens. Ele era genial.
Em muitas HQs que o pessoal daquela editora desenhava
era ele que fazia os fundos. Era um cara experiente e versátil.
Aprendi muito com ele e
com Frazetta.
Se não me engano, numa outra edição da Weird Science
Fantasy # 24
saiu uma HQ chamada For Posterity, feita por Wood, que os leitores e especialistas em arte sequencial desceram o pau.
Afirmaram que aquela foi a pior HQ que Wood tinha feito na vida.”
saiu uma HQ chamada For Posterity, feita por Wood, que os leitores e especialistas em arte sequencial desceram o pau.
Afirmaram que aquela foi a pior HQ que Wood tinha feito na vida.”
Porém, segundo
Williamson, o homem estava assoberbado
de trabalhos, estava cansado. Wood fez aquela HQ numa
pauleira danada. Seu esgotamento era visível em seus desenhos,
que sempre foram sensacionais. Normalmente, as mulheres
sensuais que ele costumava desenhar geralmente causavam
problemas para a EC, quando foi implantado o terrível
código de ética.
de trabalhos, estava cansado. Wood fez aquela HQ numa
pauleira danada. Seu esgotamento era visível em seus desenhos,
que sempre foram sensacionais. Normalmente, as mulheres
sensuais que ele costumava desenhar geralmente causavam
problemas para a EC, quando foi implantado o terrível
código de ética.
Entre os profissionais que trabalhavam para a EC havia um
que
a maioria dos desenhistas daquela casa temiam que ele
artefinalizasse seus trabalhos: Bernie Krigstein (1919 - 1990).
Não que ele fosse um desenhista ruim, mas o pessoal achava
que a arte final dele acabava modificando os desenhos originais.
Certa vez, Williamson fez uma trabalho para a Weird Science # 22
chamada A New Beginning. Bernie foi escalado para fazer uma
parceria com ele, para artefinalizar os desenhos a lápis.
Porém seus estilos eram bem diferentes.
Até os leitores admitiam que quando Berne artefinalizava os
desenhos de Williamson o trabalho ficava esquisito.
a maioria dos desenhistas daquela casa temiam que ele
artefinalizasse seus trabalhos: Bernie Krigstein (1919 - 1990).
Não que ele fosse um desenhista ruim, mas o pessoal achava
que a arte final dele acabava modificando os desenhos originais.
Certa vez, Williamson fez uma trabalho para a Weird Science # 22
chamada A New Beginning. Bernie foi escalado para fazer uma
parceria com ele, para artefinalizar os desenhos a lápis.
Porém seus estilos eram bem diferentes.
Até os leitores admitiam que quando Berne artefinalizava os
desenhos de Williamson o trabalho ficava esquisito.
“Não sei porque eles mandavam Berne artefinalizar meus
desenhos.
Quando eu os via impressos achava-os ridículos.
Nossos estilos era distintos, bem diferentes. Mas, eu nada podia fazer.
Eles pagavam e, portanto, mandavam. Eles queriam produção e
o único jeito de atendermos a demanda era justamente reunindo
diversos artistas. Na verdade, os editores estavam pouco
se lixando pela qualidade das artes. Queriam colocar as
revistas nas bancas para faturar.
Eu e o Frazetta, por exemplo, faríamos uma boa dupla.
Mas, raramente fomos escalados para trabalharmos
juntos para aquela revista.”
Quando eu os via impressos achava-os ridículos.
Nossos estilos era distintos, bem diferentes. Mas, eu nada podia fazer.
Eles pagavam e, portanto, mandavam. Eles queriam produção e
o único jeito de atendermos a demanda era justamente reunindo
diversos artistas. Na verdade, os editores estavam pouco
se lixando pela qualidade das artes. Queriam colocar as
revistas nas bancas para faturar.
Eu e o Frazetta, por exemplo, faríamos uma boa dupla.
Mas, raramente fomos escalados para trabalharmos
juntos para aquela revista.”
FOR
POSTERITY
Uma das edições da Weird que marcou época foi aquela em
que
foi publicada uma HQ feita por Wood chamada For Posterity.
Essa história hsitória provocou muita polêmica. Enquanto
alguns afirmavam que aquela tinha sido a pior arte que Wood
tinha feito até então, outros acharam o argumento, criado pelo
mesmo rabiscador, genial.
Mas, as cores da capa ficaram a desejar, possivelmente elas
não foram indicadas por eles, afirmam os estudiosos.
foi publicada uma HQ feita por Wood chamada For Posterity.
Essa história hsitória provocou muita polêmica. Enquanto
alguns afirmavam que aquela tinha sido a pior arte que Wood
tinha feito até então, outros acharam o argumento, criado pelo
mesmo rabiscador, genial.
Mas, as cores da capa ficaram a desejar, possivelmente elas
não foram indicadas por eles, afirmam os estudiosos.
E este foi mais um motivo para críticas severas.
Na edição # 19 da Weird, lançada em 1953, Al Williamson
desenhou The One Who Waits, outro clássico escrito
pelo incrível Ray Braudbury. Na sequência ele fez também
The Empire Strikes Again.
Na edição # 19 da Weird, lançada em 1953, Al Williamson
desenhou The One Who Waits, outro clássico escrito
pelo incrível Ray Braudbury. Na sequência ele fez também
The Empire Strikes Again.
QUEM PAGAVA MELHOR?
Na época, muitos autores diziam que em seu auge a EC
(Educational Comics) era a editora que melhor pagava seus
colaboradores. Ao ser questionado sobre isso
Al Williamson argumentou:
(Educational Comics) era a editora que melhor pagava seus
colaboradores. Ao ser questionado sobre isso
Al Williamson argumentou:
“ Em primeiro lugar, os preços pagos pelas editoras sempre
foram inferiores aqueles que pagavam os editores de jornais,
pelas tiras e páginas dominicais. Quanto a EC pagar bem?
Eu não concordo. Na época eu soube que alguns artistas que
trabalhavam para a DC e para a King ganhavam mais do
que a gente. Por exemplo: Dan Barry ganhava entre 60
e 70 dólares por página para desenhar Flash Gordon,
enquanto a EC nos pagava entre 49 a 50 dólares.
O máximo que recebi deles foi 45 dólares por página.
Só recebi esse valor quando fiz um trabalho para a
revista Shock Illustrade # 2.
Eu e Angelo Torres trabalhamos nessa mesma edição.
Ele pode confirmar o que estou dizendo... Para falar a
verdade o período que mais ganhei bem foi quando
trabalhei fazendo tiras para John Prentice e John Curlley Murphy.
Também me dei bem ao colaborar com a Creepy. Inicialmente
pagavam muito bem, mas depois, quando a empresa ficou mal
das pernas, era duro receber deles.
A maioria dos artistas acabaram levando "caseira".
Wood também trabalhou para eles e pode confirmar
o que acabei de afirmar. Também me lembro de ter recebido
um bom dinheiro para ilustrar um livro sobre Flash Gordon,
meu herói preferido do espaço. ”
Há quem afirme que as revistas de HQs produzidas pelos
concorrentes eram bem melhores do que as revistas
publicadas pela editora de Gaines.
Ao ser indagado sobre isso, Williamson disse:
concorrentes eram bem melhores do que as revistas
publicadas pela editora de Gaines.
Ao ser indagado sobre isso, Williamson disse:
“ Acho que os staffs dos profissionais da Dell e da
Western
Publishing, para desenvover HQs, eram bem melhores
do que o da EC. As concorrentes tinham colaboradores
de peso, gente experiente, como: Everett Raymond, Kinstler,
John Buscema, Frank Thorne, Alberto Giolitti e Alex Toth.
Temos que admitir que o time deles era bem melhor.
Nós éramos jovens e inexperientes. Na minha opinião
os melhores colaboradores da EC eram: Reed Grandall,
Wally Wood, Jack Daves e Johnny Graig. Este último
escreveu boas histórias de terror e sobre
crimes, além disso também desenhava bem. ”
Publishing, para desenvover HQs, eram bem melhores
do que o da EC. As concorrentes tinham colaboradores
de peso, gente experiente, como: Everett Raymond, Kinstler,
John Buscema, Frank Thorne, Alberto Giolitti e Alex Toth.
Temos que admitir que o time deles era bem melhor.
Nós éramos jovens e inexperientes. Na minha opinião
os melhores colaboradores da EC eram: Reed Grandall,
Wally Wood, Jack Daves e Johnny Graig. Este último
escreveu boas histórias de terror e sobre
crimes, além disso também desenhava bem. ”
STAR
WARS
Na verdade, Al Williamson nunca teve o prazer de conhecer
pessoalmente o genial e famoso cineasta George Lucas,
apesar de Lucas ter pedido para Al desenhar as tiras de
jornais dessa famosa serie de sci-fi, algum tempo depois
do filme ter alcançado recordes de bilheterias pelo mundo.
O artista desenhou material suficiente para duas semanas,
mas o material jamais foi publicado. Tempos depois, o
pessoal da Lucas Films entrou em contato com Al para
que ele desenhasse de forma bem realística uma adaptação
em quadrinhos do filme The Empire Strikes Back.
Posteriormente, o desenhista ficou sabendo que eles
haviam lhe proposto tocar a serie porque Russ Manning
(1929 - 1981), veterano desenhista de Tarzan e Magnus –
Robot Fighter, tinha declinado da
proposta por problema de saúde.
pessoalmente o genial e famoso cineasta George Lucas,
apesar de Lucas ter pedido para Al desenhar as tiras de
jornais dessa famosa serie de sci-fi, algum tempo depois
do filme ter alcançado recordes de bilheterias pelo mundo.
O artista desenhou material suficiente para duas semanas,
mas o material jamais foi publicado. Tempos depois, o
pessoal da Lucas Films entrou em contato com Al para
que ele desenhasse de forma bem realística uma adaptação
em quadrinhos do filme The Empire Strikes Back.
Posteriormente, o desenhista ficou sabendo que eles
haviam lhe proposto tocar a serie porque Russ Manning
(1929 - 1981), veterano desenhista de Tarzan e Magnus –
Robot Fighter, tinha declinado da
proposta por problema de saúde.
Magnus foi publicado no Brasil pela editora O Cruzeiro |
Quando a imprensa especializada em quadrinhos soube do
convite,
de imediato, os repórteres e jornalistas tentaram falar com George
Lucas. Porém, agendar uma entrevista com o cineasta e produtor,
para saber sobre o contrato que Al assinara era uma tarefa
impossível.
de imediato, os repórteres e jornalistas tentaram falar com George
Lucas. Porém, agendar uma entrevista com o cineasta e produtor,
para saber sobre o contrato que Al assinara era uma tarefa
impossível.
“É mais fácil entrevistar o presidente americano, do que George
Lucas. O cara é difícil”, afirmaram alguns jornalistas.
Lucas. O cara é difícil”, afirmaram alguns jornalistas.
O jeito foi tentar falar com o pessoal ad Lucasfilm. Uma funcionária
da produtora respondeu:
“Sim! Os quadrinhos de Flash Gordon, feitos por Al Williamson,
entre os anos 50 e 56, o senhor Lucas os adora até hoje.
Fazem parte da coleção dele. O senhor George tem, inclusive,
as revistas em quadrinhos de sci-fi da EC!”
da produtora respondeu:
“Sim! Os quadrinhos de Flash Gordon, feitos por Al Williamson,
entre os anos 50 e 56, o senhor Lucas os adora até hoje.
Fazem parte da coleção dele. O senhor George tem, inclusive,
as revistas em quadrinhos de sci-fi da EC!”
Curiosos, decidiram perguntar o nome específico de algum
desenhista de HQ, além de Williamson, que fosse favorito de Lucas,
que tivesse feito outra serie – na esperança de ouvirem o nome
Russ Manning -, mas obtiveram como resposta:
“Al Williamson, que fez Flash Gordon, é o desenhista favorito dele...
e por isso foi escolhido para desenhar Star Wars!”
desenhista de HQ, além de Williamson, que fosse favorito de Lucas,
que tivesse feito outra serie – na esperança de ouvirem o nome
Russ Manning -, mas obtiveram como resposta:
“Al Williamson, que fez Flash Gordon, é o desenhista favorito dele...
e por isso foi escolhido para desenhar Star Wars!”
Para o delírio dos fãs, Al passou a desenhar as tiras de
Star Wars
sete dias por semana e mais uma adaptação feita pela Marvel
chamada The Returno of The Jedi com roteiros de Archie Goodwin.
sete dias por semana e mais uma adaptação feita pela Marvel
chamada The Returno of The Jedi com roteiros de Archie Goodwin.
“Não está fácil tocar essas duas series, mas estou
adorando “,
declarou o artista.
declarou o artista.
Ao ser questionado
se ao longo de sua carreira ele tinha
alguma frustração profissional o prolífico artista disse:
alguma frustração profissional o prolífico artista disse:
“ Sim, tenho duas: A primeira aconteceu quando após
fazer a primeira encomenda sobre Star Wars jamais a vi publicada.
A segunda foi quando fiz uma serie de ilustrações para um fabricante de chicletes - Topps Bubble Gum Dinossaur Card Illustrations -,
sobre o mundo jurássico e seus animais, que também nunca vi
impressa. Em ambos os casos eu recebi. Porém, até hoje não
entendi o que houve... será que não gostaram
dos meus trabalhos?”
DEPOIMENTO:
“A adaptação que Al fez para quadrinhos do filme Flash
Gordon, de Dino DeLaurentis é magistral. Dedicou boa parte
da sua vida criando belas ilustrações e HQs fantasiosas
e acabou se tornando um expert no gênero. Além de
adorar sci-fi, o homem era eclético. E, ninguém desenhou
deusas tão belas e sensuais quanto ele. Nem Raymond.
Em Weird Science # 20 ele publicou uma HQ
chamada 50 Girls 50, um dos maiores clássicos do gênero.
Enfim, quem sabe, sabe.”
Gordon, de Dino DeLaurentis é magistral. Dedicou boa parte
da sua vida criando belas ilustrações e HQs fantasiosas
e acabou se tornando um expert no gênero. Além de
adorar sci-fi, o homem era eclético. E, ninguém desenhou
deusas tão belas e sensuais quanto ele. Nem Raymond.
Em Weird Science # 20 ele publicou uma HQ
chamada 50 Girls 50, um dos maiores clássicos do gênero.
Enfim, quem sabe, sabe.”
ALBERT BERNARD FELDSTEIN
Al Williamson durante décadas
produziu HQs de diversos gêneros.
Ele foi um artista completo e um dos grandes mestres das HQs
do século XX. Segundo consta, o trabalho que ele realizou em
Flash Gordon acabou influenciando muitos desenhistas de HQs
e até pessoas que não são do ramo editorial, como os cineastas Dino DeLaurentis e George Lucas - ambos confessaram que se inspiraram
em Al para produzirem Flash Gordon, o filme, e Star Wars.
O nome desse desenhista, que marcou época, está para sempre
gravado no panteão dos grandes artistas do gênero.
Que os deuses das HQs o tenham em bom lugar, grande mestre
Al Williamson...
Ele foi um artista completo e um dos grandes mestres das HQs
do século XX. Segundo consta, o trabalho que ele realizou em
Flash Gordon acabou influenciando muitos desenhistas de HQs
e até pessoas que não são do ramo editorial, como os cineastas Dino DeLaurentis e George Lucas - ambos confessaram que se inspiraram
em Al para produzirem Flash Gordon, o filme, e Star Wars.
O nome desse desenhista, que marcou época, está para sempre
gravado no panteão dos grandes artistas do gênero.
Que os deuses das HQs o tenham em bom lugar, grande mestre
Al Williamson...
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