O entrevistado de hoje não é autor de História
em Quadrinhos, porém, ele é formado em
administração de empresa, é fotografo e
webdesigner, e atua na área de comunicação,
participando em eventos realizados sobre as HQs
de Tex por todo o país. Ele é, sem sombra de dúvida,
o maior cowboy do Brasil. É um apaixonado pelas
HQs do velho ranger da Bonelli Comics. Já escreveu
um roteiro sobre Tex, seu personagem predileto,
mas parece que os italianos não aprovaram este
seu argumento, como eu suponho.
Em 2009, ele elaborou e lançou um livro chamado
TEX NO BRASIL - O Grande Herói do Faroeste,
que deixou extasiado os aficcionados de Tex
e segundo o que me consta vem um novo
livro por aí. Em virtude deste
e segundo o que me consta vem um novo
livro por aí. Em virtude deste
primeiro lançamento deste bengala friend
ele passou também a fazer parte das pessoas
que agitam o setor editorial brasileiro.
Nosso convidado, desta feita, é...
G.G.CARSAN,
O INTRÉPIDO TEX KID
BRASILEIRO!
Carsan, a este nosso bate papo virtual, que hoje tem
uma ótima audiência até internacional. Vamos começar
do começo, para variar... Qual é o seu nome, de
verdade, e em que dia, mês, ano, cidade e
estado, você nasceu?
estado, você nasceu?
GG R: Olá, mestre Tony Bengala Apache Fernandes,
obrigado pelo convite. Meus cumprimentos aos
leitores desse blog e bons dias a todos. O meu nome
é Geraldo Guilherme de Carvalho Santos, nasci
em 16 de fevereiro de 1965, no bairro de Botafogo,
cidade do Rio de Janeiro, bem ali na rua Voluntários
da Pátria. No local onde ficava a maternidade,
hoje tem uma estação do metrô carioca.
Tony 2: Você é casado, solteiro ou é um
“maior abandonado” (Rsss...)?
GG: Sou casado com Linda Muranaka há 20 anos e
provavelmente até que a morte nos separe.
Tony 3: Isto é que é paixão... legal. Atualmente você
trabalha com fotografia, GG, segundo meus
informantes, pergunto... quando e por quê, você
começou a trabalhar com fotos?
Sempre que possível GG sai por aí divulgando seu trabalho e o adorado Tex |
em dois concursos públicos nos anos 80, mas não
tive ingresso e me vi trabalhando na iniciativa privada.
Quando cheguei aos 35, vi que o mercado de
trabalho ficava cada vez mais difícil a cada
demissão e imaginei que as complicações
aumentariam depois dos 45. Então defini o que
eu mais gostava de fazer e vi a possibilidade
de levar a vida e resolvi me especializar.
Primeiro fiz um curso no Senac e comecei a
“bater” retratos, chapas, fotos, como queira...
e decidi parti para o mercado de fotografia social.
Tony 4: Hmmm... entendi. Tomou uma sábia decisão,
cowboy. Atualmente, você mora onde?
GG: Moro em João Pessoa, capital da Paraíba.
Tony 5: Bela cidade. Já estive por aí... Quando foi
que nasceu esta sua paixão por
Histórias em Quadrinhos?
Histórias em Quadrinhos?
ainda aprendendo a ler, foi amor a primeira
vista. Eu queria saber tudo e nas revistas
havia muita informação legal. Dos 7 aos 15
anos, acompanhei tudo que foi gibis (Zorro,
Tarzan, Roy Rogers, Mandrake, Recruta Zero,
tudo de Disney – eu sou super fã do Zé Carioca,
Homem-Aranha, Super-Homem, Batman,
Akim, Hulk, Homem de Ferro, etc); desenhos e
seriados na TV (Liga da Justiça, Corrida Maluca,
Daniel Boone, Tom e Jerry, Pernalonga,
Thunder Cats, Speedy Race, He-Man,
Papa-léguas, o top Manda-Chuva, etc);
filmes (Rin-Tin-Tin, Durango Kid...
...O Homem de 6 Milhões de Dólares,
Beetle Bailey (Recurta Zero, no Brasil) |
Liga da Justiça |
Akim, uma versão italiana de Tarzan |
Batman estreou na revista Detective Comics |
Tarzan, prancha dominical |
Ron Ely, o Tarzan da série de TV. As películas foram rodadas na floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro |
Tarzan - No cinema |
Durango Kid fez sucesso nos cinemas e nas Histórias em Quadrinhos |
Superman - o Homem de Aço |
Capitão América de Joe Simon e Jack Kirby |
The Lone Ranger (Zorro, no Brasil) |
Flash Gordon, o clássico personagem de Alex Raymond, que também foi autor de Rip Kirby e Jim das Selvas |
The Lone Ranger |
Os 3 Patetas fizeram rir várias gerações com a série da TV |
Os Três Patetas, As Panteras,
Mulher-Maravilha, Tarzan, Jim das Selvas,
King Kong, e todos os filmes exibidos na TV,
de faroeste e de karatê, além daqueles
exibidos no cinema da cidade) e todas as
novelas e seriados da Tupi e depois Globo.
No interior, daquele tempo, a gente não tinha
Os filmes de Bruce Lee eram geniais |
David Carradine estrelou a famosa série da TV: KUNG-FU |
muita opção. Então a minha paixão pela aventura
e pelo conhecimento andou lado a lado
com os gibis. Em certo ponto da minha
pequena existência, percebi que os filmes,
programas e séries de TV ou cinema era
só uma vez e nunca mais. Não havia como
adquirir uma cópia. Então resolvi colecionar
para ter sempre perto as
minhas revistas queridas.
Perdidos no Espaço, foi primeira série de ficção-científica da TV |
Perdidos no Espaço fez sucesso na TV e nas revistas da Gold Key |
GG: Como disse acima, lia de tudo, gostava de tudo.
Cada revista era um grande prazer. Mas optei
por colecionar apenas o título que gostava
mais e aos poucos fui me afastando dos demais.
Havia dois problemas: um era grana mesmo.
Como comprar revistas sem trabalhar?
Outro era a distância à banca mais próxima,
50 km. Tinha que pedir para o meu pai comprar,
ou tentar ir com ele nas suas viagens
a trabalho. E também convencê-lo com meu
histórico escolar sempre 9 e 10 nas provas.
Tony 7: Cinquenta quilômetros a banca mais
próxima? Caraca... Como e quando surgiu a
ideia de escrever um livro sobre Tex?
acompanhando e participando das notícias
sobre Tex aqui no Brasil, principalmente
através do Portal TexBr (www.texbr.com).
Lá por 2005 ocorreu a idéia pela primeira vez
ao perceber que muitas informações estavam
soltas em matérias e em diversos locais
na Internet. Além de informações meio soltas,
percebi que estas informações estariam
melhor se estivessem reunidas num
volume que pudesse figurar junto da
coleção de cada texiano. Como sabemos,
os leitores de Tex são do tipo jurássico e
muitos não se adaptaram a Internet. Mas
todos gostam de ler. Somei a isso o fato
de que na Itália já existem mais de 100 livros
sobre o Tex e aqui, à época, não havia
nenhum. Então comecei a colocar no papel as
minhas idéias mestras e tempos depois
consegui completar. Como em todo projeto,
o mais difícil é o escritor encontrar a linguagem
correta e a informação que vai passar.
No caso do Tex, eu posso dizer que já contava
com um público formado e decidi falar daquilo
que eu mesmo me perguntava às vezes e
não encontrava uma resposta fechada.
Tony 8: Você foi perspicaz, gostei...
Capa do sensacional livro de GG Carsan |
Você me enviou o livro Tex No Brasil, O Grande Herói
do Faroeste, e adorei. Você fez um levantamento
completo sobre o velho ranger. Fez uma pesquisa
incrível. Parabéns. Para fazer este livro você
teve que pedir autorização para a Bonelli Comics?
GG: Obrigado pelo elogio vindo de um expert
como você, velho bengala do mercado editorial
e acostumado com todo o tipo de vitórias e
dificuldades. Primeiro eu fiz a grande pesquisa
e só depois informei ao Sergio Bonelli que
estaria lançando um livro sobre o Tex, e
ainda lhe pedi uma entrevista. Ele concordou
e desejou sucesso.
Ele já sabia da minha paixão pelo personagem
e não objetou. Tanto foi assim que dedicou
um editorial ao livro numa edição italiana
da série Tex Nuova Ristampa, dizendo que
o livro realmente era uma obra de referência
até pra ele que não tinha mais uma memória
de garoto e ainda me chamou de ‘arqueólogo
dos quadrinhos’, obviamente se referindo a Tex.
Foi ou não foi um referendo ao livro?
Também coloquei no livro as dúvidas de
leitores, conforme eu lia nas cartas à
editora (que são publicadas nas revistas).
Quem acompanha o Portal TexBr sabe que
ali está o maior banco de dados do mundo
sobre o Tex. Tenho diversos livros italianos
sobre o Tex. Mas não me limitei a copiar
e colar as matérias.
Parti para as pesquisas, fui buscar as informações
que estão nas revistas, uma a uma,
anotando, somando uma com outra, analisando,
para ter a certeza de que estava trazendo algo
realmente novo, até para mim, como informação.
Assim teria a certeza da boa aceitação do
livro por quem comprasse.
E foi o que aconteceu.
livro numa edição italiana de Tex foi sensacional.
Sergio Bonelli era gente boa, pena que se foi
recentemente. Prosseguindo...
O seu livro foi lançado pela editora Sal da
Terra, correto? Esta editora é sua? Ou seja,
este livro sobre o ranger foi uma
publicação independente?
GG: É uma editora da iniciativa privada, não é minha.
Se fosse, o livro teria saído um pouco melhor.
Houve uns errinhos de impressão, como imagem
a sair colorida sair em p/b e impressões
com borrões, mas por ser uma editora pequena,
acostumada a tiragens de máximo
300 exemplares, cerca de 150 páginas, foi um
enorme trabalho e até que se saiu bem.
Sim, foi independente, não obtive qualquer
subsídio governamental nem de qualquer
outra forma. Tentei o apoio da Mythos para
publicar e distribuir, mas não deu certo.
Alguns pards texianos ofereceram ajuda em
pecúnia para ver o livro nascer, mas optei
por fazer sozinho para não ter problemas
futuros. Um problema que aconteceu foi
de impressão com cerca de 250 capas
apresentando uma marca de corte, o que
me desagradou sobremaneira e não
consegui do editor um remake, por isso
tenho doado alguns desses livros para
bibliotecas municipais e órgãos ligados
a leitura, dentro da minha proposta
de incentivo à leitura junto com a minha
convicção de que HQ é Cultura.
incentivar a leitura... Diga-me, qual foi a tiragem?
GG: 1.000 exemplares, numerados.
O número 1 ficou pra mim. O 100 foi para o
Sergio Bonelli e o 1000 foi sorteado agora
por ocasião do 63º. aniversário do Tex, em
que comemoramos o Dia Nacional do Tex.
Tony 11: Perfeito... E como foi a recepção do seu
livro, por parte dos leitores e, principalmente,
dos texmaníacos? Eles gostaram, tanto quanto eu?
GG: Sim e não! Sim para os que compraram e
a maioria fez questão de se pronunciar tecendo
rasgados elogios. Não para a grande maioria
dos texianos, que não adquiriu.
Temos uma previsão de que existem uns 25
a 30 mil texianos no Brasil.
Então imaginei que venderia 1.000 livros
rapidamente. Não aconteceu. Vendi pouco
mais da metade e ainda vendo, aqui e ali.
Sei que muitos não compram porque não
tem acessível na hora que tem a grana
na mão e vai ficando pra depois.
Para quem não sabe, tem o livro para
venda via site Portal TexBr, para quem
está em Sampa pode encontrar na livraria
Comix, existem livros à venda no Mercado
Livre, em Recife na Banca Globo ainda tem,
em João Pessoa nas bancas Viña Del Mar
e diretamente comigo, via e-mail.
exposição devido a pequena tiragem, porque
duvido que se os leitores e fãs de Tex
tomassem conhecimento do seu trabalho,
não tenho dúvida de que ele seria um
Best seller. Tá muito bem feito. Eu adorei.
Parabéns. Quanto tempo você levou para
fazer todo o levantamento sobre as edições
de Tex, para escrever este seu primeiro
livro, que tem cerca de 300 páginas?
GG: De 2005 a 2007 fiz a primeira versão
do livro. Em 2008 tive que atualizar todas
as informações e fazer as revisões. Aí não
consegui lançar. Em 2009 decidi lançar por
conta própria e fiz nova atualização.
Olha, a grosso modo, desde 2005 a 2009.
Tony 13: Isto só pode ser coisa de colecionador
fanático, bengala brother (Rsss...).
Quantos gibis do Tex você tem
em sua coleção?
GG: Não tenho muitos, pois fanatismo tem
limites, pelo menos no meu modo de ver.
Por economia e por questão de espaço,
sempre fui contra adquirir as edições
de Tex que eram repeteco. Mas é difícil,
pois é tentador. As aventuras são repetidas,
mas as matérias não.
E tem o caráter colecionista que obriga
a comprar uma revista repeteco para
não deixar buraco na numeração
(quando se lança uma história repeteco
no meio de uma coleção até ali de inéditos,
como já aconteceu com a coleção Almanaque
Tex). Nunca mais contei, mas devo ter
umas 1.000 revistas entre nacionais
e italianas. Aí vem os posters, as fotos,
os quadros, os objetos, os livros.
As minhas edições italianas, revistas ou
livros eu consigo de duas formas: um
amigão lá de Milão me envia alguns
lançamentos; e alguns amigos italianos
que moram aqui trazem quando visitam
o seu país natal, entre eles o Padre
da paróquia que freqüento (todo ano chega
com um Tex, que ele também já leu
antes de entrar para o seminário), uma
senhora de idade recém chegada para
Jampa, um italiano dono
de uma pousada.
Tony 14: Você só coleciona Tex? Desde quando?
Acompanhou todas as fases dele?
Possui as primeiras edições no formato
tiras, que hoje são uma verdadeira raridade?
GG: Somente Tex, desde 1975. Comecei a ler
Tex no número 45 e a colecionar no 65.
Daí em diante segurei todos que me chegaram
às mãos. Sim, todas as fases, sem exceção.
Aquilo que falo no livro sobre editoras eu
acompanhei de perto como leitor.
As edições de tira, ou as edições da
revista Junior, onde as aventuras de Tex
foram publicadas nos anos 50 eu não tenho,
exceto duas (uma revistinha com uma
tira e uma revista com duas tiras para
mostrar nas exposições) que me foram
presenteadas por um vendedor de
São Paulo para quem fechei alguns
negócios de amigos tempos atrás.
Conheço texianos que tem essa
coleção de Junior. Eu não me interessei
porque como Tex só reconheço depois
de estar em revista própria. A Revista
Junior, onde Tex era chamado de
Texas Kid, considero uma grande e até
valiosa curiosidade, mas não
me interessei até hoje.
Tony 15: Quais são seus desenhistas
as suas particularidades. Ticci, Gallep, Nicolo,
Letteri, estes os que mais desenharam e
embalaram as minhas aventuras de criança
e adolescência. Depois vieram: Marcello,
Civitelli, Della Monica, Villa. Eu gostei de
quase todos. Até dos novos eu gosto de
vários estilos. Pra mim Giovanni Ticci é
imbatível quando pegamos o conjunto
da obra. Teve também o Fusco, que junto
com o Ticci, foi quem mais mudou de
estilo, entre o começo do seu trabalho
e o depois. Quem der uma olhada
acurada nas aventuras desenhadas
por estes dois mestres, verá que
os desenhos são muito diferentes.
Tony 16: Também curto muito o trabalho do
Ticci, desde os tempos em que ele fazia
Turok e Viagem ao Fundo do mar - em
parceria com o mestre Geolitti-, para
parceria com o mestre Geolitti-, para
a editora americana Gold Key, nos anos 70.
O cara tem um estilão inconfundível,
marcante... Na sua opinião, quais são
os piores? Agora quero ver sua
franqueza (Rsss...).
dosagem de ‘negro’ impressa nos desenhos e
o Victor de La Fuente, que fez o Tex mais
feio, magro, velho. Estes entre os autores
regulares da saga. Para os artistas convidados
a desenhar Tex uma vez, é necessário
dar o desconto, mesmo assim posso
dizer que os desenhos do Guido Buzzelli
no Tex Gigante “O Grande”, o primeiro
da série, não me agradam.
Tony 17: Jose Ortiz é um grande artista
espanhol, seu trabalho é excepcional.
Acompanho os trabalhos dele há anos
(Kripta, Vampirella, etc), ele foi um
especialista em HQs de terror, daí o
exagero no uso do preto. Concordo com
você, quando diz que ele começou a
desenhar as primeiras pranchas de
Tex elas estavam muito escuras, mas
ao longo do tempo ele foi clareando e os
desenhos hoje estão sensacionais.
Vamos dar um desconto, o fera teve que
se adaptar ao gênero (Rsss...). Uma pergunta
fatal: Qual foi a melhor história de
Tex que você já leu?
GG: Em todos os tempos, sempre elegi 5
aventuras para tentar dizer o mínimo, pois
das 250 aventuras, apenas da série comum,
gosto de quase todas e adoro de paixão
umas 30. Senão não colecionava até hoje.
Bem, vou repetir: Tex 50 – Flechas Pretas
Assassinas. Essa eu li e reli umas 50
vezes ao longo dos anos.
As outras são Navajos em Pé de Guerra,
A Cidade sem Lei, Texas Bill,
Terra Prometida.
Estas estão entre as 100 primeiras.
Tony 18: Cinquenta vezes você leu esta HQ?
Coisa de maluco (Rsss...). Obviamente
há outros cowboys das Histórias em
Quadrinhos famosos por aí, como: Blueberry,
Jonah Hex, Comanche, e tantos outros do
passado, como: Buck Jones, Hopalong
Cassidy, Roy Rogers, etc. Você também
chegou a colecionar um dia os gibis
GG: Não. Estes dois de cima tenho alguns
exemplares, não as coleções. Dos 3 abaixo,
cheguei a ler Roy Rogers e a ver os filmes
desses heróis, pois sempre encontro
colecionadores e travamos bons papos.
Há alguns meses, um texiano de Resende –
Rio de Janeiro me encomendou 3 livros,
um pra si e outros 2 para presentear
amigos e papo vai, papo vem, enviou-me
diversas revistas bem antigas, raras
(Superman 10, Batman 44, O Juvenil
Mensal 38, Invictus 14, Nevada 8,
Tarzan 93 – todos da Ebal publicados
fevereiro de 1965, mês e ano em que nasci)
representando um salto no passado e
a constatação de um fato importante:
as aventuras eram rápidas, máximo de
30 tiras. Só ação e mais nada.
Servia para a época, mas a prova é
que não se sustentaram.
Tex tem que é melhor do que os outros
heróis do gênero, bengala GG?
Tento descobrir por que é que gente como
você e o nosso querido cowboy de
além mar Zeca Willer tem preferência
pelo ranger, mas não consigo achar
uma resposta lógica. Dá pra explicar?
GG: Dá, lógico, que sim. O que seria de um
colecionador que veste a camisa e a calça,
as botas e o chapéu, lenço e coldre,
se não soubesse de cor e salteado
essa resposta? Mas não é somente um
ponto, são vários pontos, um sobre o
outro. 1 – Porque Tex é um sujeito que
conquistou a confiança de todos, seja pela
sua postura correta e altaneira, pela
sua longevidade, por ser um produto
gostoso de saborear mentalmente, pela
sua coragem e pelas aventuras
maravilhosas que todos nós
gostaríamos de vivenciar;
2 - As histórias encorpadas que permitem
desenvolver o enredo envolvendo
diversas temáticas (no livro falo disso
em Temas, onde por vezes é difícil
definir qual o tema de uma aventura,
que inicia com roubo a banco, os bandidos
adentram uma reserva indígena e por
fim se deparam com um tesouro, ou
um roubo de gado que por fim se
define como uma estratégia para
expulsar o proprietário porque tem
ouro no leito do rio que corta o terreno).
Se Tex tivesse continuado com aquelas
aventuras de 32 tiras dificilmente teria
sobrevivido, pois ali só dava tempo
para o personagem resolver um
problema, sem aprofundar a temática,
sem contornos psicológicos, sem tempo
para um papo ou bate-boca como os
de Tex e Kit Carson, que G. L. Bonelli
gostava muito e com certeza era muito
bem-vindo para milhares de leitores
(vide carta dos leitores);
3 – Pela política editorial imposta por
Sergio Bonelli para não permitir que Tex
fosse uma cobaia a cada mudança na
economia ou no avanço das tecnologias;
4 – Tex conquistou a todos com o seu
jeito amigo e leal, solidário, tanto com
os companheiros de aventuras quanto
com os amigos pontuais, e cada um
de nós sente que também faz parte
daquele mundo. Tex é o amigo, o irmão,
o pai, o filho, de papel, mas é.
Aqui em casa tem bolo no dia do
aniversario do Tex. No livro Tex no
Brasil tem um capítulo denominado
Por Que Tex faz tanto Sucesso?
Ali elenco as causas com mais propriedade,
pois estou escrevendo aqui de cabeça
e coração, sem olhos nos apontamentos.
Este capítulo aliado ao outro
O Melhor de Tex podem dar uma
noção exata do personagem.
com você e que também as histórias
longas dão melhor espaço para
que as tramas se desenvolvam,
mas os enredos de Blueberry
também são excelentes, apesar
do reduzido número de páginas.
A grande diferença é que o personagem
de Giraud (Moebius) é um arruaceiro
e Tex é o cara “certinho” (Rsss...)...
Mas, deixa isso pra lá, vamos em frente...
Recentemente, infelizmente, o genial
Sergio Bonelli , que assinava roteiros
de Tex, Mister No e Zagor, como Guido
Nolitta (1932/2011), veio a falecer.
Você acredita que este fato pode
comprometer a continuidade das HQs
do ranger mais famoso das HQs?
GG: O futuro a Deus pertence é a melhor
resposta quando não temos a exata noção
do que pode acontecer. Olha, eu acredito
que não vai comprometer muito no
curto prazo. Conversei com algumas
pessoas da SBE nestes dias e apesar
de consternados com os acontecimentos,
todos afirmam categoricamente que tudo
continuará no seu ritmo anterior.
É lógico que cada cabeça tenta imprimir
o seu ritmo e o seu modo de ver,
de pensar. Não haverá outro Sergio
Bonelli, mas pode haver alguém até
melhor, sim, pode sim.
O seu filho poderá ser ainda melhor,
mesmo não tendo a bagagem do pai,
mesmo não escrevendo aventuras,
mesmo não criando personagens.
Basta que ele continue nas pegadas
do Pai, acertando na escolha dos amigos
e saiba ouvir o que pensam os seus
clientes, ponderando sabiamente
sobre as atitudes que deve tomar.
Nesse momento, Tex deve ter aventuras
prontas ou em curso para até 2013.
A SBE é sólida embora a Itália passe
momentos difíceis na economia.
Enfim, podemos ter alguma mudança,
mas coisa mínima no curto
prazo, talvez imperceptível.
excelente infraestrutura e que a
continuidade está garantida.
Afinal, se a série ou a empresa não
parou com a morte do criador, não
vai parar agora com a morte do filho,
obviamente. A marca, o produto Tex,
hoje, é um patrimônio italiano e mundial.
Vamos nessa... Em todos os eventos
realizados no Brasil sobre Tex é
comum encontrarmos você neles,
sempre caracterizado como Tex.
Ou seja, vestido como o cowboy
fictício com coldre, etc. Você cobra para
participar desses eventos ou
faz isto apenas por pura paixão?
GG: Nunca cobrei nada. Apenas tento
conseguir uma ajuda na passagem
e já aconteceu. Cachê nunca. Mas taí uma
boa ideia. Kkkk. Na verdade, só passei
a viajar quando precisei divulgar o livro
e tirei das vendas dele a grana para
as despesas. Logo, podes ver que
lucro não almejei.
Alguns podem até pensar
Alguns podem até pensar
que só faço isso pensando em vender
o livro, pois sempre estou com ele
nas mãos ou por perto, falando,
mostrando... mas sem o livro, não
haveria as viagens, a divulgação do
Tex, etc, pois não sou rico e tiro cada
centavo para as viagens das vendas.
Se não fosse o livro, não teria nem como
justificar a ausência no trabalho, na
família, por isso entendo a dificuldade
de outros pards em comparecer nos
eventos por esse grande Brasil.
Na verdade, recebo alguns convites
para participar de eventos promovidos
pelos pards texianos e me ofereço
para participar dos grandes eventos
ligados a HQs, como Fest Comix.
Já houve caso de me oferecer para
lançar o livro e não ser aceito, faz parte.
Em 2008, Tex completou 60 anos de carreira
editorial, na Itália, e em 2009 ele completou
38 anos de lançamento no Brasil, país em
que ele sempre fez muito sucesso.
Na certa, foi pensando nisso que você
decidiu criar seu livro... pergunto:
Na sua opinião, por quê Tex tem feito
tanto sucesso em nosso país?
GG: Nos anos 60, 70, os filmes de faroeste
com Django, Ringo, Fernando Sancho,
Clint Eastwood, Jack Palance, John Wayne
e muitos outros inundaram o Brasil, através
dos cinemas itinerantes (sessão somente
no sábado a noite) nas grandes e pequenas
cidades do interior e criou um grande
gosto e prazer pelo faroeste e foi aí
que se formou toda uma geração de
leitores de gibis. Como eu afirmei acima,
leitores de gibis. Como eu afirmei acima,
o filme ia embora e não voltava mais.
Nas portas dos cinemas havia a famosa
troca de revistas em quadrinhos.
As opções de divertimento eram
pouquíssimas para a garotada,
resumindo-se a jogar bola e ler.
resumindo-se a jogar bola e ler.
Para você e seus leitores terem uma ideia,
na minha pequena Dona Inês, cidade onde
me criei, aqui no interior da Paraíba, só havia
duas TVs, a preto e branco nos tempos
de Durango Kid e Rin-Tin-Tin, na TV Tupi.
Então aquelas aventuras de Tex, completas,
em revistas com até 200 páginas, carregadas
de ação e emoção nos textos bem
elaborados de G. L. Bonelli, com ideais
de amizade, justiça, e muitos socos,
pontapés, perseguições implacáveis...
e ainda por cima um sujeito amigo e
defensor dos índios, dos mais fracos
e oprimidos... ah amigo, aquilo era como
doce na garganta de menino, e fisgou
a todos como um vírus, do bem!
você foi um dos caras que deu a maior força
pro bengala brother, Gervásio Santana
de Freitas, no início do site TexBr. Aliás,
este site é muito bem feito.
Como foi que você conheceu o Gervásio
e de que forma você o ajudava no início
deste importante portal sobre o ranger,
no Brasil? Fale-me sobre isso...
GG: Eu morava em Sampa, na época.
Certo dia, vi um endereço de site do
Tex numa revista da Mythos. Acho que nunca
disse isso nem para o Gervásio, talvez
por não ter vindo na mente, mas agora,
aqui, parado e escrevendo, lembro
que torci o rosto. Ora, eu já vira
muitos fãs clubes do Tex nascer e morrer
ao longo dos anos.
Passados alguns meses, resolvi me
apresentar ao pard Gervásio e a conversa
fluiu, de modo que passei a escrever
algumas matérias e a ajudar na
editoração do material que era publicado
na Itália, na sessão Fora de Série.
Gervásio, que vim a conhecer depois
se mostrou um sujeito muito sério,
meticuloso, persistente e deu vida a
um projeto que não parou de crescer,
não obstante todas as dificuldades
que se apresentaram. Tomo a liberdade
de dizer que uma das maiores dificuldades
é manter o pessoal, os internautas,
motivados e interessados, pois afirmo
que de tempos em tempos temos
uma nova leva de texianos que visita
constantemente o Portal e uma
leva que toma Doril – não querendo
dizer que abandonam, mas apenas
dizer que não participam.
A estes digo que a presença deles é
muito importante para motivar quem
toca o projeto, pois são eles a razão
principal. Se não dão nem o retorno de
participar, é como se a razão não
se justificasse, não encontrasse eco.
este o slogan da campanha desse famoso
comprimido analgésico?
Então, alguns leitores de Tex
sempre acabam sumindo... (Rsss...).
Isto é normal, nem todos são fiéis,
como gostaríamos que fossem...
Também fiquei sabendo que você,
um dia, foi morar no Japão.
O que o levou a ir para o país do
Sol Nascente? Foi fácil se adaptar
aos costumes do Oriente?
E, por quanto tempo você ficou por lá?
GG: Em 1990 eu perdi as chances de
entrar no serviço publico através de
dois concursos que eu havia prestado
e passado. Foi duma canetada só do
Presidente Collor que me fechou as
portas do Paraiban, banco do estado
onde eu estava trabalhando e as portas
da Caixa Econômica Federal, onde eu
esperava a próxima convocação para
assumir um posto.
Sem emprego, a minha namorada filha de
japoneses me convidou para ir ao Japão,
como estavam fazendo seus familiares
e amigos, atraídos pelos altos salários
e emprego farto do lado de lá.
Depois de alguma reticência, fiz como
Tex faria e enfrentei o desafio.
Lá foi fácil porque sou muito aberto
para tudo, não tenho frescuras e
fui à luta, experimentando de tudo que
parecia bom e legal, para ter história
para contar na volta. Fiquei lá durante
5 anos, só juntando uma graninha,
sem curtir muito os eletrônicos ou
as viagens, ou mesmo os carrões,
pois o meu objetivo era voltar o
mais rápido possível para cá,
onde não tinha emprego... que coisa...
rsrsrs... mas eu sabia que com a
minha casa, o meu carro quitado e um
dinheirinho, daria para recomeçar.
A minha vontade de voltar não era
por causa só de Tex, como alguns
podem imaginar, e digo que cheguei
a encontrar Tex lá, numa casa que vendia
produtos para brasileiros e passei a
comprar regularmente, com algumas
dificuldades de locomoção.
Foi legal, mas não era tudo. Eu sempre
quis ser escriba e qual a chance
que eu tinha lá? Eu não via nenhuma.
Então queria voltar para aqui poder
participar da vida do meu país com
minhas matérias políticas, com minhas
opiniões e dar vazão à vontade de
escrever e tentar publicar. Até hoje só
publiquei Tex, mas tenho material e
ideais de publicar outras coisas, seja:
sobre política, fotografia, romances, etc.
Hoje mantenho três blogs (tex, opinião,
minha cidade), dois sites (fotografia e
associação japonesa), Facebook, Twitter,
Orkut, e You Tube. É fácil me encontrar
via Google: GG,G.Carsan ou GGCarsan.
outro país, conhecer outras culturas, é
sempre gratificante e uma experiência
fantástica. Daí, um dia, você decidiu voltar
ao Brasil, mas diga-me... Como e por que,
você decidiu ir morar em João Pessoa
(região nordeste do país)?
GG: Paixão pela minha terra natal e também
a proximidade com os meus pais.
Além disso, na época, era bem mais
seguro morar por aqui, aliada a ótima
qualidade de vida. Hoje a violência nacionalizou
com o crack e a maconha e as coisas
fedem por aqui também.
Em Sampa, eu perdia 3 horas de carro
para ir e vir do trabalho, a apenas 20 km
de casa; quando a empresa que
eu trabalhava fechou as portas,
demorei barbaridade para arrumar
emprego devido a idade de 35 anos,
mesmo formado em administração;
depois fui assaltado quase na porta
de casa e me levaram uma moto
nova que havia comprado há 3 dias.
Foi a gota d’água, aquela clássica,
que faz a paciência virar do avesso.
Vendi o carro, vendi o apartamento e
atendendo um pedido da minha esposa,
iríamos passar mais uma temporada
no Japão, mas estourou uma crise
financeira por lá e resolvemos vir
para João Pessoa, onde já tínhamos
adquirido uma casa.
Aqui moro a 500 metros do mar, bairro
ainda em formação, clima bom, o meu
Studio fotográfico é anexo a
residência e estou bem,
graças a Deus.
Tony 27: É... morar numa cidade cosmopolita
como São Paulo, a maior da América latina,
não é fácil. Temos por aqui um alto custo
de vida e a violência tão grande e desenfreada
como em Nova Iorque ou Paris. Nessas
megalópolis onde a miséria e a riqueza
convivem lado a lado só podem gerar
merda, obviamente.
A qualidade de vida é péssima, apesar do
dinheiro fluir melhor, as vezes. Sem dúvida,
longe dos grandes centros urbanos a
qualidade de vida é bem melhor...
Bengala GG, o que o motivou a escrever
um roteiro curto de Tex e a enviá-lo para
a editora italiana? E, por que eles
recusaram sua colaboração?
Tex ia acabar. Naquela época eu conhecia
pouco da SBE, a figura de Sergio Bonelli
era quase nula entre nós, pois a Internet
estava começando a se massificar.
E pensando assim, decidi que pra
mim Tex não morreria e iria escrever
as minhas aventuras texianas.
A primeira foi uma baita aventura
que daria 4 revistas do Tex.
Depois fiz outras e outras.
E o Tex não havia acabado.
Mostrei a um, a outro e cada um
dizia para enviar para a editora.
Então, certo dia, resolvi escrever uma
aventura curta e pedi para um amigo
de Recife desenhar. Ele nunca tinha
desenhado nada do Tex e topou.
Fez tudo muito rápido, pois o pard
Zeca iria a Itália pela primeira vez
conhecer o Sergio Bonelli e tinha
que aproveitar a sua ida para enviar
e ter a certeza de que receberia
em mãos. E assim fiz. Algo totalmente
corrido, amador, mas era uma tentativa.
Melhor do que nada. Tempos depois
recebi uma carta, que tenho até hoje,
enviada pelo curador de Tex na
época, o Decio Canzio, agradecendo
pela iniciativa e dizendo que recebiam
muitos roteiros de italianos e não
podiam atender nem aos de casa, mas
que eu continuasse tentando, dessa
feita com personagem brasileiro junto
a editores daqui.
Eu não segui a instrução ao pé da letra,
pois continuei a escrever ainda algumas
aventuras para Tex e nunca procurei
editor. E ainda enviei material de roteiro
para a SBE mais uma ou duas vezes,
junto com material de exposições
que passei a fazer.
Vale registrar que esse material chegava
na editora e devia passar de mãos em mãos,
pois por duas vezes consegui visualizar
nas aventuras texianas de linha, passagens
praticamente iguais às que havia em
meus roteiros, mas sempre dentro
de outra realidade... e isso não me deixou
irado não, pois percebi ao menos que
parte da minha ideia havia servido
para algo junto do meu herói.
Tony 28: Pensou que ia acabar? Que ingenuidade,
na época (Rsss...). Ao todo, parece que você
escreveu 8 aventuras do ranger e a maior
chegou a ter cerca de 400 páginas, confere?
Algum desses roteiros chegou a ser
desenhado também? E, quando vamos
ter o prazer de conhecer
esses seus trabalhos?
esses seus trabalhos?
GG: Foram 9 aventuras e a maior com 440 páginas
que correspondem a 4 revistas com 110 páginas
cada, padrão de Tex italiano. Apenas as duas
aventuras curtas foram desenhadas pelo
parceiro Milton Estevam, do Recife e
estão no fórum do Portal TexBr, no tópicos
com nomes Os Desalmados, a primeira
e Vingança com Sangue, a segunda.
quarenta páginas? Ô loco... você produziu
para cacete... Outro dia, tive a honra de ser
convidado por você para participar de mais
um livro que você está fazendo
para o ranger...
qual será a temática desta nova obra e
quando é que você espera estar com
ela concluída? Há uma previsão
para o lançamento?
GG: O livro Tex no Brasil já lançado tem 29
capítulos e tenho certeza que cada capítulo
dá material para um novo livro, se formos
pesquisar a fundo e buscar informações.
Então resolvi que vou adentrar nesse meio.
O próximo livro que planejei
e já estou trabalhando
e já estou trabalhando
englobará de modo particular os ‘bandidos’
que Tex já enfrentou, trazendo novas
informações, análises, opiniões e outras
coisas interessantes que não são exploradas
no gibi. E busco a participação de alguns
texianos que tem se destacado na
divulgação de Tex, para imortalizar as
suas colaborações no papel.
E será um prazer ter a sua participação,
pois quero ilustrar o livro com desenhos
de artistas aqui do meu Brasil e já fiz
alguns convites que foram
prontamente aceitos.
Tony 30: Achei a ótima a idéia...
Alguma frustração?
Tony 31: Parece que os italianos são muito centrados
em seus próprios escribas e desenhistas,
bengala friend... Um sonho?
GG: Uma Expo-Tex em cada estado brasileiro,
ou pelo menos uma em cada Região.
Tony 32: Zeca Willer... quando foi que você conheceu
esse incrível cowboy e divulgador de Tex,
de além mar?
de além mar?
GG: Por e-mail... devido a nossa paixão por Tex,
foi fácil e rápida a nossa amizade. Durante anos
trocamos mensagens, participamos do fórum,
do grupo Amigos do Tex, e nos conhecemos
no Fest Comix, no ano passado, finalmente,
onde tive o prazer de te conhecer, caro
Bengalon. O Zeca é um sujeito incrível, pois
tem o dom de correr atrás dos seus sonhos
e tem tido a sorte de realizá-los.
Ele é um predestinado no mundo de Tex.
Outro dia divulguei no meu blog Tex e Eu
a primeira mensagem desse
pard tão gente fina.
simpático e é gente boa.
Adorei conhecer ele, você,
o ACMoreira e o Don Alvarez, de La Mancha,
na FestComix (em 2010) - apesar
do pouco tempo que estivemos juntos -,
e poder reencontar o velho bengala
brother Marcos Maldonado.
e poder reencontar o velho bengala
brother Marcos Maldonado.
O Zeca, parece respirar Tex 24 horas por dia
e tem colhido frutos sensacionais desta
sua longa e duradoura paixão.
Deve ter vivido no velho Oeste em outra
“encadernação”, assim como você, como
dizem os espíritas (Rss...).
Dorival Vitor Lopes... graças a ele é que
a Mythos não deixou acabar as diversas
edições de Tex, exato? Quando foi que você
o conheceu pessoalmente e qual é
sua opinião pessoal sobre ele?
GG: O Dorival é um cara muito na dele e eu
respeito muito isso, pois prefiro alguém
assim do que os intrujões, mesmo ele
tendo uma empresa e um monte de
clientes para dar satisfação e nem
sempre dando o retorno que pedem –
já foi mais comunicativo. Ele segurou
a peteca do Tex e ainda percebeu
um espaço amplo para novas coleções,
atendendo ao apelo para aproximar a
nossa publicação da italiana.
Tem atendido dentro do possível aos
pedidos e feito vários testes no
mercado, nem sempre com muito
sucesso. Como sabemos, o nosso mercado
é complicado demais.
Conheci o Dorival num Fest Comix em 2001,
o meu último ainda morando em Sampa,
pois logo depois vim pra Jampa.
Uma época eu fiquei chateado com ele
porque disse que publicaria o livro
Tex no Brasil, mas depois desinteressou.
Depois entendi que ele não era obrigado
a isso. Eu tinha essa esperança porque
eu não tinha condição de bancar, achava
que com a editora venderia bem mais.
Mas um dia resolvi fazer tudo
sozinho e percebi que se eu havia
criado o problema do livro, eu que
tinha que resolver, e como Tex, não
podia abaixar a cabeça. Percebi também
que ou lançava ou desistia de vez.
Só se morre uma vez! Bom, cada um
sabe onde aperta o seu sapato.
Hoje acho que foi melhor eu mesmo
lançar o livro. Isso me possibilitou
muitas viagens e amigos, aprendizado,
visibilidade e maior amor e
paixão pelo meu hobby.
oscila a cada instante não é fácil, my friend...
Fico impressionado como é que o
Dorival arruma tempo para participar de
muitos eventos sobre Tex, no Brasil e
até no exterior. O homem é polivalente,
pode acreditar... GG Carsan por GG Carsan?
Quem é este cidadão? Dá pra se auto definir?
GG: É complicado! Eu preciso de um
psicanalista urgente. Há poucos dias, em
conversa com os amigos Gervásio e Adriano
Rainho, dizia-lhes que estou com 4
personalidades e 4 nomes reais:
G.G.Carsan na turma do Tex (às vezes GG,
às vezes Carsan), Gera, para os clientes
do meu Studio, Geraldo, no meu trabalho
atual no Governo daqui, Guilherme no
seio da família. Quando atendo o telefone
e alguém pergunta o meu nome tenho
que pensar bem direitinho...kkk...
mas eu tento viver com as características
do Tex, tento ser o cidadão que reclama
do que está errado (Facebook, Blogs,
Twitter), ajudando quem precisa dentro
das minhas possibilidades, sempre
em dia com as minhas obrigações e
responsabilidades para poder respirar
fundo e dormir bem todas as noites,
buscando um mundo equilibrado para
viver, pois sei que melhor está quase
impossível. Sei que tenho que melhorar
sempre, as pessoas esperam
muito de nós.
Quando tenho uma boa ideia, executo,
não deixo pra depois. Melhor fazer
algo do que não fazer nada.
Tony 35: Como foi a experiência de conhecer
e conviver ao lado do mestre Civitelli, na
FestComix, de São Paulo, no ano passado?
A chance de ir ao Fest Comix e assim rever
grandes amigos e de conhecer o Civitelli
não tem preço. Muito me orgulho de ter
uma, duas, três, quatro... dez fotos com
o Civitelli. Durante o Fest Comix tive
vários momentos de sonho.
Um deles quando o Civitelli me viu
GG, Marcos Maldonado, Gervásio e o Sócio |
e quis tirar uma foto do meu lado e
gritou: “Tex, Tex! Una foto!” E ele falava
comigo, amigo! Depois quando ele fez questão
de tirar uma fotografia ao lado do banner
‘o fabuloso’, que carrego comigo
nos eventos. E quando ele me convidou
para a mesa durante a sua palestra, a
qual você estava lá, pard Bengala Father.
E ainda quando ele fez um dos poucos
desenhos, ao vivo, durante o festival, e fez
uma dedicatória especial, e quando no
domingo trouxe suas valiosas câmeras
fotográficas para me mostrar e dizer
desse seu hobby maravilhoso, a
fotografia. Também tivemos uma
conversa muito boa durante o jantar
e ele explicou para mim e os
presentes alguns lances bem legais,
sempre atencioso. Imagino o Civitelli
como um embaixador do Tex, um
representante do Sergio Bonelli,
naqueles dias.
Mas isso é o que senti.
Além disso vi um sujeito muito simpático,
sempre com os dentes à mostra, um
homem de boa áurea, um profissional
competente, sem subterfúgios e sem
manias. Era como se visse o Tex ali
ao meu lado. E uma coisa ele afirmou:
‘Eu levo o Tex muito a sério’.
Nem precisava dizer. Está claro nos
desenhos, no seu trabalho e
na sua postura.
trabalho minuscioso. É uma simpatia.
Mas, não sabia que ele tem a fotografia
como hobby. Legal... G. G. Carsan, foi
um imenso prazer poder colher o
seu depoimento. Deixe aí o seu recado
para os seus fãs e para aqueles
que também apreciam Tex e uma
boa história em quadrinhos.
Um imenso grande amplexo e saiba
que vou ficar aqui aguardando
ansiosamente este seu novo livro.
See you later, cowboy.
GG: A minha mensagem é de esperança,
Quarta capa do livro sobre Tex Para falar com o autor de Tex No Brasil ou adquirir o livro escreva para: g.gcarsanii@hotmail.com |
caro Tony Bengala e amigos.
Tenho esperança que o Tex continue
nas bancas, pois ainda tem muito pano
para as mangas e chamo atenção para
que os texianos analisem sempre
o conteúdo da aventura, atentem
para os aspectos fundamentais da
postura texiana e exercitem os
conceitos no seu dia-a-dia, procurando
sempre uma vida melhor, saudável,
rica em honestidade, honra,
hospitalidade, justiça, liberdade,
tolerância, responsabilidade, e muita
paz para todos. Vamos agir sem
ganância e sem revolta, vamos
deixar a inveja de lado e vamos
ser irmãos de verdade.
Também quero pedir aos amantes
das histórias em quadrinhos que
vejam com carinho as publicações
brasileiras. Há tempos que ouvi do Emir
Ribeiro, autor de Velta, uma crítica de
que só pensamos e vemos os quadrinhos
de fora e rebati que a gente não tem
culpa de gostar desse ou daquela HQ,
time de futebol ou garota... mas
pensando bem, acredito que a gente
pode dispensar uma força para as
HQs nacionais, pois temos bons
autores publicando.
Eu fiquei bastante contente com
Apache (ainda me faltam os
números 5 e 6 –
não pintaram na PB) e com Bando de
Dois e Necronauta, que
tiveram lançamentos
na Comic House de Jampa.
Você acabou de ganhar as edições 5 e 6 de
Apache, vou enviá-las para você pelo
correio. OK? E, aguarde, pois Apache
estará saindo pelo nosso selo.
A série vai continuar, com certeza.
Um grande amplexo pra todos os bengalas
friends que acompanharam esta
entrevista e até a próxima!
OBS: Todas as imagens contidas nesta entrevista tem o
cunho meramente ilustrativo e pertencem aos seus
autores ou respectivos
representantes legais.
Copyright 2011\Tony Fernandes\
Estúdios Pégasus –
cunho meramente ilustrativo e pertencem aos seus
autores ou respectivos
representantes legais.
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Estúdios Pégasus –
Uma Divisão de Arte e Criação da
Pégasus Publicações Ltda –
São Paulo - Brasil
Todos os Direitos Reservados
COMENTÁRIO ENVIADO POR E-MAIL...
ResponderExcluir"GG, também eu (obviamente) li toda a sua fantástica entrevista concedida ao Tony Fernandes. Excelente entrevista, aliás, como é seu timbre.
Tentei deixar lá um comentário, mas aparecia sempre um erro na página, não me permitindo escolher um perfil para poder deixar o comentário. Creio que isso deva ter ocorrido com mais gente já que não acredito que esta entrevista não renda nenhum comentário, daí enviar também o e-mail ao Tony Fernandes para o nosso Bengala apurar o que se passa.
De todo o modo, deixo aqui o comentário que queria deixar lá escrito:
"Bela e interessante, para além de muito completa, entrevista com um dos nomes mais míticos no que se refere a Tex no Brasil: GGCarsan, aquele que considero o maior divulgador de Tex a nível mundial e que entre muitas outras coisas, sobretudo GRANDE AMIGO, é muitas das vezes a minha inspiração para também eu divulgar o nosso Ranger Tex!
É uma entrevista muito completa e onde se fica a conhecer ainda mais o GGCarsan e ver toda a sua paixão por Tex e também mais uma vez fica comprovado que muito dos sucessos das belas entrevistas aqui publicadas se deve ao entrevistador e esta entrevista juntou um excelente entrevistador a um outro excelente entrevistado. Parabéns a ambos!
Agradeço também fazer parte desta entrevista, pois foi uma grande honra para mim estar também presente no seu conteúdo.
Abraços a ambos e mais uma vez, PARABÉNS "
Grande bengala friend de além mar, Zeca Willer...
ResponderExcluiré sempre um prazer recebermos sua visita, parceiro!
De fato, nas últimas duas semanas tivemos problemas com hackers, que nos enviaram MALWERS (virus) - coisa de gente que não tem o que fazer e que só visa prejudicar os outros. Mas, parece que resolvemos o problema (espero... Rsss...).
Por isso, decidi publicar aqui seu comentário, visto q, assim como vc, muitos podem não ter conseguido postar uma mensagem.
Peço, aos bengalas friends, que por ventura tiveram o mesmo problema, q me enviem seus comentários q eu os publicarei.
Também peço q se os amigos encontrarem qualquer problema num dos blogs, me avisarem.
SOBRE O SEU COMENTÁRIO...
Na verdade, jamais conheci duas criaturas tão
dedicadas a Tex qto você, caro Zeca Willer e o GG Carsan. GG é um texiano ferrenho e eu não imaginava que ele o inspirava.
Grato por seus comentários e parabéns pelo blog do Tex português que traz sempre ótimas novidades sobre o nosso querido e bom velho ranger, assim como o TexBR, e vive dando espaço à todos, inclusive a mim.
Boa semana, cowboy!
COMENTÁRIO ENVIADO POR GG CARSAN, VIA E-MAIL...
ResponderExcluir"Eu me espantei com a quantidade de perguntas da entrevista do Tony Bengala Boy. E pensei: com minhas respostas ficará enorme... e com as fotos, vai dar um jornal. E Bengalon ainda inseriu um montão de fotos por conta. Ficou como viram.
Bom, fui o mais suscinto possível, não puxei muito assunto. Tratei de responder ao que ele perguntou.
Sim, o cara é um entrevistador nato e na hora de publicar ainda teceu comentários em cima das minhas respostas. Até me chamou de ingênuo, viram? mas eu sou mesmo. kkkk
Agora vamos ver se ele arruma o blog para aceitar um comentário, eu mesmo gostaria de complementar uma resposta que ficou pela metade e é importante.
Zeca, eu não concordo com a pecha de maior divulgador para mim. Devo ser do Nordeste do Brasil. A nível mundial, talvez o cara que mais se veste de Tex, em público. Talvez o primeiro e único a participar de um desfile de cosplay vestido como Tex.
Mas agradeço a sua amizade e a sua opinião. Se você acha, ninguém tira da sua cabeça. Ponto.
E quero agradecer aqui ao Joe, ao Amora, ao Neimar lá de Saicãwood, a Nanda Kid e ao Zeca, que se manifestaram sobre a entrevista.
Abraço a todos,
G.G.Carsan"
AVISO DO TONY AOS NAVEGANTES:
A situação, parece, q está sob controle
qto as postagens! Se tiverem problemas, me avisem ou mandem seus comentários para o meu e-mail:
tonypegasus@hotmail.com
Thanks, bengalas friends...
Gostei desta entrevista com o G.G. Admiro fãs como ele e o Zeca Willer. O importante, no caso do G.G., é que ele conseguiu publicar seu livro sobre o Tex. Mas já que ele tá doando, aproveito para ser um dos candidatos a receber seu livro. Gostaria de ler. No mais, parabéns G.G. e Tony!!!!
ResponderExcluirWilde Portella
Grande, escriba e bengala brother!
ResponderExcluirQto tempo... concordo contigo, a paixão q ele e o Zeca tem pelo Tex é coisa de maluco. Admiro esses dois bengalas friends. Qto a doação, espero q o GG te mande mesmo uma edição. O livro é sensacional.
Grato, pela visita,Wilde!